Golpe no Egito reforça protagonismo dos militares


Instituição é ativa nos destinos políticos do país desde 1952 quando derrubou a monarquia

Por Rose Saconi e Liz Batista

A recente

deposição de Mohamed Morsi

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, primeiro presidente eleito do Egito, é mais um capítulo do protagonismo dos militares daquele país. O grupo já derrubou a centenária dinastia Muhammad Ali do governo em 1952. E, em 2011, conduziram a transição após a queda do ditador Hosni Mubarak que estava há 30 anos no poder.

Fim da monarquia. Empreendida, inicialmente para derrubar o rei Faruk I, a Revolução Egípcia de 1952 foi promovida através de um golpe militar orquestrado pelos jovens militares seguidores de Gamal Abdel Nasser, Anwar el-Sadat e Muhammad Naguib, membros do Movimento de Oficiais Livres. O grupo, fundado após a derrota egípcia na guerra de 1948 contra Israel, foi o braço armado e a força política por trás do golpe. 

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Alegando a corrupção institucionalizada da monarquia egípcia e de seus apoiadores, buscando restaurar a honra dos militares e acabar com a interferência britânica, o movimento, apoiado tanto pelos Estados Unidos quanto pela União Soviética, ganhou apoio popular e derrubou o regime de Faruk I, em 23 de julho de 1952. 

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Cinco dias após o início da revolução, o Conselho de Ministros do Egito informava que as exigências de Muhammad Naguib seriam cumpridas. Em carta ao povo, divulgada em 27 de julho de 1952 , o Conselho afirmava que o rei Faruk I compreendia o anseio popular por mudanças e anunciava sua abdicação, em favor do príncipe herdeiro Ahmed Fuad. O documento dizia: “Nós, Faruk I, rei do Egito e do Sudão, considerando que procuramos o bem-estar da nação e que desejamos a sua prosperidade; considerando que desejamos realmente poupar ao país as dificuldades que ele enfrenta atualmente, e levando em conta a vontade do povo, decidimos abdicar em favor de nosso herdeiro, príncipe Ahmed Faud.”

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O Estado de S.Paulo - 27 e 29 de  julho de 1952

 
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Mas a revolução havia ganhado força. E depois da queda do monarca , veio a deposição da dinastia Muhammad Ali, que governou o Egito por 147 anos (1805-1952) e foi seguida pela derrubada do regime monárquico constitucional. 

Queda de Hosni Mubarak. Em 2011, a crise ganha as ruas com manifestações e protestos antigoverno. O presidente Hosni Mubarak remodela seu gabinete, mas não consegue aplacar os manifestantes, que pedem seu impeachment. Ele promete demitir-se em setembro, mas o aumento da tensão o obrigou a sair em fevereiro. O governo foi transferido a uma junta militar.

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O Estado de S. Paulo - 2/2/2011 

 

Mubarak aceita sair após eleição, mas a pressões continuaram até sua reúncia e saída definitiva. 

O Estado de S. Paulo 12/2/2011

 

A recente

deposição de Mohamed Morsi

, primeiro presidente eleito do Egito, é mais um capítulo do protagonismo dos militares daquele país. O grupo já derrubou a centenária dinastia Muhammad Ali do governo em 1952. E, em 2011, conduziram a transição após a queda do ditador Hosni Mubarak que estava há 30 anos no poder.

Fim da monarquia. Empreendida, inicialmente para derrubar o rei Faruk I, a Revolução Egípcia de 1952 foi promovida através de um golpe militar orquestrado pelos jovens militares seguidores de Gamal Abdel Nasser, Anwar el-Sadat e Muhammad Naguib, membros do Movimento de Oficiais Livres. O grupo, fundado após a derrota egípcia na guerra de 1948 contra Israel, foi o braço armado e a força política por trás do golpe. 

Alegando a corrupção institucionalizada da monarquia egípcia e de seus apoiadores, buscando restaurar a honra dos militares e acabar com a interferência britânica, o movimento, apoiado tanto pelos Estados Unidos quanto pela União Soviética, ganhou apoio popular e derrubou o regime de Faruk I, em 23 de julho de 1952. 

 

Cinco dias após o início da revolução, o Conselho de Ministros do Egito informava que as exigências de Muhammad Naguib seriam cumpridas. Em carta ao povo, divulgada em 27 de julho de 1952 , o Conselho afirmava que o rei Faruk I compreendia o anseio popular por mudanças e anunciava sua abdicação, em favor do príncipe herdeiro Ahmed Fuad. O documento dizia: “Nós, Faruk I, rei do Egito e do Sudão, considerando que procuramos o bem-estar da nação e que desejamos a sua prosperidade; considerando que desejamos realmente poupar ao país as dificuldades que ele enfrenta atualmente, e levando em conta a vontade do povo, decidimos abdicar em favor de nosso herdeiro, príncipe Ahmed Faud.”

O Estado de S.Paulo - 27 e 29 de  julho de 1952

 

Mas a revolução havia ganhado força. E depois da queda do monarca , veio a deposição da dinastia Muhammad Ali, que governou o Egito por 147 anos (1805-1952) e foi seguida pela derrubada do regime monárquico constitucional. 

Queda de Hosni Mubarak. Em 2011, a crise ganha as ruas com manifestações e protestos antigoverno. O presidente Hosni Mubarak remodela seu gabinete, mas não consegue aplacar os manifestantes, que pedem seu impeachment. Ele promete demitir-se em setembro, mas o aumento da tensão o obrigou a sair em fevereiro. O governo foi transferido a uma junta militar.

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O Estado de S. Paulo - 2/2/2011 

 

Mubarak aceita sair após eleição, mas a pressões continuaram até sua reúncia e saída definitiva. 

O Estado de S. Paulo 12/2/2011

 

A recente

deposição de Mohamed Morsi

, primeiro presidente eleito do Egito, é mais um capítulo do protagonismo dos militares daquele país. O grupo já derrubou a centenária dinastia Muhammad Ali do governo em 1952. E, em 2011, conduziram a transição após a queda do ditador Hosni Mubarak que estava há 30 anos no poder.

Fim da monarquia. Empreendida, inicialmente para derrubar o rei Faruk I, a Revolução Egípcia de 1952 foi promovida através de um golpe militar orquestrado pelos jovens militares seguidores de Gamal Abdel Nasser, Anwar el-Sadat e Muhammad Naguib, membros do Movimento de Oficiais Livres. O grupo, fundado após a derrota egípcia na guerra de 1948 contra Israel, foi o braço armado e a força política por trás do golpe. 

Alegando a corrupção institucionalizada da monarquia egípcia e de seus apoiadores, buscando restaurar a honra dos militares e acabar com a interferência britânica, o movimento, apoiado tanto pelos Estados Unidos quanto pela União Soviética, ganhou apoio popular e derrubou o regime de Faruk I, em 23 de julho de 1952. 

 

Cinco dias após o início da revolução, o Conselho de Ministros do Egito informava que as exigências de Muhammad Naguib seriam cumpridas. Em carta ao povo, divulgada em 27 de julho de 1952 , o Conselho afirmava que o rei Faruk I compreendia o anseio popular por mudanças e anunciava sua abdicação, em favor do príncipe herdeiro Ahmed Fuad. O documento dizia: “Nós, Faruk I, rei do Egito e do Sudão, considerando que procuramos o bem-estar da nação e que desejamos a sua prosperidade; considerando que desejamos realmente poupar ao país as dificuldades que ele enfrenta atualmente, e levando em conta a vontade do povo, decidimos abdicar em favor de nosso herdeiro, príncipe Ahmed Faud.”

O Estado de S.Paulo - 27 e 29 de  julho de 1952

 

Mas a revolução havia ganhado força. E depois da queda do monarca , veio a deposição da dinastia Muhammad Ali, que governou o Egito por 147 anos (1805-1952) e foi seguida pela derrubada do regime monárquico constitucional. 

Queda de Hosni Mubarak. Em 2011, a crise ganha as ruas com manifestações e protestos antigoverno. O presidente Hosni Mubarak remodela seu gabinete, mas não consegue aplacar os manifestantes, que pedem seu impeachment. Ele promete demitir-se em setembro, mas o aumento da tensão o obrigou a sair em fevereiro. O governo foi transferido a uma junta militar.

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O Estado de S. Paulo - 2/2/2011 

 

Mubarak aceita sair após eleição, mas a pressões continuaram até sua reúncia e saída definitiva. 

O Estado de S. Paulo 12/2/2011

 

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deposição de Mohamed Morsi

, primeiro presidente eleito do Egito, é mais um capítulo do protagonismo dos militares daquele país. O grupo já derrubou a centenária dinastia Muhammad Ali do governo em 1952. E, em 2011, conduziram a transição após a queda do ditador Hosni Mubarak que estava há 30 anos no poder.

Fim da monarquia. Empreendida, inicialmente para derrubar o rei Faruk I, a Revolução Egípcia de 1952 foi promovida através de um golpe militar orquestrado pelos jovens militares seguidores de Gamal Abdel Nasser, Anwar el-Sadat e Muhammad Naguib, membros do Movimento de Oficiais Livres. O grupo, fundado após a derrota egípcia na guerra de 1948 contra Israel, foi o braço armado e a força política por trás do golpe. 

Alegando a corrupção institucionalizada da monarquia egípcia e de seus apoiadores, buscando restaurar a honra dos militares e acabar com a interferência britânica, o movimento, apoiado tanto pelos Estados Unidos quanto pela União Soviética, ganhou apoio popular e derrubou o regime de Faruk I, em 23 de julho de 1952. 

 

Cinco dias após o início da revolução, o Conselho de Ministros do Egito informava que as exigências de Muhammad Naguib seriam cumpridas. Em carta ao povo, divulgada em 27 de julho de 1952 , o Conselho afirmava que o rei Faruk I compreendia o anseio popular por mudanças e anunciava sua abdicação, em favor do príncipe herdeiro Ahmed Fuad. O documento dizia: “Nós, Faruk I, rei do Egito e do Sudão, considerando que procuramos o bem-estar da nação e que desejamos a sua prosperidade; considerando que desejamos realmente poupar ao país as dificuldades que ele enfrenta atualmente, e levando em conta a vontade do povo, decidimos abdicar em favor de nosso herdeiro, príncipe Ahmed Faud.”

O Estado de S.Paulo - 27 e 29 de  julho de 1952

 

Mas a revolução havia ganhado força. E depois da queda do monarca , veio a deposição da dinastia Muhammad Ali, que governou o Egito por 147 anos (1805-1952) e foi seguida pela derrubada do regime monárquico constitucional. 

Queda de Hosni Mubarak. Em 2011, a crise ganha as ruas com manifestações e protestos antigoverno. O presidente Hosni Mubarak remodela seu gabinete, mas não consegue aplacar os manifestantes, que pedem seu impeachment. Ele promete demitir-se em setembro, mas o aumento da tensão o obrigou a sair em fevereiro. O governo foi transferido a uma junta militar.

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O Estado de S. Paulo - 2/2/2011 

 

Mubarak aceita sair após eleição, mas a pressões continuaram até sua reúncia e saída definitiva. 

O Estado de S. Paulo 12/2/2011

 

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