‘Exortação do papa é uma derrota para os extremistas’


Para o sociólogo Francisco Borba Ribeiro Neto, Francisco não defendeu o rigor doutrinal, mas também não criou uma regra

Por Edison Veiga e José Maria Tomazela

O papa Francisco pede um comportamento de tolerância e maior compreensão em relação à família moderna, aos gays e divorciados. Em um documento de quase 300 páginas e resultado de três anos de consultas, o pontífice aponta para o entendimento da Igreja em relação à família. Ainda que mantenha a doutrina, seu texto abre as portas da Igreja e pede que párocos pelo mundo adotem uma postura de flexibilidade para não excluir pessoas da religião.

“O texto é uma derrota para os extremistas, tanto os conservadores como os progressistas”, avalia o sociólogo Francisco Borba Ribeiro Neto, coordenador do Núcleo Fé e Cultura da Pontifícia Universidade Católica de São Paulo (PUC-SP). “Francisco não defendeu o rigor doutrinal, mas também não criou uma regra.” 

A advogada Zulma Souza Dias, de 69 anos, que vive em segunda união, esperava uma mudança de postura. “Seria muito válido a Igreja dar uma chance para a pessoa ser feliz em outro casamento”, diz. Para o físico Fábio do Prado, de 50 anos, reitor do Centro Universitário da Fundação Educacional Inaciana (FEI), a exclusão da eucaristia deve ser compreendida - e não vista como um obstáculo. “A comunhão espiritual é uma experiência muito intensa”, afirma ele, que durante 20 anos participou assim das missas, já que sua mulher estava em segunda união - quando o primeiro marido dela morreu, eles puderam casar-se na Igreja. 

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Momentos de Papa Francisco

1 | 13

Conclave

Foto: Reuters
2 | 13

Papas

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3 | 13

Lampedusa

Foto: Reuters
4 | 13

Capa

Foto: EFE
5 | 13

No Brasil

Foto: Estadão
6 | 13

O papa sorri

Foto: Divulgação
7 | 13

Na Coreia

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8 | 13

Terra Santa

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9 | 13

Turquia

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10 | 13

Enciclíca 'verde'

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11 | 13

Obama

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12 | 13

Fim do embargo

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13 | 13

Batuque

Foto: Reuters

Gays. Coordenador brasileiro do grupo de católicos homossexuais Courage, o advogado Maurício Abambres, de 46 anos, acredita que o texto de Francisco tem o mérito “de mostrar que a Igreja não é homofóbica”, embora reconheça que o papa “não vai mudar a doutrina”. Integrante da Pastoral da Diversidade, o bancário e jornalista Everton Calício, de 30 anos, diz que “apesar do preconceito dos mais conservadores”, já vem se sentindo mais acolhido. 

“As normas existem, mas não devem ser aplicadas friamente, mas com discernimento”, explica o arcebispo de São Paulo, d. Odilo Scherer. “É o que o papa chama de gradualidade.” Vigário geral do Opus Dei no Brasil, monsenhor Vicente Ancona Lopez entende ainda que Francisco pede “uma maior dedicação, dinamismo e solicitude na pastoral familiar”. 

O papa Francisco pede um comportamento de tolerância e maior compreensão em relação à família moderna, aos gays e divorciados. Em um documento de quase 300 páginas e resultado de três anos de consultas, o pontífice aponta para o entendimento da Igreja em relação à família. Ainda que mantenha a doutrina, seu texto abre as portas da Igreja e pede que párocos pelo mundo adotem uma postura de flexibilidade para não excluir pessoas da religião.

“O texto é uma derrota para os extremistas, tanto os conservadores como os progressistas”, avalia o sociólogo Francisco Borba Ribeiro Neto, coordenador do Núcleo Fé e Cultura da Pontifícia Universidade Católica de São Paulo (PUC-SP). “Francisco não defendeu o rigor doutrinal, mas também não criou uma regra.” 

A advogada Zulma Souza Dias, de 69 anos, que vive em segunda união, esperava uma mudança de postura. “Seria muito válido a Igreja dar uma chance para a pessoa ser feliz em outro casamento”, diz. Para o físico Fábio do Prado, de 50 anos, reitor do Centro Universitário da Fundação Educacional Inaciana (FEI), a exclusão da eucaristia deve ser compreendida - e não vista como um obstáculo. “A comunhão espiritual é uma experiência muito intensa”, afirma ele, que durante 20 anos participou assim das missas, já que sua mulher estava em segunda união - quando o primeiro marido dela morreu, eles puderam casar-se na Igreja. 

Momentos de Papa Francisco

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Conclave

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Papas

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Capa

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Enciclíca 'verde'

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Obama

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Fim do embargo

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Batuque

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Gays. Coordenador brasileiro do grupo de católicos homossexuais Courage, o advogado Maurício Abambres, de 46 anos, acredita que o texto de Francisco tem o mérito “de mostrar que a Igreja não é homofóbica”, embora reconheça que o papa “não vai mudar a doutrina”. Integrante da Pastoral da Diversidade, o bancário e jornalista Everton Calício, de 30 anos, diz que “apesar do preconceito dos mais conservadores”, já vem se sentindo mais acolhido. 

“As normas existem, mas não devem ser aplicadas friamente, mas com discernimento”, explica o arcebispo de São Paulo, d. Odilo Scherer. “É o que o papa chama de gradualidade.” Vigário geral do Opus Dei no Brasil, monsenhor Vicente Ancona Lopez entende ainda que Francisco pede “uma maior dedicação, dinamismo e solicitude na pastoral familiar”. 

O papa Francisco pede um comportamento de tolerância e maior compreensão em relação à família moderna, aos gays e divorciados. Em um documento de quase 300 páginas e resultado de três anos de consultas, o pontífice aponta para o entendimento da Igreja em relação à família. Ainda que mantenha a doutrina, seu texto abre as portas da Igreja e pede que párocos pelo mundo adotem uma postura de flexibilidade para não excluir pessoas da religião.

“O texto é uma derrota para os extremistas, tanto os conservadores como os progressistas”, avalia o sociólogo Francisco Borba Ribeiro Neto, coordenador do Núcleo Fé e Cultura da Pontifícia Universidade Católica de São Paulo (PUC-SP). “Francisco não defendeu o rigor doutrinal, mas também não criou uma regra.” 

A advogada Zulma Souza Dias, de 69 anos, que vive em segunda união, esperava uma mudança de postura. “Seria muito válido a Igreja dar uma chance para a pessoa ser feliz em outro casamento”, diz. Para o físico Fábio do Prado, de 50 anos, reitor do Centro Universitário da Fundação Educacional Inaciana (FEI), a exclusão da eucaristia deve ser compreendida - e não vista como um obstáculo. “A comunhão espiritual é uma experiência muito intensa”, afirma ele, que durante 20 anos participou assim das missas, já que sua mulher estava em segunda união - quando o primeiro marido dela morreu, eles puderam casar-se na Igreja. 

Momentos de Papa Francisco

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Batuque

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Gays. Coordenador brasileiro do grupo de católicos homossexuais Courage, o advogado Maurício Abambres, de 46 anos, acredita que o texto de Francisco tem o mérito “de mostrar que a Igreja não é homofóbica”, embora reconheça que o papa “não vai mudar a doutrina”. Integrante da Pastoral da Diversidade, o bancário e jornalista Everton Calício, de 30 anos, diz que “apesar do preconceito dos mais conservadores”, já vem se sentindo mais acolhido. 

“As normas existem, mas não devem ser aplicadas friamente, mas com discernimento”, explica o arcebispo de São Paulo, d. Odilo Scherer. “É o que o papa chama de gradualidade.” Vigário geral do Opus Dei no Brasil, monsenhor Vicente Ancona Lopez entende ainda que Francisco pede “uma maior dedicação, dinamismo e solicitude na pastoral familiar”. 

O papa Francisco pede um comportamento de tolerância e maior compreensão em relação à família moderna, aos gays e divorciados. Em um documento de quase 300 páginas e resultado de três anos de consultas, o pontífice aponta para o entendimento da Igreja em relação à família. Ainda que mantenha a doutrina, seu texto abre as portas da Igreja e pede que párocos pelo mundo adotem uma postura de flexibilidade para não excluir pessoas da religião.

“O texto é uma derrota para os extremistas, tanto os conservadores como os progressistas”, avalia o sociólogo Francisco Borba Ribeiro Neto, coordenador do Núcleo Fé e Cultura da Pontifícia Universidade Católica de São Paulo (PUC-SP). “Francisco não defendeu o rigor doutrinal, mas também não criou uma regra.” 

A advogada Zulma Souza Dias, de 69 anos, que vive em segunda união, esperava uma mudança de postura. “Seria muito válido a Igreja dar uma chance para a pessoa ser feliz em outro casamento”, diz. Para o físico Fábio do Prado, de 50 anos, reitor do Centro Universitário da Fundação Educacional Inaciana (FEI), a exclusão da eucaristia deve ser compreendida - e não vista como um obstáculo. “A comunhão espiritual é uma experiência muito intensa”, afirma ele, que durante 20 anos participou assim das missas, já que sua mulher estava em segunda união - quando o primeiro marido dela morreu, eles puderam casar-se na Igreja. 

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Conclave

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Turquia

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Enciclíca 'verde'

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Obama

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Fim do embargo

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Batuque

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Gays. Coordenador brasileiro do grupo de católicos homossexuais Courage, o advogado Maurício Abambres, de 46 anos, acredita que o texto de Francisco tem o mérito “de mostrar que a Igreja não é homofóbica”, embora reconheça que o papa “não vai mudar a doutrina”. Integrante da Pastoral da Diversidade, o bancário e jornalista Everton Calício, de 30 anos, diz que “apesar do preconceito dos mais conservadores”, já vem se sentindo mais acolhido. 

“As normas existem, mas não devem ser aplicadas friamente, mas com discernimento”, explica o arcebispo de São Paulo, d. Odilo Scherer. “É o que o papa chama de gradualidade.” Vigário geral do Opus Dei no Brasil, monsenhor Vicente Ancona Lopez entende ainda que Francisco pede “uma maior dedicação, dinamismo e solicitude na pastoral familiar”. 

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