Empresas de ônibus fazem serviço ilegal no trajeto Rio-SP


Por Agencia Estado

Para atrair passageiros, empresas de ônibus que operam a linha Rio-São Paulo estão lançando mão de um serviço ilegal: a "ponte rodoviária". Nada de errado com a oferta de regalias típicas das companhias aéreas, como lanche a bordo, exibição de filmes, música ambiente, poltronas amplas e apoio para os pés. O problema é que o percurso entre os dois Estados é feito sem paradas, contrariando a legislação. Com isso os motoristas são obrigados a dirigir, em média, durante cinco horas e meia sem descanso, aumentando os riscos de acidente. De acordo com o decreto 2.521, de 1998, e com a resolução 18 da Agência Nacional de Transportes Terrestres (ANTT), editada no ano passado, os ônibus que dispõem de banheiro são obrigados a parar a intervalos de, no máximo, quatro horas; e os que não possuem, a cada duas horas. É uma forma de assegurar conforto e descanso aos passageiros e motoristas. Mas pelo menos quatro empresas que atuam no trecho Rio-São Paulo estão descumprindo a lei. Neste domingo, na Rodoviária Novo Rio, passagens para viagens non stop estavam à venda nos guichês das viações 1001, Itapemirim, Expresso Brasileiro e Expresso do Sul. Rápido, mas perigoso Para o vendedor Pedro Antônio, de 70 anos, de partida para São Paulo, a viagem sem o intervalo de 20 minutos pode ser boa para quem está descansando na poltrona, mas não para quem fica na direção. "É bom porque é rápido. Mas é perigoso, pois o motorista fica muito tempo sem dar uma esticada nas pernas." A aposentada Izolina Martins, de 55 anos, concorda. "O motorista precisa jogar uma água no rosto, ir ao banheiro. E o passageiro também." Um motorista da Expresso Brasileiro que pediu anonimato falou, revoltado, sobre a situação da categoria. "Os passageiros estão na minha mão, sou responsável por eles. A minha segurança é também a deles", afirmou. Outro funcionário, da empresa 1001, foi além: "Isso induz o profissional ao erro. Na ânsia de mostrar serviço aos seus superiores, aceitando fazer viagem sem parada, o motorista põe a vida das pessoas em risco", disse, pedindo também para não ser identificado. Comprimidos As críticas são reforçadas pelo vice-presidente do Sindicato dos Rodoviários do Estado do Rio, Oswaldo Garcia. "A legislação é clara. Todos sabem que as empresas estão agindo de forma errada. Vamos esperar acontecer um acidente?", questionou o sindicalista, contando que há profissionais que ingerem comprimidos para ajudar a manter a atenção na estrada. Superintendente-adjunto de Serviços de Transporte de Passageiros da ANTT, órgão do Ministério dos Transportes que regulamenta o setor, Francisco Ellery Cavour observou que as empresas de ônibus não estão medindo esforços para abocanhar uma fatia do mercado das companhias aéreas e aumentar o número de 70 mil passageiros/mês da "ponte rodoviária". A passagem de avião para cada trecho custa entre R$ 250 e R$ 420, cerca de seis vezes o valor da viagem feita de ônibus, que varia de R$ 40 e R$ 72. Cavour assegurou, porém, que o desrespeito à lei não é decorrente da falta de fiscalização. "Nós estamos multando. Em abril, indeferimos um pedido das empresas de fazer o non stop e, no nosso entender, a coisa tinha parado. Mas recebemos denúncias e, de outubro para cá, fizemos 40 autuações", afirmou. Ele acrescenta que se o problema persistir, os diretores das empresas vão ser chamados até o fim do mês para assinar um termo de ajustamento de conduta. "Em último caso, podemos pedir a suspensão da concessão da linha", disse. A multa prevista é de R$ 1.961 por viagem irregular.

Para atrair passageiros, empresas de ônibus que operam a linha Rio-São Paulo estão lançando mão de um serviço ilegal: a "ponte rodoviária". Nada de errado com a oferta de regalias típicas das companhias aéreas, como lanche a bordo, exibição de filmes, música ambiente, poltronas amplas e apoio para os pés. O problema é que o percurso entre os dois Estados é feito sem paradas, contrariando a legislação. Com isso os motoristas são obrigados a dirigir, em média, durante cinco horas e meia sem descanso, aumentando os riscos de acidente. De acordo com o decreto 2.521, de 1998, e com a resolução 18 da Agência Nacional de Transportes Terrestres (ANTT), editada no ano passado, os ônibus que dispõem de banheiro são obrigados a parar a intervalos de, no máximo, quatro horas; e os que não possuem, a cada duas horas. É uma forma de assegurar conforto e descanso aos passageiros e motoristas. Mas pelo menos quatro empresas que atuam no trecho Rio-São Paulo estão descumprindo a lei. Neste domingo, na Rodoviária Novo Rio, passagens para viagens non stop estavam à venda nos guichês das viações 1001, Itapemirim, Expresso Brasileiro e Expresso do Sul. Rápido, mas perigoso Para o vendedor Pedro Antônio, de 70 anos, de partida para São Paulo, a viagem sem o intervalo de 20 minutos pode ser boa para quem está descansando na poltrona, mas não para quem fica na direção. "É bom porque é rápido. Mas é perigoso, pois o motorista fica muito tempo sem dar uma esticada nas pernas." A aposentada Izolina Martins, de 55 anos, concorda. "O motorista precisa jogar uma água no rosto, ir ao banheiro. E o passageiro também." Um motorista da Expresso Brasileiro que pediu anonimato falou, revoltado, sobre a situação da categoria. "Os passageiros estão na minha mão, sou responsável por eles. A minha segurança é também a deles", afirmou. Outro funcionário, da empresa 1001, foi além: "Isso induz o profissional ao erro. Na ânsia de mostrar serviço aos seus superiores, aceitando fazer viagem sem parada, o motorista põe a vida das pessoas em risco", disse, pedindo também para não ser identificado. Comprimidos As críticas são reforçadas pelo vice-presidente do Sindicato dos Rodoviários do Estado do Rio, Oswaldo Garcia. "A legislação é clara. Todos sabem que as empresas estão agindo de forma errada. Vamos esperar acontecer um acidente?", questionou o sindicalista, contando que há profissionais que ingerem comprimidos para ajudar a manter a atenção na estrada. Superintendente-adjunto de Serviços de Transporte de Passageiros da ANTT, órgão do Ministério dos Transportes que regulamenta o setor, Francisco Ellery Cavour observou que as empresas de ônibus não estão medindo esforços para abocanhar uma fatia do mercado das companhias aéreas e aumentar o número de 70 mil passageiros/mês da "ponte rodoviária". A passagem de avião para cada trecho custa entre R$ 250 e R$ 420, cerca de seis vezes o valor da viagem feita de ônibus, que varia de R$ 40 e R$ 72. Cavour assegurou, porém, que o desrespeito à lei não é decorrente da falta de fiscalização. "Nós estamos multando. Em abril, indeferimos um pedido das empresas de fazer o non stop e, no nosso entender, a coisa tinha parado. Mas recebemos denúncias e, de outubro para cá, fizemos 40 autuações", afirmou. Ele acrescenta que se o problema persistir, os diretores das empresas vão ser chamados até o fim do mês para assinar um termo de ajustamento de conduta. "Em último caso, podemos pedir a suspensão da concessão da linha", disse. A multa prevista é de R$ 1.961 por viagem irregular.

Para atrair passageiros, empresas de ônibus que operam a linha Rio-São Paulo estão lançando mão de um serviço ilegal: a "ponte rodoviária". Nada de errado com a oferta de regalias típicas das companhias aéreas, como lanche a bordo, exibição de filmes, música ambiente, poltronas amplas e apoio para os pés. O problema é que o percurso entre os dois Estados é feito sem paradas, contrariando a legislação. Com isso os motoristas são obrigados a dirigir, em média, durante cinco horas e meia sem descanso, aumentando os riscos de acidente. De acordo com o decreto 2.521, de 1998, e com a resolução 18 da Agência Nacional de Transportes Terrestres (ANTT), editada no ano passado, os ônibus que dispõem de banheiro são obrigados a parar a intervalos de, no máximo, quatro horas; e os que não possuem, a cada duas horas. É uma forma de assegurar conforto e descanso aos passageiros e motoristas. Mas pelo menos quatro empresas que atuam no trecho Rio-São Paulo estão descumprindo a lei. Neste domingo, na Rodoviária Novo Rio, passagens para viagens non stop estavam à venda nos guichês das viações 1001, Itapemirim, Expresso Brasileiro e Expresso do Sul. Rápido, mas perigoso Para o vendedor Pedro Antônio, de 70 anos, de partida para São Paulo, a viagem sem o intervalo de 20 minutos pode ser boa para quem está descansando na poltrona, mas não para quem fica na direção. "É bom porque é rápido. Mas é perigoso, pois o motorista fica muito tempo sem dar uma esticada nas pernas." A aposentada Izolina Martins, de 55 anos, concorda. "O motorista precisa jogar uma água no rosto, ir ao banheiro. E o passageiro também." Um motorista da Expresso Brasileiro que pediu anonimato falou, revoltado, sobre a situação da categoria. "Os passageiros estão na minha mão, sou responsável por eles. A minha segurança é também a deles", afirmou. Outro funcionário, da empresa 1001, foi além: "Isso induz o profissional ao erro. Na ânsia de mostrar serviço aos seus superiores, aceitando fazer viagem sem parada, o motorista põe a vida das pessoas em risco", disse, pedindo também para não ser identificado. Comprimidos As críticas são reforçadas pelo vice-presidente do Sindicato dos Rodoviários do Estado do Rio, Oswaldo Garcia. "A legislação é clara. Todos sabem que as empresas estão agindo de forma errada. Vamos esperar acontecer um acidente?", questionou o sindicalista, contando que há profissionais que ingerem comprimidos para ajudar a manter a atenção na estrada. Superintendente-adjunto de Serviços de Transporte de Passageiros da ANTT, órgão do Ministério dos Transportes que regulamenta o setor, Francisco Ellery Cavour observou que as empresas de ônibus não estão medindo esforços para abocanhar uma fatia do mercado das companhias aéreas e aumentar o número de 70 mil passageiros/mês da "ponte rodoviária". A passagem de avião para cada trecho custa entre R$ 250 e R$ 420, cerca de seis vezes o valor da viagem feita de ônibus, que varia de R$ 40 e R$ 72. Cavour assegurou, porém, que o desrespeito à lei não é decorrente da falta de fiscalização. "Nós estamos multando. Em abril, indeferimos um pedido das empresas de fazer o non stop e, no nosso entender, a coisa tinha parado. Mas recebemos denúncias e, de outubro para cá, fizemos 40 autuações", afirmou. Ele acrescenta que se o problema persistir, os diretores das empresas vão ser chamados até o fim do mês para assinar um termo de ajustamento de conduta. "Em último caso, podemos pedir a suspensão da concessão da linha", disse. A multa prevista é de R$ 1.961 por viagem irregular.

Para atrair passageiros, empresas de ônibus que operam a linha Rio-São Paulo estão lançando mão de um serviço ilegal: a "ponte rodoviária". Nada de errado com a oferta de regalias típicas das companhias aéreas, como lanche a bordo, exibição de filmes, música ambiente, poltronas amplas e apoio para os pés. O problema é que o percurso entre os dois Estados é feito sem paradas, contrariando a legislação. Com isso os motoristas são obrigados a dirigir, em média, durante cinco horas e meia sem descanso, aumentando os riscos de acidente. De acordo com o decreto 2.521, de 1998, e com a resolução 18 da Agência Nacional de Transportes Terrestres (ANTT), editada no ano passado, os ônibus que dispõem de banheiro são obrigados a parar a intervalos de, no máximo, quatro horas; e os que não possuem, a cada duas horas. É uma forma de assegurar conforto e descanso aos passageiros e motoristas. Mas pelo menos quatro empresas que atuam no trecho Rio-São Paulo estão descumprindo a lei. Neste domingo, na Rodoviária Novo Rio, passagens para viagens non stop estavam à venda nos guichês das viações 1001, Itapemirim, Expresso Brasileiro e Expresso do Sul. Rápido, mas perigoso Para o vendedor Pedro Antônio, de 70 anos, de partida para São Paulo, a viagem sem o intervalo de 20 minutos pode ser boa para quem está descansando na poltrona, mas não para quem fica na direção. "É bom porque é rápido. Mas é perigoso, pois o motorista fica muito tempo sem dar uma esticada nas pernas." A aposentada Izolina Martins, de 55 anos, concorda. "O motorista precisa jogar uma água no rosto, ir ao banheiro. E o passageiro também." Um motorista da Expresso Brasileiro que pediu anonimato falou, revoltado, sobre a situação da categoria. "Os passageiros estão na minha mão, sou responsável por eles. A minha segurança é também a deles", afirmou. Outro funcionário, da empresa 1001, foi além: "Isso induz o profissional ao erro. Na ânsia de mostrar serviço aos seus superiores, aceitando fazer viagem sem parada, o motorista põe a vida das pessoas em risco", disse, pedindo também para não ser identificado. Comprimidos As críticas são reforçadas pelo vice-presidente do Sindicato dos Rodoviários do Estado do Rio, Oswaldo Garcia. "A legislação é clara. Todos sabem que as empresas estão agindo de forma errada. Vamos esperar acontecer um acidente?", questionou o sindicalista, contando que há profissionais que ingerem comprimidos para ajudar a manter a atenção na estrada. Superintendente-adjunto de Serviços de Transporte de Passageiros da ANTT, órgão do Ministério dos Transportes que regulamenta o setor, Francisco Ellery Cavour observou que as empresas de ônibus não estão medindo esforços para abocanhar uma fatia do mercado das companhias aéreas e aumentar o número de 70 mil passageiros/mês da "ponte rodoviária". A passagem de avião para cada trecho custa entre R$ 250 e R$ 420, cerca de seis vezes o valor da viagem feita de ônibus, que varia de R$ 40 e R$ 72. Cavour assegurou, porém, que o desrespeito à lei não é decorrente da falta de fiscalização. "Nós estamos multando. Em abril, indeferimos um pedido das empresas de fazer o non stop e, no nosso entender, a coisa tinha parado. Mas recebemos denúncias e, de outubro para cá, fizemos 40 autuações", afirmou. Ele acrescenta que se o problema persistir, os diretores das empresas vão ser chamados até o fim do mês para assinar um termo de ajustamento de conduta. "Em último caso, podemos pedir a suspensão da concessão da linha", disse. A multa prevista é de R$ 1.961 por viagem irregular.

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