Doenças e chuvas ameaçam grande safra de trigo no Brasil


Por ROBERTO SAMORA

Chuvas acima da média histórica nos últimos meses no Paraná, que colhe mais da metade do trigo do Brasil, devem deixar o Estado bem mais distante de um recorde de produção previamente estimado, avaliaram nesta segunda-feira agrônomos e pesquisadores da Embrapa. A elevada umidade causou um severo ataque de doenças fúngicas como a brusone e a giberela, que afetam a formação da espiga e o enchimento do grão, com produtores tendo dificuldades para entrar com máquinas nas encharcadas lavouras e realizar a aplicação de fungicidas. Não bastasse isso, considerando que a colheita já começou no Paraná, a qualidade do trigo fica ameaçada pela alta umidade, que pode provocar a germinação do grão na planta, inviabilizando a utilização do produto para a fabricação de farinha. "Já foi perdido. Existem lavouras com 80 por cento de prejuízo. Não são todas, claro. Mas o prejuízo é grande", declarou o pesquisador Manoel Bassoi, da Embrapa (Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária). Até o mês passado, a safra do Paraná estava estimada em um recorde de 3,37 milhões de toneladas, ante 3,21 milhões em 2008, segundo a Secretaria de Agricultura do Estado, que deve atualizar seus números esta semana. Uma grande produção no Paraná é importante para o Brasil, que costuma importar cerca de metade de suas necessidades de aproximadamente 10 milhões de toneladas --contando com uma produção maior, o Ministério da Agricultura prevê que o país importe 5,35 milhões de toneladas em 2009/10, o menor volume desde 2004/05. De acordo com o pesquisador, "de jeito nenhum" o Paraná conseguirá produzir o recorde previsto, considerando, segundo a Embrapa, que cerca de 60 por cento da área do Estado foi prejudicada pelas chuvas. "Mas só daqui a 15, 20 dias, quando a colheita estiver mais avançada, será possível identificar os prejuízos." Bassoi, coordenador de melhoramento de trigo da empresa estatal, teme também pela próxima safra, avaliando que a produção de sementes igualmente foi afetada. Agosto já registra volume de chuvas de 80 milímetros, bem acima da média histórica, de 53 mm, segundo o Instituto Agronômico do Paraná (Iapar), repetindo uma situação verificada nos últimos dois meses. Em junho, choveu 108 mm, e em julho, 244 mm, quase quatro vezes mais do que a média. "Provavelmente vai ter redução de produtividade. A questão é saber quanto... No saldo final, acho que produziremos menos que estimamos", disse o agrônomo Otmar Hubner, do Departamento de Economia Rural (Deral), do governo paranaense. Flávio Turra, gerente técnico e econômico da Organização das Cooperativas do Paraná (Ocepar), destacou que no momento o que mais preocupa o setor produtivo são os "problemas de final de ciclo", como a brusone --que ataca a espiga e acaba abortando a formação do grão-- e as chuvas na colheita. "Mas temos de ver a intensidade do ataque para falar em produtividade." PREOCUPAÇÃO NO RS Os modelos climáticos apontam para mais chuvas nos próximos meses, o que poderia deixar o segundo produtor brasileiro de trigo, o Rio Grande do Sul, em condições semelhantes às vividas pelos paranaenses, de acordo com a Emater, o órgão de assistência técnica do governo gaúcho. "Como a safra gaúcha ainda está em um estágio anterior, não temos problemas como brusone, mas também não estamos em um mar de rosas. Para os próximos três meses, o Rio Grande do Sul e o sul do Paraná devem ter chuvas, segundo os modelos climáticos", disse o agrônomo Ataides Jacobsen, da Emater-RS. A colheita no Rio Grande do Sul começa em outubro e se intensifica em novembro. Apesar da preocupação dos especialistas, dois representantes da indústria do trigo avaliam que ainda é cedo para falar em perdas, ainda que no Paraná. "É prematuro dizer", disse Luiz Martins, presidente do Moinho Anaconda, revelando que seus técnicos estão percorrendo o Estado para avaliar a situação. Um outro integrante da indústria, que preferiu ficar no anonimato, afirmou não ter "ouvido ainda conversas de ameaça à produção". "O setor gosta de criar... É uma forma de pressionar os moinhos para comprarem, porque ainda tem trigo no Paraná (da safra velha)", disse a fonte.

Chuvas acima da média histórica nos últimos meses no Paraná, que colhe mais da metade do trigo do Brasil, devem deixar o Estado bem mais distante de um recorde de produção previamente estimado, avaliaram nesta segunda-feira agrônomos e pesquisadores da Embrapa. A elevada umidade causou um severo ataque de doenças fúngicas como a brusone e a giberela, que afetam a formação da espiga e o enchimento do grão, com produtores tendo dificuldades para entrar com máquinas nas encharcadas lavouras e realizar a aplicação de fungicidas. Não bastasse isso, considerando que a colheita já começou no Paraná, a qualidade do trigo fica ameaçada pela alta umidade, que pode provocar a germinação do grão na planta, inviabilizando a utilização do produto para a fabricação de farinha. "Já foi perdido. Existem lavouras com 80 por cento de prejuízo. Não são todas, claro. Mas o prejuízo é grande", declarou o pesquisador Manoel Bassoi, da Embrapa (Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária). Até o mês passado, a safra do Paraná estava estimada em um recorde de 3,37 milhões de toneladas, ante 3,21 milhões em 2008, segundo a Secretaria de Agricultura do Estado, que deve atualizar seus números esta semana. Uma grande produção no Paraná é importante para o Brasil, que costuma importar cerca de metade de suas necessidades de aproximadamente 10 milhões de toneladas --contando com uma produção maior, o Ministério da Agricultura prevê que o país importe 5,35 milhões de toneladas em 2009/10, o menor volume desde 2004/05. De acordo com o pesquisador, "de jeito nenhum" o Paraná conseguirá produzir o recorde previsto, considerando, segundo a Embrapa, que cerca de 60 por cento da área do Estado foi prejudicada pelas chuvas. "Mas só daqui a 15, 20 dias, quando a colheita estiver mais avançada, será possível identificar os prejuízos." Bassoi, coordenador de melhoramento de trigo da empresa estatal, teme também pela próxima safra, avaliando que a produção de sementes igualmente foi afetada. Agosto já registra volume de chuvas de 80 milímetros, bem acima da média histórica, de 53 mm, segundo o Instituto Agronômico do Paraná (Iapar), repetindo uma situação verificada nos últimos dois meses. Em junho, choveu 108 mm, e em julho, 244 mm, quase quatro vezes mais do que a média. "Provavelmente vai ter redução de produtividade. A questão é saber quanto... No saldo final, acho que produziremos menos que estimamos", disse o agrônomo Otmar Hubner, do Departamento de Economia Rural (Deral), do governo paranaense. Flávio Turra, gerente técnico e econômico da Organização das Cooperativas do Paraná (Ocepar), destacou que no momento o que mais preocupa o setor produtivo são os "problemas de final de ciclo", como a brusone --que ataca a espiga e acaba abortando a formação do grão-- e as chuvas na colheita. "Mas temos de ver a intensidade do ataque para falar em produtividade." PREOCUPAÇÃO NO RS Os modelos climáticos apontam para mais chuvas nos próximos meses, o que poderia deixar o segundo produtor brasileiro de trigo, o Rio Grande do Sul, em condições semelhantes às vividas pelos paranaenses, de acordo com a Emater, o órgão de assistência técnica do governo gaúcho. "Como a safra gaúcha ainda está em um estágio anterior, não temos problemas como brusone, mas também não estamos em um mar de rosas. Para os próximos três meses, o Rio Grande do Sul e o sul do Paraná devem ter chuvas, segundo os modelos climáticos", disse o agrônomo Ataides Jacobsen, da Emater-RS. A colheita no Rio Grande do Sul começa em outubro e se intensifica em novembro. Apesar da preocupação dos especialistas, dois representantes da indústria do trigo avaliam que ainda é cedo para falar em perdas, ainda que no Paraná. "É prematuro dizer", disse Luiz Martins, presidente do Moinho Anaconda, revelando que seus técnicos estão percorrendo o Estado para avaliar a situação. Um outro integrante da indústria, que preferiu ficar no anonimato, afirmou não ter "ouvido ainda conversas de ameaça à produção". "O setor gosta de criar... É uma forma de pressionar os moinhos para comprarem, porque ainda tem trigo no Paraná (da safra velha)", disse a fonte.

Chuvas acima da média histórica nos últimos meses no Paraná, que colhe mais da metade do trigo do Brasil, devem deixar o Estado bem mais distante de um recorde de produção previamente estimado, avaliaram nesta segunda-feira agrônomos e pesquisadores da Embrapa. A elevada umidade causou um severo ataque de doenças fúngicas como a brusone e a giberela, que afetam a formação da espiga e o enchimento do grão, com produtores tendo dificuldades para entrar com máquinas nas encharcadas lavouras e realizar a aplicação de fungicidas. Não bastasse isso, considerando que a colheita já começou no Paraná, a qualidade do trigo fica ameaçada pela alta umidade, que pode provocar a germinação do grão na planta, inviabilizando a utilização do produto para a fabricação de farinha. "Já foi perdido. Existem lavouras com 80 por cento de prejuízo. Não são todas, claro. Mas o prejuízo é grande", declarou o pesquisador Manoel Bassoi, da Embrapa (Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária). Até o mês passado, a safra do Paraná estava estimada em um recorde de 3,37 milhões de toneladas, ante 3,21 milhões em 2008, segundo a Secretaria de Agricultura do Estado, que deve atualizar seus números esta semana. Uma grande produção no Paraná é importante para o Brasil, que costuma importar cerca de metade de suas necessidades de aproximadamente 10 milhões de toneladas --contando com uma produção maior, o Ministério da Agricultura prevê que o país importe 5,35 milhões de toneladas em 2009/10, o menor volume desde 2004/05. De acordo com o pesquisador, "de jeito nenhum" o Paraná conseguirá produzir o recorde previsto, considerando, segundo a Embrapa, que cerca de 60 por cento da área do Estado foi prejudicada pelas chuvas. "Mas só daqui a 15, 20 dias, quando a colheita estiver mais avançada, será possível identificar os prejuízos." Bassoi, coordenador de melhoramento de trigo da empresa estatal, teme também pela próxima safra, avaliando que a produção de sementes igualmente foi afetada. Agosto já registra volume de chuvas de 80 milímetros, bem acima da média histórica, de 53 mm, segundo o Instituto Agronômico do Paraná (Iapar), repetindo uma situação verificada nos últimos dois meses. Em junho, choveu 108 mm, e em julho, 244 mm, quase quatro vezes mais do que a média. "Provavelmente vai ter redução de produtividade. A questão é saber quanto... No saldo final, acho que produziremos menos que estimamos", disse o agrônomo Otmar Hubner, do Departamento de Economia Rural (Deral), do governo paranaense. Flávio Turra, gerente técnico e econômico da Organização das Cooperativas do Paraná (Ocepar), destacou que no momento o que mais preocupa o setor produtivo são os "problemas de final de ciclo", como a brusone --que ataca a espiga e acaba abortando a formação do grão-- e as chuvas na colheita. "Mas temos de ver a intensidade do ataque para falar em produtividade." PREOCUPAÇÃO NO RS Os modelos climáticos apontam para mais chuvas nos próximos meses, o que poderia deixar o segundo produtor brasileiro de trigo, o Rio Grande do Sul, em condições semelhantes às vividas pelos paranaenses, de acordo com a Emater, o órgão de assistência técnica do governo gaúcho. "Como a safra gaúcha ainda está em um estágio anterior, não temos problemas como brusone, mas também não estamos em um mar de rosas. Para os próximos três meses, o Rio Grande do Sul e o sul do Paraná devem ter chuvas, segundo os modelos climáticos", disse o agrônomo Ataides Jacobsen, da Emater-RS. A colheita no Rio Grande do Sul começa em outubro e se intensifica em novembro. Apesar da preocupação dos especialistas, dois representantes da indústria do trigo avaliam que ainda é cedo para falar em perdas, ainda que no Paraná. "É prematuro dizer", disse Luiz Martins, presidente do Moinho Anaconda, revelando que seus técnicos estão percorrendo o Estado para avaliar a situação. Um outro integrante da indústria, que preferiu ficar no anonimato, afirmou não ter "ouvido ainda conversas de ameaça à produção". "O setor gosta de criar... É uma forma de pressionar os moinhos para comprarem, porque ainda tem trigo no Paraná (da safra velha)", disse a fonte.

Chuvas acima da média histórica nos últimos meses no Paraná, que colhe mais da metade do trigo do Brasil, devem deixar o Estado bem mais distante de um recorde de produção previamente estimado, avaliaram nesta segunda-feira agrônomos e pesquisadores da Embrapa. A elevada umidade causou um severo ataque de doenças fúngicas como a brusone e a giberela, que afetam a formação da espiga e o enchimento do grão, com produtores tendo dificuldades para entrar com máquinas nas encharcadas lavouras e realizar a aplicação de fungicidas. Não bastasse isso, considerando que a colheita já começou no Paraná, a qualidade do trigo fica ameaçada pela alta umidade, que pode provocar a germinação do grão na planta, inviabilizando a utilização do produto para a fabricação de farinha. "Já foi perdido. Existem lavouras com 80 por cento de prejuízo. Não são todas, claro. Mas o prejuízo é grande", declarou o pesquisador Manoel Bassoi, da Embrapa (Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária). Até o mês passado, a safra do Paraná estava estimada em um recorde de 3,37 milhões de toneladas, ante 3,21 milhões em 2008, segundo a Secretaria de Agricultura do Estado, que deve atualizar seus números esta semana. Uma grande produção no Paraná é importante para o Brasil, que costuma importar cerca de metade de suas necessidades de aproximadamente 10 milhões de toneladas --contando com uma produção maior, o Ministério da Agricultura prevê que o país importe 5,35 milhões de toneladas em 2009/10, o menor volume desde 2004/05. De acordo com o pesquisador, "de jeito nenhum" o Paraná conseguirá produzir o recorde previsto, considerando, segundo a Embrapa, que cerca de 60 por cento da área do Estado foi prejudicada pelas chuvas. "Mas só daqui a 15, 20 dias, quando a colheita estiver mais avançada, será possível identificar os prejuízos." Bassoi, coordenador de melhoramento de trigo da empresa estatal, teme também pela próxima safra, avaliando que a produção de sementes igualmente foi afetada. Agosto já registra volume de chuvas de 80 milímetros, bem acima da média histórica, de 53 mm, segundo o Instituto Agronômico do Paraná (Iapar), repetindo uma situação verificada nos últimos dois meses. Em junho, choveu 108 mm, e em julho, 244 mm, quase quatro vezes mais do que a média. "Provavelmente vai ter redução de produtividade. A questão é saber quanto... No saldo final, acho que produziremos menos que estimamos", disse o agrônomo Otmar Hubner, do Departamento de Economia Rural (Deral), do governo paranaense. Flávio Turra, gerente técnico e econômico da Organização das Cooperativas do Paraná (Ocepar), destacou que no momento o que mais preocupa o setor produtivo são os "problemas de final de ciclo", como a brusone --que ataca a espiga e acaba abortando a formação do grão-- e as chuvas na colheita. "Mas temos de ver a intensidade do ataque para falar em produtividade." PREOCUPAÇÃO NO RS Os modelos climáticos apontam para mais chuvas nos próximos meses, o que poderia deixar o segundo produtor brasileiro de trigo, o Rio Grande do Sul, em condições semelhantes às vividas pelos paranaenses, de acordo com a Emater, o órgão de assistência técnica do governo gaúcho. "Como a safra gaúcha ainda está em um estágio anterior, não temos problemas como brusone, mas também não estamos em um mar de rosas. Para os próximos três meses, o Rio Grande do Sul e o sul do Paraná devem ter chuvas, segundo os modelos climáticos", disse o agrônomo Ataides Jacobsen, da Emater-RS. A colheita no Rio Grande do Sul começa em outubro e se intensifica em novembro. Apesar da preocupação dos especialistas, dois representantes da indústria do trigo avaliam que ainda é cedo para falar em perdas, ainda que no Paraná. "É prematuro dizer", disse Luiz Martins, presidente do Moinho Anaconda, revelando que seus técnicos estão percorrendo o Estado para avaliar a situação. Um outro integrante da indústria, que preferiu ficar no anonimato, afirmou não ter "ouvido ainda conversas de ameaça à produção". "O setor gosta de criar... É uma forma de pressionar os moinhos para comprarem, porque ainda tem trigo no Paraná (da safra velha)", disse a fonte.

Tudo Sobre

Atualizamos nossa política de cookies

Ao utilizar nossos serviços, você aceita a política de monitoramento de cookies.