Ivan Lessa: Enchendo os cofres reais


Rainha recorre aos turistas para reformar seu palácio.

Por BBC Brasil

A Rainha Elizabeth, na quinta-feira da semana passada, esteve envolvida, contra a sua real vontade, em um pequeno escândalo que pegou primeira página de jornal e horário nobre de televisão, além de sítios eletrônicos: por um lamentável mal entendido foram divulgadas, sem a devida autorização, algumas cenas de um documentário ora sendo elaborado sobre Sua Majestade. As cenas estavam fora de sua seqüência original, o que, segundo fontes fidedignas, isto é, a BBC, responsável pelo especial, mas não por sua divulgação prematura, falcatruava a realidade dos fatos. No trecho em questão, a Rainha Elizabeth, vestidíssima de soberaníssima, posava para outra rainha, esta da 13ª arte, a fotografia, figura internacional obrigatória na pose de celebridades para capa de revista e exposições em galerias de Manhattan, a conhecidíssima Annie Leibovitz. A uma certa altura dos acontecimentos, no equivocado trailer divulgado pela mídia, Annie pede a Liz (vou pegando intimidade logo com as duas soberanas) que tire a tiara para não ficar, segundo suas palavras, "too dressy", ou, em plebéia tradução capenga, "muito ultra-vestida demais". A Rainha Elizabeth diz então que não, muito obrigada, mas "dressy" já está, muito obrigado e passar bem. Corte rápido para a Rainha "saindo" fumegando para outra real função que não vem ao caso. A BBC teve que explicar duas coisas importantes: primeiro, que o trecho do documentário não tivera sua divulgação autorizada, e, segundo, as duas cenas não estavam em sua devida ordem, qual seja, a Rainha "saindo" na verdade estava entrando (daí a ausência aqui de aspas). Resumo da história: ninguém ficara uma fúria. Nem Elizabeth II nem Annie Leibovitz I. Aí está: governar, mesmo que no sentido figurado, depois do ás, do rei e antes do valete e do dez, é complicado à beça. Tem sempre alguém enchendo e criando caso. Não menosprezem, parem com o papo republicano. Aí é que entra o dinheiro na história. E a História (com maiúscula), mais de um já disse, é a história do dinheiro. Além das enormes dificuldades no setor das relações públicas, com as idas e vindas dos jovens príncipes e do outro mais velhusco e sua respectiva senhora, a Rainha Elizabeth tem que arcar com o dinheirão que ela e a família custam ao contribuinte. Tudo bem. Assim como o Cristo Redentor, agora uma das sete maravilhas do mundo moderno, a Família Real é ponto de atração turística e esplêndido exercício de relações públicas. O X do problema, como já disse Noel Rosa, reside principalmente nas relações públicas. É trabalho para 24 horas por dia. Aí está, por exemplo, o Palácio de Buckingham que todo mundo conhece, de filme, cartão postal ou pernoite (este último, poucos, pouquíssimos). O Palácio precisa de obras e obras urgentes. Quem o conhece diz que a coisa está feia por aquelas bandas. Acho que melhor que meu apartamento, que fica numa casa vitoriana, está piorzinho, em todo caso não vou discutir com os fatos conforme sua narrativa midiática. Estava aí um problema para as reais relações públicas: como levantar dinheiro para as obras sem dar uma chegada ao bolso e à bolsa do povão? Simples como comprar uma entrada para a Disneilândia de Paris: pagar para ver. O resultado deverá se fazer sentir na carteira dos turistas ainda este ano. Aquela turma toda, não mais composta de apenas japoneses, que fica em frente do Palácio de Buckingham esperando dar meio-dia para assistir a troca da guarda, terá de pagar pelo privilégio - 10 libras, ou seja uns 20 e poucos dólares. A cerimônia, que remonta à Restauração de 1660, é uma das cinco principais atracões desta capital e, no verão, mais de 4 mil pessoas ficam por ali, todo dia, suando e vendo aquela beleza de espetáculo, fotografando tudo, tudinho. Multipliquem por 20 dólares e, contas feitas, reparem que dará mole para reformar aquilo de alto a baixo e, quando houver um novo concurso de maravilhas do mundo moderno, a ele concorrer e pegar pastel premiado. Não. Nem os vastos chapelões nem os uniformes rubros dos soldadinhos estão à venda. Reprodução em miniatura, sim. Mas isso lá pelas bandas de Piccadilly Circus, onde tem estátua de Eros e musical de Andrew Lloyd Webber. BBC Brasil - Todos os direitos reservados. É proibido todo tipo de reprodução sem autorização por escrito da BBC.

A Rainha Elizabeth, na quinta-feira da semana passada, esteve envolvida, contra a sua real vontade, em um pequeno escândalo que pegou primeira página de jornal e horário nobre de televisão, além de sítios eletrônicos: por um lamentável mal entendido foram divulgadas, sem a devida autorização, algumas cenas de um documentário ora sendo elaborado sobre Sua Majestade. As cenas estavam fora de sua seqüência original, o que, segundo fontes fidedignas, isto é, a BBC, responsável pelo especial, mas não por sua divulgação prematura, falcatruava a realidade dos fatos. No trecho em questão, a Rainha Elizabeth, vestidíssima de soberaníssima, posava para outra rainha, esta da 13ª arte, a fotografia, figura internacional obrigatória na pose de celebridades para capa de revista e exposições em galerias de Manhattan, a conhecidíssima Annie Leibovitz. A uma certa altura dos acontecimentos, no equivocado trailer divulgado pela mídia, Annie pede a Liz (vou pegando intimidade logo com as duas soberanas) que tire a tiara para não ficar, segundo suas palavras, "too dressy", ou, em plebéia tradução capenga, "muito ultra-vestida demais". A Rainha Elizabeth diz então que não, muito obrigada, mas "dressy" já está, muito obrigado e passar bem. Corte rápido para a Rainha "saindo" fumegando para outra real função que não vem ao caso. A BBC teve que explicar duas coisas importantes: primeiro, que o trecho do documentário não tivera sua divulgação autorizada, e, segundo, as duas cenas não estavam em sua devida ordem, qual seja, a Rainha "saindo" na verdade estava entrando (daí a ausência aqui de aspas). Resumo da história: ninguém ficara uma fúria. Nem Elizabeth II nem Annie Leibovitz I. Aí está: governar, mesmo que no sentido figurado, depois do ás, do rei e antes do valete e do dez, é complicado à beça. Tem sempre alguém enchendo e criando caso. Não menosprezem, parem com o papo republicano. Aí é que entra o dinheiro na história. E a História (com maiúscula), mais de um já disse, é a história do dinheiro. Além das enormes dificuldades no setor das relações públicas, com as idas e vindas dos jovens príncipes e do outro mais velhusco e sua respectiva senhora, a Rainha Elizabeth tem que arcar com o dinheirão que ela e a família custam ao contribuinte. Tudo bem. Assim como o Cristo Redentor, agora uma das sete maravilhas do mundo moderno, a Família Real é ponto de atração turística e esplêndido exercício de relações públicas. O X do problema, como já disse Noel Rosa, reside principalmente nas relações públicas. É trabalho para 24 horas por dia. Aí está, por exemplo, o Palácio de Buckingham que todo mundo conhece, de filme, cartão postal ou pernoite (este último, poucos, pouquíssimos). O Palácio precisa de obras e obras urgentes. Quem o conhece diz que a coisa está feia por aquelas bandas. Acho que melhor que meu apartamento, que fica numa casa vitoriana, está piorzinho, em todo caso não vou discutir com os fatos conforme sua narrativa midiática. Estava aí um problema para as reais relações públicas: como levantar dinheiro para as obras sem dar uma chegada ao bolso e à bolsa do povão? Simples como comprar uma entrada para a Disneilândia de Paris: pagar para ver. O resultado deverá se fazer sentir na carteira dos turistas ainda este ano. Aquela turma toda, não mais composta de apenas japoneses, que fica em frente do Palácio de Buckingham esperando dar meio-dia para assistir a troca da guarda, terá de pagar pelo privilégio - 10 libras, ou seja uns 20 e poucos dólares. A cerimônia, que remonta à Restauração de 1660, é uma das cinco principais atracões desta capital e, no verão, mais de 4 mil pessoas ficam por ali, todo dia, suando e vendo aquela beleza de espetáculo, fotografando tudo, tudinho. Multipliquem por 20 dólares e, contas feitas, reparem que dará mole para reformar aquilo de alto a baixo e, quando houver um novo concurso de maravilhas do mundo moderno, a ele concorrer e pegar pastel premiado. Não. Nem os vastos chapelões nem os uniformes rubros dos soldadinhos estão à venda. Reprodução em miniatura, sim. Mas isso lá pelas bandas de Piccadilly Circus, onde tem estátua de Eros e musical de Andrew Lloyd Webber. BBC Brasil - Todos os direitos reservados. É proibido todo tipo de reprodução sem autorização por escrito da BBC.

A Rainha Elizabeth, na quinta-feira da semana passada, esteve envolvida, contra a sua real vontade, em um pequeno escândalo que pegou primeira página de jornal e horário nobre de televisão, além de sítios eletrônicos: por um lamentável mal entendido foram divulgadas, sem a devida autorização, algumas cenas de um documentário ora sendo elaborado sobre Sua Majestade. As cenas estavam fora de sua seqüência original, o que, segundo fontes fidedignas, isto é, a BBC, responsável pelo especial, mas não por sua divulgação prematura, falcatruava a realidade dos fatos. No trecho em questão, a Rainha Elizabeth, vestidíssima de soberaníssima, posava para outra rainha, esta da 13ª arte, a fotografia, figura internacional obrigatória na pose de celebridades para capa de revista e exposições em galerias de Manhattan, a conhecidíssima Annie Leibovitz. A uma certa altura dos acontecimentos, no equivocado trailer divulgado pela mídia, Annie pede a Liz (vou pegando intimidade logo com as duas soberanas) que tire a tiara para não ficar, segundo suas palavras, "too dressy", ou, em plebéia tradução capenga, "muito ultra-vestida demais". A Rainha Elizabeth diz então que não, muito obrigada, mas "dressy" já está, muito obrigado e passar bem. Corte rápido para a Rainha "saindo" fumegando para outra real função que não vem ao caso. A BBC teve que explicar duas coisas importantes: primeiro, que o trecho do documentário não tivera sua divulgação autorizada, e, segundo, as duas cenas não estavam em sua devida ordem, qual seja, a Rainha "saindo" na verdade estava entrando (daí a ausência aqui de aspas). Resumo da história: ninguém ficara uma fúria. Nem Elizabeth II nem Annie Leibovitz I. Aí está: governar, mesmo que no sentido figurado, depois do ás, do rei e antes do valete e do dez, é complicado à beça. Tem sempre alguém enchendo e criando caso. Não menosprezem, parem com o papo republicano. Aí é que entra o dinheiro na história. E a História (com maiúscula), mais de um já disse, é a história do dinheiro. Além das enormes dificuldades no setor das relações públicas, com as idas e vindas dos jovens príncipes e do outro mais velhusco e sua respectiva senhora, a Rainha Elizabeth tem que arcar com o dinheirão que ela e a família custam ao contribuinte. Tudo bem. Assim como o Cristo Redentor, agora uma das sete maravilhas do mundo moderno, a Família Real é ponto de atração turística e esplêndido exercício de relações públicas. O X do problema, como já disse Noel Rosa, reside principalmente nas relações públicas. É trabalho para 24 horas por dia. Aí está, por exemplo, o Palácio de Buckingham que todo mundo conhece, de filme, cartão postal ou pernoite (este último, poucos, pouquíssimos). O Palácio precisa de obras e obras urgentes. Quem o conhece diz que a coisa está feia por aquelas bandas. Acho que melhor que meu apartamento, que fica numa casa vitoriana, está piorzinho, em todo caso não vou discutir com os fatos conforme sua narrativa midiática. Estava aí um problema para as reais relações públicas: como levantar dinheiro para as obras sem dar uma chegada ao bolso e à bolsa do povão? Simples como comprar uma entrada para a Disneilândia de Paris: pagar para ver. O resultado deverá se fazer sentir na carteira dos turistas ainda este ano. Aquela turma toda, não mais composta de apenas japoneses, que fica em frente do Palácio de Buckingham esperando dar meio-dia para assistir a troca da guarda, terá de pagar pelo privilégio - 10 libras, ou seja uns 20 e poucos dólares. A cerimônia, que remonta à Restauração de 1660, é uma das cinco principais atracões desta capital e, no verão, mais de 4 mil pessoas ficam por ali, todo dia, suando e vendo aquela beleza de espetáculo, fotografando tudo, tudinho. Multipliquem por 20 dólares e, contas feitas, reparem que dará mole para reformar aquilo de alto a baixo e, quando houver um novo concurso de maravilhas do mundo moderno, a ele concorrer e pegar pastel premiado. Não. Nem os vastos chapelões nem os uniformes rubros dos soldadinhos estão à venda. Reprodução em miniatura, sim. Mas isso lá pelas bandas de Piccadilly Circus, onde tem estátua de Eros e musical de Andrew Lloyd Webber. BBC Brasil - Todos os direitos reservados. É proibido todo tipo de reprodução sem autorização por escrito da BBC.

A Rainha Elizabeth, na quinta-feira da semana passada, esteve envolvida, contra a sua real vontade, em um pequeno escândalo que pegou primeira página de jornal e horário nobre de televisão, além de sítios eletrônicos: por um lamentável mal entendido foram divulgadas, sem a devida autorização, algumas cenas de um documentário ora sendo elaborado sobre Sua Majestade. As cenas estavam fora de sua seqüência original, o que, segundo fontes fidedignas, isto é, a BBC, responsável pelo especial, mas não por sua divulgação prematura, falcatruava a realidade dos fatos. No trecho em questão, a Rainha Elizabeth, vestidíssima de soberaníssima, posava para outra rainha, esta da 13ª arte, a fotografia, figura internacional obrigatória na pose de celebridades para capa de revista e exposições em galerias de Manhattan, a conhecidíssima Annie Leibovitz. A uma certa altura dos acontecimentos, no equivocado trailer divulgado pela mídia, Annie pede a Liz (vou pegando intimidade logo com as duas soberanas) que tire a tiara para não ficar, segundo suas palavras, "too dressy", ou, em plebéia tradução capenga, "muito ultra-vestida demais". A Rainha Elizabeth diz então que não, muito obrigada, mas "dressy" já está, muito obrigado e passar bem. Corte rápido para a Rainha "saindo" fumegando para outra real função que não vem ao caso. A BBC teve que explicar duas coisas importantes: primeiro, que o trecho do documentário não tivera sua divulgação autorizada, e, segundo, as duas cenas não estavam em sua devida ordem, qual seja, a Rainha "saindo" na verdade estava entrando (daí a ausência aqui de aspas). Resumo da história: ninguém ficara uma fúria. Nem Elizabeth II nem Annie Leibovitz I. Aí está: governar, mesmo que no sentido figurado, depois do ás, do rei e antes do valete e do dez, é complicado à beça. Tem sempre alguém enchendo e criando caso. Não menosprezem, parem com o papo republicano. Aí é que entra o dinheiro na história. E a História (com maiúscula), mais de um já disse, é a história do dinheiro. Além das enormes dificuldades no setor das relações públicas, com as idas e vindas dos jovens príncipes e do outro mais velhusco e sua respectiva senhora, a Rainha Elizabeth tem que arcar com o dinheirão que ela e a família custam ao contribuinte. Tudo bem. Assim como o Cristo Redentor, agora uma das sete maravilhas do mundo moderno, a Família Real é ponto de atração turística e esplêndido exercício de relações públicas. O X do problema, como já disse Noel Rosa, reside principalmente nas relações públicas. É trabalho para 24 horas por dia. Aí está, por exemplo, o Palácio de Buckingham que todo mundo conhece, de filme, cartão postal ou pernoite (este último, poucos, pouquíssimos). O Palácio precisa de obras e obras urgentes. Quem o conhece diz que a coisa está feia por aquelas bandas. Acho que melhor que meu apartamento, que fica numa casa vitoriana, está piorzinho, em todo caso não vou discutir com os fatos conforme sua narrativa midiática. Estava aí um problema para as reais relações públicas: como levantar dinheiro para as obras sem dar uma chegada ao bolso e à bolsa do povão? Simples como comprar uma entrada para a Disneilândia de Paris: pagar para ver. O resultado deverá se fazer sentir na carteira dos turistas ainda este ano. Aquela turma toda, não mais composta de apenas japoneses, que fica em frente do Palácio de Buckingham esperando dar meio-dia para assistir a troca da guarda, terá de pagar pelo privilégio - 10 libras, ou seja uns 20 e poucos dólares. A cerimônia, que remonta à Restauração de 1660, é uma das cinco principais atracões desta capital e, no verão, mais de 4 mil pessoas ficam por ali, todo dia, suando e vendo aquela beleza de espetáculo, fotografando tudo, tudinho. Multipliquem por 20 dólares e, contas feitas, reparem que dará mole para reformar aquilo de alto a baixo e, quando houver um novo concurso de maravilhas do mundo moderno, a ele concorrer e pegar pastel premiado. Não. Nem os vastos chapelões nem os uniformes rubros dos soldadinhos estão à venda. Reprodução em miniatura, sim. Mas isso lá pelas bandas de Piccadilly Circus, onde tem estátua de Eros e musical de Andrew Lloyd Webber. BBC Brasil - Todos os direitos reservados. É proibido todo tipo de reprodução sem autorização por escrito da BBC.

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