Memória, gente e lugares

Personagens de uma tragédia no Google Maps


Por Edmundo Leite
Atualização:
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Num dia qualquer de março de 2016, um carro do Google passou pelo cruzamento das avenidas Itaberaba, Inajar de Souza e Deputado Cantidio Sampaio como faz por milhões de ruas mundo afora para fotografar vias e colocar em seus mapas.

Em meio às cenas cotidianas do bairro, as câmaras fotografaram um menino parado na porta da lanchonete Habib’s, um homem com roupas parecidas com as dos funcionários da casa de esfihas e uma catadora de papelão no outro lado da rua. Atrás da lanchonete, um outro catador de papelão. Mais adiante, uma viatura da Polícia Militar. Um dia ensolarado.

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Quase um ano depois, num dia qualquer da rotina do bairro, personagens parecidos com os retratados pelas câmaras do Google se cruzariam novamente no mesmo local e um menino chamado João Victor morreria de bermudas arriadas após ser arrastado por dois funcionários da lanchonete e agonizar jogado na calçada. Um dia chuvoso e cinzento.

 Foto: Estadão
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 Foto: Estadão

Nos anos 70, Balthazar cantava a música “Garoto de Rua”, lembrando da tragédia diária de crianças como João Victor.

“... O que será do seu futuro e de seu destino? Inocente criatura, Vai crescendo sem cultura...”

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Garoto de Rua

Um garoto de rua

Me pediu um trocado

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Para comprar um pão...

Lamentou sua fome

Não me disse o seu nome

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Maltratando meu coração...

Segue tão maltrapilho

E de quem será filho

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O garoto que estende a mão?

Provocando tumultos,

Endereços ocultos,

Precisando de educação.

Onde andará o responsável por este menino?

O que será do seu futuro e de seu destino?

Inocente criatura,

Vai crescendo sem cultura...

Prá onde vai esta criança que o mundo castiga?

Cadê seu pai e sua mãe a verdadeira amiga?

Ele tristemente respondeu -

Meu pai não sei, a minha mãe morreu!

 Foto:

Num dia qualquer de março de 2016, um carro do Google passou pelo cruzamento das avenidas Itaberaba, Inajar de Souza e Deputado Cantidio Sampaio como faz por milhões de ruas mundo afora para fotografar vias e colocar em seus mapas.

Em meio às cenas cotidianas do bairro, as câmaras fotografaram um menino parado na porta da lanchonete Habib’s, um homem com roupas parecidas com as dos funcionários da casa de esfihas e uma catadora de papelão no outro lado da rua. Atrás da lanchonete, um outro catador de papelão. Mais adiante, uma viatura da Polícia Militar. Um dia ensolarado.

Quase um ano depois, num dia qualquer da rotina do bairro, personagens parecidos com os retratados pelas câmaras do Google se cruzariam novamente no mesmo local e um menino chamado João Victor morreria de bermudas arriadas após ser arrastado por dois funcionários da lanchonete e agonizar jogado na calçada. Um dia chuvoso e cinzento.

 Foto: Estadão
 Foto: Estadão
 Foto: Estadão

Nos anos 70, Balthazar cantava a música “Garoto de Rua”, lembrando da tragédia diária de crianças como João Victor.

“... O que será do seu futuro e de seu destino? Inocente criatura, Vai crescendo sem cultura...”

Garoto de Rua

Um garoto de rua

Me pediu um trocado

Para comprar um pão...

Lamentou sua fome

Não me disse o seu nome

Maltratando meu coração...

Segue tão maltrapilho

E de quem será filho

O garoto que estende a mão?

Provocando tumultos,

Endereços ocultos,

Precisando de educação.

Onde andará o responsável por este menino?

O que será do seu futuro e de seu destino?

Inocente criatura,

Vai crescendo sem cultura...

Prá onde vai esta criança que o mundo castiga?

Cadê seu pai e sua mãe a verdadeira amiga?

Ele tristemente respondeu -

Meu pai não sei, a minha mãe morreu!

 Foto:

Num dia qualquer de março de 2016, um carro do Google passou pelo cruzamento das avenidas Itaberaba, Inajar de Souza e Deputado Cantidio Sampaio como faz por milhões de ruas mundo afora para fotografar vias e colocar em seus mapas.

Em meio às cenas cotidianas do bairro, as câmaras fotografaram um menino parado na porta da lanchonete Habib’s, um homem com roupas parecidas com as dos funcionários da casa de esfihas e uma catadora de papelão no outro lado da rua. Atrás da lanchonete, um outro catador de papelão. Mais adiante, uma viatura da Polícia Militar. Um dia ensolarado.

Quase um ano depois, num dia qualquer da rotina do bairro, personagens parecidos com os retratados pelas câmaras do Google se cruzariam novamente no mesmo local e um menino chamado João Victor morreria de bermudas arriadas após ser arrastado por dois funcionários da lanchonete e agonizar jogado na calçada. Um dia chuvoso e cinzento.

 Foto: Estadão
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Nos anos 70, Balthazar cantava a música “Garoto de Rua”, lembrando da tragédia diária de crianças como João Victor.

“... O que será do seu futuro e de seu destino? Inocente criatura, Vai crescendo sem cultura...”

Garoto de Rua

Um garoto de rua

Me pediu um trocado

Para comprar um pão...

Lamentou sua fome

Não me disse o seu nome

Maltratando meu coração...

Segue tão maltrapilho

E de quem será filho

O garoto que estende a mão?

Provocando tumultos,

Endereços ocultos,

Precisando de educação.

Onde andará o responsável por este menino?

O que será do seu futuro e de seu destino?

Inocente criatura,

Vai crescendo sem cultura...

Prá onde vai esta criança que o mundo castiga?

Cadê seu pai e sua mãe a verdadeira amiga?

Ele tristemente respondeu -

Meu pai não sei, a minha mãe morreu!

 Foto:

Num dia qualquer de março de 2016, um carro do Google passou pelo cruzamento das avenidas Itaberaba, Inajar de Souza e Deputado Cantidio Sampaio como faz por milhões de ruas mundo afora para fotografar vias e colocar em seus mapas.

Em meio às cenas cotidianas do bairro, as câmaras fotografaram um menino parado na porta da lanchonete Habib’s, um homem com roupas parecidas com as dos funcionários da casa de esfihas e uma catadora de papelão no outro lado da rua. Atrás da lanchonete, um outro catador de papelão. Mais adiante, uma viatura da Polícia Militar. Um dia ensolarado.

Quase um ano depois, num dia qualquer da rotina do bairro, personagens parecidos com os retratados pelas câmaras do Google se cruzariam novamente no mesmo local e um menino chamado João Victor morreria de bermudas arriadas após ser arrastado por dois funcionários da lanchonete e agonizar jogado na calçada. Um dia chuvoso e cinzento.

 Foto: Estadão
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Nos anos 70, Balthazar cantava a música “Garoto de Rua”, lembrando da tragédia diária de crianças como João Victor.

“... O que será do seu futuro e de seu destino? Inocente criatura, Vai crescendo sem cultura...”

Garoto de Rua

Um garoto de rua

Me pediu um trocado

Para comprar um pão...

Lamentou sua fome

Não me disse o seu nome

Maltratando meu coração...

Segue tão maltrapilho

E de quem será filho

O garoto que estende a mão?

Provocando tumultos,

Endereços ocultos,

Precisando de educação.

Onde andará o responsável por este menino?

O que será do seu futuro e de seu destino?

Inocente criatura,

Vai crescendo sem cultura...

Prá onde vai esta criança que o mundo castiga?

Cadê seu pai e sua mãe a verdadeira amiga?

Ele tristemente respondeu -

Meu pai não sei, a minha mãe morreu!

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