Moradores se dividem entre deixar casa e permanecer em Brumadinho


Parte questiona necessidade da retirada, por causa do risco de uma nova barragem se romper, desta vez com água; outros tiveram ajuda de parentes para sair da região

Por Renata Batista

Com a  falta de informações, o risco de rompimento da barragem 6 e as condições climáticas que dificultam os resgates, os moradores de Córrego do Feijão, localidade mais próxima da barragem da Vale em Brumadinho, Minas Gerais, que se rompeu na sexta-feira, 25, estão apreensivos. Neste domingo, 27, por volta das 5 horas, moradores foram retirados de casa, inclusive com ajuda da Polícia Militar, por conta dos riscos de rompimento da segunda barragem.

Os moradores questionam a necessidade da retirada, e os que ficam se perguntam como vão retomar a rotina, já que estão sem água e telefone, o acesso mais usado foi destruído e um outro, que passa pela área da Vale, está fechado.

continua após a publicidade
Bombeiros buscam vítimas após rompimento de lama Foto: Washington Alves/Reuters

A moradora Sandra Gonçalves, de 40 ano, chegou a passar mal e foi atendida pelos socorristas e pela psicóloga Rozane Marques, que estava como voluntária no local. “A pressão dela foi a 16 por 10, e ela não tem problema de pressão. Além de ter sido retirada de casa, ela chorava pela prima que morreu no acidente da barragem. Era uma pessoa que dava suporte a ela e não está mais aqui”, contou a psicóloga.  

Retirado de casa pela polícia ainda na madrugada, Nelson José da Silva qualificou de covardia a iniciativa e diz que pretende ficar. Sua filha, que é enfermeira da Vale, desaparecida. Silva reclama que a tragédia destruiu a principal estrada de acesso à localidade, o que  vai impedir as pessoas de trabalharem a partir desta segunda-feira, 28, primeiro dia útil após o desastre. Silva diz que a Vale precisa abrir o outro acesso, que passa por dentro da área da empresa.

continua após a publicidade

“É covardia da Vale. Não tem risco dessa barragem estourar e a quantidade de água que tem lá não oferece risco", afirma.

Moradores de Brumadinho observam a lama que atingiu a cidade. Foto: Washington Alves/Reuters

O aposentado Hélio Gonçalves Maia, de 74 anos, foi retirado de casa por volta das 5 horas, quando ainda estava escuro. A filha, Núbia Maia, mora em Conselheiro Lafayte, mas foi para Córrego com o marido e a filha de 2 anos para ajudar os pais. Ela usou o carro para tirar os pais e outros parentes após o alerta de risco de rompimento.

continua após a publicidade

Seu navegador não suporta esse video.

País vive o mesmo drama pouco mais de três anos após tragédia que deixou 19 mortos, comenta o repórter de Meio Ambiente do Estadão

“A gente não esperava o que aconteceu, mas mesmo se a água subir, é um pouco difícil chegar lá em casa”, disse.

Apesar da dúvida, a maior parte dos moradores está acatando a determinação. Sirlei Gonçalves da Silva, que está com o marido, terceirizado da Vale, desaparecido, deixou própria casa com duas bolsas. “Eles mandaram pegar algumas coisas e disseram que vão levar a gente para algum lugar”, disse, chorando. “Não como há três dias."

continua após a publicidade

Veja imagens do rompimento de barragem de rejeitos da Vale em Brumadinho

1 | 37

Tragédia em Minas Gerais

Foto: Washington Alves/Reuters
2 | 37

Moradores

Foto: Mauro Pimentel/AFP
3 | 37

Catástrofe ambiental e humana

Foto: Adriano Machado/Reuters
4 | 37

Animais

Foto: Wilton Junior/Estadão
5 | 37

Dificuldade no resgate

Foto: Douglas Magno/AFP
6 | 37

Tragédia em Minas Gerais

Foto: Douglas Magno/AFP
7 | 37

Tragédia em Minas Gerais

Foto: Washington Alves/Reuters
8 | 37

Tragédia em Minas Gerais

Foto: Corpo de Bombeiros Militar de Minas Gerais
9 | 37

Tragédia em Minas Gerais

Foto: Washington Alves/Reuters
10 | 37

Catástrofe ambiental e humana

Foto: Adriano Machado/Reuters
11 | 37

Tragédia em Minas Gerais

Foto: Corpo de Bombeiros Militar de Minas Gerais
12 | 37

Tragédia em Minas Gerais

Foto: Douglas Magno/AFP
13 | 37

Tragédia em Minas Gerais

Foto: Corpo de Bombeiros Militar de Minas Gerais
14 | 37

Tragédia em Minas Gerais

Foto: Corpo de Bombeiros Militar de Minas Gerais
15 | 37

Tragédia em Minas Gerais

Foto: Washington Alves/Reuters
16 | 37

Tragédia em Minas Gerais

Foto: Washington Alves/Reuters
17 | 37

Tragédia em Minas Gerais

Foto: Washington Alves/Reuters
18 | 37

Tragédia em Minas Gerais

Foto: Corpo de Bombeiros Militar de Minas Gerais
19 | 37

Tragédia em Minas Gerais

Foto: Washington Alves/Reuters
20 | 37

Tragédia em Minas Gerais

Foto: Corpo de Bombeiros Militar de Minas Gerais
21 | 37

Tragédia em Minas Gerais

Foto: Corpo de Bombeiros Militar de Minas Gerais
22 | 37

Tragédia em Minas Gerais

Foto: Ernesto Rodrigues/Estadão
23 | 37

Presidente Bolsonaro

Foto: Isac Nóbrega/Presidência da República
24 | 37

Tragédia em Minas Gerais

Foto: Paulo Fonseca/EFE
25 | 37

Tragédia em Minas Gerais

Foto: Corpo de Bombeiros de Minas Gerais
26 | 37

Tragédia em Minas Gerais

Foto: Wilton Junior/Estadão
27 | 37

Tragédia em Minas Gerais

Foto: Wilton Junior/Estadão
28 | 37

Batalha pela Vida

29 | 37

Estrada

Foto: Wilton Junior/Estadão
30 | 37

Carro atolado

Foto: Wilton Junior/Estadão
31 | 37

Helicoptero

Foto: Wilton Junior/Estadão
32 | 37

Bombeiros tentam encontrar sobreviventes em Brumadinho

Foto: Washington Alves/Reuters
33 | 37

Corpo encontrado

Foto: Wilton Júnior/Estadão
34 | 37

Ponte

Foto: Antonio Lacerta/EFE
35 | 37

Área devastada

Foto: Wilton Júnior/Estadão
36 | 37

Equipe de resgate

Foto: Antonio Lacerda/EFE
37 | 37

Resgate aéreo

Foto: Giazi Cavalcante/Código 19

As buscas continuam suspensas em Brumadinho. Com o risco de novo rompimento, a prioridade agora é evacuar as áreas. Algumas famílias se recusam a sair de suas casas."A gente chega no ponto de apoio, não tem nenhuma informação, ninguém fala nada. Preferi voltar para casa e ajudar vizinhos a procurar colegas desaparecidos", contou Rayane Passos. / COLABOROU LUAN SANTOS, ENVIADO ESPECIAL PARA O ESTADO

Com a  falta de informações, o risco de rompimento da barragem 6 e as condições climáticas que dificultam os resgates, os moradores de Córrego do Feijão, localidade mais próxima da barragem da Vale em Brumadinho, Minas Gerais, que se rompeu na sexta-feira, 25, estão apreensivos. Neste domingo, 27, por volta das 5 horas, moradores foram retirados de casa, inclusive com ajuda da Polícia Militar, por conta dos riscos de rompimento da segunda barragem.

Os moradores questionam a necessidade da retirada, e os que ficam se perguntam como vão retomar a rotina, já que estão sem água e telefone, o acesso mais usado foi destruído e um outro, que passa pela área da Vale, está fechado.

Bombeiros buscam vítimas após rompimento de lama Foto: Washington Alves/Reuters

A moradora Sandra Gonçalves, de 40 ano, chegou a passar mal e foi atendida pelos socorristas e pela psicóloga Rozane Marques, que estava como voluntária no local. “A pressão dela foi a 16 por 10, e ela não tem problema de pressão. Além de ter sido retirada de casa, ela chorava pela prima que morreu no acidente da barragem. Era uma pessoa que dava suporte a ela e não está mais aqui”, contou a psicóloga.  

Retirado de casa pela polícia ainda na madrugada, Nelson José da Silva qualificou de covardia a iniciativa e diz que pretende ficar. Sua filha, que é enfermeira da Vale, desaparecida. Silva reclama que a tragédia destruiu a principal estrada de acesso à localidade, o que  vai impedir as pessoas de trabalharem a partir desta segunda-feira, 28, primeiro dia útil após o desastre. Silva diz que a Vale precisa abrir o outro acesso, que passa por dentro da área da empresa.

“É covardia da Vale. Não tem risco dessa barragem estourar e a quantidade de água que tem lá não oferece risco", afirma.

Moradores de Brumadinho observam a lama que atingiu a cidade. Foto: Washington Alves/Reuters

O aposentado Hélio Gonçalves Maia, de 74 anos, foi retirado de casa por volta das 5 horas, quando ainda estava escuro. A filha, Núbia Maia, mora em Conselheiro Lafayte, mas foi para Córrego com o marido e a filha de 2 anos para ajudar os pais. Ela usou o carro para tirar os pais e outros parentes após o alerta de risco de rompimento.

Seu navegador não suporta esse video.

País vive o mesmo drama pouco mais de três anos após tragédia que deixou 19 mortos, comenta o repórter de Meio Ambiente do Estadão

“A gente não esperava o que aconteceu, mas mesmo se a água subir, é um pouco difícil chegar lá em casa”, disse.

Apesar da dúvida, a maior parte dos moradores está acatando a determinação. Sirlei Gonçalves da Silva, que está com o marido, terceirizado da Vale, desaparecido, deixou própria casa com duas bolsas. “Eles mandaram pegar algumas coisas e disseram que vão levar a gente para algum lugar”, disse, chorando. “Não como há três dias."

Veja imagens do rompimento de barragem de rejeitos da Vale em Brumadinho

1 | 37

Tragédia em Minas Gerais

Foto: Washington Alves/Reuters
2 | 37

Moradores

Foto: Mauro Pimentel/AFP
3 | 37

Catástrofe ambiental e humana

Foto: Adriano Machado/Reuters
4 | 37

Animais

Foto: Wilton Junior/Estadão
5 | 37

Dificuldade no resgate

Foto: Douglas Magno/AFP
6 | 37

Tragédia em Minas Gerais

Foto: Douglas Magno/AFP
7 | 37

Tragédia em Minas Gerais

Foto: Washington Alves/Reuters
8 | 37

Tragédia em Minas Gerais

Foto: Corpo de Bombeiros Militar de Minas Gerais
9 | 37

Tragédia em Minas Gerais

Foto: Washington Alves/Reuters
10 | 37

Catástrofe ambiental e humana

Foto: Adriano Machado/Reuters
11 | 37

Tragédia em Minas Gerais

Foto: Corpo de Bombeiros Militar de Minas Gerais
12 | 37

Tragédia em Minas Gerais

Foto: Douglas Magno/AFP
13 | 37

Tragédia em Minas Gerais

Foto: Corpo de Bombeiros Militar de Minas Gerais
14 | 37

Tragédia em Minas Gerais

Foto: Corpo de Bombeiros Militar de Minas Gerais
15 | 37

Tragédia em Minas Gerais

Foto: Washington Alves/Reuters
16 | 37

Tragédia em Minas Gerais

Foto: Washington Alves/Reuters
17 | 37

Tragédia em Minas Gerais

Foto: Washington Alves/Reuters
18 | 37

Tragédia em Minas Gerais

Foto: Corpo de Bombeiros Militar de Minas Gerais
19 | 37

Tragédia em Minas Gerais

Foto: Washington Alves/Reuters
20 | 37

Tragédia em Minas Gerais

Foto: Corpo de Bombeiros Militar de Minas Gerais
21 | 37

Tragédia em Minas Gerais

Foto: Corpo de Bombeiros Militar de Minas Gerais
22 | 37

Tragédia em Minas Gerais

Foto: Ernesto Rodrigues/Estadão
23 | 37

Presidente Bolsonaro

Foto: Isac Nóbrega/Presidência da República
24 | 37

Tragédia em Minas Gerais

Foto: Paulo Fonseca/EFE
25 | 37

Tragédia em Minas Gerais

Foto: Corpo de Bombeiros de Minas Gerais
26 | 37

Tragédia em Minas Gerais

Foto: Wilton Junior/Estadão
27 | 37

Tragédia em Minas Gerais

Foto: Wilton Junior/Estadão
28 | 37

Batalha pela Vida

29 | 37

Estrada

Foto: Wilton Junior/Estadão
30 | 37

Carro atolado

Foto: Wilton Junior/Estadão
31 | 37

Helicoptero

Foto: Wilton Junior/Estadão
32 | 37

Bombeiros tentam encontrar sobreviventes em Brumadinho

Foto: Washington Alves/Reuters
33 | 37

Corpo encontrado

Foto: Wilton Júnior/Estadão
34 | 37

Ponte

Foto: Antonio Lacerta/EFE
35 | 37

Área devastada

Foto: Wilton Júnior/Estadão
36 | 37

Equipe de resgate

Foto: Antonio Lacerda/EFE
37 | 37

Resgate aéreo

Foto: Giazi Cavalcante/Código 19

As buscas continuam suspensas em Brumadinho. Com o risco de novo rompimento, a prioridade agora é evacuar as áreas. Algumas famílias se recusam a sair de suas casas."A gente chega no ponto de apoio, não tem nenhuma informação, ninguém fala nada. Preferi voltar para casa e ajudar vizinhos a procurar colegas desaparecidos", contou Rayane Passos. / COLABOROU LUAN SANTOS, ENVIADO ESPECIAL PARA O ESTADO

Com a  falta de informações, o risco de rompimento da barragem 6 e as condições climáticas que dificultam os resgates, os moradores de Córrego do Feijão, localidade mais próxima da barragem da Vale em Brumadinho, Minas Gerais, que se rompeu na sexta-feira, 25, estão apreensivos. Neste domingo, 27, por volta das 5 horas, moradores foram retirados de casa, inclusive com ajuda da Polícia Militar, por conta dos riscos de rompimento da segunda barragem.

Os moradores questionam a necessidade da retirada, e os que ficam se perguntam como vão retomar a rotina, já que estão sem água e telefone, o acesso mais usado foi destruído e um outro, que passa pela área da Vale, está fechado.

Bombeiros buscam vítimas após rompimento de lama Foto: Washington Alves/Reuters

A moradora Sandra Gonçalves, de 40 ano, chegou a passar mal e foi atendida pelos socorristas e pela psicóloga Rozane Marques, que estava como voluntária no local. “A pressão dela foi a 16 por 10, e ela não tem problema de pressão. Além de ter sido retirada de casa, ela chorava pela prima que morreu no acidente da barragem. Era uma pessoa que dava suporte a ela e não está mais aqui”, contou a psicóloga.  

Retirado de casa pela polícia ainda na madrugada, Nelson José da Silva qualificou de covardia a iniciativa e diz que pretende ficar. Sua filha, que é enfermeira da Vale, desaparecida. Silva reclama que a tragédia destruiu a principal estrada de acesso à localidade, o que  vai impedir as pessoas de trabalharem a partir desta segunda-feira, 28, primeiro dia útil após o desastre. Silva diz que a Vale precisa abrir o outro acesso, que passa por dentro da área da empresa.

“É covardia da Vale. Não tem risco dessa barragem estourar e a quantidade de água que tem lá não oferece risco", afirma.

Moradores de Brumadinho observam a lama que atingiu a cidade. Foto: Washington Alves/Reuters

O aposentado Hélio Gonçalves Maia, de 74 anos, foi retirado de casa por volta das 5 horas, quando ainda estava escuro. A filha, Núbia Maia, mora em Conselheiro Lafayte, mas foi para Córrego com o marido e a filha de 2 anos para ajudar os pais. Ela usou o carro para tirar os pais e outros parentes após o alerta de risco de rompimento.

Seu navegador não suporta esse video.

País vive o mesmo drama pouco mais de três anos após tragédia que deixou 19 mortos, comenta o repórter de Meio Ambiente do Estadão

“A gente não esperava o que aconteceu, mas mesmo se a água subir, é um pouco difícil chegar lá em casa”, disse.

Apesar da dúvida, a maior parte dos moradores está acatando a determinação. Sirlei Gonçalves da Silva, que está com o marido, terceirizado da Vale, desaparecido, deixou própria casa com duas bolsas. “Eles mandaram pegar algumas coisas e disseram que vão levar a gente para algum lugar”, disse, chorando. “Não como há três dias."

Veja imagens do rompimento de barragem de rejeitos da Vale em Brumadinho

1 | 37

Tragédia em Minas Gerais

Foto: Washington Alves/Reuters
2 | 37

Moradores

Foto: Mauro Pimentel/AFP
3 | 37

Catástrofe ambiental e humana

Foto: Adriano Machado/Reuters
4 | 37

Animais

Foto: Wilton Junior/Estadão
5 | 37

Dificuldade no resgate

Foto: Douglas Magno/AFP
6 | 37

Tragédia em Minas Gerais

Foto: Douglas Magno/AFP
7 | 37

Tragédia em Minas Gerais

Foto: Washington Alves/Reuters
8 | 37

Tragédia em Minas Gerais

Foto: Corpo de Bombeiros Militar de Minas Gerais
9 | 37

Tragédia em Minas Gerais

Foto: Washington Alves/Reuters
10 | 37

Catástrofe ambiental e humana

Foto: Adriano Machado/Reuters
11 | 37

Tragédia em Minas Gerais

Foto: Corpo de Bombeiros Militar de Minas Gerais
12 | 37

Tragédia em Minas Gerais

Foto: Douglas Magno/AFP
13 | 37

Tragédia em Minas Gerais

Foto: Corpo de Bombeiros Militar de Minas Gerais
14 | 37

Tragédia em Minas Gerais

Foto: Corpo de Bombeiros Militar de Minas Gerais
15 | 37

Tragédia em Minas Gerais

Foto: Washington Alves/Reuters
16 | 37

Tragédia em Minas Gerais

Foto: Washington Alves/Reuters
17 | 37

Tragédia em Minas Gerais

Foto: Washington Alves/Reuters
18 | 37

Tragédia em Minas Gerais

Foto: Corpo de Bombeiros Militar de Minas Gerais
19 | 37

Tragédia em Minas Gerais

Foto: Washington Alves/Reuters
20 | 37

Tragédia em Minas Gerais

Foto: Corpo de Bombeiros Militar de Minas Gerais
21 | 37

Tragédia em Minas Gerais

Foto: Corpo de Bombeiros Militar de Minas Gerais
22 | 37

Tragédia em Minas Gerais

Foto: Ernesto Rodrigues/Estadão
23 | 37

Presidente Bolsonaro

Foto: Isac Nóbrega/Presidência da República
24 | 37

Tragédia em Minas Gerais

Foto: Paulo Fonseca/EFE
25 | 37

Tragédia em Minas Gerais

Foto: Corpo de Bombeiros de Minas Gerais
26 | 37

Tragédia em Minas Gerais

Foto: Wilton Junior/Estadão
27 | 37

Tragédia em Minas Gerais

Foto: Wilton Junior/Estadão
28 | 37

Batalha pela Vida

29 | 37

Estrada

Foto: Wilton Junior/Estadão
30 | 37

Carro atolado

Foto: Wilton Junior/Estadão
31 | 37

Helicoptero

Foto: Wilton Junior/Estadão
32 | 37

Bombeiros tentam encontrar sobreviventes em Brumadinho

Foto: Washington Alves/Reuters
33 | 37

Corpo encontrado

Foto: Wilton Júnior/Estadão
34 | 37

Ponte

Foto: Antonio Lacerta/EFE
35 | 37

Área devastada

Foto: Wilton Júnior/Estadão
36 | 37

Equipe de resgate

Foto: Antonio Lacerda/EFE
37 | 37

Resgate aéreo

Foto: Giazi Cavalcante/Código 19

As buscas continuam suspensas em Brumadinho. Com o risco de novo rompimento, a prioridade agora é evacuar as áreas. Algumas famílias se recusam a sair de suas casas."A gente chega no ponto de apoio, não tem nenhuma informação, ninguém fala nada. Preferi voltar para casa e ajudar vizinhos a procurar colegas desaparecidos", contou Rayane Passos. / COLABOROU LUAN SANTOS, ENVIADO ESPECIAL PARA O ESTADO

Com a  falta de informações, o risco de rompimento da barragem 6 e as condições climáticas que dificultam os resgates, os moradores de Córrego do Feijão, localidade mais próxima da barragem da Vale em Brumadinho, Minas Gerais, que se rompeu na sexta-feira, 25, estão apreensivos. Neste domingo, 27, por volta das 5 horas, moradores foram retirados de casa, inclusive com ajuda da Polícia Militar, por conta dos riscos de rompimento da segunda barragem.

Os moradores questionam a necessidade da retirada, e os que ficam se perguntam como vão retomar a rotina, já que estão sem água e telefone, o acesso mais usado foi destruído e um outro, que passa pela área da Vale, está fechado.

Bombeiros buscam vítimas após rompimento de lama Foto: Washington Alves/Reuters

A moradora Sandra Gonçalves, de 40 ano, chegou a passar mal e foi atendida pelos socorristas e pela psicóloga Rozane Marques, que estava como voluntária no local. “A pressão dela foi a 16 por 10, e ela não tem problema de pressão. Além de ter sido retirada de casa, ela chorava pela prima que morreu no acidente da barragem. Era uma pessoa que dava suporte a ela e não está mais aqui”, contou a psicóloga.  

Retirado de casa pela polícia ainda na madrugada, Nelson José da Silva qualificou de covardia a iniciativa e diz que pretende ficar. Sua filha, que é enfermeira da Vale, desaparecida. Silva reclama que a tragédia destruiu a principal estrada de acesso à localidade, o que  vai impedir as pessoas de trabalharem a partir desta segunda-feira, 28, primeiro dia útil após o desastre. Silva diz que a Vale precisa abrir o outro acesso, que passa por dentro da área da empresa.

“É covardia da Vale. Não tem risco dessa barragem estourar e a quantidade de água que tem lá não oferece risco", afirma.

Moradores de Brumadinho observam a lama que atingiu a cidade. Foto: Washington Alves/Reuters

O aposentado Hélio Gonçalves Maia, de 74 anos, foi retirado de casa por volta das 5 horas, quando ainda estava escuro. A filha, Núbia Maia, mora em Conselheiro Lafayte, mas foi para Córrego com o marido e a filha de 2 anos para ajudar os pais. Ela usou o carro para tirar os pais e outros parentes após o alerta de risco de rompimento.

Seu navegador não suporta esse video.

País vive o mesmo drama pouco mais de três anos após tragédia que deixou 19 mortos, comenta o repórter de Meio Ambiente do Estadão

“A gente não esperava o que aconteceu, mas mesmo se a água subir, é um pouco difícil chegar lá em casa”, disse.

Apesar da dúvida, a maior parte dos moradores está acatando a determinação. Sirlei Gonçalves da Silva, que está com o marido, terceirizado da Vale, desaparecido, deixou própria casa com duas bolsas. “Eles mandaram pegar algumas coisas e disseram que vão levar a gente para algum lugar”, disse, chorando. “Não como há três dias."

Veja imagens do rompimento de barragem de rejeitos da Vale em Brumadinho

1 | 37

Tragédia em Minas Gerais

Foto: Washington Alves/Reuters
2 | 37

Moradores

Foto: Mauro Pimentel/AFP
3 | 37

Catástrofe ambiental e humana

Foto: Adriano Machado/Reuters
4 | 37

Animais

Foto: Wilton Junior/Estadão
5 | 37

Dificuldade no resgate

Foto: Douglas Magno/AFP
6 | 37

Tragédia em Minas Gerais

Foto: Douglas Magno/AFP
7 | 37

Tragédia em Minas Gerais

Foto: Washington Alves/Reuters
8 | 37

Tragédia em Minas Gerais

Foto: Corpo de Bombeiros Militar de Minas Gerais
9 | 37

Tragédia em Minas Gerais

Foto: Washington Alves/Reuters
10 | 37

Catástrofe ambiental e humana

Foto: Adriano Machado/Reuters
11 | 37

Tragédia em Minas Gerais

Foto: Corpo de Bombeiros Militar de Minas Gerais
12 | 37

Tragédia em Minas Gerais

Foto: Douglas Magno/AFP
13 | 37

Tragédia em Minas Gerais

Foto: Corpo de Bombeiros Militar de Minas Gerais
14 | 37

Tragédia em Minas Gerais

Foto: Corpo de Bombeiros Militar de Minas Gerais
15 | 37

Tragédia em Minas Gerais

Foto: Washington Alves/Reuters
16 | 37

Tragédia em Minas Gerais

Foto: Washington Alves/Reuters
17 | 37

Tragédia em Minas Gerais

Foto: Washington Alves/Reuters
18 | 37

Tragédia em Minas Gerais

Foto: Corpo de Bombeiros Militar de Minas Gerais
19 | 37

Tragédia em Minas Gerais

Foto: Washington Alves/Reuters
20 | 37

Tragédia em Minas Gerais

Foto: Corpo de Bombeiros Militar de Minas Gerais
21 | 37

Tragédia em Minas Gerais

Foto: Corpo de Bombeiros Militar de Minas Gerais
22 | 37

Tragédia em Minas Gerais

Foto: Ernesto Rodrigues/Estadão
23 | 37

Presidente Bolsonaro

Foto: Isac Nóbrega/Presidência da República
24 | 37

Tragédia em Minas Gerais

Foto: Paulo Fonseca/EFE
25 | 37

Tragédia em Minas Gerais

Foto: Corpo de Bombeiros de Minas Gerais
26 | 37

Tragédia em Minas Gerais

Foto: Wilton Junior/Estadão
27 | 37

Tragédia em Minas Gerais

Foto: Wilton Junior/Estadão
28 | 37

Batalha pela Vida

29 | 37

Estrada

Foto: Wilton Junior/Estadão
30 | 37

Carro atolado

Foto: Wilton Junior/Estadão
31 | 37

Helicoptero

Foto: Wilton Junior/Estadão
32 | 37

Bombeiros tentam encontrar sobreviventes em Brumadinho

Foto: Washington Alves/Reuters
33 | 37

Corpo encontrado

Foto: Wilton Júnior/Estadão
34 | 37

Ponte

Foto: Antonio Lacerta/EFE
35 | 37

Área devastada

Foto: Wilton Júnior/Estadão
36 | 37

Equipe de resgate

Foto: Antonio Lacerda/EFE
37 | 37

Resgate aéreo

Foto: Giazi Cavalcante/Código 19

As buscas continuam suspensas em Brumadinho. Com o risco de novo rompimento, a prioridade agora é evacuar as áreas. Algumas famílias se recusam a sair de suas casas."A gente chega no ponto de apoio, não tem nenhuma informação, ninguém fala nada. Preferi voltar para casa e ajudar vizinhos a procurar colegas desaparecidos", contou Rayane Passos. / COLABOROU LUAN SANTOS, ENVIADO ESPECIAL PARA O ESTADO

Atualizamos nossa política de cookies

Ao utilizar nossos serviços, você aceita a política de monitoramento de cookies.