Ivan Lessa: Tranströmer inédito


Esta coluna tem a honra de publicar alguns trechos de seus poemas inéditos.

Por Ivan Lessa

O recém-laureado com o Nobel de literatura, o poeta sueco Tomas Tranströmer, não tem livro editado no Brasil. Apenas um ou dois poemas figuram de antologias. Esta coluna tem o prazer e a honra de publicar alguns trechos de seus poemas não só apócrifos, inautênticos, falsos e, coroando tudo, inéditos, antes que as editoras, em sua louca corrida para traduzir e editar o que puder do ilustre vate escandinavo, o façam. Os postes Distantes e altivos, parecem contemplar o sul do infinito. São estalagmites da Terra pedindo perdão para os homens. Aves ao Anoitecer Voam para onde esses pássaros? Para quê? De onde vieram? Seus bicos calam segredos. Sus! Voltem logo para me dizer de Deus. Flor rancorosa Os dentes desta begônia são afiados e letais como a alma de certas mulheres. Na caverna Faz escuro na caverna. Eis um morcego. Ele busca o sol. Coitado. Além do mais cego. Um petroleiro Como a cobra ao deixar o rio, ele deixa atrás de si o rastro de motores a sufocar gafanhotos e louva-a-deuses O ornitorrinco Vez por outra Deus pede licença à natureza e faz uma piada. Haicai triste Outono. Sob uma cerejeira a morrer Chiu-fui-san compõe seu haicai para a estação. Três versos soluçando. Cinco lágrimas, sete lágrimas, cinco lágrimas De novo. BBC Brasil - Todos os direitos reservados. É proibido todo tipo de reprodução sem autorização por escrito da BBC.

O recém-laureado com o Nobel de literatura, o poeta sueco Tomas Tranströmer, não tem livro editado no Brasil. Apenas um ou dois poemas figuram de antologias. Esta coluna tem o prazer e a honra de publicar alguns trechos de seus poemas não só apócrifos, inautênticos, falsos e, coroando tudo, inéditos, antes que as editoras, em sua louca corrida para traduzir e editar o que puder do ilustre vate escandinavo, o façam. Os postes Distantes e altivos, parecem contemplar o sul do infinito. São estalagmites da Terra pedindo perdão para os homens. Aves ao Anoitecer Voam para onde esses pássaros? Para quê? De onde vieram? Seus bicos calam segredos. Sus! Voltem logo para me dizer de Deus. Flor rancorosa Os dentes desta begônia são afiados e letais como a alma de certas mulheres. Na caverna Faz escuro na caverna. Eis um morcego. Ele busca o sol. Coitado. Além do mais cego. Um petroleiro Como a cobra ao deixar o rio, ele deixa atrás de si o rastro de motores a sufocar gafanhotos e louva-a-deuses O ornitorrinco Vez por outra Deus pede licença à natureza e faz uma piada. Haicai triste Outono. Sob uma cerejeira a morrer Chiu-fui-san compõe seu haicai para a estação. Três versos soluçando. Cinco lágrimas, sete lágrimas, cinco lágrimas De novo. BBC Brasil - Todos os direitos reservados. É proibido todo tipo de reprodução sem autorização por escrito da BBC.

O recém-laureado com o Nobel de literatura, o poeta sueco Tomas Tranströmer, não tem livro editado no Brasil. Apenas um ou dois poemas figuram de antologias. Esta coluna tem o prazer e a honra de publicar alguns trechos de seus poemas não só apócrifos, inautênticos, falsos e, coroando tudo, inéditos, antes que as editoras, em sua louca corrida para traduzir e editar o que puder do ilustre vate escandinavo, o façam. Os postes Distantes e altivos, parecem contemplar o sul do infinito. São estalagmites da Terra pedindo perdão para os homens. Aves ao Anoitecer Voam para onde esses pássaros? Para quê? De onde vieram? Seus bicos calam segredos. Sus! Voltem logo para me dizer de Deus. Flor rancorosa Os dentes desta begônia são afiados e letais como a alma de certas mulheres. Na caverna Faz escuro na caverna. Eis um morcego. Ele busca o sol. Coitado. Além do mais cego. Um petroleiro Como a cobra ao deixar o rio, ele deixa atrás de si o rastro de motores a sufocar gafanhotos e louva-a-deuses O ornitorrinco Vez por outra Deus pede licença à natureza e faz uma piada. Haicai triste Outono. Sob uma cerejeira a morrer Chiu-fui-san compõe seu haicai para a estação. Três versos soluçando. Cinco lágrimas, sete lágrimas, cinco lágrimas De novo. BBC Brasil - Todos os direitos reservados. É proibido todo tipo de reprodução sem autorização por escrito da BBC.

O recém-laureado com o Nobel de literatura, o poeta sueco Tomas Tranströmer, não tem livro editado no Brasil. Apenas um ou dois poemas figuram de antologias. Esta coluna tem o prazer e a honra de publicar alguns trechos de seus poemas não só apócrifos, inautênticos, falsos e, coroando tudo, inéditos, antes que as editoras, em sua louca corrida para traduzir e editar o que puder do ilustre vate escandinavo, o façam. Os postes Distantes e altivos, parecem contemplar o sul do infinito. São estalagmites da Terra pedindo perdão para os homens. Aves ao Anoitecer Voam para onde esses pássaros? Para quê? De onde vieram? Seus bicos calam segredos. Sus! Voltem logo para me dizer de Deus. Flor rancorosa Os dentes desta begônia são afiados e letais como a alma de certas mulheres. Na caverna Faz escuro na caverna. Eis um morcego. Ele busca o sol. Coitado. Além do mais cego. Um petroleiro Como a cobra ao deixar o rio, ele deixa atrás de si o rastro de motores a sufocar gafanhotos e louva-a-deuses O ornitorrinco Vez por outra Deus pede licença à natureza e faz uma piada. Haicai triste Outono. Sob uma cerejeira a morrer Chiu-fui-san compõe seu haicai para a estação. Três versos soluçando. Cinco lágrimas, sete lágrimas, cinco lágrimas De novo. BBC Brasil - Todos os direitos reservados. É proibido todo tipo de reprodução sem autorização por escrito da BBC.

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