Cultura, comportamento, noite e gente em São Paulo

Os caras do balcão do bar


Quando ela entrou, a presença dela ocupou todos os lugares do bar

Por Gilberto Amendola

Quando ela entrou, os caras do balcão do bar sonharam ser mais do que os caras do balcão do bar. Encolheram suas barrigas como se um sargento passasse a tropa em revista e pediram uma bebida menos barata, em um copo mais limpo.

Quando ela entrou, os caras do balcão do bar sonharam um salão melhor, uma luz mais clara, uma música menos tola. Quiseram saber dançar ou, pelo menos, enganar melhor e no ritmo certo.

Quando ela entrou, os caras do balcão do bar interromperam a rodada do futebol e sonharam entender o fim daquele filme francês que ninguém naquele bar havia entendido. Quiseram saber outra língua e ter histórias de viagem pra compartilhar.

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Eram fantasmas. Não que estivessem mortos, mas aquilo também não se podia chamar de vida Foto: Life Of Pix/Pixabay.com

Quando ela entrou, os caras do balcão do bar sentiram a aspereza do próprio rosto ferir a pele de alguém que eles nunca haveriam de beijar. Viram suas calças largas e sem corte lambendo o chão sujo do lugar.

Quando ela entrou, os caras do balcão do bar sentiram o peso de anos de sexo protocolar, de violência disfarçada de amor, segurança e autoconfiança.

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Quando ela entrou, os caras do balcão do bar sentiram uma espécie de calafrio, um medo daquilo que nunca puderam conhecer. Teve um que precisou se escorar para não perder o equilíbrio. Teve um que enfiou a cara numa revista boba para disfarçar os espasmos do rosto. Teve um que, se tivesse algum jeito, pode apostar, teria preferido nascer de novo.

Quando ela entrou, os caras do balcão do bar quiseram tomar veneno.

Quando ela entrou, os caras do balcão do bar entenderam que a vida é uma cela minúscula, uma solitária onde o sol só aparece muito de vez em quando, por sorte ou teimosia.

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Quando ela entrou, os caras do balcão do bar procuraram um grão de delicadeza no deserto das próprias esperanças. 

Quando ela entrou, os caras do balcão do bar acreditaram na sorte, no destino, nos avisos escondidos dentro de velhos sonhos banais.

Quando ela entrou, os caras do balcão do bar lembraram que amanhã ainda seria um dia de semana. Eles olharam para seus relógios de pulso, pediram a conta e pagaram em silêncio.

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Não reclamaram.

Eram fantasmas.

Não que estivessem mortos, mas aquilo também não era algo que possa ser chamado de vida.

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Quando ela entrou, a presença dela ocupou todos os lugares do bar. 

Quando ela entrou, os caras do balcão do bar sonharam ser mais do que os caras do balcão do bar. Encolheram suas barrigas como se um sargento passasse a tropa em revista e pediram uma bebida menos barata, em um copo mais limpo.

Quando ela entrou, os caras do balcão do bar sonharam um salão melhor, uma luz mais clara, uma música menos tola. Quiseram saber dançar ou, pelo menos, enganar melhor e no ritmo certo.

Quando ela entrou, os caras do balcão do bar interromperam a rodada do futebol e sonharam entender o fim daquele filme francês que ninguém naquele bar havia entendido. Quiseram saber outra língua e ter histórias de viagem pra compartilhar.

Eram fantasmas. Não que estivessem mortos, mas aquilo também não se podia chamar de vida Foto: Life Of Pix/Pixabay.com

Quando ela entrou, os caras do balcão do bar sentiram a aspereza do próprio rosto ferir a pele de alguém que eles nunca haveriam de beijar. Viram suas calças largas e sem corte lambendo o chão sujo do lugar.

Quando ela entrou, os caras do balcão do bar sentiram o peso de anos de sexo protocolar, de violência disfarçada de amor, segurança e autoconfiança.

Quando ela entrou, os caras do balcão do bar sentiram uma espécie de calafrio, um medo daquilo que nunca puderam conhecer. Teve um que precisou se escorar para não perder o equilíbrio. Teve um que enfiou a cara numa revista boba para disfarçar os espasmos do rosto. Teve um que, se tivesse algum jeito, pode apostar, teria preferido nascer de novo.

Quando ela entrou, os caras do balcão do bar quiseram tomar veneno.

Quando ela entrou, os caras do balcão do bar entenderam que a vida é uma cela minúscula, uma solitária onde o sol só aparece muito de vez em quando, por sorte ou teimosia.

Quando ela entrou, os caras do balcão do bar procuraram um grão de delicadeza no deserto das próprias esperanças. 

Quando ela entrou, os caras do balcão do bar acreditaram na sorte, no destino, nos avisos escondidos dentro de velhos sonhos banais.

Quando ela entrou, os caras do balcão do bar lembraram que amanhã ainda seria um dia de semana. Eles olharam para seus relógios de pulso, pediram a conta e pagaram em silêncio.

Não reclamaram.

Eram fantasmas.

Não que estivessem mortos, mas aquilo também não era algo que possa ser chamado de vida.

Quando ela entrou, a presença dela ocupou todos os lugares do bar. 

Quando ela entrou, os caras do balcão do bar sonharam ser mais do que os caras do balcão do bar. Encolheram suas barrigas como se um sargento passasse a tropa em revista e pediram uma bebida menos barata, em um copo mais limpo.

Quando ela entrou, os caras do balcão do bar sonharam um salão melhor, uma luz mais clara, uma música menos tola. Quiseram saber dançar ou, pelo menos, enganar melhor e no ritmo certo.

Quando ela entrou, os caras do balcão do bar interromperam a rodada do futebol e sonharam entender o fim daquele filme francês que ninguém naquele bar havia entendido. Quiseram saber outra língua e ter histórias de viagem pra compartilhar.

Eram fantasmas. Não que estivessem mortos, mas aquilo também não se podia chamar de vida Foto: Life Of Pix/Pixabay.com

Quando ela entrou, os caras do balcão do bar sentiram a aspereza do próprio rosto ferir a pele de alguém que eles nunca haveriam de beijar. Viram suas calças largas e sem corte lambendo o chão sujo do lugar.

Quando ela entrou, os caras do balcão do bar sentiram o peso de anos de sexo protocolar, de violência disfarçada de amor, segurança e autoconfiança.

Quando ela entrou, os caras do balcão do bar sentiram uma espécie de calafrio, um medo daquilo que nunca puderam conhecer. Teve um que precisou se escorar para não perder o equilíbrio. Teve um que enfiou a cara numa revista boba para disfarçar os espasmos do rosto. Teve um que, se tivesse algum jeito, pode apostar, teria preferido nascer de novo.

Quando ela entrou, os caras do balcão do bar quiseram tomar veneno.

Quando ela entrou, os caras do balcão do bar entenderam que a vida é uma cela minúscula, uma solitária onde o sol só aparece muito de vez em quando, por sorte ou teimosia.

Quando ela entrou, os caras do balcão do bar procuraram um grão de delicadeza no deserto das próprias esperanças. 

Quando ela entrou, os caras do balcão do bar acreditaram na sorte, no destino, nos avisos escondidos dentro de velhos sonhos banais.

Quando ela entrou, os caras do balcão do bar lembraram que amanhã ainda seria um dia de semana. Eles olharam para seus relógios de pulso, pediram a conta e pagaram em silêncio.

Não reclamaram.

Eram fantasmas.

Não que estivessem mortos, mas aquilo também não era algo que possa ser chamado de vida.

Quando ela entrou, a presença dela ocupou todos os lugares do bar. 

Quando ela entrou, os caras do balcão do bar sonharam ser mais do que os caras do balcão do bar. Encolheram suas barrigas como se um sargento passasse a tropa em revista e pediram uma bebida menos barata, em um copo mais limpo.

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Quando ela entrou, os caras do balcão do bar interromperam a rodada do futebol e sonharam entender o fim daquele filme francês que ninguém naquele bar havia entendido. Quiseram saber outra língua e ter histórias de viagem pra compartilhar.

Eram fantasmas. Não que estivessem mortos, mas aquilo também não se podia chamar de vida Foto: Life Of Pix/Pixabay.com

Quando ela entrou, os caras do balcão do bar sentiram a aspereza do próprio rosto ferir a pele de alguém que eles nunca haveriam de beijar. Viram suas calças largas e sem corte lambendo o chão sujo do lugar.

Quando ela entrou, os caras do balcão do bar sentiram o peso de anos de sexo protocolar, de violência disfarçada de amor, segurança e autoconfiança.

Quando ela entrou, os caras do balcão do bar sentiram uma espécie de calafrio, um medo daquilo que nunca puderam conhecer. Teve um que precisou se escorar para não perder o equilíbrio. Teve um que enfiou a cara numa revista boba para disfarçar os espasmos do rosto. Teve um que, se tivesse algum jeito, pode apostar, teria preferido nascer de novo.

Quando ela entrou, os caras do balcão do bar quiseram tomar veneno.

Quando ela entrou, os caras do balcão do bar entenderam que a vida é uma cela minúscula, uma solitária onde o sol só aparece muito de vez em quando, por sorte ou teimosia.

Quando ela entrou, os caras do balcão do bar procuraram um grão de delicadeza no deserto das próprias esperanças. 

Quando ela entrou, os caras do balcão do bar acreditaram na sorte, no destino, nos avisos escondidos dentro de velhos sonhos banais.

Quando ela entrou, os caras do balcão do bar lembraram que amanhã ainda seria um dia de semana. Eles olharam para seus relógios de pulso, pediram a conta e pagaram em silêncio.

Não reclamaram.

Eram fantasmas.

Não que estivessem mortos, mas aquilo também não era algo que possa ser chamado de vida.

Quando ela entrou, a presença dela ocupou todos os lugares do bar. 

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