SÃO PAULO - O Dia Internacional da Mulher, celebrado neste domingo, 8, costuma ser associado a flores e elogios, mas sua origem está relacionada a décadas de luta das mulheres por direitos e melhores condições de trabalho e de vida.
Ao longo da história, grupos feministas tentaram instituir um dia em homenagem às mulheres. Já no século 19, quando trabalhadoras enfrentavam longas jornadas de trabalho, organizações que defendiam os diretos das mulheres apresentavam argumentos para que a data fosse criada. Em 1910, a alemã Clara Zetkin abordou a necessidade de criar a data durante a 2ª Conferência Internacional das Mulheres Socialistas, mas foi apenas na década de 1970 que a celebração foi oficializada.
A origem da homenagem também foi impulsionada por eventos trágicos. Em março de 1911, em Nova York, um incêndio na fábrica de roupas Triangle Shirtwais matou 146 pessoas, das quais 123 eram mulheres, e gerou uma série de mobilizações sobre a necessidade de conscientizar a sociedade sobre os direitos das mulheres. A questão também foi lembrada no início da Primeira Guerra Mundial (1914-1918).
Por que o Dia Internacional da Mulher é comemorado em 8 de março?
Somente nos anos 1970, com o crescimento do movimento feminista, que a criação da data comemorativa começou a tomar forma.
O dia 8 de março foi definido em 1977 pela Organização das Nações Unidas (ONU). A organização havia previamente instituído o ano de 1975 como o Ano Internacional da Mulher e organizou a primeira Conferência Mundial sobre as Mulheres, realizada na Cidade do México. A entidade intitulou ainda os anos de 1976 a 1985 como a Década da Mulher. A origem da data foi motivada por uma série de protestos realizados ao longo do século XX que reivindicavam melhores condições de trabalho e igualdade de direitos.
A mobilização de mulheres russas em 1917 pedindo a retirada do país da Primeira Guerra Mundial é considerado um dos principais eventos da história que motivaram o 8 de março, quando ocorreu a Revolução Russa, para pedir a saída do país da Primeira Guerra Mundial, melhores condições de vida e alimentos, tendo em vista que a população sofria com a fome e a pobreza.
Dia Internacional da Mulher
Festa
Foto: Sergio Arak/ Estadão ▲Manifestante
Foto: Alfredo Rizzutti/ Estadão ▲Sufragista
Foto: The Graphic/ Reprodução ▲As primeiras calças feminnas
Foto: Revista Careta/ Reprodução ▲Passeata pelo voto feminino
Foto: The Graphic/ Reprodução ▲Operária
Foto: Acervo/ Estadão ▲A aviadora Anésia Pinheiro
Foto: Acervo/ Estadão ▲A ministra Dorothea Werneck
Foto: Mónica Zaratini/ Estadão ▲A atriz e produtora Ruth Escobar
Foto: Sidney Corralo/Estadão ▲A jornalista Marília Gabriela
Foto: Edu Garcia/ Estadão ▲Durante a Guerra
Foto: Rotogravura/ Estadão ▲A roqueira Cássia Eller
Foto: César Diniz/ Estadão ▲A ministra Esther de Figueiredo Ferraz
Foto: Acervo/ Estadão ▲A atleta Wanda dos Santos
Foto: Acervo/Estadão ▲A cantora Elizeth Cardoso
Foto: Acervo/Estadão ▲Metalúrgica
Foto: Rotogravura/ Estadão ▲Unidade feminina do exército britânico durante a 2ª Guerra
Foto: Rotogravura/ Estadão ▲Trabalhadora do campo
Foto: Acervo/ Estadão ▲A cantora Inezita Barroso
Foto: Acervo/ Estadão ▲A fã
Foto: Ana Carolina Fernandes/ Estadão ▲Meninas
Foto: Acervo/ Estadão ▲Estudantes
Foto: Acervo/ Estadão ▲Mulheres na Constituinte
Foto: Alencar Monteiro/Estadão ▲A cantora Fafá de belém
Foto: Clóvis Cranchi/ Estadão ▲Ativistas
Foto: Antônio Vargas/ Estadão ▲A deptada Luiza Erundina
Foto: César Diniz/ Estadão ▲A economista Maria da Conceição Tavares
Foto: Waldemar Padovani/ Estadão ▲A cantora Elis Regina
Foto: Acervo/Estadão ▲Leila Diniz
Foto: Ywane Yamazaki/Estadão ▲Manifestação na Avenida Paulista
Foto: José Bassit/ Estadão ▲3º Encontro de Mulheres Latino Americano e do Caribe
Foto: Alberto Marques/ Estadão ▲A artista plástica Lygia Clark
Foto: Acervo/ Estadão ▲A arqueóloga Niède Guidon
Foto: Márcia Zoet/ Estadão ▲Cartunista Nair de Tefé
Foto: Carlos Chicartino/ Estadão ▲A atriz Cacilda Becker
Foto: Acervo/ Estadão ▲A escritora Rachel de Queiroz
Foto: Acervo/ Estadão ▲A escritora Carolina Maria de Jesus
Foto: Acervo/ Estadão ▲As atrizes Tônia Carreiro e Eva Wilma
Foto: Acervo/Estadão ▲A tenista Maria Esther Bueno
Foto: Acervo/ Estadão ▲A escritora Cecília Meireles
Foto: Acervo/Estadão ▲A atleta Conceição Geremias
Foto: Alfredo Rizzutti/ Estadão ▲A aviadora Ada Rogato
Foto: Antônio Lúcio/ Estadão ▲Esforço de guerra
Foto: Rotogravura/ Estadão ▲A motociclista
Foto: Rotogravura/ Estadão ▲Lambretta
Foto: Acervo/ Estadão ▲Telefonistas
Foto: Reginaldo Manente/Estadão ▲A atriz Regina Casé
Foto: Domício Pinheiro/ Estadão ▲A escritora Hilda Hilst
Foto: Juvenal Pereira/ Estadão ▲A artista plástica Tomie Ohtake
Foto: Newton Aguiar/ Estadão ▲A atriz e bailarina Cláudia Raia
Foto: Ana Carolina Fernandes/ Estadão ▲A cantora e comediante Aracy de Almeida
Foto: Acervo/Estadão ▲Professora
Foto: Acervo/Estadão ▲Mulheres pela redemocratização
Foto: Claudinê Petroli/ Estadão ▲Universitárias
Foto: Acervo/Estadão ▲As cantoras Suzana Salles, Vânia Bastos e Ná Ozetti
Foto: André Douek/Estadão ▲Voluntárias
Foto: Acervo/Estadão ▲Operária
Foto: Reginaldo Manente/Estadão ▲Artista
Foto: Domício Pinheiro/ Estadão ▲A cantora Elba Ramalho
Foto: Chico Ferreira/ Estadão ▲A professora de educação física Ala Szerman
Foto: Marcos Fernandes/ Estadão ▲A cantora e atriz Dóris Monteiro
Foto: Joveci C. De Freitas/ Estadão ▲A atleta Conceição Geremias
Foto: Alfredo Ruzzutti/ Estadão ▲A atriz Fernanda Montenegro
Foto: José Cordeiro/ Estadão ▲A comediante Dercy Gonçalves
Foto: Carlão Limeira/ Estadão ▲A jogadora Hortência
Foto: Sérgio Berezovsky/ Estadão ▲Mulher na estrada
Foto: Tiago Queiroz/ Estadão ▲Taxista
Foto: Monalisa Lins/ Estadão ▲Motorista de ônibus
Foto: Fábio Motta/ Estadão ▲Capitã-tenente da Marinha
Foto: Alaor Filho/ Estadão ▲Policiais
Foto: Vidal Cavalcanti/ Estadão ▲Garimpeira
Foto: Evelson de Freitas/ Estadão ▲A craque Marta
Foto: Paulo Pinto/ Estadão ▲Madonna
Foto: Luludi/ Estadão ▲Galerias do Acervo
Foto: Acervo ▲8 de março na atualidade
Nos dias atuais, a data é marcada por atos que relembram mulheres que foram vítimas da violência e cobram o fim da desigualdade entre homens e mulheres, além de abordar temas como a descriminalização do aborto, feminicídio, assédio sexual e diferenças salariais.