Eleição ameaça hegemonia do Partido Colorado no Paraguai


Depois de 61 anos no poder, legenda corre risco de perder eleição presidencial que acontece neste domingo

Por Marcia Carmo

A eleição presidencial deste domingo no Paraguai ameaça a hegemonia do Partido Colorado, há 61 anos no poder. Pesquisas de opinião recentes indicam que o candidato de oposição Fernando Lugo, da Aliança Patriótica para a Mudança (APC, na sigla em espanhol), poderá ser eleito para os próximos cinco anos de governo. Veja também: Paraguai vota em meio a denúncias e escândalos   Oposição acusa governo de planejar fraude Ouça análise do professor Francisco Doratiotto sobre a política paraguaia   Ouça o relato do enviado especial Ariel Palacios sobre o clima pré-eleitoral   Jornal diz que Brasil e Argentina 'são corruptores do Paraguai' A atuação do Partido Colorado nessas eleições é tema de discussão nas principais emissoras de televisão do país. "Onde o Partido Colorado falhou para sofrer agora essa ameaça?", questionou esta semana o entrevistador Mario Ferreiro, do programa "Contas Claras", da SNT Cerro Cora. "O grande fracasso do Partido Colorado é a péssima distribuição de riqueza no país", respondeu o jornalista Carlos Peralta, no mesmo programa. Dos quatro principais candidatos ao Palácio Presidencial López, um é Colorado (Ovelar, ex-ministra da educação do atual governo) e outro, Oviedo, formou sua própria legenda, a Unace, depois de anos de militância com os 'colorados'. Quarto colocado nas diferentes pesquisas de intenção de votos, Pedro Fadul, do partido Pátria Querida, costuma dizer que dos quatro principais candidatos, ele é o único que não passou pelo Partido Colorado. O chefe da campanha do Partido Colorado, Rogélio Benítez, ministro de Obras Públicas do atual governo, admitiu que esta é uma campanha inédita para a legenda, que nasceu em 1887 e desde 1947 está de forma ininterrupta na Presidência do Paraguai. "É mesmo uma campanha nova e difícil. Temos um militar golpista (referência ao ex-general Lino Oviedo, acusado de planejar um golpe, que ele nega, contra o então presidente Juan Carlos Wasmosy), um sacerdote (Lugo, que é ex-bispo da Igreja Católica) e uma mulher num partido tradicional (a candidata governista, Blanca Ovelar)", disse Benítez. A divisão do partido é outro motivo apontado por diferentes analistas para a tendência - que vem ocorrendo nas eleições recentes - de queda de votos na legenda. "Sou mulher e nós mulheres temos o talento de unir. Prometo unir os colorados e o Paraguai", disse Ovelar, em seu discurso de encerramento de campanha, na noite de quarta-feira. O Partido Colorado é formado por diferentes movimentos políticos internos e a acirrada disputa na convenção, realizada no ano passado, também teria contribuído para minguar os possíveis votos na legenda. Derrotado por Ovelar, o ex-vice-presidente do atual presidente Nicanor Duarte Frutos, Luis Alberto Castiglioni, denunciou fraude na primária. "Aposto que 50% da 'Vanguarda Colorada' resiste em votar na Blanca Ovelar", disse Ana Maria Castiglioni, integrante deste movimento do Partido Colorado, nesta quarta-feira à rádio Caritas. "É a primeira vez na vida que vejo a vitória do Partido Colorado em perigo". Ela é irmã do ex-vice-presidente do país. Pesquisas de opinião recentes, como a da consultoria COIN, realizada a pedido do jornal Ultima Hora, mostraram que Lugo venceria as eleições, ma que Ovelar vem recuperando terreno na reta final da campanha. Estima-se que dos 2,8 milhões de eleitores paraguaios, pelo menos 1,5 milhão são filiados ao Partido Colorado. O mapa político paraguaio, segundo analistas do país, mostra que a tendência, nestas eleições, será a de as classes mais carentes dividirem os votos entre Lugo, Oviedo e Ovelar. Até então, os mais pobres votaram, tradicionalmente, no Partido Colorado. Já os eleitores das cidades, como universitários, tendem a votar por Lugo, apontado como a novidade nessa eleição. A previsão é de que os resultados serão divulgados na noite de domingo, apesar de preocupações, nos diferentes partidos, para a lentidão da apuração - numa votação com papel depois de ter sido usada urna eletrônica em quase todo país na eleições presidenciais de 2003. BBC Brasil - Todos os direitos reservados. É proibido todo tipo de reprodução sem autorização por escrito da BBC.

A eleição presidencial deste domingo no Paraguai ameaça a hegemonia do Partido Colorado, há 61 anos no poder. Pesquisas de opinião recentes indicam que o candidato de oposição Fernando Lugo, da Aliança Patriótica para a Mudança (APC, na sigla em espanhol), poderá ser eleito para os próximos cinco anos de governo. Veja também: Paraguai vota em meio a denúncias e escândalos   Oposição acusa governo de planejar fraude Ouça análise do professor Francisco Doratiotto sobre a política paraguaia   Ouça o relato do enviado especial Ariel Palacios sobre o clima pré-eleitoral   Jornal diz que Brasil e Argentina 'são corruptores do Paraguai' A atuação do Partido Colorado nessas eleições é tema de discussão nas principais emissoras de televisão do país. "Onde o Partido Colorado falhou para sofrer agora essa ameaça?", questionou esta semana o entrevistador Mario Ferreiro, do programa "Contas Claras", da SNT Cerro Cora. "O grande fracasso do Partido Colorado é a péssima distribuição de riqueza no país", respondeu o jornalista Carlos Peralta, no mesmo programa. Dos quatro principais candidatos ao Palácio Presidencial López, um é Colorado (Ovelar, ex-ministra da educação do atual governo) e outro, Oviedo, formou sua própria legenda, a Unace, depois de anos de militância com os 'colorados'. Quarto colocado nas diferentes pesquisas de intenção de votos, Pedro Fadul, do partido Pátria Querida, costuma dizer que dos quatro principais candidatos, ele é o único que não passou pelo Partido Colorado. O chefe da campanha do Partido Colorado, Rogélio Benítez, ministro de Obras Públicas do atual governo, admitiu que esta é uma campanha inédita para a legenda, que nasceu em 1887 e desde 1947 está de forma ininterrupta na Presidência do Paraguai. "É mesmo uma campanha nova e difícil. Temos um militar golpista (referência ao ex-general Lino Oviedo, acusado de planejar um golpe, que ele nega, contra o então presidente Juan Carlos Wasmosy), um sacerdote (Lugo, que é ex-bispo da Igreja Católica) e uma mulher num partido tradicional (a candidata governista, Blanca Ovelar)", disse Benítez. A divisão do partido é outro motivo apontado por diferentes analistas para a tendência - que vem ocorrendo nas eleições recentes - de queda de votos na legenda. "Sou mulher e nós mulheres temos o talento de unir. Prometo unir os colorados e o Paraguai", disse Ovelar, em seu discurso de encerramento de campanha, na noite de quarta-feira. O Partido Colorado é formado por diferentes movimentos políticos internos e a acirrada disputa na convenção, realizada no ano passado, também teria contribuído para minguar os possíveis votos na legenda. Derrotado por Ovelar, o ex-vice-presidente do atual presidente Nicanor Duarte Frutos, Luis Alberto Castiglioni, denunciou fraude na primária. "Aposto que 50% da 'Vanguarda Colorada' resiste em votar na Blanca Ovelar", disse Ana Maria Castiglioni, integrante deste movimento do Partido Colorado, nesta quarta-feira à rádio Caritas. "É a primeira vez na vida que vejo a vitória do Partido Colorado em perigo". Ela é irmã do ex-vice-presidente do país. Pesquisas de opinião recentes, como a da consultoria COIN, realizada a pedido do jornal Ultima Hora, mostraram que Lugo venceria as eleições, ma que Ovelar vem recuperando terreno na reta final da campanha. Estima-se que dos 2,8 milhões de eleitores paraguaios, pelo menos 1,5 milhão são filiados ao Partido Colorado. O mapa político paraguaio, segundo analistas do país, mostra que a tendência, nestas eleições, será a de as classes mais carentes dividirem os votos entre Lugo, Oviedo e Ovelar. Até então, os mais pobres votaram, tradicionalmente, no Partido Colorado. Já os eleitores das cidades, como universitários, tendem a votar por Lugo, apontado como a novidade nessa eleição. A previsão é de que os resultados serão divulgados na noite de domingo, apesar de preocupações, nos diferentes partidos, para a lentidão da apuração - numa votação com papel depois de ter sido usada urna eletrônica em quase todo país na eleições presidenciais de 2003. BBC Brasil - Todos os direitos reservados. É proibido todo tipo de reprodução sem autorização por escrito da BBC.

A eleição presidencial deste domingo no Paraguai ameaça a hegemonia do Partido Colorado, há 61 anos no poder. Pesquisas de opinião recentes indicam que o candidato de oposição Fernando Lugo, da Aliança Patriótica para a Mudança (APC, na sigla em espanhol), poderá ser eleito para os próximos cinco anos de governo. Veja também: Paraguai vota em meio a denúncias e escândalos   Oposição acusa governo de planejar fraude Ouça análise do professor Francisco Doratiotto sobre a política paraguaia   Ouça o relato do enviado especial Ariel Palacios sobre o clima pré-eleitoral   Jornal diz que Brasil e Argentina 'são corruptores do Paraguai' A atuação do Partido Colorado nessas eleições é tema de discussão nas principais emissoras de televisão do país. "Onde o Partido Colorado falhou para sofrer agora essa ameaça?", questionou esta semana o entrevistador Mario Ferreiro, do programa "Contas Claras", da SNT Cerro Cora. "O grande fracasso do Partido Colorado é a péssima distribuição de riqueza no país", respondeu o jornalista Carlos Peralta, no mesmo programa. Dos quatro principais candidatos ao Palácio Presidencial López, um é Colorado (Ovelar, ex-ministra da educação do atual governo) e outro, Oviedo, formou sua própria legenda, a Unace, depois de anos de militância com os 'colorados'. Quarto colocado nas diferentes pesquisas de intenção de votos, Pedro Fadul, do partido Pátria Querida, costuma dizer que dos quatro principais candidatos, ele é o único que não passou pelo Partido Colorado. O chefe da campanha do Partido Colorado, Rogélio Benítez, ministro de Obras Públicas do atual governo, admitiu que esta é uma campanha inédita para a legenda, que nasceu em 1887 e desde 1947 está de forma ininterrupta na Presidência do Paraguai. "É mesmo uma campanha nova e difícil. Temos um militar golpista (referência ao ex-general Lino Oviedo, acusado de planejar um golpe, que ele nega, contra o então presidente Juan Carlos Wasmosy), um sacerdote (Lugo, que é ex-bispo da Igreja Católica) e uma mulher num partido tradicional (a candidata governista, Blanca Ovelar)", disse Benítez. A divisão do partido é outro motivo apontado por diferentes analistas para a tendência - que vem ocorrendo nas eleições recentes - de queda de votos na legenda. "Sou mulher e nós mulheres temos o talento de unir. Prometo unir os colorados e o Paraguai", disse Ovelar, em seu discurso de encerramento de campanha, na noite de quarta-feira. O Partido Colorado é formado por diferentes movimentos políticos internos e a acirrada disputa na convenção, realizada no ano passado, também teria contribuído para minguar os possíveis votos na legenda. Derrotado por Ovelar, o ex-vice-presidente do atual presidente Nicanor Duarte Frutos, Luis Alberto Castiglioni, denunciou fraude na primária. "Aposto que 50% da 'Vanguarda Colorada' resiste em votar na Blanca Ovelar", disse Ana Maria Castiglioni, integrante deste movimento do Partido Colorado, nesta quarta-feira à rádio Caritas. "É a primeira vez na vida que vejo a vitória do Partido Colorado em perigo". Ela é irmã do ex-vice-presidente do país. Pesquisas de opinião recentes, como a da consultoria COIN, realizada a pedido do jornal Ultima Hora, mostraram que Lugo venceria as eleições, ma que Ovelar vem recuperando terreno na reta final da campanha. Estima-se que dos 2,8 milhões de eleitores paraguaios, pelo menos 1,5 milhão são filiados ao Partido Colorado. O mapa político paraguaio, segundo analistas do país, mostra que a tendência, nestas eleições, será a de as classes mais carentes dividirem os votos entre Lugo, Oviedo e Ovelar. Até então, os mais pobres votaram, tradicionalmente, no Partido Colorado. Já os eleitores das cidades, como universitários, tendem a votar por Lugo, apontado como a novidade nessa eleição. A previsão é de que os resultados serão divulgados na noite de domingo, apesar de preocupações, nos diferentes partidos, para a lentidão da apuração - numa votação com papel depois de ter sido usada urna eletrônica em quase todo país na eleições presidenciais de 2003. BBC Brasil - Todos os direitos reservados. É proibido todo tipo de reprodução sem autorização por escrito da BBC.

A eleição presidencial deste domingo no Paraguai ameaça a hegemonia do Partido Colorado, há 61 anos no poder. Pesquisas de opinião recentes indicam que o candidato de oposição Fernando Lugo, da Aliança Patriótica para a Mudança (APC, na sigla em espanhol), poderá ser eleito para os próximos cinco anos de governo. Veja também: Paraguai vota em meio a denúncias e escândalos   Oposição acusa governo de planejar fraude Ouça análise do professor Francisco Doratiotto sobre a política paraguaia   Ouça o relato do enviado especial Ariel Palacios sobre o clima pré-eleitoral   Jornal diz que Brasil e Argentina 'são corruptores do Paraguai' A atuação do Partido Colorado nessas eleições é tema de discussão nas principais emissoras de televisão do país. "Onde o Partido Colorado falhou para sofrer agora essa ameaça?", questionou esta semana o entrevistador Mario Ferreiro, do programa "Contas Claras", da SNT Cerro Cora. "O grande fracasso do Partido Colorado é a péssima distribuição de riqueza no país", respondeu o jornalista Carlos Peralta, no mesmo programa. Dos quatro principais candidatos ao Palácio Presidencial López, um é Colorado (Ovelar, ex-ministra da educação do atual governo) e outro, Oviedo, formou sua própria legenda, a Unace, depois de anos de militância com os 'colorados'. Quarto colocado nas diferentes pesquisas de intenção de votos, Pedro Fadul, do partido Pátria Querida, costuma dizer que dos quatro principais candidatos, ele é o único que não passou pelo Partido Colorado. O chefe da campanha do Partido Colorado, Rogélio Benítez, ministro de Obras Públicas do atual governo, admitiu que esta é uma campanha inédita para a legenda, que nasceu em 1887 e desde 1947 está de forma ininterrupta na Presidência do Paraguai. "É mesmo uma campanha nova e difícil. Temos um militar golpista (referência ao ex-general Lino Oviedo, acusado de planejar um golpe, que ele nega, contra o então presidente Juan Carlos Wasmosy), um sacerdote (Lugo, que é ex-bispo da Igreja Católica) e uma mulher num partido tradicional (a candidata governista, Blanca Ovelar)", disse Benítez. A divisão do partido é outro motivo apontado por diferentes analistas para a tendência - que vem ocorrendo nas eleições recentes - de queda de votos na legenda. "Sou mulher e nós mulheres temos o talento de unir. Prometo unir os colorados e o Paraguai", disse Ovelar, em seu discurso de encerramento de campanha, na noite de quarta-feira. O Partido Colorado é formado por diferentes movimentos políticos internos e a acirrada disputa na convenção, realizada no ano passado, também teria contribuído para minguar os possíveis votos na legenda. Derrotado por Ovelar, o ex-vice-presidente do atual presidente Nicanor Duarte Frutos, Luis Alberto Castiglioni, denunciou fraude na primária. "Aposto que 50% da 'Vanguarda Colorada' resiste em votar na Blanca Ovelar", disse Ana Maria Castiglioni, integrante deste movimento do Partido Colorado, nesta quarta-feira à rádio Caritas. "É a primeira vez na vida que vejo a vitória do Partido Colorado em perigo". Ela é irmã do ex-vice-presidente do país. Pesquisas de opinião recentes, como a da consultoria COIN, realizada a pedido do jornal Ultima Hora, mostraram que Lugo venceria as eleições, ma que Ovelar vem recuperando terreno na reta final da campanha. Estima-se que dos 2,8 milhões de eleitores paraguaios, pelo menos 1,5 milhão são filiados ao Partido Colorado. O mapa político paraguaio, segundo analistas do país, mostra que a tendência, nestas eleições, será a de as classes mais carentes dividirem os votos entre Lugo, Oviedo e Ovelar. Até então, os mais pobres votaram, tradicionalmente, no Partido Colorado. Já os eleitores das cidades, como universitários, tendem a votar por Lugo, apontado como a novidade nessa eleição. A previsão é de que os resultados serão divulgados na noite de domingo, apesar de preocupações, nos diferentes partidos, para a lentidão da apuração - numa votação com papel depois de ter sido usada urna eletrônica em quase todo país na eleições presidenciais de 2003. BBC Brasil - Todos os direitos reservados. É proibido todo tipo de reprodução sem autorização por escrito da BBC.

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