Não há risco de falta d'água no Rio, diz engenheiro


Após o governador do Estado ter afirmado a possibilidade de falda d'água no RJ, especialista desmente. "No curto prazo, não existe alarme no Rio", disse.

Por Felipe Werneck

Apesar da estiagem prolongada, não há risco de falta d''água na região metropolitana do Rio, afirmou nesta sexta-feira o engenheiro e professor de Recursos Hídricos da Coppe/UFRJ Jerson Kelman, que foi diretor-presidente da Agência Nacional de Águas (ANA) entre 2001 e 2004. A avaliação é corroborada por técnicos da área ambiental do governo do Estado ouvidos pela reportagem, apesar do governador Luiz Fernando Pezão (PMDB) ter comentado ontem, em entrevista ao jornal O Globo, o possível risco de problemas no abastecimento se a estiagem persistir nos próximos 30 dias.

"a seca na Bacia do Piracicaba (SP) é muito severa. Se isso se persistir, pode afetar", acrescentou o especialista. Foto: Amanda Perobelli/Estadão
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O presidente da Companhia Estadual de Águas e Esgotos (Cedae), Wagner Victer, alegou que Pezão referia-se a regiões abastecidas por mananciais locais como Angra dos Reis e Paraty, no litoral sul, onde a distribuição está reduzida. Segundo Victer, trata-se de um "fenômeno comum" que acontece em períodos de estiagem nesses locais. A avaliação de técnicos do Instituto Estadual do Ambiente (Inea) é que não há risco para a região metropolitana e que o abastecimento está reduzido em alguns pontos, como o noroeste fluminense, mas mesmo lá a situação estaria "longe de ser crítica" como a de São Paulo.

"No curto prazo, não existe alarme no Rio", afirmou Kelman. "Acredito que o governador tenha se referido genericamente à situação no Sudeste, porque a seca na Bacia do Piracicaba (SP) é muito severa. Se isso se persistir, pode afetar", acrescentou o especialista. Ao afirmar que não há risco para a região metropolitana, abastecida pelo sistema do Guandu, Victer disse que o Rio tem uma "concepção de engenharia diferenciada, pois não trabalha com grandes reservatórios, mas com a transposição de água por uma geradora de energia elétrica". "Portanto, estamos menos sujeitos a problemas de estiagem do que outros Estados", alegou o presidente da Cedae. Depois da declaração de Pezão, técnicos da diretoria de Gestão de Águas do Inea começaram a preparar um estudo com várias perspectivas possíveis e diferentes cenários, que seria entregue ao governador. Desde março, o uso da água de rios que atendem tanto São Paulo como o Rio é alvo de polêmica entre os dois Estados. Com a crise no sistema Cantareira, o governo de São Paulo chegou a reduzir a vazão do Rio Paraíba do Sul, que abastece parte do Estado do Rio. Atualmente o volume de captação do Paraíba do Sul está mantido em 160 mil litros por segundo. Para atender a região metropolitana, a Estação de Tratamento do Guandu produz atualmente 45 mil litros por segundo.

Apesar da estiagem prolongada, não há risco de falta d''água na região metropolitana do Rio, afirmou nesta sexta-feira o engenheiro e professor de Recursos Hídricos da Coppe/UFRJ Jerson Kelman, que foi diretor-presidente da Agência Nacional de Águas (ANA) entre 2001 e 2004. A avaliação é corroborada por técnicos da área ambiental do governo do Estado ouvidos pela reportagem, apesar do governador Luiz Fernando Pezão (PMDB) ter comentado ontem, em entrevista ao jornal O Globo, o possível risco de problemas no abastecimento se a estiagem persistir nos próximos 30 dias.

"a seca na Bacia do Piracicaba (SP) é muito severa. Se isso se persistir, pode afetar", acrescentou o especialista. Foto: Amanda Perobelli/Estadão

O presidente da Companhia Estadual de Águas e Esgotos (Cedae), Wagner Victer, alegou que Pezão referia-se a regiões abastecidas por mananciais locais como Angra dos Reis e Paraty, no litoral sul, onde a distribuição está reduzida. Segundo Victer, trata-se de um "fenômeno comum" que acontece em períodos de estiagem nesses locais. A avaliação de técnicos do Instituto Estadual do Ambiente (Inea) é que não há risco para a região metropolitana e que o abastecimento está reduzido em alguns pontos, como o noroeste fluminense, mas mesmo lá a situação estaria "longe de ser crítica" como a de São Paulo.

"No curto prazo, não existe alarme no Rio", afirmou Kelman. "Acredito que o governador tenha se referido genericamente à situação no Sudeste, porque a seca na Bacia do Piracicaba (SP) é muito severa. Se isso se persistir, pode afetar", acrescentou o especialista. Ao afirmar que não há risco para a região metropolitana, abastecida pelo sistema do Guandu, Victer disse que o Rio tem uma "concepção de engenharia diferenciada, pois não trabalha com grandes reservatórios, mas com a transposição de água por uma geradora de energia elétrica". "Portanto, estamos menos sujeitos a problemas de estiagem do que outros Estados", alegou o presidente da Cedae. Depois da declaração de Pezão, técnicos da diretoria de Gestão de Águas do Inea começaram a preparar um estudo com várias perspectivas possíveis e diferentes cenários, que seria entregue ao governador. Desde março, o uso da água de rios que atendem tanto São Paulo como o Rio é alvo de polêmica entre os dois Estados. Com a crise no sistema Cantareira, o governo de São Paulo chegou a reduzir a vazão do Rio Paraíba do Sul, que abastece parte do Estado do Rio. Atualmente o volume de captação do Paraíba do Sul está mantido em 160 mil litros por segundo. Para atender a região metropolitana, a Estação de Tratamento do Guandu produz atualmente 45 mil litros por segundo.

Apesar da estiagem prolongada, não há risco de falta d''água na região metropolitana do Rio, afirmou nesta sexta-feira o engenheiro e professor de Recursos Hídricos da Coppe/UFRJ Jerson Kelman, que foi diretor-presidente da Agência Nacional de Águas (ANA) entre 2001 e 2004. A avaliação é corroborada por técnicos da área ambiental do governo do Estado ouvidos pela reportagem, apesar do governador Luiz Fernando Pezão (PMDB) ter comentado ontem, em entrevista ao jornal O Globo, o possível risco de problemas no abastecimento se a estiagem persistir nos próximos 30 dias.

"a seca na Bacia do Piracicaba (SP) é muito severa. Se isso se persistir, pode afetar", acrescentou o especialista. Foto: Amanda Perobelli/Estadão

O presidente da Companhia Estadual de Águas e Esgotos (Cedae), Wagner Victer, alegou que Pezão referia-se a regiões abastecidas por mananciais locais como Angra dos Reis e Paraty, no litoral sul, onde a distribuição está reduzida. Segundo Victer, trata-se de um "fenômeno comum" que acontece em períodos de estiagem nesses locais. A avaliação de técnicos do Instituto Estadual do Ambiente (Inea) é que não há risco para a região metropolitana e que o abastecimento está reduzido em alguns pontos, como o noroeste fluminense, mas mesmo lá a situação estaria "longe de ser crítica" como a de São Paulo.

"No curto prazo, não existe alarme no Rio", afirmou Kelman. "Acredito que o governador tenha se referido genericamente à situação no Sudeste, porque a seca na Bacia do Piracicaba (SP) é muito severa. Se isso se persistir, pode afetar", acrescentou o especialista. Ao afirmar que não há risco para a região metropolitana, abastecida pelo sistema do Guandu, Victer disse que o Rio tem uma "concepção de engenharia diferenciada, pois não trabalha com grandes reservatórios, mas com a transposição de água por uma geradora de energia elétrica". "Portanto, estamos menos sujeitos a problemas de estiagem do que outros Estados", alegou o presidente da Cedae. Depois da declaração de Pezão, técnicos da diretoria de Gestão de Águas do Inea começaram a preparar um estudo com várias perspectivas possíveis e diferentes cenários, que seria entregue ao governador. Desde março, o uso da água de rios que atendem tanto São Paulo como o Rio é alvo de polêmica entre os dois Estados. Com a crise no sistema Cantareira, o governo de São Paulo chegou a reduzir a vazão do Rio Paraíba do Sul, que abastece parte do Estado do Rio. Atualmente o volume de captação do Paraíba do Sul está mantido em 160 mil litros por segundo. Para atender a região metropolitana, a Estação de Tratamento do Guandu produz atualmente 45 mil litros por segundo.

Apesar da estiagem prolongada, não há risco de falta d''água na região metropolitana do Rio, afirmou nesta sexta-feira o engenheiro e professor de Recursos Hídricos da Coppe/UFRJ Jerson Kelman, que foi diretor-presidente da Agência Nacional de Águas (ANA) entre 2001 e 2004. A avaliação é corroborada por técnicos da área ambiental do governo do Estado ouvidos pela reportagem, apesar do governador Luiz Fernando Pezão (PMDB) ter comentado ontem, em entrevista ao jornal O Globo, o possível risco de problemas no abastecimento se a estiagem persistir nos próximos 30 dias.

"a seca na Bacia do Piracicaba (SP) é muito severa. Se isso se persistir, pode afetar", acrescentou o especialista. Foto: Amanda Perobelli/Estadão

O presidente da Companhia Estadual de Águas e Esgotos (Cedae), Wagner Victer, alegou que Pezão referia-se a regiões abastecidas por mananciais locais como Angra dos Reis e Paraty, no litoral sul, onde a distribuição está reduzida. Segundo Victer, trata-se de um "fenômeno comum" que acontece em períodos de estiagem nesses locais. A avaliação de técnicos do Instituto Estadual do Ambiente (Inea) é que não há risco para a região metropolitana e que o abastecimento está reduzido em alguns pontos, como o noroeste fluminense, mas mesmo lá a situação estaria "longe de ser crítica" como a de São Paulo.

"No curto prazo, não existe alarme no Rio", afirmou Kelman. "Acredito que o governador tenha se referido genericamente à situação no Sudeste, porque a seca na Bacia do Piracicaba (SP) é muito severa. Se isso se persistir, pode afetar", acrescentou o especialista. Ao afirmar que não há risco para a região metropolitana, abastecida pelo sistema do Guandu, Victer disse que o Rio tem uma "concepção de engenharia diferenciada, pois não trabalha com grandes reservatórios, mas com a transposição de água por uma geradora de energia elétrica". "Portanto, estamos menos sujeitos a problemas de estiagem do que outros Estados", alegou o presidente da Cedae. Depois da declaração de Pezão, técnicos da diretoria de Gestão de Águas do Inea começaram a preparar um estudo com várias perspectivas possíveis e diferentes cenários, que seria entregue ao governador. Desde março, o uso da água de rios que atendem tanto São Paulo como o Rio é alvo de polêmica entre os dois Estados. Com a crise no sistema Cantareira, o governo de São Paulo chegou a reduzir a vazão do Rio Paraíba do Sul, que abastece parte do Estado do Rio. Atualmente o volume de captação do Paraíba do Sul está mantido em 160 mil litros por segundo. Para atender a região metropolitana, a Estação de Tratamento do Guandu produz atualmente 45 mil litros por segundo.

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