Apesar do perigo, famílias ocupam imóveis em ruínas


Risco aumenta no início do ano, com as chuvas; degradação começou com crise do ciclo do algodão

Por Ricardo Brandt

No número 476 da Rua do Giz, sobraram apenas as paredes externas do casarão de três andares, com fachada de janelões escorada por armação de madeira. Ficou também o risco de que tudo venha abaixo, atingindo a casa ao lado, de número 468, onde moram dona Raimunda Bastos Reis, de 61 anos, e sete familiares. O prédio que já foi uma luxuosa moradia virou ruína. E está sob "risco iminente de desabamento", segundo classificação da Defesa Civil. Raimunda diz nem lembrar direito quando ela e o já falecido marido, Neuton Fernandes da Silva, chegaram ao local. Uma casa que, para os padrões da época, era simples. Pelos idos de 1973, lá funcionou o Bar Capim Gordura. A casa também está parcialmente destruída. Sobraram destroços e o medo de que o casarão caia com o vento e atinja seu telhado. A Assistência Social tenta remover a família Reis do local. Ela, seus dois filhos e cinco netos - quatro deles, com idades entre 6 meses e 8 anos, têm leucemia - podem ser atingidos. "Não temos para onde ir. Toda vez que começa a chover morremos de medo que tudo caia." O problema toma proporções ainda maiores nos seis primeiros meses do ano. Do fim de janeiro até junho, o período é de chuva na ilha de São Luís, ou tempo de "inverno" para os locais - numa região onde o calor reina nos 12 meses do ano. Com a água, o risco de desabamentos põe as autoridades em alerta. "Ficamos em alerta e monitorando os pontos onde sabemos que há esse risco", afirmou o comandante da Guarda Civil e da Defesa Civil, Alberto James Paz. O caso de dona Raimunda é o retrato, ao mesmo tempo, de dois problemas que ameaçam a preservação do conjunto urbano e arquitetônico de São Luís: o abandono dos prédios e a ocupação dos imóveis por famílias carentes. O casarão é um dos que não têm registro detalhado de sua criação e história. Hoje, o prédio pertence à Fundação José Sarney. INVASÕES Em maio de 2007, um casarão onde moravam sete pessoas caiu, mas ninguém saiu ferido. Mas há outros imóveis sob risco de desabar que estão invadidos e servindo de moradia, transformados em cortiços improvisados. "O problema das invasões é sério e o Iphan tem agido dentro de suas limitações", explica a superintendente do Iphan, Kátia Santos Bogéa. Não existe um estudo de quantos dos imóveis estão invadidos. A degradação do Centro Histórico de São Luís começou com a decadência da economia maranhense. Entre as décadas de 1930 e 1940, com a crise provocada pela decadência do algodão após o crescimento da indústria têxtil nos Estados Unidos, muitas famílias abandonaram o centro, condenando boa parte de seus imóveis ao esquecimento.

No número 476 da Rua do Giz, sobraram apenas as paredes externas do casarão de três andares, com fachada de janelões escorada por armação de madeira. Ficou também o risco de que tudo venha abaixo, atingindo a casa ao lado, de número 468, onde moram dona Raimunda Bastos Reis, de 61 anos, e sete familiares. O prédio que já foi uma luxuosa moradia virou ruína. E está sob "risco iminente de desabamento", segundo classificação da Defesa Civil. Raimunda diz nem lembrar direito quando ela e o já falecido marido, Neuton Fernandes da Silva, chegaram ao local. Uma casa que, para os padrões da época, era simples. Pelos idos de 1973, lá funcionou o Bar Capim Gordura. A casa também está parcialmente destruída. Sobraram destroços e o medo de que o casarão caia com o vento e atinja seu telhado. A Assistência Social tenta remover a família Reis do local. Ela, seus dois filhos e cinco netos - quatro deles, com idades entre 6 meses e 8 anos, têm leucemia - podem ser atingidos. "Não temos para onde ir. Toda vez que começa a chover morremos de medo que tudo caia." O problema toma proporções ainda maiores nos seis primeiros meses do ano. Do fim de janeiro até junho, o período é de chuva na ilha de São Luís, ou tempo de "inverno" para os locais - numa região onde o calor reina nos 12 meses do ano. Com a água, o risco de desabamentos põe as autoridades em alerta. "Ficamos em alerta e monitorando os pontos onde sabemos que há esse risco", afirmou o comandante da Guarda Civil e da Defesa Civil, Alberto James Paz. O caso de dona Raimunda é o retrato, ao mesmo tempo, de dois problemas que ameaçam a preservação do conjunto urbano e arquitetônico de São Luís: o abandono dos prédios e a ocupação dos imóveis por famílias carentes. O casarão é um dos que não têm registro detalhado de sua criação e história. Hoje, o prédio pertence à Fundação José Sarney. INVASÕES Em maio de 2007, um casarão onde moravam sete pessoas caiu, mas ninguém saiu ferido. Mas há outros imóveis sob risco de desabar que estão invadidos e servindo de moradia, transformados em cortiços improvisados. "O problema das invasões é sério e o Iphan tem agido dentro de suas limitações", explica a superintendente do Iphan, Kátia Santos Bogéa. Não existe um estudo de quantos dos imóveis estão invadidos. A degradação do Centro Histórico de São Luís começou com a decadência da economia maranhense. Entre as décadas de 1930 e 1940, com a crise provocada pela decadência do algodão após o crescimento da indústria têxtil nos Estados Unidos, muitas famílias abandonaram o centro, condenando boa parte de seus imóveis ao esquecimento.

No número 476 da Rua do Giz, sobraram apenas as paredes externas do casarão de três andares, com fachada de janelões escorada por armação de madeira. Ficou também o risco de que tudo venha abaixo, atingindo a casa ao lado, de número 468, onde moram dona Raimunda Bastos Reis, de 61 anos, e sete familiares. O prédio que já foi uma luxuosa moradia virou ruína. E está sob "risco iminente de desabamento", segundo classificação da Defesa Civil. Raimunda diz nem lembrar direito quando ela e o já falecido marido, Neuton Fernandes da Silva, chegaram ao local. Uma casa que, para os padrões da época, era simples. Pelos idos de 1973, lá funcionou o Bar Capim Gordura. A casa também está parcialmente destruída. Sobraram destroços e o medo de que o casarão caia com o vento e atinja seu telhado. A Assistência Social tenta remover a família Reis do local. Ela, seus dois filhos e cinco netos - quatro deles, com idades entre 6 meses e 8 anos, têm leucemia - podem ser atingidos. "Não temos para onde ir. Toda vez que começa a chover morremos de medo que tudo caia." O problema toma proporções ainda maiores nos seis primeiros meses do ano. Do fim de janeiro até junho, o período é de chuva na ilha de São Luís, ou tempo de "inverno" para os locais - numa região onde o calor reina nos 12 meses do ano. Com a água, o risco de desabamentos põe as autoridades em alerta. "Ficamos em alerta e monitorando os pontos onde sabemos que há esse risco", afirmou o comandante da Guarda Civil e da Defesa Civil, Alberto James Paz. O caso de dona Raimunda é o retrato, ao mesmo tempo, de dois problemas que ameaçam a preservação do conjunto urbano e arquitetônico de São Luís: o abandono dos prédios e a ocupação dos imóveis por famílias carentes. O casarão é um dos que não têm registro detalhado de sua criação e história. Hoje, o prédio pertence à Fundação José Sarney. INVASÕES Em maio de 2007, um casarão onde moravam sete pessoas caiu, mas ninguém saiu ferido. Mas há outros imóveis sob risco de desabar que estão invadidos e servindo de moradia, transformados em cortiços improvisados. "O problema das invasões é sério e o Iphan tem agido dentro de suas limitações", explica a superintendente do Iphan, Kátia Santos Bogéa. Não existe um estudo de quantos dos imóveis estão invadidos. A degradação do Centro Histórico de São Luís começou com a decadência da economia maranhense. Entre as décadas de 1930 e 1940, com a crise provocada pela decadência do algodão após o crescimento da indústria têxtil nos Estados Unidos, muitas famílias abandonaram o centro, condenando boa parte de seus imóveis ao esquecimento.

No número 476 da Rua do Giz, sobraram apenas as paredes externas do casarão de três andares, com fachada de janelões escorada por armação de madeira. Ficou também o risco de que tudo venha abaixo, atingindo a casa ao lado, de número 468, onde moram dona Raimunda Bastos Reis, de 61 anos, e sete familiares. O prédio que já foi uma luxuosa moradia virou ruína. E está sob "risco iminente de desabamento", segundo classificação da Defesa Civil. Raimunda diz nem lembrar direito quando ela e o já falecido marido, Neuton Fernandes da Silva, chegaram ao local. Uma casa que, para os padrões da época, era simples. Pelos idos de 1973, lá funcionou o Bar Capim Gordura. A casa também está parcialmente destruída. Sobraram destroços e o medo de que o casarão caia com o vento e atinja seu telhado. A Assistência Social tenta remover a família Reis do local. Ela, seus dois filhos e cinco netos - quatro deles, com idades entre 6 meses e 8 anos, têm leucemia - podem ser atingidos. "Não temos para onde ir. Toda vez que começa a chover morremos de medo que tudo caia." O problema toma proporções ainda maiores nos seis primeiros meses do ano. Do fim de janeiro até junho, o período é de chuva na ilha de São Luís, ou tempo de "inverno" para os locais - numa região onde o calor reina nos 12 meses do ano. Com a água, o risco de desabamentos põe as autoridades em alerta. "Ficamos em alerta e monitorando os pontos onde sabemos que há esse risco", afirmou o comandante da Guarda Civil e da Defesa Civil, Alberto James Paz. O caso de dona Raimunda é o retrato, ao mesmo tempo, de dois problemas que ameaçam a preservação do conjunto urbano e arquitetônico de São Luís: o abandono dos prédios e a ocupação dos imóveis por famílias carentes. O casarão é um dos que não têm registro detalhado de sua criação e história. Hoje, o prédio pertence à Fundação José Sarney. INVASÕES Em maio de 2007, um casarão onde moravam sete pessoas caiu, mas ninguém saiu ferido. Mas há outros imóveis sob risco de desabar que estão invadidos e servindo de moradia, transformados em cortiços improvisados. "O problema das invasões é sério e o Iphan tem agido dentro de suas limitações", explica a superintendente do Iphan, Kátia Santos Bogéa. Não existe um estudo de quantos dos imóveis estão invadidos. A degradação do Centro Histórico de São Luís começou com a decadência da economia maranhense. Entre as décadas de 1930 e 1940, com a crise provocada pela decadência do algodão após o crescimento da indústria têxtil nos Estados Unidos, muitas famílias abandonaram o centro, condenando boa parte de seus imóveis ao esquecimento.

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