MUITO CHÃO PELA FRENTE
Depois do salto dado nas pesquisas eleitorais nesta semana, Marina foi cautelosa ao comentar uma possível vitória já no dia 4 de outubro e disse que há um longo caminho pela frente.
Marina, que assumiu a candidatura após a morte de Campos, já aparece empatada em primeiro lugar com Dilma Rousseff (PT), derrotando com folga a presidente numa segunda rodada, de acordo com pesquisa Datafolha divulgada na sexta-feira.
Dilma e Marina têm 34 por cento das intenções de voto cada uma no primeiro turno, mais do que o dobro de votos do terceiro colocado, Aécio Neves (PSDB), que aparece com 15 por cento. Num segundo turno, a candidata do PSB venceria com 50 por cento dos votos, contra 40 por cento de Dilma.
"Ainda temos muito chão pela frente, queremos é que esse movimento continue, tenho muita esperança que esse movimento cresça", afirmou a candidata em visita à Rocinha, no Rio de Janeiro.
Marina reafirmou seu discurso de conciliação ao dizer que busca mostrar que é possível unir o Brasil. "Em lugar do embate, o debate; em lugar da separação, a união em torno do Brasil que queremos", disse. E voltou à carga na questão econômica: "Para que nosso país não entre na recessão como começou a entrar, volte a crescer e controle a inflação."
Sobre a estratégia do partido para alcançar uma vitória no primeiro turno, o presidente do PSB, Roberto Amaral, disse que é aumentar a campanha. "Mais rua, mais rua e mais rua", afirmou à Reuters.
Marina fez caminhada pela Rocinha acompanhada do deputado federal Romário (PSB-RJ), que concorre ao Senado, e do presidente do partido. No Rio o PSB é coligado ao PT, mas Marina já havia decidido que não subiria ao palanque do senador Lindbergh Farias, que concorre ao governo do Estado.
(Reportagem adicional de Eduardo Simões)