Africanos tentam superar a fama da máfia que os persegue


Por Agencia Estado

Para alguns imigrantes, estar em São Paulo hoje motiva sentimentos de desânimo, revolta e injustiça. "Os bons pagam pelos maus", diz o missionário nigeriano Utibe Essei. A colônia africana cresce na capital paulista, mas considera que o envolvimento de alguns com o crime organizado vem manchando a imagem de todos e causando discriminação. Como reação, escondem-se e evitam até mesmo dar seus nomes ou falar com quem não seja compatriota. Os africanos fazem seu cotidiano girar em torno do quadrilátero formado pelas Avenidas São João, Duque de Caxias, Rio Branco e Ipiranga, na região central. Em bares, barbearias, restaurantes e igrejas, é possível identificá-los. O mais difícil é achar quem se disponha a falar. Os poucos que concordam em conversar - sempre carregando no sotaque - dizem estar sendo discriminados pela polícia. "Eles (os policiais) tratam todos como se fossem bandidos e ainda roubam o que a gente têm", afirma, sem se identificar, um professor de inglês, de Guiné Bissau. Para Essei, muitos africanos inocentes acabam presos, com poucas chances de defesa. "Alguns mal falam português e não conseguem explicar o que aconteceu. Acabam esquecidos na prisão" afirma. A generalização motiva mais queixas, com tom patriótico. "Aqui no Brasil, vivem africanos de todas as partes, mas quando alguém vai preso, logo dizem que é nigeriano. Não sei o que há contra nosso país. Nossas nações sempre foram irmãs." De acordo com o Ministério das Relações Exteriores, o Brasil tem um acordo de cooperação cientifica e técnica com a África desde 1979. Mas foi só a partir de 1983, com a concessão de bolsas de estudos e acesso facilitado a cursos universitários que o número de imigrantes começou a aumentar. Todo o processo é feito por meio das embaixadas brasileiras. Os candidatos têm de comprovar que foram aceitos por alguma instituição educacional e apresentar atestados de bons antecedentes. Os imigrantes ainda precisam mostrar condições de se manter financeiramente, uma vez que o trabalho por aqui é proibido. Trabalho - A última exigência, porém, nem sempre é respeitada. Muitos africanos trabalham informalmente, quase sempre como professores de idiomas, ou no comércio. Mas há quem consiga estabelecer-se em definitivo por aqui, em geral por meio do casamento com uma brasileira. De acordo com Frank, o que atrai essas pessoas é justamente a esperança de conseguir trabalho. "Elas pagam caro para chegar ao Brasil e quase sempre acabam se decepcionando. Depois, não têm mais condições de retornar", diz. "O desemprego está terrível e é ainda pior para o estrangeiro." Essa falta de perspectiva seria o principal motivo do envolvimento em atividades ilícitas. Mas o pastor assegura que isso ocorre com uma minoria. "O nigeriano é muito temente a Deus. Ele sabe que todo o mal tem volta."

Para alguns imigrantes, estar em São Paulo hoje motiva sentimentos de desânimo, revolta e injustiça. "Os bons pagam pelos maus", diz o missionário nigeriano Utibe Essei. A colônia africana cresce na capital paulista, mas considera que o envolvimento de alguns com o crime organizado vem manchando a imagem de todos e causando discriminação. Como reação, escondem-se e evitam até mesmo dar seus nomes ou falar com quem não seja compatriota. Os africanos fazem seu cotidiano girar em torno do quadrilátero formado pelas Avenidas São João, Duque de Caxias, Rio Branco e Ipiranga, na região central. Em bares, barbearias, restaurantes e igrejas, é possível identificá-los. O mais difícil é achar quem se disponha a falar. Os poucos que concordam em conversar - sempre carregando no sotaque - dizem estar sendo discriminados pela polícia. "Eles (os policiais) tratam todos como se fossem bandidos e ainda roubam o que a gente têm", afirma, sem se identificar, um professor de inglês, de Guiné Bissau. Para Essei, muitos africanos inocentes acabam presos, com poucas chances de defesa. "Alguns mal falam português e não conseguem explicar o que aconteceu. Acabam esquecidos na prisão" afirma. A generalização motiva mais queixas, com tom patriótico. "Aqui no Brasil, vivem africanos de todas as partes, mas quando alguém vai preso, logo dizem que é nigeriano. Não sei o que há contra nosso país. Nossas nações sempre foram irmãs." De acordo com o Ministério das Relações Exteriores, o Brasil tem um acordo de cooperação cientifica e técnica com a África desde 1979. Mas foi só a partir de 1983, com a concessão de bolsas de estudos e acesso facilitado a cursos universitários que o número de imigrantes começou a aumentar. Todo o processo é feito por meio das embaixadas brasileiras. Os candidatos têm de comprovar que foram aceitos por alguma instituição educacional e apresentar atestados de bons antecedentes. Os imigrantes ainda precisam mostrar condições de se manter financeiramente, uma vez que o trabalho por aqui é proibido. Trabalho - A última exigência, porém, nem sempre é respeitada. Muitos africanos trabalham informalmente, quase sempre como professores de idiomas, ou no comércio. Mas há quem consiga estabelecer-se em definitivo por aqui, em geral por meio do casamento com uma brasileira. De acordo com Frank, o que atrai essas pessoas é justamente a esperança de conseguir trabalho. "Elas pagam caro para chegar ao Brasil e quase sempre acabam se decepcionando. Depois, não têm mais condições de retornar", diz. "O desemprego está terrível e é ainda pior para o estrangeiro." Essa falta de perspectiva seria o principal motivo do envolvimento em atividades ilícitas. Mas o pastor assegura que isso ocorre com uma minoria. "O nigeriano é muito temente a Deus. Ele sabe que todo o mal tem volta."

Para alguns imigrantes, estar em São Paulo hoje motiva sentimentos de desânimo, revolta e injustiça. "Os bons pagam pelos maus", diz o missionário nigeriano Utibe Essei. A colônia africana cresce na capital paulista, mas considera que o envolvimento de alguns com o crime organizado vem manchando a imagem de todos e causando discriminação. Como reação, escondem-se e evitam até mesmo dar seus nomes ou falar com quem não seja compatriota. Os africanos fazem seu cotidiano girar em torno do quadrilátero formado pelas Avenidas São João, Duque de Caxias, Rio Branco e Ipiranga, na região central. Em bares, barbearias, restaurantes e igrejas, é possível identificá-los. O mais difícil é achar quem se disponha a falar. Os poucos que concordam em conversar - sempre carregando no sotaque - dizem estar sendo discriminados pela polícia. "Eles (os policiais) tratam todos como se fossem bandidos e ainda roubam o que a gente têm", afirma, sem se identificar, um professor de inglês, de Guiné Bissau. Para Essei, muitos africanos inocentes acabam presos, com poucas chances de defesa. "Alguns mal falam português e não conseguem explicar o que aconteceu. Acabam esquecidos na prisão" afirma. A generalização motiva mais queixas, com tom patriótico. "Aqui no Brasil, vivem africanos de todas as partes, mas quando alguém vai preso, logo dizem que é nigeriano. Não sei o que há contra nosso país. Nossas nações sempre foram irmãs." De acordo com o Ministério das Relações Exteriores, o Brasil tem um acordo de cooperação cientifica e técnica com a África desde 1979. Mas foi só a partir de 1983, com a concessão de bolsas de estudos e acesso facilitado a cursos universitários que o número de imigrantes começou a aumentar. Todo o processo é feito por meio das embaixadas brasileiras. Os candidatos têm de comprovar que foram aceitos por alguma instituição educacional e apresentar atestados de bons antecedentes. Os imigrantes ainda precisam mostrar condições de se manter financeiramente, uma vez que o trabalho por aqui é proibido. Trabalho - A última exigência, porém, nem sempre é respeitada. Muitos africanos trabalham informalmente, quase sempre como professores de idiomas, ou no comércio. Mas há quem consiga estabelecer-se em definitivo por aqui, em geral por meio do casamento com uma brasileira. De acordo com Frank, o que atrai essas pessoas é justamente a esperança de conseguir trabalho. "Elas pagam caro para chegar ao Brasil e quase sempre acabam se decepcionando. Depois, não têm mais condições de retornar", diz. "O desemprego está terrível e é ainda pior para o estrangeiro." Essa falta de perspectiva seria o principal motivo do envolvimento em atividades ilícitas. Mas o pastor assegura que isso ocorre com uma minoria. "O nigeriano é muito temente a Deus. Ele sabe que todo o mal tem volta."

Para alguns imigrantes, estar em São Paulo hoje motiva sentimentos de desânimo, revolta e injustiça. "Os bons pagam pelos maus", diz o missionário nigeriano Utibe Essei. A colônia africana cresce na capital paulista, mas considera que o envolvimento de alguns com o crime organizado vem manchando a imagem de todos e causando discriminação. Como reação, escondem-se e evitam até mesmo dar seus nomes ou falar com quem não seja compatriota. Os africanos fazem seu cotidiano girar em torno do quadrilátero formado pelas Avenidas São João, Duque de Caxias, Rio Branco e Ipiranga, na região central. Em bares, barbearias, restaurantes e igrejas, é possível identificá-los. O mais difícil é achar quem se disponha a falar. Os poucos que concordam em conversar - sempre carregando no sotaque - dizem estar sendo discriminados pela polícia. "Eles (os policiais) tratam todos como se fossem bandidos e ainda roubam o que a gente têm", afirma, sem se identificar, um professor de inglês, de Guiné Bissau. Para Essei, muitos africanos inocentes acabam presos, com poucas chances de defesa. "Alguns mal falam português e não conseguem explicar o que aconteceu. Acabam esquecidos na prisão" afirma. A generalização motiva mais queixas, com tom patriótico. "Aqui no Brasil, vivem africanos de todas as partes, mas quando alguém vai preso, logo dizem que é nigeriano. Não sei o que há contra nosso país. Nossas nações sempre foram irmãs." De acordo com o Ministério das Relações Exteriores, o Brasil tem um acordo de cooperação cientifica e técnica com a África desde 1979. Mas foi só a partir de 1983, com a concessão de bolsas de estudos e acesso facilitado a cursos universitários que o número de imigrantes começou a aumentar. Todo o processo é feito por meio das embaixadas brasileiras. Os candidatos têm de comprovar que foram aceitos por alguma instituição educacional e apresentar atestados de bons antecedentes. Os imigrantes ainda precisam mostrar condições de se manter financeiramente, uma vez que o trabalho por aqui é proibido. Trabalho - A última exigência, porém, nem sempre é respeitada. Muitos africanos trabalham informalmente, quase sempre como professores de idiomas, ou no comércio. Mas há quem consiga estabelecer-se em definitivo por aqui, em geral por meio do casamento com uma brasileira. De acordo com Frank, o que atrai essas pessoas é justamente a esperança de conseguir trabalho. "Elas pagam caro para chegar ao Brasil e quase sempre acabam se decepcionando. Depois, não têm mais condições de retornar", diz. "O desemprego está terrível e é ainda pior para o estrangeiro." Essa falta de perspectiva seria o principal motivo do envolvimento em atividades ilícitas. Mas o pastor assegura que isso ocorre com uma minoria. "O nigeriano é muito temente a Deus. Ele sabe que todo o mal tem volta."

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