Alto nível de CO2 deixa soja vulnerável a insetos, diz estudo


Alto nível de CO2 reduz 'defesa natural' de plantas, segundo cientistas.

Por Da BBC Brasil

Colheitas de soja ficam mais vulneráveis ao ataque de insetos quanto mais alta for a concentração de dióxido de carbono (CO2) na atmosfera, revela um estudo feito pela Universidade americana de Illinois. Pés de soja submetidos a altos níveis de CO2 não apenas produzem mais carboidratos - que atraem mais insetos - como perdem a capacidade de sintetizar uma substância química que atua como um mecanismo de defesa natural contra os predadores, segundo os cientistas. O experimento, publicado na edição online da revista científica Proceedings of the National Academy of Sciences, utilizou instalações que permitem expor as plantas de soja a diferentes níveis de CO2 e ozônio sem isolar a plantação de outras influências, como chuva, luz solar e insetos. Os cientistas sabiam que altos níveis de CO2 aceleram a fotossíntese e elevam a proporção de carboidratos em relação ao nitrogênio nos pés de soja. Por isso, eles já esperavam comprovar que os insetos devorariam mais plantas submetidas a CO2 para conseguir alcançar o nível de nitrogênio de que eles precisam. No experimento prático, entretanto, os resultados não apenas demonstraram a validade desta hipótese, como exibiram um efeito diferente: os insetos atraídos para as plantas submetidas a altos níveis de CO2 viviam mais e se reproduziam com mais facilidade. Para comprovar que este efeito não se deveu simplesmente ao aumento do carboidrato nas plantas, eles repetiram o experimento mantendo o nível alto de açúcares nos pés de soja, mas baixando o nível de CO2 a que eles eram submetidos. Os prejuízos causados por insetos não foram tão grandes como no primeiro caso. "O que descobrimos é que as folhas submetidas a altos níveis de CO2 perdem sua capacidade de produzir ácido jasmônico (uma substância que dificulta a digestão das folhas soja pelos insetos)", disse um dos cientistas, Evan DeLucia. "As folhas já não estão protegidas adequadamente, e todo o sistema de defesa é posto abaixo." CO2 A pesquisa é divulgada no momento em que líderes mundiais se unem à comunidade científica para discutir como conter a concentração atmosférica de CO2 para frear o aquecimento global. Algumas previsões consideradas pelos cientistas do Painel Intergovernamental sobre Mudança Climática (IPCC), da ONU, estimam que a concentração pode saltar de cerca de 380 partes por milhão (ppm) atualmente para 550 ppm até 2050. Para se ter uma idéia, a concentração era de 280 ppm nos 600 mil anos anteriores à Revolução Industrial, no século 18. Ecologistas acusam produtores de soja no Brasil e nos Estados Unidos de piorar o cenário, destruindo mata nativa e gerando gases que causam o efeito estufa. Os cientistas americanos vão agora analisar se o aumento da vulnerabilidade a insetos pode ser verificado em outras plantas expostas a altos níveis de CO2. BBC Brasil - Todos os direitos reservados. É proibido todo tipo de reprodução sem autorização por escrito da BBC.

Colheitas de soja ficam mais vulneráveis ao ataque de insetos quanto mais alta for a concentração de dióxido de carbono (CO2) na atmosfera, revela um estudo feito pela Universidade americana de Illinois. Pés de soja submetidos a altos níveis de CO2 não apenas produzem mais carboidratos - que atraem mais insetos - como perdem a capacidade de sintetizar uma substância química que atua como um mecanismo de defesa natural contra os predadores, segundo os cientistas. O experimento, publicado na edição online da revista científica Proceedings of the National Academy of Sciences, utilizou instalações que permitem expor as plantas de soja a diferentes níveis de CO2 e ozônio sem isolar a plantação de outras influências, como chuva, luz solar e insetos. Os cientistas sabiam que altos níveis de CO2 aceleram a fotossíntese e elevam a proporção de carboidratos em relação ao nitrogênio nos pés de soja. Por isso, eles já esperavam comprovar que os insetos devorariam mais plantas submetidas a CO2 para conseguir alcançar o nível de nitrogênio de que eles precisam. No experimento prático, entretanto, os resultados não apenas demonstraram a validade desta hipótese, como exibiram um efeito diferente: os insetos atraídos para as plantas submetidas a altos níveis de CO2 viviam mais e se reproduziam com mais facilidade. Para comprovar que este efeito não se deveu simplesmente ao aumento do carboidrato nas plantas, eles repetiram o experimento mantendo o nível alto de açúcares nos pés de soja, mas baixando o nível de CO2 a que eles eram submetidos. Os prejuízos causados por insetos não foram tão grandes como no primeiro caso. "O que descobrimos é que as folhas submetidas a altos níveis de CO2 perdem sua capacidade de produzir ácido jasmônico (uma substância que dificulta a digestão das folhas soja pelos insetos)", disse um dos cientistas, Evan DeLucia. "As folhas já não estão protegidas adequadamente, e todo o sistema de defesa é posto abaixo." CO2 A pesquisa é divulgada no momento em que líderes mundiais se unem à comunidade científica para discutir como conter a concentração atmosférica de CO2 para frear o aquecimento global. Algumas previsões consideradas pelos cientistas do Painel Intergovernamental sobre Mudança Climática (IPCC), da ONU, estimam que a concentração pode saltar de cerca de 380 partes por milhão (ppm) atualmente para 550 ppm até 2050. Para se ter uma idéia, a concentração era de 280 ppm nos 600 mil anos anteriores à Revolução Industrial, no século 18. Ecologistas acusam produtores de soja no Brasil e nos Estados Unidos de piorar o cenário, destruindo mata nativa e gerando gases que causam o efeito estufa. Os cientistas americanos vão agora analisar se o aumento da vulnerabilidade a insetos pode ser verificado em outras plantas expostas a altos níveis de CO2. BBC Brasil - Todos os direitos reservados. É proibido todo tipo de reprodução sem autorização por escrito da BBC.

Colheitas de soja ficam mais vulneráveis ao ataque de insetos quanto mais alta for a concentração de dióxido de carbono (CO2) na atmosfera, revela um estudo feito pela Universidade americana de Illinois. Pés de soja submetidos a altos níveis de CO2 não apenas produzem mais carboidratos - que atraem mais insetos - como perdem a capacidade de sintetizar uma substância química que atua como um mecanismo de defesa natural contra os predadores, segundo os cientistas. O experimento, publicado na edição online da revista científica Proceedings of the National Academy of Sciences, utilizou instalações que permitem expor as plantas de soja a diferentes níveis de CO2 e ozônio sem isolar a plantação de outras influências, como chuva, luz solar e insetos. Os cientistas sabiam que altos níveis de CO2 aceleram a fotossíntese e elevam a proporção de carboidratos em relação ao nitrogênio nos pés de soja. Por isso, eles já esperavam comprovar que os insetos devorariam mais plantas submetidas a CO2 para conseguir alcançar o nível de nitrogênio de que eles precisam. No experimento prático, entretanto, os resultados não apenas demonstraram a validade desta hipótese, como exibiram um efeito diferente: os insetos atraídos para as plantas submetidas a altos níveis de CO2 viviam mais e se reproduziam com mais facilidade. Para comprovar que este efeito não se deveu simplesmente ao aumento do carboidrato nas plantas, eles repetiram o experimento mantendo o nível alto de açúcares nos pés de soja, mas baixando o nível de CO2 a que eles eram submetidos. Os prejuízos causados por insetos não foram tão grandes como no primeiro caso. "O que descobrimos é que as folhas submetidas a altos níveis de CO2 perdem sua capacidade de produzir ácido jasmônico (uma substância que dificulta a digestão das folhas soja pelos insetos)", disse um dos cientistas, Evan DeLucia. "As folhas já não estão protegidas adequadamente, e todo o sistema de defesa é posto abaixo." CO2 A pesquisa é divulgada no momento em que líderes mundiais se unem à comunidade científica para discutir como conter a concentração atmosférica de CO2 para frear o aquecimento global. Algumas previsões consideradas pelos cientistas do Painel Intergovernamental sobre Mudança Climática (IPCC), da ONU, estimam que a concentração pode saltar de cerca de 380 partes por milhão (ppm) atualmente para 550 ppm até 2050. Para se ter uma idéia, a concentração era de 280 ppm nos 600 mil anos anteriores à Revolução Industrial, no século 18. Ecologistas acusam produtores de soja no Brasil e nos Estados Unidos de piorar o cenário, destruindo mata nativa e gerando gases que causam o efeito estufa. Os cientistas americanos vão agora analisar se o aumento da vulnerabilidade a insetos pode ser verificado em outras plantas expostas a altos níveis de CO2. BBC Brasil - Todos os direitos reservados. É proibido todo tipo de reprodução sem autorização por escrito da BBC.

Colheitas de soja ficam mais vulneráveis ao ataque de insetos quanto mais alta for a concentração de dióxido de carbono (CO2) na atmosfera, revela um estudo feito pela Universidade americana de Illinois. Pés de soja submetidos a altos níveis de CO2 não apenas produzem mais carboidratos - que atraem mais insetos - como perdem a capacidade de sintetizar uma substância química que atua como um mecanismo de defesa natural contra os predadores, segundo os cientistas. O experimento, publicado na edição online da revista científica Proceedings of the National Academy of Sciences, utilizou instalações que permitem expor as plantas de soja a diferentes níveis de CO2 e ozônio sem isolar a plantação de outras influências, como chuva, luz solar e insetos. Os cientistas sabiam que altos níveis de CO2 aceleram a fotossíntese e elevam a proporção de carboidratos em relação ao nitrogênio nos pés de soja. Por isso, eles já esperavam comprovar que os insetos devorariam mais plantas submetidas a CO2 para conseguir alcançar o nível de nitrogênio de que eles precisam. No experimento prático, entretanto, os resultados não apenas demonstraram a validade desta hipótese, como exibiram um efeito diferente: os insetos atraídos para as plantas submetidas a altos níveis de CO2 viviam mais e se reproduziam com mais facilidade. Para comprovar que este efeito não se deveu simplesmente ao aumento do carboidrato nas plantas, eles repetiram o experimento mantendo o nível alto de açúcares nos pés de soja, mas baixando o nível de CO2 a que eles eram submetidos. Os prejuízos causados por insetos não foram tão grandes como no primeiro caso. "O que descobrimos é que as folhas submetidas a altos níveis de CO2 perdem sua capacidade de produzir ácido jasmônico (uma substância que dificulta a digestão das folhas soja pelos insetos)", disse um dos cientistas, Evan DeLucia. "As folhas já não estão protegidas adequadamente, e todo o sistema de defesa é posto abaixo." CO2 A pesquisa é divulgada no momento em que líderes mundiais se unem à comunidade científica para discutir como conter a concentração atmosférica de CO2 para frear o aquecimento global. Algumas previsões consideradas pelos cientistas do Painel Intergovernamental sobre Mudança Climática (IPCC), da ONU, estimam que a concentração pode saltar de cerca de 380 partes por milhão (ppm) atualmente para 550 ppm até 2050. Para se ter uma idéia, a concentração era de 280 ppm nos 600 mil anos anteriores à Revolução Industrial, no século 18. Ecologistas acusam produtores de soja no Brasil e nos Estados Unidos de piorar o cenário, destruindo mata nativa e gerando gases que causam o efeito estufa. Os cientistas americanos vão agora analisar se o aumento da vulnerabilidade a insetos pode ser verificado em outras plantas expostas a altos níveis de CO2. BBC Brasil - Todos os direitos reservados. É proibido todo tipo de reprodução sem autorização por escrito da BBC.

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