Greve do metrô continua em SP na 6ª, dia de jogo do Brasil na cidade


A greve dos funcionários do metrô de São Paulo que causou transtornos e grandes congestionamentos na capital paulista nesta quinta-feira, uma semana antes da abertura da Copa do Mundo, continuará na sexta, dia em que a seleção brasileira fará um amistoso de preparação para o Mundial contra a Sérvia na cidade, informou o sindicato que representa a categoria. Uma reunião entre representantes do Metrô e do sindicato terminou sem acordo e, em assembleia realizada no início da noite, os metroviários decidiram manter a paralisação. "A greve continua. O governo estadual não mudou suas propostas e os metroviários continuarão em greve. O TRT (Tribunal Regional do Trabalho) julgará a greve no sábado", informou o Sindicato dos Metroviários em nota publicado em seu site. O sindicato disse que os trabalhadores aceitam trabalhar normalmente, desde que as catacras sejam liberadas e a população não pague pela passagem. Uma nova assembleia deve ser realizada na sexta. Os grevistas reivindicam reajuste salarial de dois dígitos e um novo plano de carreira. O TRT havia determinado o funcionamento integral do metrô nos horários de pico e de 70 por cento do sistema nos demais horários, sob pena de 100 mil reais em multa diária. A decisão não foi cumprida. Na tarde de sexta-feira, a seleção brasileira, que chegou à capital paulista no início da noite desta quinta, enfrentará a Sérvia no estádio do Morumbi, zona sul da cidade. Por volta das 20h desta quinta, a cidade tinha cerca de 150 quilômetros de vias congestionadas, segundo a Companhia de Engenharia de Tráfego. A paralisação, inciada nesta quinta-feira, complicou a movimentação na capital paulista, com registro de grandes congestionamentos e incidentes violentos na estação Corinhians-Itaquera, próxima à Arena Corinthians, que em uma semana vai ser o palco da abertura da Copa do Mundo. Na estação, principal via de acesso de torcedores à Arena Corinthians, houve tumulto e grades que bloqueavam a entrada ao sistema de trens de São Paulo, que funciona normalmente, foram derrubadas. Em Brasília, a presidente Dilma Rousseff classificou de "lamentável" as reações violentas à paralisação dos serviços de metrô em São Paulo. Os metroviários decidiram em assembleia na noite de quarta-feira pela paralisação "por tempo indeterminado". O sistema chegou a ser completamente paralisado por um curto período no início da manhã. Segundo o Metrô, às 20h, quatro das cinco linhas operadas pela empresa operavam parcialmente e somente uma tinha operação total. Os ônibus operavam, mas estavam sobrecarregados e imagens mostradas pelas emissoras de TV mostravam veículos lotados e grandes filas para pegar os coletivos. Em entrevista coletiva em um hotel da zona sul de São Paulo, o secretário-geral da Fifa, Jerôme Valcke, preferiu não responder sobre os efeitos de uma eventual paralisação no dia de abertura da Copa, dia 12 de junho, com a partida entre Brasil e Croácia. Ele repassou a pergunta ao ministro do Esporte, Aldo Rebelo, que também estava presente. Aldo limitou-se a dizer que o governo federal, junto com Estados e municípios, realizou “planos operacionais” para cada área do Mundial, sem especificar o que poderá ser feito em caso de greve nos dias de jogos.

Por EDUARDO SIMÕES

(Com reportagem adicional de Felipe Pontes, no Rio de Janeiro)

(Com reportagem adicional de Felipe Pontes, no Rio de Janeiro)

(Com reportagem adicional de Felipe Pontes, no Rio de Janeiro)

(Com reportagem adicional de Felipe Pontes, no Rio de Janeiro)

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