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Opinião|Aprender a aprender


Diplomas e certificados não garantem mais nada; já a maioria das instituições de ensino são fábricas de iguais e motivam a posterior contratação de consultorias para aprendermos a pensar diferente

Por Maurício Benvenutti
Atualização:

Segundo a Deloitte, a atual meia-vida de uma competência é de 5 anos. Ou seja, as habilidades que você aprende hoje perderão metade do seu valor em 2024. O que isso significa em uma realidade onde as carreiras duram cerca de 50 anos, mas as qualificações duram só 5? No passado, profissionais se capacitavam para uma vida inteira. Agora, a vida exige jornadas de capacitação contínua.

Cresci em uma família de professores. Convivo com a pedagogia desde criança. As bases da educação atual foram criadas há 200 anos. A Revolução Industrial avançou sobre a agricultura, introduziu as fábricas e exigiu atributos profissionais bem diferentes. O ensino em massa, então, foi o instrumento construído pela indústria para produzir os empregados que ela tanto precisava. Amontoar pessoas em grupos, em vez de tratá-las individualmente, facilitou a tarefa de educar e suportou as principais conquistas da época. Comunidades agrícolas viraram verdadeiras potências fabris.

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Educação de hoje foi pensada há 200 anos, mas diplomas e certificações não dão mais as garantias de antigamente Foto: Wikimedia Commons

Mas eu e você não vivemos nesse mundo. Nem no mundo dos nossos pais. Vivemos tendências aceleradas de inovações generalizadas que afetam em cheio o nosso cotidiano social e profissional. Diplomas e certificados não garantem mais nada. A maioria das instituições de ensino são fábricas de iguais e motivam a posterior contratação de consultorias para aprendermos a pensar diferente. Meu amigo Paulo Bettio disse isso. Há um grande descasamento entre a forma como somos preparados e as competências exigidas pelo mercado atual. Educar não significa transferir dados e cobrá-los em provas. É preciso estimular nas pessoas a capacidade de usar elementos universalmente disponíveis, interpretar o sentido dos mesmos e exercitar a compreensão do planeta. Isso é o que permite alguém sair da faculdade e continuar aprendendo.

Alvin Toffler cunhou uma das citações que melhor definem o cenário presente. “Os analfabetos deste século não são aqueles que não sabem ler ou escrever. Mas os incapazes de aprender, desaprender e aprender de novo.” É assim que profissionais bem-sucedidos atuam. Constantemente, eles descartam verdades e renovam competências. Fazem isso todos os dias. E como não há mais monopólio do conhecimento, essa turma aprendeu a se capacitar sozinha. Desenvolveu o hábito de se qualificar por conta própria. Não é à toa que os cursos de MBA nos EUA registraram queda nas inscrições pelo segundo ano consecutivo. Hoje, com 10 minutos na internet e um pouco de paciência, você pode ser exposto aos conteúdos mais ricos e profundos que existem sobre um tema do seu interesse.

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Acredito demais nas escolas e universidades. É por isso que trabalho muito com elas. Mas, tirar 10 hoje talvez não signifique nada amanhã. Ser um autodidata implacável é o único antídoto capaz de combater os efeitos das atuais transformações.É SÓCIO DA EMPRESA DE EDUCAÇÃO CONTINUADA STARTSE

Segundo a Deloitte, a atual meia-vida de uma competência é de 5 anos. Ou seja, as habilidades que você aprende hoje perderão metade do seu valor em 2024. O que isso significa em uma realidade onde as carreiras duram cerca de 50 anos, mas as qualificações duram só 5? No passado, profissionais se capacitavam para uma vida inteira. Agora, a vida exige jornadas de capacitação contínua.

Cresci em uma família de professores. Convivo com a pedagogia desde criança. As bases da educação atual foram criadas há 200 anos. A Revolução Industrial avançou sobre a agricultura, introduziu as fábricas e exigiu atributos profissionais bem diferentes. O ensino em massa, então, foi o instrumento construído pela indústria para produzir os empregados que ela tanto precisava. Amontoar pessoas em grupos, em vez de tratá-las individualmente, facilitou a tarefa de educar e suportou as principais conquistas da época. Comunidades agrícolas viraram verdadeiras potências fabris.

Educação de hoje foi pensada há 200 anos, mas diplomas e certificações não dão mais as garantias de antigamente Foto: Wikimedia Commons

Mas eu e você não vivemos nesse mundo. Nem no mundo dos nossos pais. Vivemos tendências aceleradas de inovações generalizadas que afetam em cheio o nosso cotidiano social e profissional. Diplomas e certificados não garantem mais nada. A maioria das instituições de ensino são fábricas de iguais e motivam a posterior contratação de consultorias para aprendermos a pensar diferente. Meu amigo Paulo Bettio disse isso. Há um grande descasamento entre a forma como somos preparados e as competências exigidas pelo mercado atual. Educar não significa transferir dados e cobrá-los em provas. É preciso estimular nas pessoas a capacidade de usar elementos universalmente disponíveis, interpretar o sentido dos mesmos e exercitar a compreensão do planeta. Isso é o que permite alguém sair da faculdade e continuar aprendendo.

Alvin Toffler cunhou uma das citações que melhor definem o cenário presente. “Os analfabetos deste século não são aqueles que não sabem ler ou escrever. Mas os incapazes de aprender, desaprender e aprender de novo.” É assim que profissionais bem-sucedidos atuam. Constantemente, eles descartam verdades e renovam competências. Fazem isso todos os dias. E como não há mais monopólio do conhecimento, essa turma aprendeu a se capacitar sozinha. Desenvolveu o hábito de se qualificar por conta própria. Não é à toa que os cursos de MBA nos EUA registraram queda nas inscrições pelo segundo ano consecutivo. Hoje, com 10 minutos na internet e um pouco de paciência, você pode ser exposto aos conteúdos mais ricos e profundos que existem sobre um tema do seu interesse.

Acredito demais nas escolas e universidades. É por isso que trabalho muito com elas. Mas, tirar 10 hoje talvez não signifique nada amanhã. Ser um autodidata implacável é o único antídoto capaz de combater os efeitos das atuais transformações.É SÓCIO DA EMPRESA DE EDUCAÇÃO CONTINUADA STARTSE

Segundo a Deloitte, a atual meia-vida de uma competência é de 5 anos. Ou seja, as habilidades que você aprende hoje perderão metade do seu valor em 2024. O que isso significa em uma realidade onde as carreiras duram cerca de 50 anos, mas as qualificações duram só 5? No passado, profissionais se capacitavam para uma vida inteira. Agora, a vida exige jornadas de capacitação contínua.

Cresci em uma família de professores. Convivo com a pedagogia desde criança. As bases da educação atual foram criadas há 200 anos. A Revolução Industrial avançou sobre a agricultura, introduziu as fábricas e exigiu atributos profissionais bem diferentes. O ensino em massa, então, foi o instrumento construído pela indústria para produzir os empregados que ela tanto precisava. Amontoar pessoas em grupos, em vez de tratá-las individualmente, facilitou a tarefa de educar e suportou as principais conquistas da época. Comunidades agrícolas viraram verdadeiras potências fabris.

Educação de hoje foi pensada há 200 anos, mas diplomas e certificações não dão mais as garantias de antigamente Foto: Wikimedia Commons

Mas eu e você não vivemos nesse mundo. Nem no mundo dos nossos pais. Vivemos tendências aceleradas de inovações generalizadas que afetam em cheio o nosso cotidiano social e profissional. Diplomas e certificados não garantem mais nada. A maioria das instituições de ensino são fábricas de iguais e motivam a posterior contratação de consultorias para aprendermos a pensar diferente. Meu amigo Paulo Bettio disse isso. Há um grande descasamento entre a forma como somos preparados e as competências exigidas pelo mercado atual. Educar não significa transferir dados e cobrá-los em provas. É preciso estimular nas pessoas a capacidade de usar elementos universalmente disponíveis, interpretar o sentido dos mesmos e exercitar a compreensão do planeta. Isso é o que permite alguém sair da faculdade e continuar aprendendo.

Alvin Toffler cunhou uma das citações que melhor definem o cenário presente. “Os analfabetos deste século não são aqueles que não sabem ler ou escrever. Mas os incapazes de aprender, desaprender e aprender de novo.” É assim que profissionais bem-sucedidos atuam. Constantemente, eles descartam verdades e renovam competências. Fazem isso todos os dias. E como não há mais monopólio do conhecimento, essa turma aprendeu a se capacitar sozinha. Desenvolveu o hábito de se qualificar por conta própria. Não é à toa que os cursos de MBA nos EUA registraram queda nas inscrições pelo segundo ano consecutivo. Hoje, com 10 minutos na internet e um pouco de paciência, você pode ser exposto aos conteúdos mais ricos e profundos que existem sobre um tema do seu interesse.

Acredito demais nas escolas e universidades. É por isso que trabalho muito com elas. Mas, tirar 10 hoje talvez não signifique nada amanhã. Ser um autodidata implacável é o único antídoto capaz de combater os efeitos das atuais transformações.É SÓCIO DA EMPRESA DE EDUCAÇÃO CONTINUADA STARTSE

Segundo a Deloitte, a atual meia-vida de uma competência é de 5 anos. Ou seja, as habilidades que você aprende hoje perderão metade do seu valor em 2024. O que isso significa em uma realidade onde as carreiras duram cerca de 50 anos, mas as qualificações duram só 5? No passado, profissionais se capacitavam para uma vida inteira. Agora, a vida exige jornadas de capacitação contínua.

Cresci em uma família de professores. Convivo com a pedagogia desde criança. As bases da educação atual foram criadas há 200 anos. A Revolução Industrial avançou sobre a agricultura, introduziu as fábricas e exigiu atributos profissionais bem diferentes. O ensino em massa, então, foi o instrumento construído pela indústria para produzir os empregados que ela tanto precisava. Amontoar pessoas em grupos, em vez de tratá-las individualmente, facilitou a tarefa de educar e suportou as principais conquistas da época. Comunidades agrícolas viraram verdadeiras potências fabris.

Educação de hoje foi pensada há 200 anos, mas diplomas e certificações não dão mais as garantias de antigamente Foto: Wikimedia Commons

Mas eu e você não vivemos nesse mundo. Nem no mundo dos nossos pais. Vivemos tendências aceleradas de inovações generalizadas que afetam em cheio o nosso cotidiano social e profissional. Diplomas e certificados não garantem mais nada. A maioria das instituições de ensino são fábricas de iguais e motivam a posterior contratação de consultorias para aprendermos a pensar diferente. Meu amigo Paulo Bettio disse isso. Há um grande descasamento entre a forma como somos preparados e as competências exigidas pelo mercado atual. Educar não significa transferir dados e cobrá-los em provas. É preciso estimular nas pessoas a capacidade de usar elementos universalmente disponíveis, interpretar o sentido dos mesmos e exercitar a compreensão do planeta. Isso é o que permite alguém sair da faculdade e continuar aprendendo.

Alvin Toffler cunhou uma das citações que melhor definem o cenário presente. “Os analfabetos deste século não são aqueles que não sabem ler ou escrever. Mas os incapazes de aprender, desaprender e aprender de novo.” É assim que profissionais bem-sucedidos atuam. Constantemente, eles descartam verdades e renovam competências. Fazem isso todos os dias. E como não há mais monopólio do conhecimento, essa turma aprendeu a se capacitar sozinha. Desenvolveu o hábito de se qualificar por conta própria. Não é à toa que os cursos de MBA nos EUA registraram queda nas inscrições pelo segundo ano consecutivo. Hoje, com 10 minutos na internet e um pouco de paciência, você pode ser exposto aos conteúdos mais ricos e profundos que existem sobre um tema do seu interesse.

Acredito demais nas escolas e universidades. É por isso que trabalho muito com elas. Mas, tirar 10 hoje talvez não signifique nada amanhã. Ser um autodidata implacável é o único antídoto capaz de combater os efeitos das atuais transformações.É SÓCIO DA EMPRESA DE EDUCAÇÃO CONTINUADA STARTSE

Opinião por Maurício Benvenutti

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