Crônica, política e derivações

Kepler 452


Por Paulo Rosenbaum

 

 Foto: Estadão

Caros habitantes,

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Queríamos dar as boas vindas para todos neste dia histórico. Aviso que estamos usando o tradutor automático para 214 línguas.

Nenhum antigo parece ter valorizado suficientemente aquela previsão. Na verdade, grosseiro erro de estimativa, pois era mais do que uma advertência. Foi tomada como desafio moral. Inútil, diziam todos eles. Mas isso foi antes do grande incêndio. Hoje, daqui, podemos enxerga-la com telescopia de lentes de água e vapor solar. Em tese, com a aceleração linear, alguém poderia, caso ousasse, voltar e atingi-la em 1.400 anos luz. Ou, se preferem, na velha cronologia, em 236 anos, 22 dias e 18 horas.

Obviamente, como ninguém desconhece, isso está fora de questão por toda contaminação atmosférica e pelo deslocamento do eixo magnético. Sem contar o aquecimento e a radiação. Sim, aquele sol minúsculo nos impediria pisar ali, naquele que já foi um solo fecundo segundo os arquivos e as poucas marcações que restaram da biopaleontologia. Ninguém a deseja mais a não ser por uma estranha nostalgia. Nunca se esquece de um berço. Não se pode desprezar aquela que foi objeto de todas nossas especulações e depositária dos desejos da espécie até não muito tempo atrás.

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Quem poderá esquecer as amostras que hoje preservamos no Museu Copérnico II? As experiências de desmaterialização no eixo polar? A concentração de verde no hemisfério sul? A extração recente dos painéis de sondas e embarcações perdidas em missões frustradas (na época de combustível liquido fóssil) são um patrimônio da memória. Muitos eram, assim como em nosso velho mundo, a favor da destruição desses registros de memória. Congratulemo-nos todos já que a argumentação não passou nos testes dialógicos.

A energia dos núcleos como armas não poderá mais ser esquecida. Nossa responsabilidade deixou de ser só com aquele sistema solar, hoje obsoleto até a órbita de planeta com a grande tempestade, graças aos nossos erros.  Neste ano 127 da novíssima experiência humana, podemos avaliar retrospectivamente o que fizemos com o velho habitat e evitar amanhãs de erros antigos.  Por isso, é com grande alegria que inauguramos este memorial na via Kepler com a famosa frase do escritor Arthur C. Clarke (infelizmente, profissão quase extinta nesse nosso novo mundo, que apenas ameaça renascer)

"Os dinossauros desapareceram porque não tinham um programa espacial"

 

 Foto: Estadão

Caros habitantes,

Queríamos dar as boas vindas para todos neste dia histórico. Aviso que estamos usando o tradutor automático para 214 línguas.

Nenhum antigo parece ter valorizado suficientemente aquela previsão. Na verdade, grosseiro erro de estimativa, pois era mais do que uma advertência. Foi tomada como desafio moral. Inútil, diziam todos eles. Mas isso foi antes do grande incêndio. Hoje, daqui, podemos enxerga-la com telescopia de lentes de água e vapor solar. Em tese, com a aceleração linear, alguém poderia, caso ousasse, voltar e atingi-la em 1.400 anos luz. Ou, se preferem, na velha cronologia, em 236 anos, 22 dias e 18 horas.

Obviamente, como ninguém desconhece, isso está fora de questão por toda contaminação atmosférica e pelo deslocamento do eixo magnético. Sem contar o aquecimento e a radiação. Sim, aquele sol minúsculo nos impediria pisar ali, naquele que já foi um solo fecundo segundo os arquivos e as poucas marcações que restaram da biopaleontologia. Ninguém a deseja mais a não ser por uma estranha nostalgia. Nunca se esquece de um berço. Não se pode desprezar aquela que foi objeto de todas nossas especulações e depositária dos desejos da espécie até não muito tempo atrás.

Quem poderá esquecer as amostras que hoje preservamos no Museu Copérnico II? As experiências de desmaterialização no eixo polar? A concentração de verde no hemisfério sul? A extração recente dos painéis de sondas e embarcações perdidas em missões frustradas (na época de combustível liquido fóssil) são um patrimônio da memória. Muitos eram, assim como em nosso velho mundo, a favor da destruição desses registros de memória. Congratulemo-nos todos já que a argumentação não passou nos testes dialógicos.

A energia dos núcleos como armas não poderá mais ser esquecida. Nossa responsabilidade deixou de ser só com aquele sistema solar, hoje obsoleto até a órbita de planeta com a grande tempestade, graças aos nossos erros.  Neste ano 127 da novíssima experiência humana, podemos avaliar retrospectivamente o que fizemos com o velho habitat e evitar amanhãs de erros antigos.  Por isso, é com grande alegria que inauguramos este memorial na via Kepler com a famosa frase do escritor Arthur C. Clarke (infelizmente, profissão quase extinta nesse nosso novo mundo, que apenas ameaça renascer)

"Os dinossauros desapareceram porque não tinham um programa espacial"

 

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Caros habitantes,

Queríamos dar as boas vindas para todos neste dia histórico. Aviso que estamos usando o tradutor automático para 214 línguas.

Nenhum antigo parece ter valorizado suficientemente aquela previsão. Na verdade, grosseiro erro de estimativa, pois era mais do que uma advertência. Foi tomada como desafio moral. Inútil, diziam todos eles. Mas isso foi antes do grande incêndio. Hoje, daqui, podemos enxerga-la com telescopia de lentes de água e vapor solar. Em tese, com a aceleração linear, alguém poderia, caso ousasse, voltar e atingi-la em 1.400 anos luz. Ou, se preferem, na velha cronologia, em 236 anos, 22 dias e 18 horas.

Obviamente, como ninguém desconhece, isso está fora de questão por toda contaminação atmosférica e pelo deslocamento do eixo magnético. Sem contar o aquecimento e a radiação. Sim, aquele sol minúsculo nos impediria pisar ali, naquele que já foi um solo fecundo segundo os arquivos e as poucas marcações que restaram da biopaleontologia. Ninguém a deseja mais a não ser por uma estranha nostalgia. Nunca se esquece de um berço. Não se pode desprezar aquela que foi objeto de todas nossas especulações e depositária dos desejos da espécie até não muito tempo atrás.

Quem poderá esquecer as amostras que hoje preservamos no Museu Copérnico II? As experiências de desmaterialização no eixo polar? A concentração de verde no hemisfério sul? A extração recente dos painéis de sondas e embarcações perdidas em missões frustradas (na época de combustível liquido fóssil) são um patrimônio da memória. Muitos eram, assim como em nosso velho mundo, a favor da destruição desses registros de memória. Congratulemo-nos todos já que a argumentação não passou nos testes dialógicos.

A energia dos núcleos como armas não poderá mais ser esquecida. Nossa responsabilidade deixou de ser só com aquele sistema solar, hoje obsoleto até a órbita de planeta com a grande tempestade, graças aos nossos erros.  Neste ano 127 da novíssima experiência humana, podemos avaliar retrospectivamente o que fizemos com o velho habitat e evitar amanhãs de erros antigos.  Por isso, é com grande alegria que inauguramos este memorial na via Kepler com a famosa frase do escritor Arthur C. Clarke (infelizmente, profissão quase extinta nesse nosso novo mundo, que apenas ameaça renascer)

"Os dinossauros desapareceram porque não tinham um programa espacial"

 

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Caros habitantes,

Queríamos dar as boas vindas para todos neste dia histórico. Aviso que estamos usando o tradutor automático para 214 línguas.

Nenhum antigo parece ter valorizado suficientemente aquela previsão. Na verdade, grosseiro erro de estimativa, pois era mais do que uma advertência. Foi tomada como desafio moral. Inútil, diziam todos eles. Mas isso foi antes do grande incêndio. Hoje, daqui, podemos enxerga-la com telescopia de lentes de água e vapor solar. Em tese, com a aceleração linear, alguém poderia, caso ousasse, voltar e atingi-la em 1.400 anos luz. Ou, se preferem, na velha cronologia, em 236 anos, 22 dias e 18 horas.

Obviamente, como ninguém desconhece, isso está fora de questão por toda contaminação atmosférica e pelo deslocamento do eixo magnético. Sem contar o aquecimento e a radiação. Sim, aquele sol minúsculo nos impediria pisar ali, naquele que já foi um solo fecundo segundo os arquivos e as poucas marcações que restaram da biopaleontologia. Ninguém a deseja mais a não ser por uma estranha nostalgia. Nunca se esquece de um berço. Não se pode desprezar aquela que foi objeto de todas nossas especulações e depositária dos desejos da espécie até não muito tempo atrás.

Quem poderá esquecer as amostras que hoje preservamos no Museu Copérnico II? As experiências de desmaterialização no eixo polar? A concentração de verde no hemisfério sul? A extração recente dos painéis de sondas e embarcações perdidas em missões frustradas (na época de combustível liquido fóssil) são um patrimônio da memória. Muitos eram, assim como em nosso velho mundo, a favor da destruição desses registros de memória. Congratulemo-nos todos já que a argumentação não passou nos testes dialógicos.

A energia dos núcleos como armas não poderá mais ser esquecida. Nossa responsabilidade deixou de ser só com aquele sistema solar, hoje obsoleto até a órbita de planeta com a grande tempestade, graças aos nossos erros.  Neste ano 127 da novíssima experiência humana, podemos avaliar retrospectivamente o que fizemos com o velho habitat e evitar amanhãs de erros antigos.  Por isso, é com grande alegria que inauguramos este memorial na via Kepler com a famosa frase do escritor Arthur C. Clarke (infelizmente, profissão quase extinta nesse nosso novo mundo, que apenas ameaça renascer)

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