A Polícia Civil decidiu soltar a advogada Mônica Fiore Hernandes, de 35 anos, presa no dia 23 durante operação que desarticulou a cúpula do Primeiro Comando da Capital (PCC), facção criminosa que age dentro e fora das cadeias. Mônica foi indiciada por formação de quadrilha pela Divisão de Investigações sobre Crimes contra o Patrimônio e estava com a prisão temporária decretada até 7 de junho. Ela foi solta porque a polícia entendeu que não havia prova clara do envolvimento dela em crimes graves praticados pelo PCC. Já os advogados Anselmo Neves Maia e Leyla Maria Alambert, que também foram presos na semana passada, devem permanecer na cadeia. Após o término do prazo da prisão temporária, o Departamento de Investigações Sobre o Crime Organizado (Deic) vai pedir a prisão preventiva dos dois. Maia, que é advogado do PCC e candidato a deputado federal pelo PMN, é suspeito de participação na tentativa de assassinato do agente penitenciário Ronaldo Cain Zedan ? que levou três tiros mas sobreviveu ? e no ataque a uma delegacia de Sumaré, no interior, que terminou com a morte de dois policiais civis. Leyla é suspeita de participar de um seqüestro feito pelo PCC na Baixada Santista. As provas contra os advogados foram conseguidas através de escutas telefônicas realizadas com autorização do Judiciário.
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