Islamistas nigerianos atacam aldeias e igreja perto de Chibok, deixam 15 mortos
Supostos militantes islamistas mataram pelo menos 15 pessoas no domingo, em ataques a duas aldeias nigerianas, incluindo um contra fiéis que rezavam numa igreja, a poucos quilômetros de Chibok, cenário do sequestro em massa de mais de 200 alunas de uma escola.
A violência no nordeste da Nigéria tem sido implacável no último ano, e cresceu ainda mais desde abril, quando mais de 200 estudantes de uma escola foram sequestradas por rebeldes do grupo Boko Haram, de Chibok. Esforços para libertá-las, que contam com o apoio do Ocidente, até agora não tiveram êxito.
Em um ataque separado, na noite de sexta-feira, insurgentes mataram sete soldados na aldeia de Goniri, no estado de Yobe, disseram uma fonte de segurança e testemunhas.
Os agressores fizeram neste domingo ataques simultâneos em duas aldeias na comunidade de Chibok, no estado de Borno.
Samuel Chibok, um sobrevivente do ataque à aldeia Kautikiri, que fica a cerca de cinco quilômetros de onde as estudantes foram sequestradas, disse que cerca de 20 homens em uma picape Toyota e motocicletas entraram na cidade. Eles atiraram a esmo, visando atingir principalmente, fiéis de uma igreja local, em pânico.
“Inicialmente pensei que eles fossem militares, mas quando eu saí, eles estavam atirando nas pessoas. Vi as pessoas fugindo e eles queimando nossas casas,” disse ele, acrescentando que algumas pessoas morreram durante o ataque, incluindo dois de seus familiares.
“Nossa cidade estava envolta em fumaça, quando eu fui embora.”
Um vigilante local, pró-governo, que não quis dizer seu nome, disse que os moradores já recuperaram até agora 15 corpos da aldeia.
Boko Haram frequentemente ataca instituições que seriam contrárias à sua versão rígida do Islamismo Sunita, incluindo igrejas, bares e escolas não-religiosas, que ensinam ideias ocidentais, como ciências.
Outro ataque em Kwada, a oito quilômetros da aldeia Chibok, deixou algumas pessoas mortas, disse uma fonte de segurança que atua na região, embora o número total de vitimas não esteja claro ainda.