54,9% acreditam que existe 'mulher para casar', diz pesquisa


Segundo autores do estudo, respostas mostram noção estereotipada

Por Ligia Formenti

BRASÍLIA - A pesquisa feita pelo Ipea estampa também o quanto a sociedade brasileira é sexista. Mais da metade dos entrevistados concorda com a visão de que "há mulheres feitas para casar e outras para levar para cama". Também surpreende os porcentuais daqueles que acreditam, total ou parcialmente, que mulher casada deve satisfazer sexualmente o marido, mesmo quando não tem vontade: 38,5% concordam total ou parcialmente com essa afirmação.

Além disso, quase 64% dos entrevistados acham que "homens devem ser a cabeça do lar". Também a maioria (79%) concordou total ou parcialmente com a ideia de que "toda mulher sonha em se casar". Algo que, para os autores, estampa a noção estereotipada sobre desejos e ideais das mulheres.

O pensamento não destoa da condescendência apresentada pelos brasileiros em relação às brigas familiares. Embora digam que lugar de agressor de mulher é na prisão, a maioria (82%) dos entrevistados concorda com a frase de que "o que acontece com o casal em casa não interessa aos outros". Nessa linha, 78,7% dizem que "em briga de marido e mulher não se mete a colher" e 89%, que "roupa suja se lava em casa".

continua após a publicidade

Serviço insuficiente. A secretária de Enfrentamento à Violência Contra as Mulheres, Aparecida Gonçalves, observa a frágil estrutura existente para amparar a mulher que recorre aos serviços públicos para ver punido o seu agressor. "Há 521 delegacias e espaços de atendimento. Um número insuficiente", observa. Ela lembra também que boa parte dos serviços está concentrada em determinadas regiões. Como exemplo, cita o caso do Rio. O Estado dispõe de nove serviços especializados - dos quais sete estão na capital.

"É preciso ter um sistema de atendimento. Um órgão sozinho não conta. Hospitais precisam estar preparados para fazer o atendimento, coletar vestígios de violência sexual para que, se necessário, eles possam, em uma outra etapa, serem avaliados pelos peritos", afirmou Aparecida.

 

continua após a publicidade

BRASÍLIA - A pesquisa feita pelo Ipea estampa também o quanto a sociedade brasileira é sexista. Mais da metade dos entrevistados concorda com a visão de que "há mulheres feitas para casar e outras para levar para cama". Também surpreende os porcentuais daqueles que acreditam, total ou parcialmente, que mulher casada deve satisfazer sexualmente o marido, mesmo quando não tem vontade: 38,5% concordam total ou parcialmente com essa afirmação.

Além disso, quase 64% dos entrevistados acham que "homens devem ser a cabeça do lar". Também a maioria (79%) concordou total ou parcialmente com a ideia de que "toda mulher sonha em se casar". Algo que, para os autores, estampa a noção estereotipada sobre desejos e ideais das mulheres.

O pensamento não destoa da condescendência apresentada pelos brasileiros em relação às brigas familiares. Embora digam que lugar de agressor de mulher é na prisão, a maioria (82%) dos entrevistados concorda com a frase de que "o que acontece com o casal em casa não interessa aos outros". Nessa linha, 78,7% dizem que "em briga de marido e mulher não se mete a colher" e 89%, que "roupa suja se lava em casa".

Serviço insuficiente. A secretária de Enfrentamento à Violência Contra as Mulheres, Aparecida Gonçalves, observa a frágil estrutura existente para amparar a mulher que recorre aos serviços públicos para ver punido o seu agressor. "Há 521 delegacias e espaços de atendimento. Um número insuficiente", observa. Ela lembra também que boa parte dos serviços está concentrada em determinadas regiões. Como exemplo, cita o caso do Rio. O Estado dispõe de nove serviços especializados - dos quais sete estão na capital.

"É preciso ter um sistema de atendimento. Um órgão sozinho não conta. Hospitais precisam estar preparados para fazer o atendimento, coletar vestígios de violência sexual para que, se necessário, eles possam, em uma outra etapa, serem avaliados pelos peritos", afirmou Aparecida.

 

BRASÍLIA - A pesquisa feita pelo Ipea estampa também o quanto a sociedade brasileira é sexista. Mais da metade dos entrevistados concorda com a visão de que "há mulheres feitas para casar e outras para levar para cama". Também surpreende os porcentuais daqueles que acreditam, total ou parcialmente, que mulher casada deve satisfazer sexualmente o marido, mesmo quando não tem vontade: 38,5% concordam total ou parcialmente com essa afirmação.

Além disso, quase 64% dos entrevistados acham que "homens devem ser a cabeça do lar". Também a maioria (79%) concordou total ou parcialmente com a ideia de que "toda mulher sonha em se casar". Algo que, para os autores, estampa a noção estereotipada sobre desejos e ideais das mulheres.

O pensamento não destoa da condescendência apresentada pelos brasileiros em relação às brigas familiares. Embora digam que lugar de agressor de mulher é na prisão, a maioria (82%) dos entrevistados concorda com a frase de que "o que acontece com o casal em casa não interessa aos outros". Nessa linha, 78,7% dizem que "em briga de marido e mulher não se mete a colher" e 89%, que "roupa suja se lava em casa".

Serviço insuficiente. A secretária de Enfrentamento à Violência Contra as Mulheres, Aparecida Gonçalves, observa a frágil estrutura existente para amparar a mulher que recorre aos serviços públicos para ver punido o seu agressor. "Há 521 delegacias e espaços de atendimento. Um número insuficiente", observa. Ela lembra também que boa parte dos serviços está concentrada em determinadas regiões. Como exemplo, cita o caso do Rio. O Estado dispõe de nove serviços especializados - dos quais sete estão na capital.

"É preciso ter um sistema de atendimento. Um órgão sozinho não conta. Hospitais precisam estar preparados para fazer o atendimento, coletar vestígios de violência sexual para que, se necessário, eles possam, em uma outra etapa, serem avaliados pelos peritos", afirmou Aparecida.

 

BRASÍLIA - A pesquisa feita pelo Ipea estampa também o quanto a sociedade brasileira é sexista. Mais da metade dos entrevistados concorda com a visão de que "há mulheres feitas para casar e outras para levar para cama". Também surpreende os porcentuais daqueles que acreditam, total ou parcialmente, que mulher casada deve satisfazer sexualmente o marido, mesmo quando não tem vontade: 38,5% concordam total ou parcialmente com essa afirmação.

Além disso, quase 64% dos entrevistados acham que "homens devem ser a cabeça do lar". Também a maioria (79%) concordou total ou parcialmente com a ideia de que "toda mulher sonha em se casar". Algo que, para os autores, estampa a noção estereotipada sobre desejos e ideais das mulheres.

O pensamento não destoa da condescendência apresentada pelos brasileiros em relação às brigas familiares. Embora digam que lugar de agressor de mulher é na prisão, a maioria (82%) dos entrevistados concorda com a frase de que "o que acontece com o casal em casa não interessa aos outros". Nessa linha, 78,7% dizem que "em briga de marido e mulher não se mete a colher" e 89%, que "roupa suja se lava em casa".

Serviço insuficiente. A secretária de Enfrentamento à Violência Contra as Mulheres, Aparecida Gonçalves, observa a frágil estrutura existente para amparar a mulher que recorre aos serviços públicos para ver punido o seu agressor. "Há 521 delegacias e espaços de atendimento. Um número insuficiente", observa. Ela lembra também que boa parte dos serviços está concentrada em determinadas regiões. Como exemplo, cita o caso do Rio. O Estado dispõe de nove serviços especializados - dos quais sete estão na capital.

"É preciso ter um sistema de atendimento. Um órgão sozinho não conta. Hospitais precisam estar preparados para fazer o atendimento, coletar vestígios de violência sexual para que, se necessário, eles possam, em uma outra etapa, serem avaliados pelos peritos", afirmou Aparecida.

 

Atualizamos nossa política de cookies

Ao utilizar nossos serviços, você aceita a política de monitoramento de cookies.