Cade reprova compra da Solvay Indupa pela Braskem


O Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade) reprovou nesta quarta-feira a compra do grupo latino-americano produtor de PVC e soda Solvay Indupa pela Braskem, que considerou a decisão do órgão de defesa da concorrência negativa para a indústria nacional. Segundo a companhia, que já é a maior produtora de resinas plásticas das Américas, "a partir experiência adquirida na sua atuação no mercado de PVC ao longo dos últimos 35 anos, a Braskem discorda da decisão do Cade e a considera prejudicial à indústria brasileira". A Braskem anunciou a compra da Solvay Indupa em dezembro do ano passado. A companhia tem duas unidades industriais integradas, uma em Santo André, na região metropolitana de São Paulo, e outra em Bahía Blanca, na província de Buenos Aires, na Argentina. O negócio, estimado em quase 300 milhões de dólares, reforçaria a posição de mercado da Braskem no mercado de vinílicos no Brasil e na Argentina, ao quase dobrar a capacidade de produção de PVC do grupo brasileiro para 1,25 milhão de toneladas anuais. Segundo o Cade, as empresas são as duas únicas produtoras no mercado brasileiro de PVC-S e PVC-E, utilizados principalmente no setor de construção civil. O tribunal do Cade entendeu que a operação criaria "uma forte concentração por parte da Braskem nesses mercados, sem elementos que compensassem os potenciais impactos concorrenciais identificados". Porém, para a Braskem, o mercado de PVC "é internacional, inclusive como reconhecido na própria jurisprudência do Cade consolidada há mais de uma década". A empresa disse que chegou a apresentar soluções para as preocupações do Cade com a concorrência, mas o órgão as rejeitou. O conselheiro-relator do caso no Cade, Gilvandro Araújo, entendeu que a união da líder (Braskem) e vice-líder (Solvay-Indupa) no mercado de PVC na América do Sul afetaria a competitividade dos produtos na indústria nacional, pois as importações não oferecem uma efetiva rivalidade aos comercializados no Brasil. A Braskem afirmou que vai analisar "medidas cabíveis" sobre a decisão do Cade.

Por Redação

(Por Alberto Alerigi Jr., edição de Luciana Bruno)

(Por Alberto Alerigi Jr., edição de Luciana Bruno)

(Por Alberto Alerigi Jr., edição de Luciana Bruno)

(Por Alberto Alerigi Jr., edição de Luciana Bruno)

Atualizamos nossa política de cookies

Ao utilizar nossos serviços, você aceita a política de monitoramento de cookies.