Criador deve cuidar do couro do boi


Embora a indústria não pague tão bem pela pele de qualidade, zelar por ess quesito pode trazer recompensas futuras

Por Fernanda Yoneya

Embora sejam raras as iniciativas da indústria frigorífica de pagar prêmios por couro de qualidade, na Fazenda Morro Vermelho, em Jaú (SP), o manejo dispensado ao rebanho - são 700 cabeças de gado nelore padrão PO e 1.500 cabeças de gado comercial - inclui cuidados especiais com o couro. "O primeiro cuidado é na marcação a fogo dos animais", diz o zootecnista da fazenda, Hermany Sangiovani Ferreira. "Por ser mais prática e facilitar a identificação do animal, a marcação a fogo é feita muitas vezes no lombo, o que pode compromenter a integridade da pele. Aqui, no gado PO, fazemos a marcação na perna direita ou esquerda traseira, pouco abaixo da linha da virilha do animal, como recomenda a ABCZ (Associação Brasileira dos Criadores de Zebu)", afirma. "No gado comercial, é marcado a fogo só o nome da fazenda; a numeração é feita com brincos." Conforme o pesquisador Manuel Antonio Chagas Jacinto, da Embrapa Pecuária Sudeste, é comum a marcação a fogo pegar o "grupon", que é a parte nobre do couro, do cupim para trás. Na Morro Vermelho, outro cuidado, que vale tanto para o gado PO como para o rebanho comercial, é com a incidência de berne, considerado por Ferreira o segundo maior problema em couros, depois da marcação a fogo. "Fazemos tratamento preventivo, dando vermífugos aos animais a cada 90 dias. Com esse acompanhamento periódico, o controle da berne é muito eficaz e ainda funciona para carrapatos, que também desvalorizam o couro." INSTALAÇÕES Para o zootecnista Bruno de Jesus Andrade, da Associação Nacional dos Confinadores (Assocon), além da marcação a fogo, é preciso ter cuidados no transporte e no manejo do gado nos currais. "O rebanho deve ser manejado no curral sem pressa, cuidando para não amontoá-los no local." Andrade destaca, ainda, que uma lesão mais profunda pode atingir a carcaça e depreciar o animal ainda mais no frigorífico. Além de manter a saúde do rebanho em dia, sobretudo na parte de dermatites, bernes, carrapatos, fungos e sarnas, Jacinto recomenda ficar de olho nas instalações. Além de manter o pasto limpo, deve-se trocar arame farpado por arame liso. "Se não provoca lesões acidentalmente, o arame farpado é usado pelos animais para se coçar, provocando ferimentos. Atenção também para parafusos soltos e para tábuas lascadas", observa. Jacinto explica que o pecuarista deve saber que o couro é um "arquivo", o que significa que, "derrubado o pêlo", todas as marcas acumuladas pelo animal desde o nascimento estarão lá. "O criador pode entregar um animal redondinho para a indústria, em termos de idade, peso e carcaça, mas isso não garante que o couro será de primeira linha", afirma Jacinto. "E é por essa qualidade que a indústria poderá pagar um dia."

Embora sejam raras as iniciativas da indústria frigorífica de pagar prêmios por couro de qualidade, na Fazenda Morro Vermelho, em Jaú (SP), o manejo dispensado ao rebanho - são 700 cabeças de gado nelore padrão PO e 1.500 cabeças de gado comercial - inclui cuidados especiais com o couro. "O primeiro cuidado é na marcação a fogo dos animais", diz o zootecnista da fazenda, Hermany Sangiovani Ferreira. "Por ser mais prática e facilitar a identificação do animal, a marcação a fogo é feita muitas vezes no lombo, o que pode compromenter a integridade da pele. Aqui, no gado PO, fazemos a marcação na perna direita ou esquerda traseira, pouco abaixo da linha da virilha do animal, como recomenda a ABCZ (Associação Brasileira dos Criadores de Zebu)", afirma. "No gado comercial, é marcado a fogo só o nome da fazenda; a numeração é feita com brincos." Conforme o pesquisador Manuel Antonio Chagas Jacinto, da Embrapa Pecuária Sudeste, é comum a marcação a fogo pegar o "grupon", que é a parte nobre do couro, do cupim para trás. Na Morro Vermelho, outro cuidado, que vale tanto para o gado PO como para o rebanho comercial, é com a incidência de berne, considerado por Ferreira o segundo maior problema em couros, depois da marcação a fogo. "Fazemos tratamento preventivo, dando vermífugos aos animais a cada 90 dias. Com esse acompanhamento periódico, o controle da berne é muito eficaz e ainda funciona para carrapatos, que também desvalorizam o couro." INSTALAÇÕES Para o zootecnista Bruno de Jesus Andrade, da Associação Nacional dos Confinadores (Assocon), além da marcação a fogo, é preciso ter cuidados no transporte e no manejo do gado nos currais. "O rebanho deve ser manejado no curral sem pressa, cuidando para não amontoá-los no local." Andrade destaca, ainda, que uma lesão mais profunda pode atingir a carcaça e depreciar o animal ainda mais no frigorífico. Além de manter a saúde do rebanho em dia, sobretudo na parte de dermatites, bernes, carrapatos, fungos e sarnas, Jacinto recomenda ficar de olho nas instalações. Além de manter o pasto limpo, deve-se trocar arame farpado por arame liso. "Se não provoca lesões acidentalmente, o arame farpado é usado pelos animais para se coçar, provocando ferimentos. Atenção também para parafusos soltos e para tábuas lascadas", observa. Jacinto explica que o pecuarista deve saber que o couro é um "arquivo", o que significa que, "derrubado o pêlo", todas as marcas acumuladas pelo animal desde o nascimento estarão lá. "O criador pode entregar um animal redondinho para a indústria, em termos de idade, peso e carcaça, mas isso não garante que o couro será de primeira linha", afirma Jacinto. "E é por essa qualidade que a indústria poderá pagar um dia."

Embora sejam raras as iniciativas da indústria frigorífica de pagar prêmios por couro de qualidade, na Fazenda Morro Vermelho, em Jaú (SP), o manejo dispensado ao rebanho - são 700 cabeças de gado nelore padrão PO e 1.500 cabeças de gado comercial - inclui cuidados especiais com o couro. "O primeiro cuidado é na marcação a fogo dos animais", diz o zootecnista da fazenda, Hermany Sangiovani Ferreira. "Por ser mais prática e facilitar a identificação do animal, a marcação a fogo é feita muitas vezes no lombo, o que pode compromenter a integridade da pele. Aqui, no gado PO, fazemos a marcação na perna direita ou esquerda traseira, pouco abaixo da linha da virilha do animal, como recomenda a ABCZ (Associação Brasileira dos Criadores de Zebu)", afirma. "No gado comercial, é marcado a fogo só o nome da fazenda; a numeração é feita com brincos." Conforme o pesquisador Manuel Antonio Chagas Jacinto, da Embrapa Pecuária Sudeste, é comum a marcação a fogo pegar o "grupon", que é a parte nobre do couro, do cupim para trás. Na Morro Vermelho, outro cuidado, que vale tanto para o gado PO como para o rebanho comercial, é com a incidência de berne, considerado por Ferreira o segundo maior problema em couros, depois da marcação a fogo. "Fazemos tratamento preventivo, dando vermífugos aos animais a cada 90 dias. Com esse acompanhamento periódico, o controle da berne é muito eficaz e ainda funciona para carrapatos, que também desvalorizam o couro." INSTALAÇÕES Para o zootecnista Bruno de Jesus Andrade, da Associação Nacional dos Confinadores (Assocon), além da marcação a fogo, é preciso ter cuidados no transporte e no manejo do gado nos currais. "O rebanho deve ser manejado no curral sem pressa, cuidando para não amontoá-los no local." Andrade destaca, ainda, que uma lesão mais profunda pode atingir a carcaça e depreciar o animal ainda mais no frigorífico. Além de manter a saúde do rebanho em dia, sobretudo na parte de dermatites, bernes, carrapatos, fungos e sarnas, Jacinto recomenda ficar de olho nas instalações. Além de manter o pasto limpo, deve-se trocar arame farpado por arame liso. "Se não provoca lesões acidentalmente, o arame farpado é usado pelos animais para se coçar, provocando ferimentos. Atenção também para parafusos soltos e para tábuas lascadas", observa. Jacinto explica que o pecuarista deve saber que o couro é um "arquivo", o que significa que, "derrubado o pêlo", todas as marcas acumuladas pelo animal desde o nascimento estarão lá. "O criador pode entregar um animal redondinho para a indústria, em termos de idade, peso e carcaça, mas isso não garante que o couro será de primeira linha", afirma Jacinto. "E é por essa qualidade que a indústria poderá pagar um dia."

Embora sejam raras as iniciativas da indústria frigorífica de pagar prêmios por couro de qualidade, na Fazenda Morro Vermelho, em Jaú (SP), o manejo dispensado ao rebanho - são 700 cabeças de gado nelore padrão PO e 1.500 cabeças de gado comercial - inclui cuidados especiais com o couro. "O primeiro cuidado é na marcação a fogo dos animais", diz o zootecnista da fazenda, Hermany Sangiovani Ferreira. "Por ser mais prática e facilitar a identificação do animal, a marcação a fogo é feita muitas vezes no lombo, o que pode compromenter a integridade da pele. Aqui, no gado PO, fazemos a marcação na perna direita ou esquerda traseira, pouco abaixo da linha da virilha do animal, como recomenda a ABCZ (Associação Brasileira dos Criadores de Zebu)", afirma. "No gado comercial, é marcado a fogo só o nome da fazenda; a numeração é feita com brincos." Conforme o pesquisador Manuel Antonio Chagas Jacinto, da Embrapa Pecuária Sudeste, é comum a marcação a fogo pegar o "grupon", que é a parte nobre do couro, do cupim para trás. Na Morro Vermelho, outro cuidado, que vale tanto para o gado PO como para o rebanho comercial, é com a incidência de berne, considerado por Ferreira o segundo maior problema em couros, depois da marcação a fogo. "Fazemos tratamento preventivo, dando vermífugos aos animais a cada 90 dias. Com esse acompanhamento periódico, o controle da berne é muito eficaz e ainda funciona para carrapatos, que também desvalorizam o couro." INSTALAÇÕES Para o zootecnista Bruno de Jesus Andrade, da Associação Nacional dos Confinadores (Assocon), além da marcação a fogo, é preciso ter cuidados no transporte e no manejo do gado nos currais. "O rebanho deve ser manejado no curral sem pressa, cuidando para não amontoá-los no local." Andrade destaca, ainda, que uma lesão mais profunda pode atingir a carcaça e depreciar o animal ainda mais no frigorífico. Além de manter a saúde do rebanho em dia, sobretudo na parte de dermatites, bernes, carrapatos, fungos e sarnas, Jacinto recomenda ficar de olho nas instalações. Além de manter o pasto limpo, deve-se trocar arame farpado por arame liso. "Se não provoca lesões acidentalmente, o arame farpado é usado pelos animais para se coçar, provocando ferimentos. Atenção também para parafusos soltos e para tábuas lascadas", observa. Jacinto explica que o pecuarista deve saber que o couro é um "arquivo", o que significa que, "derrubado o pêlo", todas as marcas acumuladas pelo animal desde o nascimento estarão lá. "O criador pode entregar um animal redondinho para a indústria, em termos de idade, peso e carcaça, mas isso não garante que o couro será de primeira linha", afirma Jacinto. "E é por essa qualidade que a indústria poderá pagar um dia."

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