Mudança de manejo eleva lucro do leite


Família dobrou a produção e já não quer mais desistir da atividade na região de Sorocaba (SP)

Por José Maria Tomazela

A fazenda de Jose Carlos Gomes de Almeida produz leite em Salto de Pirapora. Epitácio Pessoa/AE

 

continua após a publicidade

 

Em 24 hectares de pasto, com 17 vacas, o produtor José Carlos Gomes de Almeida, de Salto de Pirapora, região de Sorocaba (SP), produzia 100 litros diários de leite. A renda bruta mensal, de R$ 2.200, só dava para manter o rebanho e quase não sobrava para as despesas da família. O criador já pensava em vender a propriedade, quando foi convidado a assistir a uma palestra sobre produção intensiva de leite.

 

continua após a publicidade

Entusiasmado, buscou a assessoria de um agrônomo e mudou radicalmente o sistema de produção. Hoje, ele serve de inspiração para dezenas de outros pequenos produtores. Com o mesmo plantel, em 2 hectares de pasto tratado, em sistema de rotação, Almeida produz o dobro - 200 litros diários - e, o que é melhor, a um custo menor. O produtor passou a tratar o pasto como cultura, com adubação regular, reduziu o consumo de ração e investiu na genética. Também adotou a ordenha mecânica e passou a usar melhor a capacidade do resfriador. Com o dobro de renda, já pensa em ampliar o plantel. "Vamos passar a mil litros por dia."

 

Veja também:

continua após a publicidade

Os segredos são boa nutrição e genética

 

O sucesso da família Almeida levou os sindicatos rurais de Salto de Pirapora e Sorocaba a buscarem parceria com o Serviço Nacional de Aprendizagem Rural (Senar) para recuperar a pecuária de leite na região. Na década de 70, Salto de Pirapora era uma importante bacia leiteira, com produção próxima de 40 mil litros por dia. Com o avanço do eucalipto e a destinação das terras para condomínios de chácaras, os pequenos criadores arrendaram ou venderam as terras. "O município, com mais de 300 quilômetros quadrados, passou a ser sustentado pela área urbana, com 14 quilômetros quadrados", diz o produtor Vanderlei de Jesus Paroni. A produção de leite, hoje, não chega a 10 mil litros diários.

continua após a publicidade

 

ORGANIZAÇÃO

 

continua após a publicidade

Os criadores, no entanto, começam a se organizar para mudar isso. Já são cinco os que estão em processo de mudança, mas o número de interessados é muito maior. O 1º Encontro Regional de Pecuária Leiteira, que ocorrerá dias 30 e 31, em Salto de Pirapora, deve atrair mais de 200 participantes. No próximo ano, a região será inclusa no PróLeite, programa governamental de estímulo ao pequeno pecuarista leiteiro.

 

Conforme José Arnaldo Vieira de Moraes, do Serviço Nacional de Aprendizagem Rural (Senar), o programa elevou de 90 para 140 litros por dia a produção média de 30 pequenos produtores de Sarapuí, cidade vizinha. "Eles têm margem de lucro de R$ 0,30/litro, ótima para o produtor familiar."

continua após a publicidade

 

Almeida e os filhos contam que o primeiro passo foi selecionar as vacas que podiam ser usadas no trabalho genético. São fêmeas girolandas que serão trabalhadas em cruzamento genético com machos da raça jérsei. "São animais leiteiros, mas a jérsei tem porte baixo e passa essa característica para a holandesa", diz. "Um animal menor come menos." Com rotação de pastagem, mais o melhoramento genético, os Almeidas reduziram em 50% o gasto com a alimentação em seis meses. "Gastava R$ 1.200 por mês de ração e hoje gasto R$ 600", diz o pai.

 

O criador Paroni conseguiu o mesmo resultado em sete meses. Na década de 90, ele criava gado de elite da raça simental para exposição e venda de material genético. Em 2000, decidiu cultivar banana. "A produção ia bem, mas havia concorrência muito forte em preço da banana do Vale do Ribeira."

Em 2009, o produtor mandou arrancar o bananal e plantou o capim tifton em 21 mil metros quadrados. A área foi dividida em 30 piquetes. No inverno, ele enriqueceu a pastagem semeando aveia e azevém. A área foi irrigada. Paroni começou a produzir leite em fevereiro, com oito vacas. Ao ver que os resultados apareciam, aumentou para 24 vacas o plantel, 13 em lactação. "Comecei tirando de 60 a 70 litros por dia, hoje estou com 180 litros, e quero chegar a mil litros/dia."

A fazenda de Jose Carlos Gomes de Almeida produz leite em Salto de Pirapora. Epitácio Pessoa/AE

 

 

Em 24 hectares de pasto, com 17 vacas, o produtor José Carlos Gomes de Almeida, de Salto de Pirapora, região de Sorocaba (SP), produzia 100 litros diários de leite. A renda bruta mensal, de R$ 2.200, só dava para manter o rebanho e quase não sobrava para as despesas da família. O criador já pensava em vender a propriedade, quando foi convidado a assistir a uma palestra sobre produção intensiva de leite.

 

Entusiasmado, buscou a assessoria de um agrônomo e mudou radicalmente o sistema de produção. Hoje, ele serve de inspiração para dezenas de outros pequenos produtores. Com o mesmo plantel, em 2 hectares de pasto tratado, em sistema de rotação, Almeida produz o dobro - 200 litros diários - e, o que é melhor, a um custo menor. O produtor passou a tratar o pasto como cultura, com adubação regular, reduziu o consumo de ração e investiu na genética. Também adotou a ordenha mecânica e passou a usar melhor a capacidade do resfriador. Com o dobro de renda, já pensa em ampliar o plantel. "Vamos passar a mil litros por dia."

 

Veja também:

Os segredos são boa nutrição e genética

 

O sucesso da família Almeida levou os sindicatos rurais de Salto de Pirapora e Sorocaba a buscarem parceria com o Serviço Nacional de Aprendizagem Rural (Senar) para recuperar a pecuária de leite na região. Na década de 70, Salto de Pirapora era uma importante bacia leiteira, com produção próxima de 40 mil litros por dia. Com o avanço do eucalipto e a destinação das terras para condomínios de chácaras, os pequenos criadores arrendaram ou venderam as terras. "O município, com mais de 300 quilômetros quadrados, passou a ser sustentado pela área urbana, com 14 quilômetros quadrados", diz o produtor Vanderlei de Jesus Paroni. A produção de leite, hoje, não chega a 10 mil litros diários.

 

ORGANIZAÇÃO

 

Os criadores, no entanto, começam a se organizar para mudar isso. Já são cinco os que estão em processo de mudança, mas o número de interessados é muito maior. O 1º Encontro Regional de Pecuária Leiteira, que ocorrerá dias 30 e 31, em Salto de Pirapora, deve atrair mais de 200 participantes. No próximo ano, a região será inclusa no PróLeite, programa governamental de estímulo ao pequeno pecuarista leiteiro.

 

Conforme José Arnaldo Vieira de Moraes, do Serviço Nacional de Aprendizagem Rural (Senar), o programa elevou de 90 para 140 litros por dia a produção média de 30 pequenos produtores de Sarapuí, cidade vizinha. "Eles têm margem de lucro de R$ 0,30/litro, ótima para o produtor familiar."

 

Almeida e os filhos contam que o primeiro passo foi selecionar as vacas que podiam ser usadas no trabalho genético. São fêmeas girolandas que serão trabalhadas em cruzamento genético com machos da raça jérsei. "São animais leiteiros, mas a jérsei tem porte baixo e passa essa característica para a holandesa", diz. "Um animal menor come menos." Com rotação de pastagem, mais o melhoramento genético, os Almeidas reduziram em 50% o gasto com a alimentação em seis meses. "Gastava R$ 1.200 por mês de ração e hoje gasto R$ 600", diz o pai.

 

O criador Paroni conseguiu o mesmo resultado em sete meses. Na década de 90, ele criava gado de elite da raça simental para exposição e venda de material genético. Em 2000, decidiu cultivar banana. "A produção ia bem, mas havia concorrência muito forte em preço da banana do Vale do Ribeira."

Em 2009, o produtor mandou arrancar o bananal e plantou o capim tifton em 21 mil metros quadrados. A área foi dividida em 30 piquetes. No inverno, ele enriqueceu a pastagem semeando aveia e azevém. A área foi irrigada. Paroni começou a produzir leite em fevereiro, com oito vacas. Ao ver que os resultados apareciam, aumentou para 24 vacas o plantel, 13 em lactação. "Comecei tirando de 60 a 70 litros por dia, hoje estou com 180 litros, e quero chegar a mil litros/dia."

A fazenda de Jose Carlos Gomes de Almeida produz leite em Salto de Pirapora. Epitácio Pessoa/AE

 

 

Em 24 hectares de pasto, com 17 vacas, o produtor José Carlos Gomes de Almeida, de Salto de Pirapora, região de Sorocaba (SP), produzia 100 litros diários de leite. A renda bruta mensal, de R$ 2.200, só dava para manter o rebanho e quase não sobrava para as despesas da família. O criador já pensava em vender a propriedade, quando foi convidado a assistir a uma palestra sobre produção intensiva de leite.

 

Entusiasmado, buscou a assessoria de um agrônomo e mudou radicalmente o sistema de produção. Hoje, ele serve de inspiração para dezenas de outros pequenos produtores. Com o mesmo plantel, em 2 hectares de pasto tratado, em sistema de rotação, Almeida produz o dobro - 200 litros diários - e, o que é melhor, a um custo menor. O produtor passou a tratar o pasto como cultura, com adubação regular, reduziu o consumo de ração e investiu na genética. Também adotou a ordenha mecânica e passou a usar melhor a capacidade do resfriador. Com o dobro de renda, já pensa em ampliar o plantel. "Vamos passar a mil litros por dia."

 

Veja também:

Os segredos são boa nutrição e genética

 

O sucesso da família Almeida levou os sindicatos rurais de Salto de Pirapora e Sorocaba a buscarem parceria com o Serviço Nacional de Aprendizagem Rural (Senar) para recuperar a pecuária de leite na região. Na década de 70, Salto de Pirapora era uma importante bacia leiteira, com produção próxima de 40 mil litros por dia. Com o avanço do eucalipto e a destinação das terras para condomínios de chácaras, os pequenos criadores arrendaram ou venderam as terras. "O município, com mais de 300 quilômetros quadrados, passou a ser sustentado pela área urbana, com 14 quilômetros quadrados", diz o produtor Vanderlei de Jesus Paroni. A produção de leite, hoje, não chega a 10 mil litros diários.

 

ORGANIZAÇÃO

 

Os criadores, no entanto, começam a se organizar para mudar isso. Já são cinco os que estão em processo de mudança, mas o número de interessados é muito maior. O 1º Encontro Regional de Pecuária Leiteira, que ocorrerá dias 30 e 31, em Salto de Pirapora, deve atrair mais de 200 participantes. No próximo ano, a região será inclusa no PróLeite, programa governamental de estímulo ao pequeno pecuarista leiteiro.

 

Conforme José Arnaldo Vieira de Moraes, do Serviço Nacional de Aprendizagem Rural (Senar), o programa elevou de 90 para 140 litros por dia a produção média de 30 pequenos produtores de Sarapuí, cidade vizinha. "Eles têm margem de lucro de R$ 0,30/litro, ótima para o produtor familiar."

 

Almeida e os filhos contam que o primeiro passo foi selecionar as vacas que podiam ser usadas no trabalho genético. São fêmeas girolandas que serão trabalhadas em cruzamento genético com machos da raça jérsei. "São animais leiteiros, mas a jérsei tem porte baixo e passa essa característica para a holandesa", diz. "Um animal menor come menos." Com rotação de pastagem, mais o melhoramento genético, os Almeidas reduziram em 50% o gasto com a alimentação em seis meses. "Gastava R$ 1.200 por mês de ração e hoje gasto R$ 600", diz o pai.

 

O criador Paroni conseguiu o mesmo resultado em sete meses. Na década de 90, ele criava gado de elite da raça simental para exposição e venda de material genético. Em 2000, decidiu cultivar banana. "A produção ia bem, mas havia concorrência muito forte em preço da banana do Vale do Ribeira."

Em 2009, o produtor mandou arrancar o bananal e plantou o capim tifton em 21 mil metros quadrados. A área foi dividida em 30 piquetes. No inverno, ele enriqueceu a pastagem semeando aveia e azevém. A área foi irrigada. Paroni começou a produzir leite em fevereiro, com oito vacas. Ao ver que os resultados apareciam, aumentou para 24 vacas o plantel, 13 em lactação. "Comecei tirando de 60 a 70 litros por dia, hoje estou com 180 litros, e quero chegar a mil litros/dia."

A fazenda de Jose Carlos Gomes de Almeida produz leite em Salto de Pirapora. Epitácio Pessoa/AE

 

 

Em 24 hectares de pasto, com 17 vacas, o produtor José Carlos Gomes de Almeida, de Salto de Pirapora, região de Sorocaba (SP), produzia 100 litros diários de leite. A renda bruta mensal, de R$ 2.200, só dava para manter o rebanho e quase não sobrava para as despesas da família. O criador já pensava em vender a propriedade, quando foi convidado a assistir a uma palestra sobre produção intensiva de leite.

 

Entusiasmado, buscou a assessoria de um agrônomo e mudou radicalmente o sistema de produção. Hoje, ele serve de inspiração para dezenas de outros pequenos produtores. Com o mesmo plantel, em 2 hectares de pasto tratado, em sistema de rotação, Almeida produz o dobro - 200 litros diários - e, o que é melhor, a um custo menor. O produtor passou a tratar o pasto como cultura, com adubação regular, reduziu o consumo de ração e investiu na genética. Também adotou a ordenha mecânica e passou a usar melhor a capacidade do resfriador. Com o dobro de renda, já pensa em ampliar o plantel. "Vamos passar a mil litros por dia."

 

Veja também:

Os segredos são boa nutrição e genética

 

O sucesso da família Almeida levou os sindicatos rurais de Salto de Pirapora e Sorocaba a buscarem parceria com o Serviço Nacional de Aprendizagem Rural (Senar) para recuperar a pecuária de leite na região. Na década de 70, Salto de Pirapora era uma importante bacia leiteira, com produção próxima de 40 mil litros por dia. Com o avanço do eucalipto e a destinação das terras para condomínios de chácaras, os pequenos criadores arrendaram ou venderam as terras. "O município, com mais de 300 quilômetros quadrados, passou a ser sustentado pela área urbana, com 14 quilômetros quadrados", diz o produtor Vanderlei de Jesus Paroni. A produção de leite, hoje, não chega a 10 mil litros diários.

 

ORGANIZAÇÃO

 

Os criadores, no entanto, começam a se organizar para mudar isso. Já são cinco os que estão em processo de mudança, mas o número de interessados é muito maior. O 1º Encontro Regional de Pecuária Leiteira, que ocorrerá dias 30 e 31, em Salto de Pirapora, deve atrair mais de 200 participantes. No próximo ano, a região será inclusa no PróLeite, programa governamental de estímulo ao pequeno pecuarista leiteiro.

 

Conforme José Arnaldo Vieira de Moraes, do Serviço Nacional de Aprendizagem Rural (Senar), o programa elevou de 90 para 140 litros por dia a produção média de 30 pequenos produtores de Sarapuí, cidade vizinha. "Eles têm margem de lucro de R$ 0,30/litro, ótima para o produtor familiar."

 

Almeida e os filhos contam que o primeiro passo foi selecionar as vacas que podiam ser usadas no trabalho genético. São fêmeas girolandas que serão trabalhadas em cruzamento genético com machos da raça jérsei. "São animais leiteiros, mas a jérsei tem porte baixo e passa essa característica para a holandesa", diz. "Um animal menor come menos." Com rotação de pastagem, mais o melhoramento genético, os Almeidas reduziram em 50% o gasto com a alimentação em seis meses. "Gastava R$ 1.200 por mês de ração e hoje gasto R$ 600", diz o pai.

 

O criador Paroni conseguiu o mesmo resultado em sete meses. Na década de 90, ele criava gado de elite da raça simental para exposição e venda de material genético. Em 2000, decidiu cultivar banana. "A produção ia bem, mas havia concorrência muito forte em preço da banana do Vale do Ribeira."

Em 2009, o produtor mandou arrancar o bananal e plantou o capim tifton em 21 mil metros quadrados. A área foi dividida em 30 piquetes. No inverno, ele enriqueceu a pastagem semeando aveia e azevém. A área foi irrigada. Paroni começou a produzir leite em fevereiro, com oito vacas. Ao ver que os resultados apareciam, aumentou para 24 vacas o plantel, 13 em lactação. "Comecei tirando de 60 a 70 litros por dia, hoje estou com 180 litros, e quero chegar a mil litros/dia."

Atualizamos nossa política de cookies

Ao utilizar nossos serviços, você aceita a política de monitoramento de cookies.