Acadêmico doa um terço de sua renda e pede que outros sigam exemplo


Campanha de Toby Ord pede que pessoas doem pelo menos 10% dos rendimentos para caridade

Por BBC Brasil

Um acadêmico australiano doa cerca de um terço de todos os seus rendimentos como parte de uma campanha para que outras pessoas sigam seu exemplo e contribuam mais com instituições de caridade. Toby Ord, 31 anos, doou em 2009 10 mil libras (R$ 27 mil) das 25,3 mil libras (cerca de R$ 68 mil) que recebeu de seu empregador, a faculdade de Balliol - integrante da Universidade de Oxford, na Grã-Bretanha. Além disto, o acadêmico também doou 15 mil libras (R$ 38 mil) de suas economias. O seu objetivo é doar pelo menos 1 milhão de libras (R$ 2,7 milhão) durante sua vida. Ele deu início a uma campanha chamada Giving What We Can ("Dando o que Nós Podemos", em inglês), na qual pede que cada participante doe pelo menos 10% de suas rendas anuais para caridade. Um ano depois de ser lançada, a campanha já conseguiu 64 seguidores, com uma arrecadação prevista de 14 milhões de libras (R$ 37,8 milhões). "Quando eu ganhava 14 mil libras por ano como estudante, descobri que estava entre os 4% de pessoas mais ricas do mundo", disse Ord à BBC. "Doando 10% disto, vi que eu ainda estaria entre os 5% mais ricos. Assim, enquanto parece impossível viver com menos do que isso, se o seu empregador está disposto a pagar menos do que isso, você ainda assim consegue se virar". Vida modesta Com o orçamento limitado pelas doações, Ord e sua mulher, a médica Bernadette Young, vivem em um apartamento de um quarto no centro de Oxford, alugado pela faculdade Balliol. O repórter da BBC News Magazine Tom Geoghegan afirma que, embora o exterior da casa do casal seja belo e imponente, o interior tem uma decoração modesta, com poucos móveis. O apartamento não tem aparelho de TV (por opção de Ord), mas é repleto de livros e DVDs. O único luxo aparente são dois computadores MacIntosh. Além disto, o acadêmico também tem um IPhone, que usa para trabalhar. Dos pouco mais de 2 mil libras (R$ 5,4 mil) que Ord ganha por mês como salário bruto, ele gasta 334 com despesas gerais, 416 com aluguel, economiza 500 e doa mais de 800 para a caridade. O australiano diz que janta fora de casa uma vez a cada 15 dias. Já para um simples café, ele sai apenas uma vez por semana. "O que é realmente importante nas nossas vidas é passar tempo juntos, conversar com os nossos melhores amigos, ler belos livros e ouvir belas músicas", diz Ord. "Nós temos muita sorte de viver em um belo lugar, com várias atividades culturais estimulantes à nossa volta. Com tudo isso, não se pode pedir muito mais." Programas de caridade Ord doa seu dinheiro para um programa de controle da esquistossomose e para uma campanha em favor do combate à tuberculose na África e no sul da Ásia. "Algumas pessoas acham que o mais importante é ajudar as pessoas que estão na pior situação. Eu acho que nem sempre é este o caso. O que é realmente importante é ajudar as pessoas na medida do possível", diz o acadêmico. "Muitas vezes as pessoas em pior situação são as mais fáceis de ajudar, mas nem sempre."

 

 

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Um acadêmico australiano doa cerca de um terço de todos os seus rendimentos como parte de uma campanha para que outras pessoas sigam seu exemplo e contribuam mais com instituições de caridade. Toby Ord, 31 anos, doou em 2009 10 mil libras (R$ 27 mil) das 25,3 mil libras (cerca de R$ 68 mil) que recebeu de seu empregador, a faculdade de Balliol - integrante da Universidade de Oxford, na Grã-Bretanha. Além disto, o acadêmico também doou 15 mil libras (R$ 38 mil) de suas economias. O seu objetivo é doar pelo menos 1 milhão de libras (R$ 2,7 milhão) durante sua vida. Ele deu início a uma campanha chamada Giving What We Can ("Dando o que Nós Podemos", em inglês), na qual pede que cada participante doe pelo menos 10% de suas rendas anuais para caridade. Um ano depois de ser lançada, a campanha já conseguiu 64 seguidores, com uma arrecadação prevista de 14 milhões de libras (R$ 37,8 milhões). "Quando eu ganhava 14 mil libras por ano como estudante, descobri que estava entre os 4% de pessoas mais ricas do mundo", disse Ord à BBC. "Doando 10% disto, vi que eu ainda estaria entre os 5% mais ricos. Assim, enquanto parece impossível viver com menos do que isso, se o seu empregador está disposto a pagar menos do que isso, você ainda assim consegue se virar". Vida modesta Com o orçamento limitado pelas doações, Ord e sua mulher, a médica Bernadette Young, vivem em um apartamento de um quarto no centro de Oxford, alugado pela faculdade Balliol. O repórter da BBC News Magazine Tom Geoghegan afirma que, embora o exterior da casa do casal seja belo e imponente, o interior tem uma decoração modesta, com poucos móveis. O apartamento não tem aparelho de TV (por opção de Ord), mas é repleto de livros e DVDs. O único luxo aparente são dois computadores MacIntosh. Além disto, o acadêmico também tem um IPhone, que usa para trabalhar. Dos pouco mais de 2 mil libras (R$ 5,4 mil) que Ord ganha por mês como salário bruto, ele gasta 334 com despesas gerais, 416 com aluguel, economiza 500 e doa mais de 800 para a caridade. O australiano diz que janta fora de casa uma vez a cada 15 dias. Já para um simples café, ele sai apenas uma vez por semana. "O que é realmente importante nas nossas vidas é passar tempo juntos, conversar com os nossos melhores amigos, ler belos livros e ouvir belas músicas", diz Ord. "Nós temos muita sorte de viver em um belo lugar, com várias atividades culturais estimulantes à nossa volta. Com tudo isso, não se pode pedir muito mais." Programas de caridade Ord doa seu dinheiro para um programa de controle da esquistossomose e para uma campanha em favor do combate à tuberculose na África e no sul da Ásia. "Algumas pessoas acham que o mais importante é ajudar as pessoas que estão na pior situação. Eu acho que nem sempre é este o caso. O que é realmente importante é ajudar as pessoas na medida do possível", diz o acadêmico. "Muitas vezes as pessoas em pior situação são as mais fáceis de ajudar, mas nem sempre."

 

 

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Um acadêmico australiano doa cerca de um terço de todos os seus rendimentos como parte de uma campanha para que outras pessoas sigam seu exemplo e contribuam mais com instituições de caridade. Toby Ord, 31 anos, doou em 2009 10 mil libras (R$ 27 mil) das 25,3 mil libras (cerca de R$ 68 mil) que recebeu de seu empregador, a faculdade de Balliol - integrante da Universidade de Oxford, na Grã-Bretanha. Além disto, o acadêmico também doou 15 mil libras (R$ 38 mil) de suas economias. O seu objetivo é doar pelo menos 1 milhão de libras (R$ 2,7 milhão) durante sua vida. Ele deu início a uma campanha chamada Giving What We Can ("Dando o que Nós Podemos", em inglês), na qual pede que cada participante doe pelo menos 10% de suas rendas anuais para caridade. Um ano depois de ser lançada, a campanha já conseguiu 64 seguidores, com uma arrecadação prevista de 14 milhões de libras (R$ 37,8 milhões). "Quando eu ganhava 14 mil libras por ano como estudante, descobri que estava entre os 4% de pessoas mais ricas do mundo", disse Ord à BBC. "Doando 10% disto, vi que eu ainda estaria entre os 5% mais ricos. Assim, enquanto parece impossível viver com menos do que isso, se o seu empregador está disposto a pagar menos do que isso, você ainda assim consegue se virar". Vida modesta Com o orçamento limitado pelas doações, Ord e sua mulher, a médica Bernadette Young, vivem em um apartamento de um quarto no centro de Oxford, alugado pela faculdade Balliol. O repórter da BBC News Magazine Tom Geoghegan afirma que, embora o exterior da casa do casal seja belo e imponente, o interior tem uma decoração modesta, com poucos móveis. O apartamento não tem aparelho de TV (por opção de Ord), mas é repleto de livros e DVDs. O único luxo aparente são dois computadores MacIntosh. Além disto, o acadêmico também tem um IPhone, que usa para trabalhar. Dos pouco mais de 2 mil libras (R$ 5,4 mil) que Ord ganha por mês como salário bruto, ele gasta 334 com despesas gerais, 416 com aluguel, economiza 500 e doa mais de 800 para a caridade. O australiano diz que janta fora de casa uma vez a cada 15 dias. Já para um simples café, ele sai apenas uma vez por semana. "O que é realmente importante nas nossas vidas é passar tempo juntos, conversar com os nossos melhores amigos, ler belos livros e ouvir belas músicas", diz Ord. "Nós temos muita sorte de viver em um belo lugar, com várias atividades culturais estimulantes à nossa volta. Com tudo isso, não se pode pedir muito mais." Programas de caridade Ord doa seu dinheiro para um programa de controle da esquistossomose e para uma campanha em favor do combate à tuberculose na África e no sul da Ásia. "Algumas pessoas acham que o mais importante é ajudar as pessoas que estão na pior situação. Eu acho que nem sempre é este o caso. O que é realmente importante é ajudar as pessoas na medida do possível", diz o acadêmico. "Muitas vezes as pessoas em pior situação são as mais fáceis de ajudar, mas nem sempre."

 

 

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Um acadêmico australiano doa cerca de um terço de todos os seus rendimentos como parte de uma campanha para que outras pessoas sigam seu exemplo e contribuam mais com instituições de caridade. Toby Ord, 31 anos, doou em 2009 10 mil libras (R$ 27 mil) das 25,3 mil libras (cerca de R$ 68 mil) que recebeu de seu empregador, a faculdade de Balliol - integrante da Universidade de Oxford, na Grã-Bretanha. Além disto, o acadêmico também doou 15 mil libras (R$ 38 mil) de suas economias. O seu objetivo é doar pelo menos 1 milhão de libras (R$ 2,7 milhão) durante sua vida. Ele deu início a uma campanha chamada Giving What We Can ("Dando o que Nós Podemos", em inglês), na qual pede que cada participante doe pelo menos 10% de suas rendas anuais para caridade. Um ano depois de ser lançada, a campanha já conseguiu 64 seguidores, com uma arrecadação prevista de 14 milhões de libras (R$ 37,8 milhões). "Quando eu ganhava 14 mil libras por ano como estudante, descobri que estava entre os 4% de pessoas mais ricas do mundo", disse Ord à BBC. "Doando 10% disto, vi que eu ainda estaria entre os 5% mais ricos. Assim, enquanto parece impossível viver com menos do que isso, se o seu empregador está disposto a pagar menos do que isso, você ainda assim consegue se virar". Vida modesta Com o orçamento limitado pelas doações, Ord e sua mulher, a médica Bernadette Young, vivem em um apartamento de um quarto no centro de Oxford, alugado pela faculdade Balliol. O repórter da BBC News Magazine Tom Geoghegan afirma que, embora o exterior da casa do casal seja belo e imponente, o interior tem uma decoração modesta, com poucos móveis. O apartamento não tem aparelho de TV (por opção de Ord), mas é repleto de livros e DVDs. O único luxo aparente são dois computadores MacIntosh. Além disto, o acadêmico também tem um IPhone, que usa para trabalhar. Dos pouco mais de 2 mil libras (R$ 5,4 mil) que Ord ganha por mês como salário bruto, ele gasta 334 com despesas gerais, 416 com aluguel, economiza 500 e doa mais de 800 para a caridade. O australiano diz que janta fora de casa uma vez a cada 15 dias. Já para um simples café, ele sai apenas uma vez por semana. "O que é realmente importante nas nossas vidas é passar tempo juntos, conversar com os nossos melhores amigos, ler belos livros e ouvir belas músicas", diz Ord. "Nós temos muita sorte de viver em um belo lugar, com várias atividades culturais estimulantes à nossa volta. Com tudo isso, não se pode pedir muito mais." Programas de caridade Ord doa seu dinheiro para um programa de controle da esquistossomose e para uma campanha em favor do combate à tuberculose na África e no sul da Ásia. "Algumas pessoas acham que o mais importante é ajudar as pessoas que estão na pior situação. Eu acho que nem sempre é este o caso. O que é realmente importante é ajudar as pessoas na medida do possível", diz o acadêmico. "Muitas vezes as pessoas em pior situação são as mais fáceis de ajudar, mas nem sempre."

 

 

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