Cavalo de pau na economia


Por José Matias-Pereira

Análise publicada originalmente no Estadão Noite O aprofundamento da crise política, policial e ética instalada no Brasil pode ser percebida diariamente. A forte retração do PIB do Brasil em 2015 coloca o País no ranking dos piores desempenhos do mundo (FMI). A confiança de empresários e consumidores continua retraindo pela deterioração das condições políticas, o investimento está diminuindo rapidamente e a necessidade de aperto na política macroeconômica está afetando a demanda doméstica. Não é mera coincidência que o Brasil e a Venezuela, ambos governados por bolivarianos, terão neste ano os piores desempenhos na América do Sul. A decisão da agência de classificação de riscos Fitch, rebaixando a nota do Brasil, faz parte da cota diária de más notícias para os brasileiros. Ela é um alerta importante sobre os custos econômicos provocados pelo impasse político que está paralisando a economia, contribuindo para a piora no perfil da dívida pública, que se encaminha de forma célere para alcançar 70% do PIB do Brasil.  A grave situação em que se encontra a economia brasileira não pode ser creditada aos efeitos da crise mundial. Ela é a soma dos erros cometidos pelos governos petistas Lula-Dilma, responsáveis por transformar a economia brasileira em terra arrasada. Essas gestões temerárias levaram o País à recessão, com inflação elevada, taxas de juros altas, aumento do desemprego e queda na renda dos trabalhadores. O aprofundamento da crise está afetando de maneira dramática a vida dos segmentos mais desprotegidos da população, aumentando o fosso que separa os mais pobres dos mais ricos.  Observa-se, nesse contexto, que o ajuste fiscal proposto pelo governo Dilma, conduzido pelo ministro Joaquim Levy, da Fazenda, vem enfrentando fortes resistências na sociedade e dentro próprio governo. A discordância da população decorre da percepção de que a grave situação econômica foi provocada pela adoção de políticas temerárias, populistas e irresponsáveis adotadas pelos governos petistas Lula-Dilma. Por sua vez, estão aumentando de forma acentuada as posições contrárias ao ajuste fiscal por parte de membros do governo e de lideranças do Partido dos Trabalhadores, capitaneadas pelo ex-presidente Lula. O visível desinteresse dos parlamentares numa esvaziada audiência pública feita recentemente pelo ministro Levy no plenário da Câmara dos Deputados deixou evidente o seu desgaste político, revelando a figura de um ministro enfraquecido dentro do governo. O pouco entusiasmo demonstrado por ele na defesa do ajuste fiscal é sinal de que está perdendo o alento para continuar lutando contra 'moinhos de vento'. É importante alertar que as turbulências políticas diárias, na sua maioria, estão sendo provocadas por duas autoridades que ocupam o topo da pirâmide do poder no País: a presidente Dilma e o presidente da Câmara dos Deputados, Eduardo Cunha, que se movimentam de acordo com os seus interesses políticos e pessoais. Os interesses do País e da sociedade brasileira foram postos por ambos num plano secundário. A presidente, seguindo à risca a orientação de seu patrono, vem usando todos os tipos de artifícios não republicanos, notadamente a distribuição de cargos e de benesses para cooptar aliados, partiu para luta insana e desesperada para evitar ser defenestrada do cargo; e o segundo, entrincheirado na sua posição de dirigente da Câmara, e tendo o poder de dar início ao processo de impeachment, tenta se manter à frente da instituição, procurando, também, salvar o seu mandato, ameaçado pela representação que responde na Comissão de Ética, e pelo processo que tramita no STF, que o envolve nas teias da corrupção institucionalizada na Petrobrás. Pode-se concluir que o impasse entre Dilma e Eduardo Cunha, que sequestraram o Brasil para dentro do enfrentamento, no qual ambos querem se salvar, está agravando a situação da economia. Diante desse quadro, aumentam os riscos de que a presidente Dilma, por orientação do ex-presidente Lula, determine, em breve, que seja dado um 'cavalo de pau' na economia, abandonando o ajuste fiscal, adotando novamente uma política econômica temerária, apoiada na irresponsabilidade fiscal. A economia brasileira, caso isso ocorra, irá entrar em colapso, arrastando com ela o Brasil.  * José Matias-Pereira, economista e advogado, é doutor em Ciência Política (área de governo e administração pública) pela Universidade Complutense de Madri, Espanha, e pós-doutor em administração pela Universidade de São Paulo. Professor de administração pública e pesquisador associado do programa de pós-graduação em contabilidade da Universidade de Brasília. Autor, entre outras obras, do Curso de economia política (2015), publicado pela Atlas

Análise publicada originalmente no Estadão Noite O aprofundamento da crise política, policial e ética instalada no Brasil pode ser percebida diariamente. A forte retração do PIB do Brasil em 2015 coloca o País no ranking dos piores desempenhos do mundo (FMI). A confiança de empresários e consumidores continua retraindo pela deterioração das condições políticas, o investimento está diminuindo rapidamente e a necessidade de aperto na política macroeconômica está afetando a demanda doméstica. Não é mera coincidência que o Brasil e a Venezuela, ambos governados por bolivarianos, terão neste ano os piores desempenhos na América do Sul. A decisão da agência de classificação de riscos Fitch, rebaixando a nota do Brasil, faz parte da cota diária de más notícias para os brasileiros. Ela é um alerta importante sobre os custos econômicos provocados pelo impasse político que está paralisando a economia, contribuindo para a piora no perfil da dívida pública, que se encaminha de forma célere para alcançar 70% do PIB do Brasil.  A grave situação em que se encontra a economia brasileira não pode ser creditada aos efeitos da crise mundial. Ela é a soma dos erros cometidos pelos governos petistas Lula-Dilma, responsáveis por transformar a economia brasileira em terra arrasada. Essas gestões temerárias levaram o País à recessão, com inflação elevada, taxas de juros altas, aumento do desemprego e queda na renda dos trabalhadores. O aprofundamento da crise está afetando de maneira dramática a vida dos segmentos mais desprotegidos da população, aumentando o fosso que separa os mais pobres dos mais ricos.  Observa-se, nesse contexto, que o ajuste fiscal proposto pelo governo Dilma, conduzido pelo ministro Joaquim Levy, da Fazenda, vem enfrentando fortes resistências na sociedade e dentro próprio governo. A discordância da população decorre da percepção de que a grave situação econômica foi provocada pela adoção de políticas temerárias, populistas e irresponsáveis adotadas pelos governos petistas Lula-Dilma. Por sua vez, estão aumentando de forma acentuada as posições contrárias ao ajuste fiscal por parte de membros do governo e de lideranças do Partido dos Trabalhadores, capitaneadas pelo ex-presidente Lula. O visível desinteresse dos parlamentares numa esvaziada audiência pública feita recentemente pelo ministro Levy no plenário da Câmara dos Deputados deixou evidente o seu desgaste político, revelando a figura de um ministro enfraquecido dentro do governo. O pouco entusiasmo demonstrado por ele na defesa do ajuste fiscal é sinal de que está perdendo o alento para continuar lutando contra 'moinhos de vento'. É importante alertar que as turbulências políticas diárias, na sua maioria, estão sendo provocadas por duas autoridades que ocupam o topo da pirâmide do poder no País: a presidente Dilma e o presidente da Câmara dos Deputados, Eduardo Cunha, que se movimentam de acordo com os seus interesses políticos e pessoais. Os interesses do País e da sociedade brasileira foram postos por ambos num plano secundário. A presidente, seguindo à risca a orientação de seu patrono, vem usando todos os tipos de artifícios não republicanos, notadamente a distribuição de cargos e de benesses para cooptar aliados, partiu para luta insana e desesperada para evitar ser defenestrada do cargo; e o segundo, entrincheirado na sua posição de dirigente da Câmara, e tendo o poder de dar início ao processo de impeachment, tenta se manter à frente da instituição, procurando, também, salvar o seu mandato, ameaçado pela representação que responde na Comissão de Ética, e pelo processo que tramita no STF, que o envolve nas teias da corrupção institucionalizada na Petrobrás. Pode-se concluir que o impasse entre Dilma e Eduardo Cunha, que sequestraram o Brasil para dentro do enfrentamento, no qual ambos querem se salvar, está agravando a situação da economia. Diante desse quadro, aumentam os riscos de que a presidente Dilma, por orientação do ex-presidente Lula, determine, em breve, que seja dado um 'cavalo de pau' na economia, abandonando o ajuste fiscal, adotando novamente uma política econômica temerária, apoiada na irresponsabilidade fiscal. A economia brasileira, caso isso ocorra, irá entrar em colapso, arrastando com ela o Brasil.  * José Matias-Pereira, economista e advogado, é doutor em Ciência Política (área de governo e administração pública) pela Universidade Complutense de Madri, Espanha, e pós-doutor em administração pela Universidade de São Paulo. Professor de administração pública e pesquisador associado do programa de pós-graduação em contabilidade da Universidade de Brasília. Autor, entre outras obras, do Curso de economia política (2015), publicado pela Atlas

Análise publicada originalmente no Estadão Noite O aprofundamento da crise política, policial e ética instalada no Brasil pode ser percebida diariamente. A forte retração do PIB do Brasil em 2015 coloca o País no ranking dos piores desempenhos do mundo (FMI). A confiança de empresários e consumidores continua retraindo pela deterioração das condições políticas, o investimento está diminuindo rapidamente e a necessidade de aperto na política macroeconômica está afetando a demanda doméstica. Não é mera coincidência que o Brasil e a Venezuela, ambos governados por bolivarianos, terão neste ano os piores desempenhos na América do Sul. A decisão da agência de classificação de riscos Fitch, rebaixando a nota do Brasil, faz parte da cota diária de más notícias para os brasileiros. Ela é um alerta importante sobre os custos econômicos provocados pelo impasse político que está paralisando a economia, contribuindo para a piora no perfil da dívida pública, que se encaminha de forma célere para alcançar 70% do PIB do Brasil.  A grave situação em que se encontra a economia brasileira não pode ser creditada aos efeitos da crise mundial. Ela é a soma dos erros cometidos pelos governos petistas Lula-Dilma, responsáveis por transformar a economia brasileira em terra arrasada. Essas gestões temerárias levaram o País à recessão, com inflação elevada, taxas de juros altas, aumento do desemprego e queda na renda dos trabalhadores. O aprofundamento da crise está afetando de maneira dramática a vida dos segmentos mais desprotegidos da população, aumentando o fosso que separa os mais pobres dos mais ricos.  Observa-se, nesse contexto, que o ajuste fiscal proposto pelo governo Dilma, conduzido pelo ministro Joaquim Levy, da Fazenda, vem enfrentando fortes resistências na sociedade e dentro próprio governo. A discordância da população decorre da percepção de que a grave situação econômica foi provocada pela adoção de políticas temerárias, populistas e irresponsáveis adotadas pelos governos petistas Lula-Dilma. Por sua vez, estão aumentando de forma acentuada as posições contrárias ao ajuste fiscal por parte de membros do governo e de lideranças do Partido dos Trabalhadores, capitaneadas pelo ex-presidente Lula. O visível desinteresse dos parlamentares numa esvaziada audiência pública feita recentemente pelo ministro Levy no plenário da Câmara dos Deputados deixou evidente o seu desgaste político, revelando a figura de um ministro enfraquecido dentro do governo. O pouco entusiasmo demonstrado por ele na defesa do ajuste fiscal é sinal de que está perdendo o alento para continuar lutando contra 'moinhos de vento'. É importante alertar que as turbulências políticas diárias, na sua maioria, estão sendo provocadas por duas autoridades que ocupam o topo da pirâmide do poder no País: a presidente Dilma e o presidente da Câmara dos Deputados, Eduardo Cunha, que se movimentam de acordo com os seus interesses políticos e pessoais. Os interesses do País e da sociedade brasileira foram postos por ambos num plano secundário. A presidente, seguindo à risca a orientação de seu patrono, vem usando todos os tipos de artifícios não republicanos, notadamente a distribuição de cargos e de benesses para cooptar aliados, partiu para luta insana e desesperada para evitar ser defenestrada do cargo; e o segundo, entrincheirado na sua posição de dirigente da Câmara, e tendo o poder de dar início ao processo de impeachment, tenta se manter à frente da instituição, procurando, também, salvar o seu mandato, ameaçado pela representação que responde na Comissão de Ética, e pelo processo que tramita no STF, que o envolve nas teias da corrupção institucionalizada na Petrobrás. Pode-se concluir que o impasse entre Dilma e Eduardo Cunha, que sequestraram o Brasil para dentro do enfrentamento, no qual ambos querem se salvar, está agravando a situação da economia. Diante desse quadro, aumentam os riscos de que a presidente Dilma, por orientação do ex-presidente Lula, determine, em breve, que seja dado um 'cavalo de pau' na economia, abandonando o ajuste fiscal, adotando novamente uma política econômica temerária, apoiada na irresponsabilidade fiscal. A economia brasileira, caso isso ocorra, irá entrar em colapso, arrastando com ela o Brasil.  * José Matias-Pereira, economista e advogado, é doutor em Ciência Política (área de governo e administração pública) pela Universidade Complutense de Madri, Espanha, e pós-doutor em administração pela Universidade de São Paulo. Professor de administração pública e pesquisador associado do programa de pós-graduação em contabilidade da Universidade de Brasília. Autor, entre outras obras, do Curso de economia política (2015), publicado pela Atlas

Análise publicada originalmente no Estadão Noite O aprofundamento da crise política, policial e ética instalada no Brasil pode ser percebida diariamente. A forte retração do PIB do Brasil em 2015 coloca o País no ranking dos piores desempenhos do mundo (FMI). A confiança de empresários e consumidores continua retraindo pela deterioração das condições políticas, o investimento está diminuindo rapidamente e a necessidade de aperto na política macroeconômica está afetando a demanda doméstica. Não é mera coincidência que o Brasil e a Venezuela, ambos governados por bolivarianos, terão neste ano os piores desempenhos na América do Sul. A decisão da agência de classificação de riscos Fitch, rebaixando a nota do Brasil, faz parte da cota diária de más notícias para os brasileiros. Ela é um alerta importante sobre os custos econômicos provocados pelo impasse político que está paralisando a economia, contribuindo para a piora no perfil da dívida pública, que se encaminha de forma célere para alcançar 70% do PIB do Brasil.  A grave situação em que se encontra a economia brasileira não pode ser creditada aos efeitos da crise mundial. Ela é a soma dos erros cometidos pelos governos petistas Lula-Dilma, responsáveis por transformar a economia brasileira em terra arrasada. Essas gestões temerárias levaram o País à recessão, com inflação elevada, taxas de juros altas, aumento do desemprego e queda na renda dos trabalhadores. O aprofundamento da crise está afetando de maneira dramática a vida dos segmentos mais desprotegidos da população, aumentando o fosso que separa os mais pobres dos mais ricos.  Observa-se, nesse contexto, que o ajuste fiscal proposto pelo governo Dilma, conduzido pelo ministro Joaquim Levy, da Fazenda, vem enfrentando fortes resistências na sociedade e dentro próprio governo. A discordância da população decorre da percepção de que a grave situação econômica foi provocada pela adoção de políticas temerárias, populistas e irresponsáveis adotadas pelos governos petistas Lula-Dilma. Por sua vez, estão aumentando de forma acentuada as posições contrárias ao ajuste fiscal por parte de membros do governo e de lideranças do Partido dos Trabalhadores, capitaneadas pelo ex-presidente Lula. O visível desinteresse dos parlamentares numa esvaziada audiência pública feita recentemente pelo ministro Levy no plenário da Câmara dos Deputados deixou evidente o seu desgaste político, revelando a figura de um ministro enfraquecido dentro do governo. O pouco entusiasmo demonstrado por ele na defesa do ajuste fiscal é sinal de que está perdendo o alento para continuar lutando contra 'moinhos de vento'. É importante alertar que as turbulências políticas diárias, na sua maioria, estão sendo provocadas por duas autoridades que ocupam o topo da pirâmide do poder no País: a presidente Dilma e o presidente da Câmara dos Deputados, Eduardo Cunha, que se movimentam de acordo com os seus interesses políticos e pessoais. Os interesses do País e da sociedade brasileira foram postos por ambos num plano secundário. A presidente, seguindo à risca a orientação de seu patrono, vem usando todos os tipos de artifícios não republicanos, notadamente a distribuição de cargos e de benesses para cooptar aliados, partiu para luta insana e desesperada para evitar ser defenestrada do cargo; e o segundo, entrincheirado na sua posição de dirigente da Câmara, e tendo o poder de dar início ao processo de impeachment, tenta se manter à frente da instituição, procurando, também, salvar o seu mandato, ameaçado pela representação que responde na Comissão de Ética, e pelo processo que tramita no STF, que o envolve nas teias da corrupção institucionalizada na Petrobrás. Pode-se concluir que o impasse entre Dilma e Eduardo Cunha, que sequestraram o Brasil para dentro do enfrentamento, no qual ambos querem se salvar, está agravando a situação da economia. Diante desse quadro, aumentam os riscos de que a presidente Dilma, por orientação do ex-presidente Lula, determine, em breve, que seja dado um 'cavalo de pau' na economia, abandonando o ajuste fiscal, adotando novamente uma política econômica temerária, apoiada na irresponsabilidade fiscal. A economia brasileira, caso isso ocorra, irá entrar em colapso, arrastando com ela o Brasil.  * José Matias-Pereira, economista e advogado, é doutor em Ciência Política (área de governo e administração pública) pela Universidade Complutense de Madri, Espanha, e pós-doutor em administração pela Universidade de São Paulo. Professor de administração pública e pesquisador associado do programa de pós-graduação em contabilidade da Universidade de Brasília. Autor, entre outras obras, do Curso de economia política (2015), publicado pela Atlas

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