Bom Retiro pode virar bem nacional


Iphan de São Paulo considera bairro o maior representante do multiculturalismo e da variedade étnica da cidade

Por Vitor Hugo Brandalise

Criado atrás do balcão de uma loja de tecidos, fundada em 1925 no bairro do Bom Retiro, no centro de São Paulo, Sérgio Camasmie levou a sério o conselho do pai de "se adaptar". Lidando com clientes japoneses, coreanos, armênios, gregos, bolivianos, israelitas, ele se comunica, ao menos o suficiente, com qualquer um deles. "A saudação, uma ou outra pergunta comum e, claro, os números, eu sei todos", diz, cheio de malícia. "Senão, como vou lhes passar o preço? Não poderia ser diferente em um lugar como o Bom Retiro", afirma Camasmie - de ascendência síria, casado com uma descendente de italianos. Ele é exemplo do que o Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan) em São Paulo chama de "multiculturalismo em situação urbana". Julgando o Bom Retiro o maior representante dessa faceta na capital, a Superintendência Regional do Iphan dá hoje o primeiro passo para que o bairro seja declarado Patrimônio Cultural Imaterial do País - a exemplo do samba de roda do Recôncavo Baiano, da Feira de Caruaru, do Frevo e da Capoeira, entre 14 práticas e cerimônias nacionais registradas, desde 2000. Entre outros 25 inventários cadastrados no Instituto, o do Bom Retiro é o único em São Paulo. Hoje e amanhã, o Iphan apresenta à comunidade, em duas reuniões públicas, um inventário de "equipamentos, cerimônias, lugares e formas de ver e pensar o mundo" que fazem do bairro exemplo de miscigenação e variedade étnica. São cerca de 230 itens, levantados pelos técnicos desde 2004 - incluindo a feira boliviana da Kantuta, as procissões de Páscoa da Igreja Ortodoxa Grega e a Lembrança do Genocídio Armênio, todas realizadas nas ruas. "O Bom Retiro, com a variedade que tem, é a síntese de São Paulo. Para homenagear os imigrantes que lá se estabeleceram e dar visibilidade ao que há nele, decidimos iniciar os trabalhos para que seja declarado patrimônio imaterial", explica a técnica do Iphan Simone Toji, coordenadora do levantamento das referências culturais do Bom Retiro. Depois de conferido o título de Patrimônio Imaterial, segundo a coordenadora, o bem tende a ganhar mais visibilidade e a receber mais atenção das autoridades. "A conservação física delas é beneficiada e o turismo é impulsionado. Ainda não está definido, mas o mais provável é que sejam escolhidas as ruas do bairro como patrimônio imaterial." Entre os representantes das várias nacionalidades do Bom Retiro, o projeto foi bem recebido. Descendente de italianos, o contador Paulo Frangiatto, de 63 anos, nasceu na Rua Solon, "numa casa de 50 metros de fundo, para caber a filharada toda", e mora na mesma via até hoje - a mulher, que também conheceu no bairro, é portuguesa. "A mescla cultural pode ser mantida por mais tempo com esse registro", afirma. Após as reuniões de hoje e amanhã, a Superintendência do Iphan estima em seis meses a elaboração do projeto final, que será enviado ao Departamento do Patrimônio Imaterial, em Brasília. O projeto será então avaliado por uma comissão especializada durante um ano - a estimativa da Superintendência é que o resultado saia no início de 2010. Depois de 10 anos, o Iphan reavalia as características locais, para avaliar se a declaração ainda faz sentido. A presença dos imigrantes no Bom Retiro teve início com a instalação, em 1867, da Estrada de Ferro da São Paulo Railway (hoje Santos-Jundiaí). Após sua inauguração, depósitos e indústrias se instalaram na região, assim como a primeira Hospedaria dos Imigrantes. Atraídos pela possibilidade de emprego, os imigrantes vieram para o bairro. No início do século 20, a colônia central era de italianos. Vindos sobretudo de Rússia, Lituânia e Polônia, os judeus chegaram ao bairro a partir de 1920 e os sul-coreanos, na década de 1960. Hoje, o Bom Retiro, com 26 mil moradores, é essencialmente comercial - ali ficam as Ruas José Paulino, Aymorés e Professor Lombroso, famosas pelas lojas de confecções. Segundo a Câmara dos Dirigentes Lojistas do bairro, são 1.500 estabelecimentos na região - 70% deles pertencentes a coreanos e 30% divididos entre italianos, gregos, armênios, bolivianos, japoneses e brasileiros. BENS IMATERIAIS DO PAÍS Feira de Caruaru (PE) Círio de Nazaré (PA) Frevo de Recife e Olinda (PE) Samba de Roda do Recôncavo Baiano Tambor de Crioula (MA): dança circular de origem afro-brasileira Ofício das Paneleiras de Goiabeiras (ES): indispensável para fazer a típica moqueca capixaba. Kusiwa (AP): técnica de pintura e arte gráfica dos índios Wajãpi Modo de Fazer Viola-de-Cocho: Produzida na Região Centro-Oeste, da mesma maneira como são produzidos os cochos em que se alimenta o gado Jongo do Sudeste: herança cultural de escravos vindos do Congo, essa expressão envolve canto, dança e percussão Cachoeira de Iauaretê (AM): lugar sagrado dos povos indígenas dos Rios Uaupés e Papuri Ofício das Baianas de Acarajé Samba do Rio de Janeiro Modo de fazer queijo de Minas Capoeira

Criado atrás do balcão de uma loja de tecidos, fundada em 1925 no bairro do Bom Retiro, no centro de São Paulo, Sérgio Camasmie levou a sério o conselho do pai de "se adaptar". Lidando com clientes japoneses, coreanos, armênios, gregos, bolivianos, israelitas, ele se comunica, ao menos o suficiente, com qualquer um deles. "A saudação, uma ou outra pergunta comum e, claro, os números, eu sei todos", diz, cheio de malícia. "Senão, como vou lhes passar o preço? Não poderia ser diferente em um lugar como o Bom Retiro", afirma Camasmie - de ascendência síria, casado com uma descendente de italianos. Ele é exemplo do que o Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan) em São Paulo chama de "multiculturalismo em situação urbana". Julgando o Bom Retiro o maior representante dessa faceta na capital, a Superintendência Regional do Iphan dá hoje o primeiro passo para que o bairro seja declarado Patrimônio Cultural Imaterial do País - a exemplo do samba de roda do Recôncavo Baiano, da Feira de Caruaru, do Frevo e da Capoeira, entre 14 práticas e cerimônias nacionais registradas, desde 2000. Entre outros 25 inventários cadastrados no Instituto, o do Bom Retiro é o único em São Paulo. Hoje e amanhã, o Iphan apresenta à comunidade, em duas reuniões públicas, um inventário de "equipamentos, cerimônias, lugares e formas de ver e pensar o mundo" que fazem do bairro exemplo de miscigenação e variedade étnica. São cerca de 230 itens, levantados pelos técnicos desde 2004 - incluindo a feira boliviana da Kantuta, as procissões de Páscoa da Igreja Ortodoxa Grega e a Lembrança do Genocídio Armênio, todas realizadas nas ruas. "O Bom Retiro, com a variedade que tem, é a síntese de São Paulo. Para homenagear os imigrantes que lá se estabeleceram e dar visibilidade ao que há nele, decidimos iniciar os trabalhos para que seja declarado patrimônio imaterial", explica a técnica do Iphan Simone Toji, coordenadora do levantamento das referências culturais do Bom Retiro. Depois de conferido o título de Patrimônio Imaterial, segundo a coordenadora, o bem tende a ganhar mais visibilidade e a receber mais atenção das autoridades. "A conservação física delas é beneficiada e o turismo é impulsionado. Ainda não está definido, mas o mais provável é que sejam escolhidas as ruas do bairro como patrimônio imaterial." Entre os representantes das várias nacionalidades do Bom Retiro, o projeto foi bem recebido. Descendente de italianos, o contador Paulo Frangiatto, de 63 anos, nasceu na Rua Solon, "numa casa de 50 metros de fundo, para caber a filharada toda", e mora na mesma via até hoje - a mulher, que também conheceu no bairro, é portuguesa. "A mescla cultural pode ser mantida por mais tempo com esse registro", afirma. Após as reuniões de hoje e amanhã, a Superintendência do Iphan estima em seis meses a elaboração do projeto final, que será enviado ao Departamento do Patrimônio Imaterial, em Brasília. O projeto será então avaliado por uma comissão especializada durante um ano - a estimativa da Superintendência é que o resultado saia no início de 2010. Depois de 10 anos, o Iphan reavalia as características locais, para avaliar se a declaração ainda faz sentido. A presença dos imigrantes no Bom Retiro teve início com a instalação, em 1867, da Estrada de Ferro da São Paulo Railway (hoje Santos-Jundiaí). Após sua inauguração, depósitos e indústrias se instalaram na região, assim como a primeira Hospedaria dos Imigrantes. Atraídos pela possibilidade de emprego, os imigrantes vieram para o bairro. No início do século 20, a colônia central era de italianos. Vindos sobretudo de Rússia, Lituânia e Polônia, os judeus chegaram ao bairro a partir de 1920 e os sul-coreanos, na década de 1960. Hoje, o Bom Retiro, com 26 mil moradores, é essencialmente comercial - ali ficam as Ruas José Paulino, Aymorés e Professor Lombroso, famosas pelas lojas de confecções. Segundo a Câmara dos Dirigentes Lojistas do bairro, são 1.500 estabelecimentos na região - 70% deles pertencentes a coreanos e 30% divididos entre italianos, gregos, armênios, bolivianos, japoneses e brasileiros. BENS IMATERIAIS DO PAÍS Feira de Caruaru (PE) Círio de Nazaré (PA) Frevo de Recife e Olinda (PE) Samba de Roda do Recôncavo Baiano Tambor de Crioula (MA): dança circular de origem afro-brasileira Ofício das Paneleiras de Goiabeiras (ES): indispensável para fazer a típica moqueca capixaba. Kusiwa (AP): técnica de pintura e arte gráfica dos índios Wajãpi Modo de Fazer Viola-de-Cocho: Produzida na Região Centro-Oeste, da mesma maneira como são produzidos os cochos em que se alimenta o gado Jongo do Sudeste: herança cultural de escravos vindos do Congo, essa expressão envolve canto, dança e percussão Cachoeira de Iauaretê (AM): lugar sagrado dos povos indígenas dos Rios Uaupés e Papuri Ofício das Baianas de Acarajé Samba do Rio de Janeiro Modo de fazer queijo de Minas Capoeira

Criado atrás do balcão de uma loja de tecidos, fundada em 1925 no bairro do Bom Retiro, no centro de São Paulo, Sérgio Camasmie levou a sério o conselho do pai de "se adaptar". Lidando com clientes japoneses, coreanos, armênios, gregos, bolivianos, israelitas, ele se comunica, ao menos o suficiente, com qualquer um deles. "A saudação, uma ou outra pergunta comum e, claro, os números, eu sei todos", diz, cheio de malícia. "Senão, como vou lhes passar o preço? Não poderia ser diferente em um lugar como o Bom Retiro", afirma Camasmie - de ascendência síria, casado com uma descendente de italianos. Ele é exemplo do que o Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan) em São Paulo chama de "multiculturalismo em situação urbana". Julgando o Bom Retiro o maior representante dessa faceta na capital, a Superintendência Regional do Iphan dá hoje o primeiro passo para que o bairro seja declarado Patrimônio Cultural Imaterial do País - a exemplo do samba de roda do Recôncavo Baiano, da Feira de Caruaru, do Frevo e da Capoeira, entre 14 práticas e cerimônias nacionais registradas, desde 2000. Entre outros 25 inventários cadastrados no Instituto, o do Bom Retiro é o único em São Paulo. Hoje e amanhã, o Iphan apresenta à comunidade, em duas reuniões públicas, um inventário de "equipamentos, cerimônias, lugares e formas de ver e pensar o mundo" que fazem do bairro exemplo de miscigenação e variedade étnica. São cerca de 230 itens, levantados pelos técnicos desde 2004 - incluindo a feira boliviana da Kantuta, as procissões de Páscoa da Igreja Ortodoxa Grega e a Lembrança do Genocídio Armênio, todas realizadas nas ruas. "O Bom Retiro, com a variedade que tem, é a síntese de São Paulo. Para homenagear os imigrantes que lá se estabeleceram e dar visibilidade ao que há nele, decidimos iniciar os trabalhos para que seja declarado patrimônio imaterial", explica a técnica do Iphan Simone Toji, coordenadora do levantamento das referências culturais do Bom Retiro. Depois de conferido o título de Patrimônio Imaterial, segundo a coordenadora, o bem tende a ganhar mais visibilidade e a receber mais atenção das autoridades. "A conservação física delas é beneficiada e o turismo é impulsionado. Ainda não está definido, mas o mais provável é que sejam escolhidas as ruas do bairro como patrimônio imaterial." Entre os representantes das várias nacionalidades do Bom Retiro, o projeto foi bem recebido. Descendente de italianos, o contador Paulo Frangiatto, de 63 anos, nasceu na Rua Solon, "numa casa de 50 metros de fundo, para caber a filharada toda", e mora na mesma via até hoje - a mulher, que também conheceu no bairro, é portuguesa. "A mescla cultural pode ser mantida por mais tempo com esse registro", afirma. Após as reuniões de hoje e amanhã, a Superintendência do Iphan estima em seis meses a elaboração do projeto final, que será enviado ao Departamento do Patrimônio Imaterial, em Brasília. O projeto será então avaliado por uma comissão especializada durante um ano - a estimativa da Superintendência é que o resultado saia no início de 2010. Depois de 10 anos, o Iphan reavalia as características locais, para avaliar se a declaração ainda faz sentido. A presença dos imigrantes no Bom Retiro teve início com a instalação, em 1867, da Estrada de Ferro da São Paulo Railway (hoje Santos-Jundiaí). Após sua inauguração, depósitos e indústrias se instalaram na região, assim como a primeira Hospedaria dos Imigrantes. Atraídos pela possibilidade de emprego, os imigrantes vieram para o bairro. No início do século 20, a colônia central era de italianos. Vindos sobretudo de Rússia, Lituânia e Polônia, os judeus chegaram ao bairro a partir de 1920 e os sul-coreanos, na década de 1960. Hoje, o Bom Retiro, com 26 mil moradores, é essencialmente comercial - ali ficam as Ruas José Paulino, Aymorés e Professor Lombroso, famosas pelas lojas de confecções. Segundo a Câmara dos Dirigentes Lojistas do bairro, são 1.500 estabelecimentos na região - 70% deles pertencentes a coreanos e 30% divididos entre italianos, gregos, armênios, bolivianos, japoneses e brasileiros. BENS IMATERIAIS DO PAÍS Feira de Caruaru (PE) Círio de Nazaré (PA) Frevo de Recife e Olinda (PE) Samba de Roda do Recôncavo Baiano Tambor de Crioula (MA): dança circular de origem afro-brasileira Ofício das Paneleiras de Goiabeiras (ES): indispensável para fazer a típica moqueca capixaba. Kusiwa (AP): técnica de pintura e arte gráfica dos índios Wajãpi Modo de Fazer Viola-de-Cocho: Produzida na Região Centro-Oeste, da mesma maneira como são produzidos os cochos em que se alimenta o gado Jongo do Sudeste: herança cultural de escravos vindos do Congo, essa expressão envolve canto, dança e percussão Cachoeira de Iauaretê (AM): lugar sagrado dos povos indígenas dos Rios Uaupés e Papuri Ofício das Baianas de Acarajé Samba do Rio de Janeiro Modo de fazer queijo de Minas Capoeira

Criado atrás do balcão de uma loja de tecidos, fundada em 1925 no bairro do Bom Retiro, no centro de São Paulo, Sérgio Camasmie levou a sério o conselho do pai de "se adaptar". Lidando com clientes japoneses, coreanos, armênios, gregos, bolivianos, israelitas, ele se comunica, ao menos o suficiente, com qualquer um deles. "A saudação, uma ou outra pergunta comum e, claro, os números, eu sei todos", diz, cheio de malícia. "Senão, como vou lhes passar o preço? Não poderia ser diferente em um lugar como o Bom Retiro", afirma Camasmie - de ascendência síria, casado com uma descendente de italianos. Ele é exemplo do que o Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan) em São Paulo chama de "multiculturalismo em situação urbana". Julgando o Bom Retiro o maior representante dessa faceta na capital, a Superintendência Regional do Iphan dá hoje o primeiro passo para que o bairro seja declarado Patrimônio Cultural Imaterial do País - a exemplo do samba de roda do Recôncavo Baiano, da Feira de Caruaru, do Frevo e da Capoeira, entre 14 práticas e cerimônias nacionais registradas, desde 2000. Entre outros 25 inventários cadastrados no Instituto, o do Bom Retiro é o único em São Paulo. Hoje e amanhã, o Iphan apresenta à comunidade, em duas reuniões públicas, um inventário de "equipamentos, cerimônias, lugares e formas de ver e pensar o mundo" que fazem do bairro exemplo de miscigenação e variedade étnica. São cerca de 230 itens, levantados pelos técnicos desde 2004 - incluindo a feira boliviana da Kantuta, as procissões de Páscoa da Igreja Ortodoxa Grega e a Lembrança do Genocídio Armênio, todas realizadas nas ruas. "O Bom Retiro, com a variedade que tem, é a síntese de São Paulo. Para homenagear os imigrantes que lá se estabeleceram e dar visibilidade ao que há nele, decidimos iniciar os trabalhos para que seja declarado patrimônio imaterial", explica a técnica do Iphan Simone Toji, coordenadora do levantamento das referências culturais do Bom Retiro. Depois de conferido o título de Patrimônio Imaterial, segundo a coordenadora, o bem tende a ganhar mais visibilidade e a receber mais atenção das autoridades. "A conservação física delas é beneficiada e o turismo é impulsionado. Ainda não está definido, mas o mais provável é que sejam escolhidas as ruas do bairro como patrimônio imaterial." Entre os representantes das várias nacionalidades do Bom Retiro, o projeto foi bem recebido. Descendente de italianos, o contador Paulo Frangiatto, de 63 anos, nasceu na Rua Solon, "numa casa de 50 metros de fundo, para caber a filharada toda", e mora na mesma via até hoje - a mulher, que também conheceu no bairro, é portuguesa. "A mescla cultural pode ser mantida por mais tempo com esse registro", afirma. Após as reuniões de hoje e amanhã, a Superintendência do Iphan estima em seis meses a elaboração do projeto final, que será enviado ao Departamento do Patrimônio Imaterial, em Brasília. O projeto será então avaliado por uma comissão especializada durante um ano - a estimativa da Superintendência é que o resultado saia no início de 2010. Depois de 10 anos, o Iphan reavalia as características locais, para avaliar se a declaração ainda faz sentido. A presença dos imigrantes no Bom Retiro teve início com a instalação, em 1867, da Estrada de Ferro da São Paulo Railway (hoje Santos-Jundiaí). Após sua inauguração, depósitos e indústrias se instalaram na região, assim como a primeira Hospedaria dos Imigrantes. Atraídos pela possibilidade de emprego, os imigrantes vieram para o bairro. No início do século 20, a colônia central era de italianos. Vindos sobretudo de Rússia, Lituânia e Polônia, os judeus chegaram ao bairro a partir de 1920 e os sul-coreanos, na década de 1960. Hoje, o Bom Retiro, com 26 mil moradores, é essencialmente comercial - ali ficam as Ruas José Paulino, Aymorés e Professor Lombroso, famosas pelas lojas de confecções. Segundo a Câmara dos Dirigentes Lojistas do bairro, são 1.500 estabelecimentos na região - 70% deles pertencentes a coreanos e 30% divididos entre italianos, gregos, armênios, bolivianos, japoneses e brasileiros. BENS IMATERIAIS DO PAÍS Feira de Caruaru (PE) Círio de Nazaré (PA) Frevo de Recife e Olinda (PE) Samba de Roda do Recôncavo Baiano Tambor de Crioula (MA): dança circular de origem afro-brasileira Ofício das Paneleiras de Goiabeiras (ES): indispensável para fazer a típica moqueca capixaba. Kusiwa (AP): técnica de pintura e arte gráfica dos índios Wajãpi Modo de Fazer Viola-de-Cocho: Produzida na Região Centro-Oeste, da mesma maneira como são produzidos os cochos em que se alimenta o gado Jongo do Sudeste: herança cultural de escravos vindos do Congo, essa expressão envolve canto, dança e percussão Cachoeira de Iauaretê (AM): lugar sagrado dos povos indígenas dos Rios Uaupés e Papuri Ofício das Baianas de Acarajé Samba do Rio de Janeiro Modo de fazer queijo de Minas Capoeira

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