Chávez busca 'armas e liderança' em Moscou, dizem analistas


Para observadores, venezuelano quer firmar país como potência militar regional.

Por Da BBC Brasil

Ao tentar fechar um novo acordo para compra de armas da Rússia, o presidente da Venezuela, Hugo Chávez, quer transformar seu país em uma potência militar na América Latina, na opinião de analistas ouvidos pela BBC. "O que Chávez está tentando fazer há muito tempo é colocar a Venezuela como uma potência regional, competindo com o Brasil", diz Susanne Gratius, pesquisadora da Fundação para as Relações Internacionais e o Diálogo Exterior (FRIDE), um instituto com sede em Madri, na Espanha. Mas, segundo Gratius, a Venezuela "não tem capacidade para se transformar em uma potência regional somente com os petrodólares e, por isso, tem comprado armas da Rússia, já que o negócio de armas não é novidade". O governo venezuelano comprou armas da Rússia em 2005 e 2006, e o presidente Hugo Chávez está novamente no país para um novo acordo de compra de armamentos. Gastos A visita a Moscou é a primeira etapa de uma turnê pela europa, que inclui também viagens a Bielorússia, Espanha e Portugal. Durante a visita, Chávez se encontrará pela primeira vez com o novo presidente russo, Vladimir Medvedev. Gustavo Morales, professor da Universidade de San Pablo CEU, na Espanha, e especialista em defesa e segurança, concorda que a Venezuela tenta se firmar como uma potência militar na região. "A Venezuela é a nova potência militar emergente que gastou mais de US$ 600 milhões no último ano em compras de armas e se tornou o maior importador de armas de toda a Ibero-América no ano passado", disse Morales. O especialista avalia que a Venezuela tem, no momento, capacidade de se converter em uma potência regional. "A macroeconomia lhe dá a razão", afirma Morales. "Devido à alta no preço das matérias-primas, especialmente o petróleo, está recebendo dinheiro extra que está investindo durante os últimos anos, na sua maior parte, na aquisição de um novo sistema de armamentos." Para Morales, a compra de armas da Rússia pela Venezuela pode ser vista no contexto de um aumento de gastos com material bélico na América do Sul. "Se olhamos para as cifras do Instituto de Estudos para a Paz, de Estocolmo, e de centros de estudos latinos, durante os últimos seis anos, um aumento no percentual de gastos tem sido detectado em vários países, com exceção apenas da Argentina", acrescenta. 'Corrida armamentista' Na opinião de Susanne Gratius, além de uma modernização e reforma de seu aparato militar, a Venezuela busca "se colocar na frente na América Latina nessa tendência de uma corrida armamentista, em que o Chile segue sendo o mais avançado e o Brasil, apesar de não ter as Forças Armadas tão modernizadas, com certeza tem as mais potentes." Em relação aos objetivos de cada país com essa suposta corrida armamentista, Gratius diz não acreditar que as metas da Venezuela estejam relacionados com o recente desentendimento com a Colômbia porque "o nível de conflito baixou". "As Farc (Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia) estão debilitadas, e acredito que Chávez quer baixar o nível de conflito", diz a pesquisadora. "Ele tem feito apelos para que as Farc deixem as armas, e esse negócio com a Rússia não tem a finalidade, digamos, de comprar fuzis como os usados pelas Farc." BBC Brasil - Todos os direitos reservados. É proibido todo tipo de reprodução sem autorização por escrito da BBC.

Ao tentar fechar um novo acordo para compra de armas da Rússia, o presidente da Venezuela, Hugo Chávez, quer transformar seu país em uma potência militar na América Latina, na opinião de analistas ouvidos pela BBC. "O que Chávez está tentando fazer há muito tempo é colocar a Venezuela como uma potência regional, competindo com o Brasil", diz Susanne Gratius, pesquisadora da Fundação para as Relações Internacionais e o Diálogo Exterior (FRIDE), um instituto com sede em Madri, na Espanha. Mas, segundo Gratius, a Venezuela "não tem capacidade para se transformar em uma potência regional somente com os petrodólares e, por isso, tem comprado armas da Rússia, já que o negócio de armas não é novidade". O governo venezuelano comprou armas da Rússia em 2005 e 2006, e o presidente Hugo Chávez está novamente no país para um novo acordo de compra de armamentos. Gastos A visita a Moscou é a primeira etapa de uma turnê pela europa, que inclui também viagens a Bielorússia, Espanha e Portugal. Durante a visita, Chávez se encontrará pela primeira vez com o novo presidente russo, Vladimir Medvedev. Gustavo Morales, professor da Universidade de San Pablo CEU, na Espanha, e especialista em defesa e segurança, concorda que a Venezuela tenta se firmar como uma potência militar na região. "A Venezuela é a nova potência militar emergente que gastou mais de US$ 600 milhões no último ano em compras de armas e se tornou o maior importador de armas de toda a Ibero-América no ano passado", disse Morales. O especialista avalia que a Venezuela tem, no momento, capacidade de se converter em uma potência regional. "A macroeconomia lhe dá a razão", afirma Morales. "Devido à alta no preço das matérias-primas, especialmente o petróleo, está recebendo dinheiro extra que está investindo durante os últimos anos, na sua maior parte, na aquisição de um novo sistema de armamentos." Para Morales, a compra de armas da Rússia pela Venezuela pode ser vista no contexto de um aumento de gastos com material bélico na América do Sul. "Se olhamos para as cifras do Instituto de Estudos para a Paz, de Estocolmo, e de centros de estudos latinos, durante os últimos seis anos, um aumento no percentual de gastos tem sido detectado em vários países, com exceção apenas da Argentina", acrescenta. 'Corrida armamentista' Na opinião de Susanne Gratius, além de uma modernização e reforma de seu aparato militar, a Venezuela busca "se colocar na frente na América Latina nessa tendência de uma corrida armamentista, em que o Chile segue sendo o mais avançado e o Brasil, apesar de não ter as Forças Armadas tão modernizadas, com certeza tem as mais potentes." Em relação aos objetivos de cada país com essa suposta corrida armamentista, Gratius diz não acreditar que as metas da Venezuela estejam relacionados com o recente desentendimento com a Colômbia porque "o nível de conflito baixou". "As Farc (Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia) estão debilitadas, e acredito que Chávez quer baixar o nível de conflito", diz a pesquisadora. "Ele tem feito apelos para que as Farc deixem as armas, e esse negócio com a Rússia não tem a finalidade, digamos, de comprar fuzis como os usados pelas Farc." BBC Brasil - Todos os direitos reservados. É proibido todo tipo de reprodução sem autorização por escrito da BBC.

Ao tentar fechar um novo acordo para compra de armas da Rússia, o presidente da Venezuela, Hugo Chávez, quer transformar seu país em uma potência militar na América Latina, na opinião de analistas ouvidos pela BBC. "O que Chávez está tentando fazer há muito tempo é colocar a Venezuela como uma potência regional, competindo com o Brasil", diz Susanne Gratius, pesquisadora da Fundação para as Relações Internacionais e o Diálogo Exterior (FRIDE), um instituto com sede em Madri, na Espanha. Mas, segundo Gratius, a Venezuela "não tem capacidade para se transformar em uma potência regional somente com os petrodólares e, por isso, tem comprado armas da Rússia, já que o negócio de armas não é novidade". O governo venezuelano comprou armas da Rússia em 2005 e 2006, e o presidente Hugo Chávez está novamente no país para um novo acordo de compra de armamentos. Gastos A visita a Moscou é a primeira etapa de uma turnê pela europa, que inclui também viagens a Bielorússia, Espanha e Portugal. Durante a visita, Chávez se encontrará pela primeira vez com o novo presidente russo, Vladimir Medvedev. Gustavo Morales, professor da Universidade de San Pablo CEU, na Espanha, e especialista em defesa e segurança, concorda que a Venezuela tenta se firmar como uma potência militar na região. "A Venezuela é a nova potência militar emergente que gastou mais de US$ 600 milhões no último ano em compras de armas e se tornou o maior importador de armas de toda a Ibero-América no ano passado", disse Morales. O especialista avalia que a Venezuela tem, no momento, capacidade de se converter em uma potência regional. "A macroeconomia lhe dá a razão", afirma Morales. "Devido à alta no preço das matérias-primas, especialmente o petróleo, está recebendo dinheiro extra que está investindo durante os últimos anos, na sua maior parte, na aquisição de um novo sistema de armamentos." Para Morales, a compra de armas da Rússia pela Venezuela pode ser vista no contexto de um aumento de gastos com material bélico na América do Sul. "Se olhamos para as cifras do Instituto de Estudos para a Paz, de Estocolmo, e de centros de estudos latinos, durante os últimos seis anos, um aumento no percentual de gastos tem sido detectado em vários países, com exceção apenas da Argentina", acrescenta. 'Corrida armamentista' Na opinião de Susanne Gratius, além de uma modernização e reforma de seu aparato militar, a Venezuela busca "se colocar na frente na América Latina nessa tendência de uma corrida armamentista, em que o Chile segue sendo o mais avançado e o Brasil, apesar de não ter as Forças Armadas tão modernizadas, com certeza tem as mais potentes." Em relação aos objetivos de cada país com essa suposta corrida armamentista, Gratius diz não acreditar que as metas da Venezuela estejam relacionados com o recente desentendimento com a Colômbia porque "o nível de conflito baixou". "As Farc (Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia) estão debilitadas, e acredito que Chávez quer baixar o nível de conflito", diz a pesquisadora. "Ele tem feito apelos para que as Farc deixem as armas, e esse negócio com a Rússia não tem a finalidade, digamos, de comprar fuzis como os usados pelas Farc." BBC Brasil - Todos os direitos reservados. É proibido todo tipo de reprodução sem autorização por escrito da BBC.

Ao tentar fechar um novo acordo para compra de armas da Rússia, o presidente da Venezuela, Hugo Chávez, quer transformar seu país em uma potência militar na América Latina, na opinião de analistas ouvidos pela BBC. "O que Chávez está tentando fazer há muito tempo é colocar a Venezuela como uma potência regional, competindo com o Brasil", diz Susanne Gratius, pesquisadora da Fundação para as Relações Internacionais e o Diálogo Exterior (FRIDE), um instituto com sede em Madri, na Espanha. Mas, segundo Gratius, a Venezuela "não tem capacidade para se transformar em uma potência regional somente com os petrodólares e, por isso, tem comprado armas da Rússia, já que o negócio de armas não é novidade". O governo venezuelano comprou armas da Rússia em 2005 e 2006, e o presidente Hugo Chávez está novamente no país para um novo acordo de compra de armamentos. Gastos A visita a Moscou é a primeira etapa de uma turnê pela europa, que inclui também viagens a Bielorússia, Espanha e Portugal. Durante a visita, Chávez se encontrará pela primeira vez com o novo presidente russo, Vladimir Medvedev. Gustavo Morales, professor da Universidade de San Pablo CEU, na Espanha, e especialista em defesa e segurança, concorda que a Venezuela tenta se firmar como uma potência militar na região. "A Venezuela é a nova potência militar emergente que gastou mais de US$ 600 milhões no último ano em compras de armas e se tornou o maior importador de armas de toda a Ibero-América no ano passado", disse Morales. O especialista avalia que a Venezuela tem, no momento, capacidade de se converter em uma potência regional. "A macroeconomia lhe dá a razão", afirma Morales. "Devido à alta no preço das matérias-primas, especialmente o petróleo, está recebendo dinheiro extra que está investindo durante os últimos anos, na sua maior parte, na aquisição de um novo sistema de armamentos." Para Morales, a compra de armas da Rússia pela Venezuela pode ser vista no contexto de um aumento de gastos com material bélico na América do Sul. "Se olhamos para as cifras do Instituto de Estudos para a Paz, de Estocolmo, e de centros de estudos latinos, durante os últimos seis anos, um aumento no percentual de gastos tem sido detectado em vários países, com exceção apenas da Argentina", acrescenta. 'Corrida armamentista' Na opinião de Susanne Gratius, além de uma modernização e reforma de seu aparato militar, a Venezuela busca "se colocar na frente na América Latina nessa tendência de uma corrida armamentista, em que o Chile segue sendo o mais avançado e o Brasil, apesar de não ter as Forças Armadas tão modernizadas, com certeza tem as mais potentes." Em relação aos objetivos de cada país com essa suposta corrida armamentista, Gratius diz não acreditar que as metas da Venezuela estejam relacionados com o recente desentendimento com a Colômbia porque "o nível de conflito baixou". "As Farc (Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia) estão debilitadas, e acredito que Chávez quer baixar o nível de conflito", diz a pesquisadora. "Ele tem feito apelos para que as Farc deixem as armas, e esse negócio com a Rússia não tem a finalidade, digamos, de comprar fuzis como os usados pelas Farc." BBC Brasil - Todos os direitos reservados. É proibido todo tipo de reprodução sem autorização por escrito da BBC.

Atualizamos nossa política de cookies

Ao utilizar nossos serviços, você aceita a política de monitoramento de cookies.