Evitar "agglomerações", não fazer visitas, evitar as causas de resfriamento, isolar os doentes e aplicar com mais rigor às pessoas "edosas" todos os cuidados anteriores. Não fossem as diferenças de grafia de algumas palavras, as recomendações poderiam ser aplicadas nos dias atuais para combater a epidemia de coronavírus. O comunicado com sugestões de cuidados para conter a disseminação da gripe, que matou milhões de pessoas pelo mundo, foi publicado no Estadão em 1918.
Intitulado "A epidemia reinante - Conselhos ao Povo, o anúncio atribuído à "Directoria do Serviço Sanitário" foi publicado em 18 de outubro de 1918. O texto trazia uma série de recomendações. Entre as medidas aconselhadas estava o isolamento social e também o consumo de quinino, um medicamento muito usado como pelos médicos na época para amenizar os sintomas da doença. A substância, que tem propriedades antitérmicas e analgésicas, era frequentemente anunciada pelas casas farmacêuticas nas páginas do jornal.
A grande procura pelo remédio fez com que sua venda fosse restringida pelo governo, com a aplicação de medidas fiscalizatórias.
Calcula-se que a epidemia de gripe espanhola de 1918 tenha matado cerca de 50 milhões de pessoas e que o vírus tenha infectado pelo menos 1/3 da população mundial. No Brasil, o número de mortos é estimado em cerca de 300 mil. Entre as vítimas está, o presidente eleito do País, Rodrigues Alves. Veja também:
> Gripe espanhola matou o presidente eleito Rodrigues Alves em 1919>Cães foram vítimas de coronavírus nos anos de 1980 > Guerra levou Japão a abrir mão de sediar Olimpíada de 1940?
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