Lucia Já-Vou-Indo: um clássico da literatura infantil na página do jornal


Obra de Maria Heloísa Penteado foi publicada pela primeira vez no Estadão em 1957

Por Edmundo Leite

>> Estadão - 23/8/1957

A história da lesmaLúcia Já-Vou-Indono Estadão em 1957. Foto: Acervo Estadão

"Lúcia Já-Vou-Indo não sabia andar depressa. De maneira nenhuma. Andava devagar, falava devagar, chorava e ria devagarinho e pensava mais devagar ainda. Muito natural, pois ela era uma lesma. Um dia, Lúcia recebeu um convite para uma festa. Levou o dia inteiro para ler o bilhete que dizia assim: "Chispa-Foguinho, a libélula, convida V. Excia. e Exma. Família para uma festa dançante, embaixo do Pé de Maracujá, ás 8 horas da noite do dia 30 de janeiro. Comida, bebidas, música, tudo do bom, do melhor e de graça". Lúcia Já-Vou-Indo acabou de ler e já foi se arrumando para a festa. Ela queria se pôr a caminho imediatamente, embora faltassem ainda quinze dias. Já havia perdido muitas festas, por chegar sempre atrasada..."

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Com pequenas variações de palavras - e o prazo da festa no pé de maracujá - o texto integral do futuro livro infantil "Lúcia Já-Vou-Indo", best-seller de Maria Heloísa Penteado, foi publicado pela primeira vez no Estadão na sexta-feira de 23 agosto de 1957. A autora, e também ilustradora, era, naqueles tempos, a responsável pela seção infantil do Suplemento Feminino, encarte semanal do jornal.

[Leia a íntegra de Lúcia Já-Vou-Indo]

Além do prazo da festa - 15 dias no jornal, e uma semana no livro - outra diferença entre os dois textos é o adorno na cabeça da lesminha. Enquanto em 1957 Lúcia-Já-Vou Indo pôs na cabeça "uma touca engomada, de renda e amarrrou-a num grande laçarote embaixo do queixo", e com isso perdeu três dias, nas várias edições do livro publicadas partir de 1978 a personagem leva um dia para colocar "uma peruca de cachinhos com um laçarote de fita cor-de-laranja". 

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No mais, está tudo lá, tim-tim por tim-tim, com o mesmo encantamento das palavras e as ilustrações da própria Maria Heloísa Penteado retratando a lesminha de nariz arrebitado e as elétricas libélulas.  

Capa dolivro 'Lúcia Já-Vou-Indo', de Maria Heloísa Penteado. Foto: Maria Heçoisa Penteado/Editora Ática

A colaboração de Maria Heloísa Penteado no Estadão, que morreu em 2014, começou em 1949 e se estendeu até 1967. Nesse período, publicou inúmeros textos para crianças que marcaram época, alguns deles em séries, como "Beni Brasinha", "A Menina do vestido Vermelho" e as "Três Bonequinhas"

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A história"As três bonequinhas", de Maria Heloísa Penteado. Foto: Acervo Estadão

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>> Estadão - 23/8/1957

A história da lesmaLúcia Já-Vou-Indono Estadão em 1957. Foto: Acervo Estadão

"Lúcia Já-Vou-Indo não sabia andar depressa. De maneira nenhuma. Andava devagar, falava devagar, chorava e ria devagarinho e pensava mais devagar ainda. Muito natural, pois ela era uma lesma. Um dia, Lúcia recebeu um convite para uma festa. Levou o dia inteiro para ler o bilhete que dizia assim: "Chispa-Foguinho, a libélula, convida V. Excia. e Exma. Família para uma festa dançante, embaixo do Pé de Maracujá, ás 8 horas da noite do dia 30 de janeiro. Comida, bebidas, música, tudo do bom, do melhor e de graça". Lúcia Já-Vou-Indo acabou de ler e já foi se arrumando para a festa. Ela queria se pôr a caminho imediatamente, embora faltassem ainda quinze dias. Já havia perdido muitas festas, por chegar sempre atrasada..."

Com pequenas variações de palavras - e o prazo da festa no pé de maracujá - o texto integral do futuro livro infantil "Lúcia Já-Vou-Indo", best-seller de Maria Heloísa Penteado, foi publicado pela primeira vez no Estadão na sexta-feira de 23 agosto de 1957. A autora, e também ilustradora, era, naqueles tempos, a responsável pela seção infantil do Suplemento Feminino, encarte semanal do jornal.

[Leia a íntegra de Lúcia Já-Vou-Indo]

Além do prazo da festa - 15 dias no jornal, e uma semana no livro - outra diferença entre os dois textos é o adorno na cabeça da lesminha. Enquanto em 1957 Lúcia-Já-Vou Indo pôs na cabeça "uma touca engomada, de renda e amarrrou-a num grande laçarote embaixo do queixo", e com isso perdeu três dias, nas várias edições do livro publicadas partir de 1978 a personagem leva um dia para colocar "uma peruca de cachinhos com um laçarote de fita cor-de-laranja". 

No mais, está tudo lá, tim-tim por tim-tim, com o mesmo encantamento das palavras e as ilustrações da própria Maria Heloísa Penteado retratando a lesminha de nariz arrebitado e as elétricas libélulas.  

Capa dolivro 'Lúcia Já-Vou-Indo', de Maria Heloísa Penteado. Foto: Maria Heçoisa Penteado/Editora Ática

A colaboração de Maria Heloísa Penteado no Estadão, que morreu em 2014, começou em 1949 e se estendeu até 1967. Nesse período, publicou inúmeros textos para crianças que marcaram época, alguns deles em séries, como "Beni Brasinha", "A Menina do vestido Vermelho" e as "Três Bonequinhas"

A história"As três bonequinhas", de Maria Heloísa Penteado. Foto: Acervo Estadão

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A história da lesmaLúcia Já-Vou-Indono Estadão em 1957. Foto: Acervo Estadão

"Lúcia Já-Vou-Indo não sabia andar depressa. De maneira nenhuma. Andava devagar, falava devagar, chorava e ria devagarinho e pensava mais devagar ainda. Muito natural, pois ela era uma lesma. Um dia, Lúcia recebeu um convite para uma festa. Levou o dia inteiro para ler o bilhete que dizia assim: "Chispa-Foguinho, a libélula, convida V. Excia. e Exma. Família para uma festa dançante, embaixo do Pé de Maracujá, ás 8 horas da noite do dia 30 de janeiro. Comida, bebidas, música, tudo do bom, do melhor e de graça". Lúcia Já-Vou-Indo acabou de ler e já foi se arrumando para a festa. Ela queria se pôr a caminho imediatamente, embora faltassem ainda quinze dias. Já havia perdido muitas festas, por chegar sempre atrasada..."

Com pequenas variações de palavras - e o prazo da festa no pé de maracujá - o texto integral do futuro livro infantil "Lúcia Já-Vou-Indo", best-seller de Maria Heloísa Penteado, foi publicado pela primeira vez no Estadão na sexta-feira de 23 agosto de 1957. A autora, e também ilustradora, era, naqueles tempos, a responsável pela seção infantil do Suplemento Feminino, encarte semanal do jornal.

[Leia a íntegra de Lúcia Já-Vou-Indo]

Além do prazo da festa - 15 dias no jornal, e uma semana no livro - outra diferença entre os dois textos é o adorno na cabeça da lesminha. Enquanto em 1957 Lúcia-Já-Vou Indo pôs na cabeça "uma touca engomada, de renda e amarrrou-a num grande laçarote embaixo do queixo", e com isso perdeu três dias, nas várias edições do livro publicadas partir de 1978 a personagem leva um dia para colocar "uma peruca de cachinhos com um laçarote de fita cor-de-laranja". 

No mais, está tudo lá, tim-tim por tim-tim, com o mesmo encantamento das palavras e as ilustrações da própria Maria Heloísa Penteado retratando a lesminha de nariz arrebitado e as elétricas libélulas.  

Capa dolivro 'Lúcia Já-Vou-Indo', de Maria Heloísa Penteado. Foto: Maria Heçoisa Penteado/Editora Ática

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Com pequenas variações de palavras - e o prazo da festa no pé de maracujá - o texto integral do futuro livro infantil "Lúcia Já-Vou-Indo", best-seller de Maria Heloísa Penteado, foi publicado pela primeira vez no Estadão na sexta-feira de 23 agosto de 1957. A autora, e também ilustradora, era, naqueles tempos, a responsável pela seção infantil do Suplemento Feminino, encarte semanal do jornal.

[Leia a íntegra de Lúcia Já-Vou-Indo]

Além do prazo da festa - 15 dias no jornal, e uma semana no livro - outra diferença entre os dois textos é o adorno na cabeça da lesminha. Enquanto em 1957 Lúcia-Já-Vou Indo pôs na cabeça "uma touca engomada, de renda e amarrrou-a num grande laçarote embaixo do queixo", e com isso perdeu três dias, nas várias edições do livro publicadas partir de 1978 a personagem leva um dia para colocar "uma peruca de cachinhos com um laçarote de fita cor-de-laranja". 

No mais, está tudo lá, tim-tim por tim-tim, com o mesmo encantamento das palavras e as ilustrações da própria Maria Heloísa Penteado retratando a lesminha de nariz arrebitado e as elétricas libélulas.  

Capa dolivro 'Lúcia Já-Vou-Indo', de Maria Heloísa Penteado. Foto: Maria Heçoisa Penteado/Editora Ática

A colaboração de Maria Heloísa Penteado no Estadão, que morreu em 2014, começou em 1949 e se estendeu até 1967. Nesse período, publicou inúmeros textos para crianças que marcaram época, alguns deles em séries, como "Beni Brasinha", "A Menina do vestido Vermelho" e as "Três Bonequinhas"

A história"As três bonequinhas", de Maria Heloísa Penteado. Foto: Acervo Estadão

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