"Não somos monstros". Foi assim que Bruno Gaspar, assessor do secretário de Relações Internacionais da Presidência, Marco Aurélio Garcia, reagiu nesta sexta-feira, 20, ao bombardeio da oposição, que interpretou como "comemoração" o gesto obsceno feito por ambos, quando viram na TV reportagem indicando que falha no freio do Airbus da TAM pode ter provocado a queda do avião, na terça-feira. "Eu estou muito triste", disse Gaspar à Agência Estado. "Nós estávamos num momento privado, extravasando nossa indignação com a cobertura parcial e precipitada de certos setores da imprensa, que tentaram politizar a tragédia", afirmou o assessor, numa referência às afirmações de que problemas na pista do Aeroporto de Congonhas podem ter contribuído para o desastre com o avião da TAM. Para Gaspar, o fato está sendo superdimensionado porque foram "setores da imprensa" que desrespeitaram os familiares das vítimas do vôo 3054 da TAM quando debitaram a culpa pelo acidente na conta do governo federal. Pela manhã, Garcia já havia divulgado nota à imprensa sobre o episódio com pedido de desculpas à população, alegando ter extravasado o sentimento de repúdio aos que trataram "sordidamente" de aproveitar a comoção vivida pelo País "para insistir na postura partidária de oposição sistemática a um governo duas vezes eleito pela imensa maioria do povo brasileiro".
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