Não é nenhuma novidade que jornal velho tem várias utilidades. Tanto que o comércio de encalhes e descartes de papel impresso deve ter surgido no fundo das oficinas de Gutemberg, com alguns outros visionários a reciclar as sobras das pioneiras impressões.
Com o crescimento vertiginoso de dois mercados - o imobiliário e o de pets (animais domésticos) - a reciclagem de jornais ganhou um novo filão, como mostra a imagem abaixo, tirada numa banca de jornais em São Paulo.
referenceO dono da banca conta que ficou espantado quando viu a novidade numa banca de um colega na Granja Viana, uma das regiões mais valorizadas da Grande São Paulo e que nos últimos anos vive um grande crescimento populacional, com o surgimento de novos empreendimentos imobiliários.
- Cê tá louco?
- Louco nada. Vende pra caramba.
- Não acredito...
- Pega meia dúzia aí e depois me fala.
Meio incrédulo, levou os pacotes. Para a sua surpresa, todos foram vendidos rapidamente em uma das bancas que tem localizada perto de vários prédios de apartamentos residenciais.
Resolveu então seguir a receita de sucesso do colega: comprou 200 quilos de jornal em uma empresa de aparas (“...É jornal limpinho, diferente do jornal de ferro velho...”), montou 230 kits com cerca de 1 kg de jornais em saquinhos plásticos e uma caprichosa etiqueta que mostra didaticamente a serventia do produto.
Desde o meio de dezembro, já vendeu quase tudo, restando alguns poucos kits e obtendo um lucro de 100% no promissor negócio.