Asilo a Battisti pode gerar crise diplomática com Itália


Por STUART GRUDGINGS

O governo brasileiro pode se envolver em uma crise diplomática com a Itália por ter concedido asilo político a um ex-ativista de esquerda condenado por quatro homicídios na década de 1970. A chancelaria italiana convocou o embaixador do Brasil em Roma para manifestar sua "surpresa e lamento" pela concessão do benefício a Cesare Battisti. A Itália pediu que o presidente Luiz Inácio Lula da Silva reveja a medida. Battisti, 52 anos, fugiu da prisão no começo da década de 1980, quando aguardava julgamento. Foi preso em 2007 no Rio, e permanece detido até hoje. "Estamos frustrados e infelizes com a decisão do governo brasileiro", disse o ministro italiano da Justiça, Angelino Alfano. O Supremo Tribunal Federal informou que o pedido de extradição feito pela Itália será arquivado assim que a corte for oficialmente informada sobre a decisão do Executivo, e Battisti deve ser solto em seguida. "A decisão tem de ser definitiva. Parece que a Itália apelou da decisão do presidente, então teremos de esperar", disse à Reuters Luis Felipe Neves, funcionário da assessoria de imprensa do STF. O ministro da Justiça, Tarso Genro, disse em nota na noite de terça-feira que Battisti recebeu status de refugiado por temor de que estivesse sendo perseguido por suas opiniões políticas. "A potencial impossibilidade de que ele tenha uma defesa adequada, diante da radicalização da situação política na Itália, no mínimo cria uma profunda dúvida sobre se ele teve o direito ao devido processo legal", disse Genro, que como ativista de esquerda teve importante atuação contra o regime militar brasileiro (1964-85). O promotor milanês Armando Spataro disse que "lançar a hipótese de que Battisti poderia ser alvo de perseguição do Judiciário e do Estado italiano é ofensivo ao nosso sistema e às pessoas que ele matou." Battisti, que nega os homicídios, pertencia na década de 1970 ao grupo Proletariado Armado pelo Comunismo. Naquele período, conhecido na Itália como "anos de chumbo", grupos de esquerda e de ultradireita cometiam frequentes atentados com bombas e tiros. O militante foi condenado à revelia à prisão perpétua por dois dos homicídios. Depois de fugir da prisão, em 1981, ele se radicou no México até 1991, de onde se transferiu para a França, onde arrumou trabalho como porteiro e passou a escrever livros de suspense. A França aprovou sua extradição para a Itália em 2005, mas ele já havia deixado o país. "O problema é que eu nunca me calei", disse Battisti em 2008 ao jornal Folha de S.Paulo, acrescentando que se sentia perseguido por um país onde "os fascistas nunca deixaram o poder." (Reportagem adicional de Ana Nicolaci da Costa em Brasília e Phil Stewart em Roma)

O governo brasileiro pode se envolver em uma crise diplomática com a Itália por ter concedido asilo político a um ex-ativista de esquerda condenado por quatro homicídios na década de 1970. A chancelaria italiana convocou o embaixador do Brasil em Roma para manifestar sua "surpresa e lamento" pela concessão do benefício a Cesare Battisti. A Itália pediu que o presidente Luiz Inácio Lula da Silva reveja a medida. Battisti, 52 anos, fugiu da prisão no começo da década de 1980, quando aguardava julgamento. Foi preso em 2007 no Rio, e permanece detido até hoje. "Estamos frustrados e infelizes com a decisão do governo brasileiro", disse o ministro italiano da Justiça, Angelino Alfano. O Supremo Tribunal Federal informou que o pedido de extradição feito pela Itália será arquivado assim que a corte for oficialmente informada sobre a decisão do Executivo, e Battisti deve ser solto em seguida. "A decisão tem de ser definitiva. Parece que a Itália apelou da decisão do presidente, então teremos de esperar", disse à Reuters Luis Felipe Neves, funcionário da assessoria de imprensa do STF. O ministro da Justiça, Tarso Genro, disse em nota na noite de terça-feira que Battisti recebeu status de refugiado por temor de que estivesse sendo perseguido por suas opiniões políticas. "A potencial impossibilidade de que ele tenha uma defesa adequada, diante da radicalização da situação política na Itália, no mínimo cria uma profunda dúvida sobre se ele teve o direito ao devido processo legal", disse Genro, que como ativista de esquerda teve importante atuação contra o regime militar brasileiro (1964-85). O promotor milanês Armando Spataro disse que "lançar a hipótese de que Battisti poderia ser alvo de perseguição do Judiciário e do Estado italiano é ofensivo ao nosso sistema e às pessoas que ele matou." Battisti, que nega os homicídios, pertencia na década de 1970 ao grupo Proletariado Armado pelo Comunismo. Naquele período, conhecido na Itália como "anos de chumbo", grupos de esquerda e de ultradireita cometiam frequentes atentados com bombas e tiros. O militante foi condenado à revelia à prisão perpétua por dois dos homicídios. Depois de fugir da prisão, em 1981, ele se radicou no México até 1991, de onde se transferiu para a França, onde arrumou trabalho como porteiro e passou a escrever livros de suspense. A França aprovou sua extradição para a Itália em 2005, mas ele já havia deixado o país. "O problema é que eu nunca me calei", disse Battisti em 2008 ao jornal Folha de S.Paulo, acrescentando que se sentia perseguido por um país onde "os fascistas nunca deixaram o poder." (Reportagem adicional de Ana Nicolaci da Costa em Brasília e Phil Stewart em Roma)

O governo brasileiro pode se envolver em uma crise diplomática com a Itália por ter concedido asilo político a um ex-ativista de esquerda condenado por quatro homicídios na década de 1970. A chancelaria italiana convocou o embaixador do Brasil em Roma para manifestar sua "surpresa e lamento" pela concessão do benefício a Cesare Battisti. A Itália pediu que o presidente Luiz Inácio Lula da Silva reveja a medida. Battisti, 52 anos, fugiu da prisão no começo da década de 1980, quando aguardava julgamento. Foi preso em 2007 no Rio, e permanece detido até hoje. "Estamos frustrados e infelizes com a decisão do governo brasileiro", disse o ministro italiano da Justiça, Angelino Alfano. O Supremo Tribunal Federal informou que o pedido de extradição feito pela Itália será arquivado assim que a corte for oficialmente informada sobre a decisão do Executivo, e Battisti deve ser solto em seguida. "A decisão tem de ser definitiva. Parece que a Itália apelou da decisão do presidente, então teremos de esperar", disse à Reuters Luis Felipe Neves, funcionário da assessoria de imprensa do STF. O ministro da Justiça, Tarso Genro, disse em nota na noite de terça-feira que Battisti recebeu status de refugiado por temor de que estivesse sendo perseguido por suas opiniões políticas. "A potencial impossibilidade de que ele tenha uma defesa adequada, diante da radicalização da situação política na Itália, no mínimo cria uma profunda dúvida sobre se ele teve o direito ao devido processo legal", disse Genro, que como ativista de esquerda teve importante atuação contra o regime militar brasileiro (1964-85). O promotor milanês Armando Spataro disse que "lançar a hipótese de que Battisti poderia ser alvo de perseguição do Judiciário e do Estado italiano é ofensivo ao nosso sistema e às pessoas que ele matou." Battisti, que nega os homicídios, pertencia na década de 1970 ao grupo Proletariado Armado pelo Comunismo. Naquele período, conhecido na Itália como "anos de chumbo", grupos de esquerda e de ultradireita cometiam frequentes atentados com bombas e tiros. O militante foi condenado à revelia à prisão perpétua por dois dos homicídios. Depois de fugir da prisão, em 1981, ele se radicou no México até 1991, de onde se transferiu para a França, onde arrumou trabalho como porteiro e passou a escrever livros de suspense. A França aprovou sua extradição para a Itália em 2005, mas ele já havia deixado o país. "O problema é que eu nunca me calei", disse Battisti em 2008 ao jornal Folha de S.Paulo, acrescentando que se sentia perseguido por um país onde "os fascistas nunca deixaram o poder." (Reportagem adicional de Ana Nicolaci da Costa em Brasília e Phil Stewart em Roma)

O governo brasileiro pode se envolver em uma crise diplomática com a Itália por ter concedido asilo político a um ex-ativista de esquerda condenado por quatro homicídios na década de 1970. A chancelaria italiana convocou o embaixador do Brasil em Roma para manifestar sua "surpresa e lamento" pela concessão do benefício a Cesare Battisti. A Itália pediu que o presidente Luiz Inácio Lula da Silva reveja a medida. Battisti, 52 anos, fugiu da prisão no começo da década de 1980, quando aguardava julgamento. Foi preso em 2007 no Rio, e permanece detido até hoje. "Estamos frustrados e infelizes com a decisão do governo brasileiro", disse o ministro italiano da Justiça, Angelino Alfano. O Supremo Tribunal Federal informou que o pedido de extradição feito pela Itália será arquivado assim que a corte for oficialmente informada sobre a decisão do Executivo, e Battisti deve ser solto em seguida. "A decisão tem de ser definitiva. Parece que a Itália apelou da decisão do presidente, então teremos de esperar", disse à Reuters Luis Felipe Neves, funcionário da assessoria de imprensa do STF. O ministro da Justiça, Tarso Genro, disse em nota na noite de terça-feira que Battisti recebeu status de refugiado por temor de que estivesse sendo perseguido por suas opiniões políticas. "A potencial impossibilidade de que ele tenha uma defesa adequada, diante da radicalização da situação política na Itália, no mínimo cria uma profunda dúvida sobre se ele teve o direito ao devido processo legal", disse Genro, que como ativista de esquerda teve importante atuação contra o regime militar brasileiro (1964-85). O promotor milanês Armando Spataro disse que "lançar a hipótese de que Battisti poderia ser alvo de perseguição do Judiciário e do Estado italiano é ofensivo ao nosso sistema e às pessoas que ele matou." Battisti, que nega os homicídios, pertencia na década de 1970 ao grupo Proletariado Armado pelo Comunismo. Naquele período, conhecido na Itália como "anos de chumbo", grupos de esquerda e de ultradireita cometiam frequentes atentados com bombas e tiros. O militante foi condenado à revelia à prisão perpétua por dois dos homicídios. Depois de fugir da prisão, em 1981, ele se radicou no México até 1991, de onde se transferiu para a França, onde arrumou trabalho como porteiro e passou a escrever livros de suspense. A França aprovou sua extradição para a Itália em 2005, mas ele já havia deixado o país. "O problema é que eu nunca me calei", disse Battisti em 2008 ao jornal Folha de S.Paulo, acrescentando que se sentia perseguido por um país onde "os fascistas nunca deixaram o poder." (Reportagem adicional de Ana Nicolaci da Costa em Brasília e Phil Stewart em Roma)

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