Nas ruas e na internet, ONG arrecada alimentos para o Alto Tietê


Doações que chegam até de outros países beneficiam orfanatos, asilos e moradores de rua

Por Renan Tetsuo Omura
Finalista do 12º Prêmio Santander Jovem Jornalista, Renan Tetsuo Omura é estudante da Universidade de Mogi das Cruzes (UMC) Foto: Tiago Queiroz/Estadão

Após encerrar o expediente de oito horas de trabalho, o faxineiro Emerson Alexandre de Prado, de 39 anos, parte para a próxima jornada. Com uma carriola, ele busca pelos bairros de Suzano, município da Grande São Paulo, doações de alimentos para a ONG Sciences, da qual é o fundador. A luta, no entanto, não para por aí. Do computador de casa, ele pede e recebe ajuda de internautas de diversos países, por meio da página do Facebook que criou para entidade. 

Hoje, a ONG conta com cerca de cem colaboradores e beneficia mais de 500 pessoas, entre os que estão em orfanatos e asilos, e moradores de ruas do Alto Tietê. "Não é fácil. Às vezes, tenho de tirar parte do meu salário de faxineiro, que é de R$ 920", conta Prado. "Mas, no fim, sempre vale a pena."

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A dedicação é a mesma há 26 anos. Prado e um grupo de amigos criaram a entidade em 1991, incentivados por professores do clube de ciências da Escola Leda Fernandez Lopes, no bairro Vila Maria de Maggi, em Suzano - o que explica o nome da ONG. Desde então, o faxineiro adaptou sua rotina para continuar com a ajuda comunitária.

Semanalmente, a organização distribui sopa para moradores de rua e realiza visitas e doações na creche Sociedade de Amparo ao Menor Paulo de Tarso, em Poá, e no asilo São Vicente de Paula, em Suzano. "Quando vamos aos orfanatos, levamos alimentos e brinquedos que eu mesmo construo com caixa de leite. Nos asilos, levamos fraldas e roupas. 

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Moradora do bairro Jardim Imperador, em Suzano, Aparecida Massariol, de 85 anos, recebe mensalmente cesta básica da ONG. "É maravilhoso, ele soube usar as ferramentas que ele tem para ajudar o próximo."

Uma dessas ferramentas é, certamente, a rede social. O trabalho de Prado começou a ganhar destaque na internet em 2015, quando ele foi reconhecido na rua por uma cliente do supermercado onde trabalhava. O faxineiroestava distribuindo alimentos para desabrigados no centro de Suzano. "Ela quis me fotografar, mas não deixei. Logo, o filho dela quis tirar algumas fotos também. Ele era fotógrafo. No começo relutei, mas acabei permitindo", conta. Após alguns dias, as imagens ganharam destaque nas redes sociais.

++ Aluna da UFRN ganha Prêmio Santander

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A página da ONG atualmente conta com 2.642 seguidores. Internautas de países como China e Estados Unidos colaboram com recursos financeiros e cartas de apoio. O dinheiro arrecadado é revertido em alimentos, fraldas e roupas. Logo surgiram os convites das emissoras de TV. "No começo, eu não gostava. Recusei alguns convites. Mas depois percebi que essa seria a melhor forma de divulgar o trabalho." 

A ONG agora tem novo projeto, o Cantinho da Leitura, que pretende levar às periferias do Alto Tietê um acervo gratuito de livros. "Não adianta somente matar a fome, temos de levar a educação para as áreas carentes. Assim eles terão mais chances de conseguir uma oportunidade."

* Finalista do 12º Prêmio Santander Jovem Jornalista e aluno da Universidade de Mogi das Cruzes (UMC)

Finalista do 12º Prêmio Santander Jovem Jornalista, Renan Tetsuo Omura é estudante da Universidade de Mogi das Cruzes (UMC) Foto: Tiago Queiroz/Estadão

Após encerrar o expediente de oito horas de trabalho, o faxineiro Emerson Alexandre de Prado, de 39 anos, parte para a próxima jornada. Com uma carriola, ele busca pelos bairros de Suzano, município da Grande São Paulo, doações de alimentos para a ONG Sciences, da qual é o fundador. A luta, no entanto, não para por aí. Do computador de casa, ele pede e recebe ajuda de internautas de diversos países, por meio da página do Facebook que criou para entidade. 

Hoje, a ONG conta com cerca de cem colaboradores e beneficia mais de 500 pessoas, entre os que estão em orfanatos e asilos, e moradores de ruas do Alto Tietê. "Não é fácil. Às vezes, tenho de tirar parte do meu salário de faxineiro, que é de R$ 920", conta Prado. "Mas, no fim, sempre vale a pena."

++ SoLyra leva arte a escolas para pessoas especiais em Curitiba

A dedicação é a mesma há 26 anos. Prado e um grupo de amigos criaram a entidade em 1991, incentivados por professores do clube de ciências da Escola Leda Fernandez Lopes, no bairro Vila Maria de Maggi, em Suzano - o que explica o nome da ONG. Desde então, o faxineiro adaptou sua rotina para continuar com a ajuda comunitária.

Semanalmente, a organização distribui sopa para moradores de rua e realiza visitas e doações na creche Sociedade de Amparo ao Menor Paulo de Tarso, em Poá, e no asilo São Vicente de Paula, em Suzano. "Quando vamos aos orfanatos, levamos alimentos e brinquedos que eu mesmo construo com caixa de leite. Nos asilos, levamos fraldas e roupas. 

Moradora do bairro Jardim Imperador, em Suzano, Aparecida Massariol, de 85 anos, recebe mensalmente cesta básica da ONG. "É maravilhoso, ele soube usar as ferramentas que ele tem para ajudar o próximo."

Uma dessas ferramentas é, certamente, a rede social. O trabalho de Prado começou a ganhar destaque na internet em 2015, quando ele foi reconhecido na rua por uma cliente do supermercado onde trabalhava. O faxineiroestava distribuindo alimentos para desabrigados no centro de Suzano. "Ela quis me fotografar, mas não deixei. Logo, o filho dela quis tirar algumas fotos também. Ele era fotógrafo. No começo relutei, mas acabei permitindo", conta. Após alguns dias, as imagens ganharam destaque nas redes sociais.

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A página da ONG atualmente conta com 2.642 seguidores. Internautas de países como China e Estados Unidos colaboram com recursos financeiros e cartas de apoio. O dinheiro arrecadado é revertido em alimentos, fraldas e roupas. Logo surgiram os convites das emissoras de TV. "No começo, eu não gostava. Recusei alguns convites. Mas depois percebi que essa seria a melhor forma de divulgar o trabalho." 

A ONG agora tem novo projeto, o Cantinho da Leitura, que pretende levar às periferias do Alto Tietê um acervo gratuito de livros. "Não adianta somente matar a fome, temos de levar a educação para as áreas carentes. Assim eles terão mais chances de conseguir uma oportunidade."

* Finalista do 12º Prêmio Santander Jovem Jornalista e aluno da Universidade de Mogi das Cruzes (UMC)

Finalista do 12º Prêmio Santander Jovem Jornalista, Renan Tetsuo Omura é estudante da Universidade de Mogi das Cruzes (UMC) Foto: Tiago Queiroz/Estadão

Após encerrar o expediente de oito horas de trabalho, o faxineiro Emerson Alexandre de Prado, de 39 anos, parte para a próxima jornada. Com uma carriola, ele busca pelos bairros de Suzano, município da Grande São Paulo, doações de alimentos para a ONG Sciences, da qual é o fundador. A luta, no entanto, não para por aí. Do computador de casa, ele pede e recebe ajuda de internautas de diversos países, por meio da página do Facebook que criou para entidade. 

Hoje, a ONG conta com cerca de cem colaboradores e beneficia mais de 500 pessoas, entre os que estão em orfanatos e asilos, e moradores de ruas do Alto Tietê. "Não é fácil. Às vezes, tenho de tirar parte do meu salário de faxineiro, que é de R$ 920", conta Prado. "Mas, no fim, sempre vale a pena."

++ SoLyra leva arte a escolas para pessoas especiais em Curitiba

A dedicação é a mesma há 26 anos. Prado e um grupo de amigos criaram a entidade em 1991, incentivados por professores do clube de ciências da Escola Leda Fernandez Lopes, no bairro Vila Maria de Maggi, em Suzano - o que explica o nome da ONG. Desde então, o faxineiro adaptou sua rotina para continuar com a ajuda comunitária.

Semanalmente, a organização distribui sopa para moradores de rua e realiza visitas e doações na creche Sociedade de Amparo ao Menor Paulo de Tarso, em Poá, e no asilo São Vicente de Paula, em Suzano. "Quando vamos aos orfanatos, levamos alimentos e brinquedos que eu mesmo construo com caixa de leite. Nos asilos, levamos fraldas e roupas. 

Moradora do bairro Jardim Imperador, em Suzano, Aparecida Massariol, de 85 anos, recebe mensalmente cesta básica da ONG. "É maravilhoso, ele soube usar as ferramentas que ele tem para ajudar o próximo."

Uma dessas ferramentas é, certamente, a rede social. O trabalho de Prado começou a ganhar destaque na internet em 2015, quando ele foi reconhecido na rua por uma cliente do supermercado onde trabalhava. O faxineiroestava distribuindo alimentos para desabrigados no centro de Suzano. "Ela quis me fotografar, mas não deixei. Logo, o filho dela quis tirar algumas fotos também. Ele era fotógrafo. No começo relutei, mas acabei permitindo", conta. Após alguns dias, as imagens ganharam destaque nas redes sociais.

++ Aluna da UFRN ganha Prêmio Santander

A página da ONG atualmente conta com 2.642 seguidores. Internautas de países como China e Estados Unidos colaboram com recursos financeiros e cartas de apoio. O dinheiro arrecadado é revertido em alimentos, fraldas e roupas. Logo surgiram os convites das emissoras de TV. "No começo, eu não gostava. Recusei alguns convites. Mas depois percebi que essa seria a melhor forma de divulgar o trabalho." 

A ONG agora tem novo projeto, o Cantinho da Leitura, que pretende levar às periferias do Alto Tietê um acervo gratuito de livros. "Não adianta somente matar a fome, temos de levar a educação para as áreas carentes. Assim eles terão mais chances de conseguir uma oportunidade."

* Finalista do 12º Prêmio Santander Jovem Jornalista e aluno da Universidade de Mogi das Cruzes (UMC)

Finalista do 12º Prêmio Santander Jovem Jornalista, Renan Tetsuo Omura é estudante da Universidade de Mogi das Cruzes (UMC) Foto: Tiago Queiroz/Estadão

Após encerrar o expediente de oito horas de trabalho, o faxineiro Emerson Alexandre de Prado, de 39 anos, parte para a próxima jornada. Com uma carriola, ele busca pelos bairros de Suzano, município da Grande São Paulo, doações de alimentos para a ONG Sciences, da qual é o fundador. A luta, no entanto, não para por aí. Do computador de casa, ele pede e recebe ajuda de internautas de diversos países, por meio da página do Facebook que criou para entidade. 

Hoje, a ONG conta com cerca de cem colaboradores e beneficia mais de 500 pessoas, entre os que estão em orfanatos e asilos, e moradores de ruas do Alto Tietê. "Não é fácil. Às vezes, tenho de tirar parte do meu salário de faxineiro, que é de R$ 920", conta Prado. "Mas, no fim, sempre vale a pena."

++ SoLyra leva arte a escolas para pessoas especiais em Curitiba

A dedicação é a mesma há 26 anos. Prado e um grupo de amigos criaram a entidade em 1991, incentivados por professores do clube de ciências da Escola Leda Fernandez Lopes, no bairro Vila Maria de Maggi, em Suzano - o que explica o nome da ONG. Desde então, o faxineiro adaptou sua rotina para continuar com a ajuda comunitária.

Semanalmente, a organização distribui sopa para moradores de rua e realiza visitas e doações na creche Sociedade de Amparo ao Menor Paulo de Tarso, em Poá, e no asilo São Vicente de Paula, em Suzano. "Quando vamos aos orfanatos, levamos alimentos e brinquedos que eu mesmo construo com caixa de leite. Nos asilos, levamos fraldas e roupas. 

Moradora do bairro Jardim Imperador, em Suzano, Aparecida Massariol, de 85 anos, recebe mensalmente cesta básica da ONG. "É maravilhoso, ele soube usar as ferramentas que ele tem para ajudar o próximo."

Uma dessas ferramentas é, certamente, a rede social. O trabalho de Prado começou a ganhar destaque na internet em 2015, quando ele foi reconhecido na rua por uma cliente do supermercado onde trabalhava. O faxineiroestava distribuindo alimentos para desabrigados no centro de Suzano. "Ela quis me fotografar, mas não deixei. Logo, o filho dela quis tirar algumas fotos também. Ele era fotógrafo. No começo relutei, mas acabei permitindo", conta. Após alguns dias, as imagens ganharam destaque nas redes sociais.

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A página da ONG atualmente conta com 2.642 seguidores. Internautas de países como China e Estados Unidos colaboram com recursos financeiros e cartas de apoio. O dinheiro arrecadado é revertido em alimentos, fraldas e roupas. Logo surgiram os convites das emissoras de TV. "No começo, eu não gostava. Recusei alguns convites. Mas depois percebi que essa seria a melhor forma de divulgar o trabalho." 

A ONG agora tem novo projeto, o Cantinho da Leitura, que pretende levar às periferias do Alto Tietê um acervo gratuito de livros. "Não adianta somente matar a fome, temos de levar a educação para as áreas carentes. Assim eles terão mais chances de conseguir uma oportunidade."

* Finalista do 12º Prêmio Santander Jovem Jornalista e aluno da Universidade de Mogi das Cruzes (UMC)

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