CCJ do Senado aumenta pena para uso de menor em crimes


Proposta, que já foi aprovada na Câmara, agora segue para sanção presidencial

Por Agencia Estado

Senadores da Comissão de Constituição e Justiça do Senado (CCJ) aprovaram na quarta-feira, 28, mais uma medida para agravar a pena de criminosos que utilizarem menores em ações criminais. Caberá ao juiz decidir em quanto será agravada a pena, dependendo do crime. Já no caso de formação de quadrilha ou bando, a pena será duplicada. A aprovação ocorre na seqüência da votação do pacote de segurança deflagrado pelo assassinato do menino João Hélio e 40 dias depois de aprovado projeto semelhante do senador Aloizio Mercadante (PT-SP). A proposta de agora, de iniciativa do deputado Onyx Lorenzoni (DEM-RS), tem a vantagem de já ter sido examinada na Câmara. Será, portanto, encaminhada à sanção presidencial e entrará em vigor, logo depois de aprovada no plenário. A de Mercadante ainda depende do aval dos deputados. No seu parecer, o relator Jarbas Vasconcelos (PMDB-PE), afirma que a proposta contribui para o aperfeiçoamento da lei penal. ?Porque até aqui tem prevalecido a mais completa indulgência com quem utiliza ou conta com a participação de menores para cometer crimes?, alega. Segundo ele, muitas vezes a certeza da impunidade é tão grande que os autores instruem os menores a assumirem a inteira responsabilidade pela ação criminosa, de forma a isentá-los de pena. Em aparte, o senador Romeu Tuma (DEM-SP), contestou o colega, alegando que hoje os menores ganharam tanta confiança no mundo do crime, que não aceitam mais a liderança dos maiores. ?Eles estão criando suas próprias quadrilhas?, afirmou. Para o senador Magno Malta (PL-ES), o projeto ?chove no molhado?, ao estender uma medida já prevista na lei de repressão ao tráfico, em vigor desde 2006, que também aumenta a punição de quem utilizar menores em atos criminosos. Prescrição retroativa Em outra decisão, a CCJ aprovou substitutivo do senador Demóstenes Torres (DEM-GO) a projeto de lei da Câmara, que acaba com a prescrição retroativa, tida pelo parlamentar como ?um grande gargalo da impunidade?. Demóstenes explicou que, atualmente, o condenado pode contar o tempo da prescrição a partir da denúncia do promotor, o que é na maioria das vezes utilizado pelos advogados como forma de manter seus clientes fora das grandes. Em seu parecer, ele lembra que a prescrição retroativa é uma ?iniciativa brasileira que não encontra paralelo em nenhum outro lugar do mundo?. Depois de examinado em plenário, a proposta será submetida novamente aos deputados. Projetos que seguem para sanção de Lula Crimes hediondos: Na quarta-feira, 7 de março, os senadores aprovaram o projeto que tinha passado pela Câmara no dia 14 de fevereiro, dificultando a saída de autores de crimes hediondos. Os condenados por este tipo de crime terão direito ao benefício de progressão de pena e liberdade provisória depois de cumprirem 2/3 da pena, se forem primários. No caso dos reincidentes, terão de cumprir pelo menos 3/5 da pena para ter o benefício. Agora, o projeto segue para sanção do presidente Luiz Inácio Lula da Silva. Celulares: Aprovado no dia 14 de fevereiro na Câmara, os senadores votaram na quarta-feira, 7 de março, o projeto que considera falta grave o porte de uso de telefones celulares e aparelhos de rádio comunicação dentro dos presídios. Além disso, agentes penitenciários e diretores de cadeias que facilitarem a entrada desses objetos nos presídios podem ser condenados de três meses a um ano de prisão. O projeto segue para sanção do presidente. Uso de menores em ações: A CCJ do Senado aprovou, no dia 28 de março, o projeto lei agrava a pena dos criminosos maiores de idade que usarem menores nas ações criminosas. Caberá ao juiz decidir em quanto será agravada a pena, dependendo do crime. Já no caso de formação de quadrilha ou bando, a pena será duplicada. Projetos aprovados no Congresso Videoconferência: No dia 7 de março, os deputados aprovaram projeto que permite realizar interrogatórios ou audiências com réus presos por videoconferência, sem a necessidade de levar os acusados aos fóruns. O projeto modifica o Código de Processo Penal e estabelece a videoconferência como regra para casos de interrogatório do réus preso, de testemunha presa e de testemunha em que o réu esteja preso. O projeto de lei terá que voltar ao Senado já que houve alteração no texto que foi proposto pelos senadores. Júri acelerado: Também no dia 7, o Congresso mudou as regras no Tribunal do Júri, permitindo reduzir pela metade o prazo para julgar assassinos, medida aplaudida por juristas. Com o projeto, que agora segue para o Senado, a expectativa é de que o tempo para julgar homicídios caia pela metade. A proposta mexe no Tribunal do Júri - instrumento usado apenas pra o julgamento de crimes contra a vida - reduzindo o número de audiências e eliminando fases do processo. Prescrição retroativa: No dia 28 de março, a CCJ do Senado aprovou a medida proposta pela Câmara dos Deputados que dificulta a prescrição de crimes, que permite ao acusado livrar-se do processo por ter decorrido o tempo previsto no Código Penal. No caso de já haver sentença judicial, o projeto prevê que o tempo para contar a prescrição comece a partir da publicação da sentença e não a partir da denúncia (bem anterior). Projetos que ainda devem ser votados na Câmara Defesa/Tribunal do Júri: Cria a defesa preliminar, que o acusado pode apresentar por escrito ao juiz. Reduz de oito para cinco o número de testemunhas na fase preliminar e aumenta de cinco para oito o número de testemunhas ouvidas no plenário. Interrogatório: Garante a presença do defensor durante o interrogatório do acusado. Torna obrigatória a necessidade de dar ciência ao acusado de que pode permanecer calado e que seu silêncio não significa confissão. Recursos: Procura agilizar os recursos judiciais, suprimindo formalidades, como a autenticação de peças que sustentam esses recursos. Dá direito a recurso automático para o condenado que não tiver decisão unânime na segunda instância. Este ponto é criticado por magistrados, que consideram um fator a aumentar a morosidade dos processos. Atualmente, o recurso em caso de decisão não unânime depende de decisão do réu. Processos: Torna privativo do Ministério Público a solicitação de ação penal pública e diz que, na instrução, poderão ser arroladas até oito testemunhas de acusação e oito de defesa. Prisão preventiva: Dificulta a prisão preventiva, extinguindo causas consideradas indeterminadas, como "a garantia da ordem pública". E torna obrigatória a prisão em crime hediondo. Investigação: Para evitar o "inchaço" do inquérito, determina que ele contenha apenas elementos realmente relevantes. Também pode agilizar a investigação, diminuindo as formalidades.

Senadores da Comissão de Constituição e Justiça do Senado (CCJ) aprovaram na quarta-feira, 28, mais uma medida para agravar a pena de criminosos que utilizarem menores em ações criminais. Caberá ao juiz decidir em quanto será agravada a pena, dependendo do crime. Já no caso de formação de quadrilha ou bando, a pena será duplicada. A aprovação ocorre na seqüência da votação do pacote de segurança deflagrado pelo assassinato do menino João Hélio e 40 dias depois de aprovado projeto semelhante do senador Aloizio Mercadante (PT-SP). A proposta de agora, de iniciativa do deputado Onyx Lorenzoni (DEM-RS), tem a vantagem de já ter sido examinada na Câmara. Será, portanto, encaminhada à sanção presidencial e entrará em vigor, logo depois de aprovada no plenário. A de Mercadante ainda depende do aval dos deputados. No seu parecer, o relator Jarbas Vasconcelos (PMDB-PE), afirma que a proposta contribui para o aperfeiçoamento da lei penal. ?Porque até aqui tem prevalecido a mais completa indulgência com quem utiliza ou conta com a participação de menores para cometer crimes?, alega. Segundo ele, muitas vezes a certeza da impunidade é tão grande que os autores instruem os menores a assumirem a inteira responsabilidade pela ação criminosa, de forma a isentá-los de pena. Em aparte, o senador Romeu Tuma (DEM-SP), contestou o colega, alegando que hoje os menores ganharam tanta confiança no mundo do crime, que não aceitam mais a liderança dos maiores. ?Eles estão criando suas próprias quadrilhas?, afirmou. Para o senador Magno Malta (PL-ES), o projeto ?chove no molhado?, ao estender uma medida já prevista na lei de repressão ao tráfico, em vigor desde 2006, que também aumenta a punição de quem utilizar menores em atos criminosos. Prescrição retroativa Em outra decisão, a CCJ aprovou substitutivo do senador Demóstenes Torres (DEM-GO) a projeto de lei da Câmara, que acaba com a prescrição retroativa, tida pelo parlamentar como ?um grande gargalo da impunidade?. Demóstenes explicou que, atualmente, o condenado pode contar o tempo da prescrição a partir da denúncia do promotor, o que é na maioria das vezes utilizado pelos advogados como forma de manter seus clientes fora das grandes. Em seu parecer, ele lembra que a prescrição retroativa é uma ?iniciativa brasileira que não encontra paralelo em nenhum outro lugar do mundo?. Depois de examinado em plenário, a proposta será submetida novamente aos deputados. Projetos que seguem para sanção de Lula Crimes hediondos: Na quarta-feira, 7 de março, os senadores aprovaram o projeto que tinha passado pela Câmara no dia 14 de fevereiro, dificultando a saída de autores de crimes hediondos. Os condenados por este tipo de crime terão direito ao benefício de progressão de pena e liberdade provisória depois de cumprirem 2/3 da pena, se forem primários. No caso dos reincidentes, terão de cumprir pelo menos 3/5 da pena para ter o benefício. Agora, o projeto segue para sanção do presidente Luiz Inácio Lula da Silva. Celulares: Aprovado no dia 14 de fevereiro na Câmara, os senadores votaram na quarta-feira, 7 de março, o projeto que considera falta grave o porte de uso de telefones celulares e aparelhos de rádio comunicação dentro dos presídios. Além disso, agentes penitenciários e diretores de cadeias que facilitarem a entrada desses objetos nos presídios podem ser condenados de três meses a um ano de prisão. O projeto segue para sanção do presidente. Uso de menores em ações: A CCJ do Senado aprovou, no dia 28 de março, o projeto lei agrava a pena dos criminosos maiores de idade que usarem menores nas ações criminosas. Caberá ao juiz decidir em quanto será agravada a pena, dependendo do crime. Já no caso de formação de quadrilha ou bando, a pena será duplicada. Projetos aprovados no Congresso Videoconferência: No dia 7 de março, os deputados aprovaram projeto que permite realizar interrogatórios ou audiências com réus presos por videoconferência, sem a necessidade de levar os acusados aos fóruns. O projeto modifica o Código de Processo Penal e estabelece a videoconferência como regra para casos de interrogatório do réus preso, de testemunha presa e de testemunha em que o réu esteja preso. O projeto de lei terá que voltar ao Senado já que houve alteração no texto que foi proposto pelos senadores. Júri acelerado: Também no dia 7, o Congresso mudou as regras no Tribunal do Júri, permitindo reduzir pela metade o prazo para julgar assassinos, medida aplaudida por juristas. Com o projeto, que agora segue para o Senado, a expectativa é de que o tempo para julgar homicídios caia pela metade. A proposta mexe no Tribunal do Júri - instrumento usado apenas pra o julgamento de crimes contra a vida - reduzindo o número de audiências e eliminando fases do processo. Prescrição retroativa: No dia 28 de março, a CCJ do Senado aprovou a medida proposta pela Câmara dos Deputados que dificulta a prescrição de crimes, que permite ao acusado livrar-se do processo por ter decorrido o tempo previsto no Código Penal. No caso de já haver sentença judicial, o projeto prevê que o tempo para contar a prescrição comece a partir da publicação da sentença e não a partir da denúncia (bem anterior). Projetos que ainda devem ser votados na Câmara Defesa/Tribunal do Júri: Cria a defesa preliminar, que o acusado pode apresentar por escrito ao juiz. Reduz de oito para cinco o número de testemunhas na fase preliminar e aumenta de cinco para oito o número de testemunhas ouvidas no plenário. Interrogatório: Garante a presença do defensor durante o interrogatório do acusado. Torna obrigatória a necessidade de dar ciência ao acusado de que pode permanecer calado e que seu silêncio não significa confissão. Recursos: Procura agilizar os recursos judiciais, suprimindo formalidades, como a autenticação de peças que sustentam esses recursos. Dá direito a recurso automático para o condenado que não tiver decisão unânime na segunda instância. Este ponto é criticado por magistrados, que consideram um fator a aumentar a morosidade dos processos. Atualmente, o recurso em caso de decisão não unânime depende de decisão do réu. Processos: Torna privativo do Ministério Público a solicitação de ação penal pública e diz que, na instrução, poderão ser arroladas até oito testemunhas de acusação e oito de defesa. Prisão preventiva: Dificulta a prisão preventiva, extinguindo causas consideradas indeterminadas, como "a garantia da ordem pública". E torna obrigatória a prisão em crime hediondo. Investigação: Para evitar o "inchaço" do inquérito, determina que ele contenha apenas elementos realmente relevantes. Também pode agilizar a investigação, diminuindo as formalidades.

Senadores da Comissão de Constituição e Justiça do Senado (CCJ) aprovaram na quarta-feira, 28, mais uma medida para agravar a pena de criminosos que utilizarem menores em ações criminais. Caberá ao juiz decidir em quanto será agravada a pena, dependendo do crime. Já no caso de formação de quadrilha ou bando, a pena será duplicada. A aprovação ocorre na seqüência da votação do pacote de segurança deflagrado pelo assassinato do menino João Hélio e 40 dias depois de aprovado projeto semelhante do senador Aloizio Mercadante (PT-SP). A proposta de agora, de iniciativa do deputado Onyx Lorenzoni (DEM-RS), tem a vantagem de já ter sido examinada na Câmara. Será, portanto, encaminhada à sanção presidencial e entrará em vigor, logo depois de aprovada no plenário. A de Mercadante ainda depende do aval dos deputados. No seu parecer, o relator Jarbas Vasconcelos (PMDB-PE), afirma que a proposta contribui para o aperfeiçoamento da lei penal. ?Porque até aqui tem prevalecido a mais completa indulgência com quem utiliza ou conta com a participação de menores para cometer crimes?, alega. Segundo ele, muitas vezes a certeza da impunidade é tão grande que os autores instruem os menores a assumirem a inteira responsabilidade pela ação criminosa, de forma a isentá-los de pena. Em aparte, o senador Romeu Tuma (DEM-SP), contestou o colega, alegando que hoje os menores ganharam tanta confiança no mundo do crime, que não aceitam mais a liderança dos maiores. ?Eles estão criando suas próprias quadrilhas?, afirmou. Para o senador Magno Malta (PL-ES), o projeto ?chove no molhado?, ao estender uma medida já prevista na lei de repressão ao tráfico, em vigor desde 2006, que também aumenta a punição de quem utilizar menores em atos criminosos. Prescrição retroativa Em outra decisão, a CCJ aprovou substitutivo do senador Demóstenes Torres (DEM-GO) a projeto de lei da Câmara, que acaba com a prescrição retroativa, tida pelo parlamentar como ?um grande gargalo da impunidade?. Demóstenes explicou que, atualmente, o condenado pode contar o tempo da prescrição a partir da denúncia do promotor, o que é na maioria das vezes utilizado pelos advogados como forma de manter seus clientes fora das grandes. Em seu parecer, ele lembra que a prescrição retroativa é uma ?iniciativa brasileira que não encontra paralelo em nenhum outro lugar do mundo?. Depois de examinado em plenário, a proposta será submetida novamente aos deputados. Projetos que seguem para sanção de Lula Crimes hediondos: Na quarta-feira, 7 de março, os senadores aprovaram o projeto que tinha passado pela Câmara no dia 14 de fevereiro, dificultando a saída de autores de crimes hediondos. Os condenados por este tipo de crime terão direito ao benefício de progressão de pena e liberdade provisória depois de cumprirem 2/3 da pena, se forem primários. No caso dos reincidentes, terão de cumprir pelo menos 3/5 da pena para ter o benefício. Agora, o projeto segue para sanção do presidente Luiz Inácio Lula da Silva. Celulares: Aprovado no dia 14 de fevereiro na Câmara, os senadores votaram na quarta-feira, 7 de março, o projeto que considera falta grave o porte de uso de telefones celulares e aparelhos de rádio comunicação dentro dos presídios. Além disso, agentes penitenciários e diretores de cadeias que facilitarem a entrada desses objetos nos presídios podem ser condenados de três meses a um ano de prisão. O projeto segue para sanção do presidente. Uso de menores em ações: A CCJ do Senado aprovou, no dia 28 de março, o projeto lei agrava a pena dos criminosos maiores de idade que usarem menores nas ações criminosas. Caberá ao juiz decidir em quanto será agravada a pena, dependendo do crime. Já no caso de formação de quadrilha ou bando, a pena será duplicada. Projetos aprovados no Congresso Videoconferência: No dia 7 de março, os deputados aprovaram projeto que permite realizar interrogatórios ou audiências com réus presos por videoconferência, sem a necessidade de levar os acusados aos fóruns. O projeto modifica o Código de Processo Penal e estabelece a videoconferência como regra para casos de interrogatório do réus preso, de testemunha presa e de testemunha em que o réu esteja preso. O projeto de lei terá que voltar ao Senado já que houve alteração no texto que foi proposto pelos senadores. Júri acelerado: Também no dia 7, o Congresso mudou as regras no Tribunal do Júri, permitindo reduzir pela metade o prazo para julgar assassinos, medida aplaudida por juristas. Com o projeto, que agora segue para o Senado, a expectativa é de que o tempo para julgar homicídios caia pela metade. A proposta mexe no Tribunal do Júri - instrumento usado apenas pra o julgamento de crimes contra a vida - reduzindo o número de audiências e eliminando fases do processo. Prescrição retroativa: No dia 28 de março, a CCJ do Senado aprovou a medida proposta pela Câmara dos Deputados que dificulta a prescrição de crimes, que permite ao acusado livrar-se do processo por ter decorrido o tempo previsto no Código Penal. No caso de já haver sentença judicial, o projeto prevê que o tempo para contar a prescrição comece a partir da publicação da sentença e não a partir da denúncia (bem anterior). Projetos que ainda devem ser votados na Câmara Defesa/Tribunal do Júri: Cria a defesa preliminar, que o acusado pode apresentar por escrito ao juiz. Reduz de oito para cinco o número de testemunhas na fase preliminar e aumenta de cinco para oito o número de testemunhas ouvidas no plenário. Interrogatório: Garante a presença do defensor durante o interrogatório do acusado. Torna obrigatória a necessidade de dar ciência ao acusado de que pode permanecer calado e que seu silêncio não significa confissão. Recursos: Procura agilizar os recursos judiciais, suprimindo formalidades, como a autenticação de peças que sustentam esses recursos. Dá direito a recurso automático para o condenado que não tiver decisão unânime na segunda instância. Este ponto é criticado por magistrados, que consideram um fator a aumentar a morosidade dos processos. Atualmente, o recurso em caso de decisão não unânime depende de decisão do réu. Processos: Torna privativo do Ministério Público a solicitação de ação penal pública e diz que, na instrução, poderão ser arroladas até oito testemunhas de acusação e oito de defesa. Prisão preventiva: Dificulta a prisão preventiva, extinguindo causas consideradas indeterminadas, como "a garantia da ordem pública". E torna obrigatória a prisão em crime hediondo. Investigação: Para evitar o "inchaço" do inquérito, determina que ele contenha apenas elementos realmente relevantes. Também pode agilizar a investigação, diminuindo as formalidades.

Senadores da Comissão de Constituição e Justiça do Senado (CCJ) aprovaram na quarta-feira, 28, mais uma medida para agravar a pena de criminosos que utilizarem menores em ações criminais. Caberá ao juiz decidir em quanto será agravada a pena, dependendo do crime. Já no caso de formação de quadrilha ou bando, a pena será duplicada. A aprovação ocorre na seqüência da votação do pacote de segurança deflagrado pelo assassinato do menino João Hélio e 40 dias depois de aprovado projeto semelhante do senador Aloizio Mercadante (PT-SP). A proposta de agora, de iniciativa do deputado Onyx Lorenzoni (DEM-RS), tem a vantagem de já ter sido examinada na Câmara. Será, portanto, encaminhada à sanção presidencial e entrará em vigor, logo depois de aprovada no plenário. A de Mercadante ainda depende do aval dos deputados. No seu parecer, o relator Jarbas Vasconcelos (PMDB-PE), afirma que a proposta contribui para o aperfeiçoamento da lei penal. ?Porque até aqui tem prevalecido a mais completa indulgência com quem utiliza ou conta com a participação de menores para cometer crimes?, alega. Segundo ele, muitas vezes a certeza da impunidade é tão grande que os autores instruem os menores a assumirem a inteira responsabilidade pela ação criminosa, de forma a isentá-los de pena. Em aparte, o senador Romeu Tuma (DEM-SP), contestou o colega, alegando que hoje os menores ganharam tanta confiança no mundo do crime, que não aceitam mais a liderança dos maiores. ?Eles estão criando suas próprias quadrilhas?, afirmou. Para o senador Magno Malta (PL-ES), o projeto ?chove no molhado?, ao estender uma medida já prevista na lei de repressão ao tráfico, em vigor desde 2006, que também aumenta a punição de quem utilizar menores em atos criminosos. Prescrição retroativa Em outra decisão, a CCJ aprovou substitutivo do senador Demóstenes Torres (DEM-GO) a projeto de lei da Câmara, que acaba com a prescrição retroativa, tida pelo parlamentar como ?um grande gargalo da impunidade?. Demóstenes explicou que, atualmente, o condenado pode contar o tempo da prescrição a partir da denúncia do promotor, o que é na maioria das vezes utilizado pelos advogados como forma de manter seus clientes fora das grandes. Em seu parecer, ele lembra que a prescrição retroativa é uma ?iniciativa brasileira que não encontra paralelo em nenhum outro lugar do mundo?. Depois de examinado em plenário, a proposta será submetida novamente aos deputados. Projetos que seguem para sanção de Lula Crimes hediondos: Na quarta-feira, 7 de março, os senadores aprovaram o projeto que tinha passado pela Câmara no dia 14 de fevereiro, dificultando a saída de autores de crimes hediondos. Os condenados por este tipo de crime terão direito ao benefício de progressão de pena e liberdade provisória depois de cumprirem 2/3 da pena, se forem primários. No caso dos reincidentes, terão de cumprir pelo menos 3/5 da pena para ter o benefício. Agora, o projeto segue para sanção do presidente Luiz Inácio Lula da Silva. Celulares: Aprovado no dia 14 de fevereiro na Câmara, os senadores votaram na quarta-feira, 7 de março, o projeto que considera falta grave o porte de uso de telefones celulares e aparelhos de rádio comunicação dentro dos presídios. Além disso, agentes penitenciários e diretores de cadeias que facilitarem a entrada desses objetos nos presídios podem ser condenados de três meses a um ano de prisão. O projeto segue para sanção do presidente. Uso de menores em ações: A CCJ do Senado aprovou, no dia 28 de março, o projeto lei agrava a pena dos criminosos maiores de idade que usarem menores nas ações criminosas. Caberá ao juiz decidir em quanto será agravada a pena, dependendo do crime. Já no caso de formação de quadrilha ou bando, a pena será duplicada. Projetos aprovados no Congresso Videoconferência: No dia 7 de março, os deputados aprovaram projeto que permite realizar interrogatórios ou audiências com réus presos por videoconferência, sem a necessidade de levar os acusados aos fóruns. O projeto modifica o Código de Processo Penal e estabelece a videoconferência como regra para casos de interrogatório do réus preso, de testemunha presa e de testemunha em que o réu esteja preso. O projeto de lei terá que voltar ao Senado já que houve alteração no texto que foi proposto pelos senadores. Júri acelerado: Também no dia 7, o Congresso mudou as regras no Tribunal do Júri, permitindo reduzir pela metade o prazo para julgar assassinos, medida aplaudida por juristas. Com o projeto, que agora segue para o Senado, a expectativa é de que o tempo para julgar homicídios caia pela metade. A proposta mexe no Tribunal do Júri - instrumento usado apenas pra o julgamento de crimes contra a vida - reduzindo o número de audiências e eliminando fases do processo. Prescrição retroativa: No dia 28 de março, a CCJ do Senado aprovou a medida proposta pela Câmara dos Deputados que dificulta a prescrição de crimes, que permite ao acusado livrar-se do processo por ter decorrido o tempo previsto no Código Penal. No caso de já haver sentença judicial, o projeto prevê que o tempo para contar a prescrição comece a partir da publicação da sentença e não a partir da denúncia (bem anterior). Projetos que ainda devem ser votados na Câmara Defesa/Tribunal do Júri: Cria a defesa preliminar, que o acusado pode apresentar por escrito ao juiz. Reduz de oito para cinco o número de testemunhas na fase preliminar e aumenta de cinco para oito o número de testemunhas ouvidas no plenário. Interrogatório: Garante a presença do defensor durante o interrogatório do acusado. Torna obrigatória a necessidade de dar ciência ao acusado de que pode permanecer calado e que seu silêncio não significa confissão. Recursos: Procura agilizar os recursos judiciais, suprimindo formalidades, como a autenticação de peças que sustentam esses recursos. Dá direito a recurso automático para o condenado que não tiver decisão unânime na segunda instância. Este ponto é criticado por magistrados, que consideram um fator a aumentar a morosidade dos processos. Atualmente, o recurso em caso de decisão não unânime depende de decisão do réu. Processos: Torna privativo do Ministério Público a solicitação de ação penal pública e diz que, na instrução, poderão ser arroladas até oito testemunhas de acusação e oito de defesa. Prisão preventiva: Dificulta a prisão preventiva, extinguindo causas consideradas indeterminadas, como "a garantia da ordem pública". E torna obrigatória a prisão em crime hediondo. Investigação: Para evitar o "inchaço" do inquérito, determina que ele contenha apenas elementos realmente relevantes. Também pode agilizar a investigação, diminuindo as formalidades.

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