Absolvição parcial assusta familiares


Após leitura de sentença, parentes concluem que processo segue

Por Vitor Hugo Brandalise

Entre familiares das vítimas do acidente do vôo Gol 1907, que deixou 154 mortos na segunda maior tragédia da aviação brasileira, a notícia da absolvição parcial dos pilotos americanos Joseph Lepore e Jan Paul Paladino, causou um "grande choque inicial", depois transformado em "pequeno alívio". "A princípio, a notícia caiu como uma bomba, as famílias achando que os pilotos seriam absolvidos de todas as sentenças criminais", disse Angelita de Marchi, presidente da Associação Familiares e Amigos do Vôo 1907. "Depois, ao sabermos exatamente do teor do documento, tive a impressão de que o processo está simplesmente tendo seu prosseguimento." Após ler o despacho do juiz Murilo Mendes, da Vara Federal de Sinop (MT), Angelita afirmou que a reivindicação principal das famílias não deve mudar: "Vamos continuar tentando, com a anexação do relatório da Aeronáutica sobre as causas do acidente ao processo (que será apresentado às famílias hoje, em Brasília), modificar a qualificação da pena do crime de homicídio culposo para homicídio doloso." E conclui: "Se há comprovação de que os equipamentos estavam perfeitos, que as falhas não foram mecânicas, mas humanas, a qualificação do crime tem de mudar." Mesmo tendo deixado de lado a sensação inicial de que a absolvição era "absurda", familiares das vítimas continuavam com uma dúvida: por que o juiz Murilo Mendes despachou a absolvição parcial dos pilotos exatamente um dia antes da apresentação do relatório às famílias? "Foi um choque, uma total falta de respeito", disse Anne Caroline Rickli, secretária-geral da associação. "Aliás, é mais do que falta de respeito: é um juiz que desconsidera possíveis provas antes mesmo de vê-las." Em seu despacho, o juiz Mendes escreveu que o conteúdo do laudo da Aeronáutica não teria eficácia processual. "Não é um laudo produzido sob o crivo do contraditório judicial. Portanto, não poderia o juiz examiná-lo e a ele fazer referência para uma ou outra conclusão que chegasse", escreveu. O relatório, elaborado pelo Centro de Investigação e Prevenção de Acidentes Aeronáuticos (Cenipa), será apresentado hoje, em Brasília. Familiares de vítimas de Manaus, Recife e São Paulo confirmaram presença. INDENIZAÇÕES A Gol Linhas Aéreas informou, por meio de nota, que das 110 famílias que procuraram a companhia, 92 fecharam acordos - um total de 286 pessoas, entre pais, mães, filhos e mulheres. Nos 92 acordos realizados, 195 pessoas já receberam a indenização e outras 91 vão recebê-la, mas aguardam homologação dos processos. Os valores não foram divulgados. FRASE Angelita de Marchi Presidente da Associação "Ao saber do teor do documento, tive impressão de que o processo está simplesmente andando"

Entre familiares das vítimas do acidente do vôo Gol 1907, que deixou 154 mortos na segunda maior tragédia da aviação brasileira, a notícia da absolvição parcial dos pilotos americanos Joseph Lepore e Jan Paul Paladino, causou um "grande choque inicial", depois transformado em "pequeno alívio". "A princípio, a notícia caiu como uma bomba, as famílias achando que os pilotos seriam absolvidos de todas as sentenças criminais", disse Angelita de Marchi, presidente da Associação Familiares e Amigos do Vôo 1907. "Depois, ao sabermos exatamente do teor do documento, tive a impressão de que o processo está simplesmente tendo seu prosseguimento." Após ler o despacho do juiz Murilo Mendes, da Vara Federal de Sinop (MT), Angelita afirmou que a reivindicação principal das famílias não deve mudar: "Vamos continuar tentando, com a anexação do relatório da Aeronáutica sobre as causas do acidente ao processo (que será apresentado às famílias hoje, em Brasília), modificar a qualificação da pena do crime de homicídio culposo para homicídio doloso." E conclui: "Se há comprovação de que os equipamentos estavam perfeitos, que as falhas não foram mecânicas, mas humanas, a qualificação do crime tem de mudar." Mesmo tendo deixado de lado a sensação inicial de que a absolvição era "absurda", familiares das vítimas continuavam com uma dúvida: por que o juiz Murilo Mendes despachou a absolvição parcial dos pilotos exatamente um dia antes da apresentação do relatório às famílias? "Foi um choque, uma total falta de respeito", disse Anne Caroline Rickli, secretária-geral da associação. "Aliás, é mais do que falta de respeito: é um juiz que desconsidera possíveis provas antes mesmo de vê-las." Em seu despacho, o juiz Mendes escreveu que o conteúdo do laudo da Aeronáutica não teria eficácia processual. "Não é um laudo produzido sob o crivo do contraditório judicial. Portanto, não poderia o juiz examiná-lo e a ele fazer referência para uma ou outra conclusão que chegasse", escreveu. O relatório, elaborado pelo Centro de Investigação e Prevenção de Acidentes Aeronáuticos (Cenipa), será apresentado hoje, em Brasília. Familiares de vítimas de Manaus, Recife e São Paulo confirmaram presença. INDENIZAÇÕES A Gol Linhas Aéreas informou, por meio de nota, que das 110 famílias que procuraram a companhia, 92 fecharam acordos - um total de 286 pessoas, entre pais, mães, filhos e mulheres. Nos 92 acordos realizados, 195 pessoas já receberam a indenização e outras 91 vão recebê-la, mas aguardam homologação dos processos. Os valores não foram divulgados. FRASE Angelita de Marchi Presidente da Associação "Ao saber do teor do documento, tive impressão de que o processo está simplesmente andando"

Entre familiares das vítimas do acidente do vôo Gol 1907, que deixou 154 mortos na segunda maior tragédia da aviação brasileira, a notícia da absolvição parcial dos pilotos americanos Joseph Lepore e Jan Paul Paladino, causou um "grande choque inicial", depois transformado em "pequeno alívio". "A princípio, a notícia caiu como uma bomba, as famílias achando que os pilotos seriam absolvidos de todas as sentenças criminais", disse Angelita de Marchi, presidente da Associação Familiares e Amigos do Vôo 1907. "Depois, ao sabermos exatamente do teor do documento, tive a impressão de que o processo está simplesmente tendo seu prosseguimento." Após ler o despacho do juiz Murilo Mendes, da Vara Federal de Sinop (MT), Angelita afirmou que a reivindicação principal das famílias não deve mudar: "Vamos continuar tentando, com a anexação do relatório da Aeronáutica sobre as causas do acidente ao processo (que será apresentado às famílias hoje, em Brasília), modificar a qualificação da pena do crime de homicídio culposo para homicídio doloso." E conclui: "Se há comprovação de que os equipamentos estavam perfeitos, que as falhas não foram mecânicas, mas humanas, a qualificação do crime tem de mudar." Mesmo tendo deixado de lado a sensação inicial de que a absolvição era "absurda", familiares das vítimas continuavam com uma dúvida: por que o juiz Murilo Mendes despachou a absolvição parcial dos pilotos exatamente um dia antes da apresentação do relatório às famílias? "Foi um choque, uma total falta de respeito", disse Anne Caroline Rickli, secretária-geral da associação. "Aliás, é mais do que falta de respeito: é um juiz que desconsidera possíveis provas antes mesmo de vê-las." Em seu despacho, o juiz Mendes escreveu que o conteúdo do laudo da Aeronáutica não teria eficácia processual. "Não é um laudo produzido sob o crivo do contraditório judicial. Portanto, não poderia o juiz examiná-lo e a ele fazer referência para uma ou outra conclusão que chegasse", escreveu. O relatório, elaborado pelo Centro de Investigação e Prevenção de Acidentes Aeronáuticos (Cenipa), será apresentado hoje, em Brasília. Familiares de vítimas de Manaus, Recife e São Paulo confirmaram presença. INDENIZAÇÕES A Gol Linhas Aéreas informou, por meio de nota, que das 110 famílias que procuraram a companhia, 92 fecharam acordos - um total de 286 pessoas, entre pais, mães, filhos e mulheres. Nos 92 acordos realizados, 195 pessoas já receberam a indenização e outras 91 vão recebê-la, mas aguardam homologação dos processos. Os valores não foram divulgados. FRASE Angelita de Marchi Presidente da Associação "Ao saber do teor do documento, tive impressão de que o processo está simplesmente andando"

Entre familiares das vítimas do acidente do vôo Gol 1907, que deixou 154 mortos na segunda maior tragédia da aviação brasileira, a notícia da absolvição parcial dos pilotos americanos Joseph Lepore e Jan Paul Paladino, causou um "grande choque inicial", depois transformado em "pequeno alívio". "A princípio, a notícia caiu como uma bomba, as famílias achando que os pilotos seriam absolvidos de todas as sentenças criminais", disse Angelita de Marchi, presidente da Associação Familiares e Amigos do Vôo 1907. "Depois, ao sabermos exatamente do teor do documento, tive a impressão de que o processo está simplesmente tendo seu prosseguimento." Após ler o despacho do juiz Murilo Mendes, da Vara Federal de Sinop (MT), Angelita afirmou que a reivindicação principal das famílias não deve mudar: "Vamos continuar tentando, com a anexação do relatório da Aeronáutica sobre as causas do acidente ao processo (que será apresentado às famílias hoje, em Brasília), modificar a qualificação da pena do crime de homicídio culposo para homicídio doloso." E conclui: "Se há comprovação de que os equipamentos estavam perfeitos, que as falhas não foram mecânicas, mas humanas, a qualificação do crime tem de mudar." Mesmo tendo deixado de lado a sensação inicial de que a absolvição era "absurda", familiares das vítimas continuavam com uma dúvida: por que o juiz Murilo Mendes despachou a absolvição parcial dos pilotos exatamente um dia antes da apresentação do relatório às famílias? "Foi um choque, uma total falta de respeito", disse Anne Caroline Rickli, secretária-geral da associação. "Aliás, é mais do que falta de respeito: é um juiz que desconsidera possíveis provas antes mesmo de vê-las." Em seu despacho, o juiz Mendes escreveu que o conteúdo do laudo da Aeronáutica não teria eficácia processual. "Não é um laudo produzido sob o crivo do contraditório judicial. Portanto, não poderia o juiz examiná-lo e a ele fazer referência para uma ou outra conclusão que chegasse", escreveu. O relatório, elaborado pelo Centro de Investigação e Prevenção de Acidentes Aeronáuticos (Cenipa), será apresentado hoje, em Brasília. Familiares de vítimas de Manaus, Recife e São Paulo confirmaram presença. INDENIZAÇÕES A Gol Linhas Aéreas informou, por meio de nota, que das 110 famílias que procuraram a companhia, 92 fecharam acordos - um total de 286 pessoas, entre pais, mães, filhos e mulheres. Nos 92 acordos realizados, 195 pessoas já receberam a indenização e outras 91 vão recebê-la, mas aguardam homologação dos processos. Os valores não foram divulgados. FRASE Angelita de Marchi Presidente da Associação "Ao saber do teor do documento, tive impressão de que o processo está simplesmente andando"

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