ONU diz que polícia brasileira mata 5 pessoas por dia


Esta é a segunda denúncia feita pelas Nações Unidas sobre a violência dos agentes de segurança pública no País nesta semana

Por Vitor Tavares e Jamil Chade

GENEBRA - A Organização das Nações Unidas (ONU) acusa a polícia brasileira de ser a responsável por cinco mortes a cada dia no País, totalizando apenas em 2015 cerca de 2 mil incidentes. O alerta foi feito nesta quinta-feira, 10, pelo Alto Comissário da ONU para Direitos Humanos, Zeid Al Hussein. Essa é a segunda denúncia que as Nações Unidas apresentam sobre a violência policial no Brasil em apenas uma semana. 

Zeid, nesta quinta-feira, fez seu balanço anual sobre a situação dos direitos humanos no mundo. Entre os cerca de 30 países citados pelo alto comissário, a situação brasileira teve seu destaque ao tratar do racismo contra pessoas afrodescendentes.

Segundo relator da ONU, a violência policial não é exceção no País, mas regra Foto: Felipe Rau/Estadão
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"No Brasil, o governo tomou ações para lidar com os direitos sociais de pessoas afrodescendentes, especialmente no campo da educação", reconheceu Zeid. "Apesar disso, foi amplamente informado sobre a insegurança que muitos jovens afro-brasileiros sentem diante da violência policial e da impunidade", disse.

"Mais de 2 mil pessoas foram mortas pela polícia no Brasil no ano passado e eles eram, de forma desproporcional, de afrodescendência", acusou Zeid. 

Segundo o relator, outra constatação preocupante também a morte de jovens afro-americanos nos Estados Unidos, com 300 casos em 2015. "Mais ações são necessárias em países onde esses casos são registrados, incluindo medidas para levar os autores à Justiça e garantir um remédio para a vítimas", defendeu Zeid. 

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As 50 cidades mais violentas do mundo

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49- Maracaibo - Venezuela

Foto: AP
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45- Pereira - Colômbia

Foto: Reprodução/El País
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42- Nelson Mandela Bay - África do Sul

Foto: AFP
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41- Durban - África do Sul

Foto: EFE
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40- Campina Grande (PB) - Brasil

Foto: Reprodução
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37- Recife (PE) - Brasil

Foto: Guga Matos/JC Imagem
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35- Tijuana - México

Foto: AP
8 | 46

33- Kingston - Jamaica

Foto: Rodrigo Abd/AP
9 | 46

32- New Orleans - Estados Unidos

Foto: Lee Calano/Reuters
10 | 46

31- Vitória (ES) - Brasil

Foto: Wilson Dias/Abr
11 | 46

30- Teresina (PI) - Brasil

Foto: Martha Santuza/Meio Norte
12 | 46

28- Detroit - Estados Unidos

Foto: Rebecca Cook/Reuters
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24- Cumaná - Venezuela

Foto: Reprodução/El Clarín
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23- Manaus (AM) - Brasil

Foto: Estadão
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22- Cuiabá (MT) - Brasil

Foto: Reprodução
16 | 46

21- São Luís (MA) - Brasil

Foto: Reprodução
17 | 46

20- Barquisimeto - Venezuela

Foto: Reprodução/El Impulso
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19- Baltimore - Estados Unidos

Foto: AP
19 | 46

18- Maceió (AL) - Brasil

Foto: Reprodução
20 | 46

17- Culiacán - México

Foto: Fidel Duran/Reuters
21 | 46

12- Fortaleza (CE) - Brasil

Foto: Yasuyoshi Chiba/AFP
22 | 46

11- Ciudad Guayana - Venezuela

Foto: Ariana Cubillos/AP
23 | 46

8- Palmira - Colômbia

Foto: Jaime Saldarriaga/Reuters
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7- Valencia - Venezuela

Foto: Reuters
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6- Distrito Central - Honduras

Foto: Jorge Cabrera/Reuters
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5- Maturín - Venezuela

Foto: Divulgação
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4- Acapulco - México

Foto: Reuters
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3- San Salvador - El Salvador

Foto: Marvin Recinos/AFP
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2- San Pedro Sula - Honduras

Foto: Jorge Cabrera/Reuters
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1- Caracas - Venezuela

Foto: Jorge Silva/Reuters
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50- Obregón - México

Foto: Reuters
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46- Victoria - México

Foto: Reprodução
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39- Campos dos Goytacazes (RJ) - Brasil

Foto: Cleber Rodrigues/Divulgação
34 | 46

38- Aracaju (SE) - Brasil

Foto: Reprodução/Jornal O Dia
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36- Vitória da Conquista (BA) - Brasil

Foto: João Melo/Reprodução
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29- Goiânia (GO) - Brasil

Foto: André Costa/Costa Press
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27- Feira de Santana (BA) - Brasil

Foto: Gleidson Santos/Bapress
38 | 46

25- Guatemala - Guatamala

Foto: EFE
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16- João Pessoa (PB) - Brasil

Foto: Otávio Nogueira/Creative Commons
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15- St. Louis - Estados Unidos

Foto: Rick Wilking/Reuters
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13- Natal (RN) - Brasil

Foto: Toru Hanai/Reuters
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10- Cali - Colômbia

Foto: Luis Robayo/AFP
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48- Macapá (AP) - Brasil

Foto: Divulgação
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43- Porto Alegre (RS) - Brasil

Foto: André Avila/Estadão
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14- Salvador (BA) - Brasil

Foto: Lunae Parracho/Reuters
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9- Cidade do Cabo - África do Sul

Foto: Reuters

Na última terça-feira, 8, o relator da ONU para a prevenção da Tortura, Juan Mendez, também atacou o Brasil por não dar respostas à violência policial. Para ele, os homicídios cometidos por policiais não são a exceção, mas, sim, "a regra"

Rogério Sottili, secretário de Direitos Humanos, viajou até Genebra, na Suíça, nesta semana para dar uma resposta ao informe. "Existe um problema de impunidade muito grave no País", admitiu. "Há tortura no Brasil. Somos um País formado por violações de direitos humanos. Temos uma cultura de violência. Como mudar? Com um novo processo histórico com formação em direitos humanos", disse. 

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Para ele, parte da explicação é a construção histórica do Brasil . "É evidente que não mudaremos uma cultura de violência de pelo menos 500 anos de uma hora para outra. Mas tenho a convicção de que recentemente começamos a transformar essa cultura de discriminação e de violência em favor de uma cultura de direitos", disse.

Como tem feito nos últimos dez anos em reuniões da ONU, o governo listou os diversos programas e iniciativas que adotou, "indicando o caminho para a ruptura do ciclo de impunidade e violência no País". Entre os programas e instituições citadas estão o Sistema Nacional de Prevenção e Combate à Tortura e a criação de um Mecanismo Nacional de Combate à Tortura. 

Investigações. Para o secretário estadual da Segurança Pública de São Paulo, Alexandre de Moraes, é preciso dar força às investigações sobre crimes cometidos por policiais para que os índices sejam reduzidos.

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"Indiquei uma resolução no ano passado para que a cada caso de letalidade haja uma fiel investigação, imediatamente se dirigindo à Corregedoria, ao comandante do batalhão, ao delegado e ao Ministério Público", disse o secretário em agenda pública em Franco da Rocha, na Grande São Paulo. O procedimento, que foi editado em março de 2015, vale também para crimes cometidos contra policiais.

De acordo com Moraes, a medida vem dando resultados. De março a dezembro de 2015, foi registrada a diminuição de 30% em casos de mortes cometidas por policiais em São Paulo. Em janeiro de 2016, na comparação com o mesmo mês em2015, foram 43 mortes contra 81.

GENEBRA - A Organização das Nações Unidas (ONU) acusa a polícia brasileira de ser a responsável por cinco mortes a cada dia no País, totalizando apenas em 2015 cerca de 2 mil incidentes. O alerta foi feito nesta quinta-feira, 10, pelo Alto Comissário da ONU para Direitos Humanos, Zeid Al Hussein. Essa é a segunda denúncia que as Nações Unidas apresentam sobre a violência policial no Brasil em apenas uma semana. 

Zeid, nesta quinta-feira, fez seu balanço anual sobre a situação dos direitos humanos no mundo. Entre os cerca de 30 países citados pelo alto comissário, a situação brasileira teve seu destaque ao tratar do racismo contra pessoas afrodescendentes.

Segundo relator da ONU, a violência policial não é exceção no País, mas regra Foto: Felipe Rau/Estadão

"No Brasil, o governo tomou ações para lidar com os direitos sociais de pessoas afrodescendentes, especialmente no campo da educação", reconheceu Zeid. "Apesar disso, foi amplamente informado sobre a insegurança que muitos jovens afro-brasileiros sentem diante da violência policial e da impunidade", disse.

"Mais de 2 mil pessoas foram mortas pela polícia no Brasil no ano passado e eles eram, de forma desproporcional, de afrodescendência", acusou Zeid. 

Segundo o relator, outra constatação preocupante também a morte de jovens afro-americanos nos Estados Unidos, com 300 casos em 2015. "Mais ações são necessárias em países onde esses casos são registrados, incluindo medidas para levar os autores à Justiça e garantir um remédio para a vítimas", defendeu Zeid. 

As 50 cidades mais violentas do mundo

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49- Maracaibo - Venezuela

Foto: AP
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45- Pereira - Colômbia

Foto: Reprodução/El País
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42- Nelson Mandela Bay - África do Sul

Foto: AFP
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41- Durban - África do Sul

Foto: EFE
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40- Campina Grande (PB) - Brasil

Foto: Reprodução
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37- Recife (PE) - Brasil

Foto: Guga Matos/JC Imagem
7 | 46

35- Tijuana - México

Foto: AP
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33- Kingston - Jamaica

Foto: Rodrigo Abd/AP
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32- New Orleans - Estados Unidos

Foto: Lee Calano/Reuters
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31- Vitória (ES) - Brasil

Foto: Wilson Dias/Abr
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30- Teresina (PI) - Brasil

Foto: Martha Santuza/Meio Norte
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28- Detroit - Estados Unidos

Foto: Rebecca Cook/Reuters
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24- Cumaná - Venezuela

Foto: Reprodução/El Clarín
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23- Manaus (AM) - Brasil

Foto: Estadão
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22- Cuiabá (MT) - Brasil

Foto: Reprodução
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21- São Luís (MA) - Brasil

Foto: Reprodução
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20- Barquisimeto - Venezuela

Foto: Reprodução/El Impulso
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19- Baltimore - Estados Unidos

Foto: AP
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18- Maceió (AL) - Brasil

Foto: Reprodução
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17- Culiacán - México

Foto: Fidel Duran/Reuters
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12- Fortaleza (CE) - Brasil

Foto: Yasuyoshi Chiba/AFP
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11- Ciudad Guayana - Venezuela

Foto: Ariana Cubillos/AP
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8- Palmira - Colômbia

Foto: Jaime Saldarriaga/Reuters
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7- Valencia - Venezuela

Foto: Reuters
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6- Distrito Central - Honduras

Foto: Jorge Cabrera/Reuters
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5- Maturín - Venezuela

Foto: Divulgação
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4- Acapulco - México

Foto: Reuters
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3- San Salvador - El Salvador

Foto: Marvin Recinos/AFP
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2- San Pedro Sula - Honduras

Foto: Jorge Cabrera/Reuters
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1- Caracas - Venezuela

Foto: Jorge Silva/Reuters
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50- Obregón - México

Foto: Reuters
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46- Victoria - México

Foto: Reprodução
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39- Campos dos Goytacazes (RJ) - Brasil

Foto: Cleber Rodrigues/Divulgação
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38- Aracaju (SE) - Brasil

Foto: Reprodução/Jornal O Dia
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36- Vitória da Conquista (BA) - Brasil

Foto: João Melo/Reprodução
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29- Goiânia (GO) - Brasil

Foto: André Costa/Costa Press
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27- Feira de Santana (BA) - Brasil

Foto: Gleidson Santos/Bapress
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25- Guatemala - Guatamala

Foto: EFE
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16- João Pessoa (PB) - Brasil

Foto: Otávio Nogueira/Creative Commons
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15- St. Louis - Estados Unidos

Foto: Rick Wilking/Reuters
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13- Natal (RN) - Brasil

Foto: Toru Hanai/Reuters
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10- Cali - Colômbia

Foto: Luis Robayo/AFP
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48- Macapá (AP) - Brasil

Foto: Divulgação
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43- Porto Alegre (RS) - Brasil

Foto: André Avila/Estadão
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14- Salvador (BA) - Brasil

Foto: Lunae Parracho/Reuters
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9- Cidade do Cabo - África do Sul

Foto: Reuters

Na última terça-feira, 8, o relator da ONU para a prevenção da Tortura, Juan Mendez, também atacou o Brasil por não dar respostas à violência policial. Para ele, os homicídios cometidos por policiais não são a exceção, mas, sim, "a regra"

Rogério Sottili, secretário de Direitos Humanos, viajou até Genebra, na Suíça, nesta semana para dar uma resposta ao informe. "Existe um problema de impunidade muito grave no País", admitiu. "Há tortura no Brasil. Somos um País formado por violações de direitos humanos. Temos uma cultura de violência. Como mudar? Com um novo processo histórico com formação em direitos humanos", disse. 

Para ele, parte da explicação é a construção histórica do Brasil . "É evidente que não mudaremos uma cultura de violência de pelo menos 500 anos de uma hora para outra. Mas tenho a convicção de que recentemente começamos a transformar essa cultura de discriminação e de violência em favor de uma cultura de direitos", disse.

Como tem feito nos últimos dez anos em reuniões da ONU, o governo listou os diversos programas e iniciativas que adotou, "indicando o caminho para a ruptura do ciclo de impunidade e violência no País". Entre os programas e instituições citadas estão o Sistema Nacional de Prevenção e Combate à Tortura e a criação de um Mecanismo Nacional de Combate à Tortura. 

Investigações. Para o secretário estadual da Segurança Pública de São Paulo, Alexandre de Moraes, é preciso dar força às investigações sobre crimes cometidos por policiais para que os índices sejam reduzidos.

"Indiquei uma resolução no ano passado para que a cada caso de letalidade haja uma fiel investigação, imediatamente se dirigindo à Corregedoria, ao comandante do batalhão, ao delegado e ao Ministério Público", disse o secretário em agenda pública em Franco da Rocha, na Grande São Paulo. O procedimento, que foi editado em março de 2015, vale também para crimes cometidos contra policiais.

De acordo com Moraes, a medida vem dando resultados. De março a dezembro de 2015, foi registrada a diminuição de 30% em casos de mortes cometidas por policiais em São Paulo. Em janeiro de 2016, na comparação com o mesmo mês em2015, foram 43 mortes contra 81.

GENEBRA - A Organização das Nações Unidas (ONU) acusa a polícia brasileira de ser a responsável por cinco mortes a cada dia no País, totalizando apenas em 2015 cerca de 2 mil incidentes. O alerta foi feito nesta quinta-feira, 10, pelo Alto Comissário da ONU para Direitos Humanos, Zeid Al Hussein. Essa é a segunda denúncia que as Nações Unidas apresentam sobre a violência policial no Brasil em apenas uma semana. 

Zeid, nesta quinta-feira, fez seu balanço anual sobre a situação dos direitos humanos no mundo. Entre os cerca de 30 países citados pelo alto comissário, a situação brasileira teve seu destaque ao tratar do racismo contra pessoas afrodescendentes.

Segundo relator da ONU, a violência policial não é exceção no País, mas regra Foto: Felipe Rau/Estadão

"No Brasil, o governo tomou ações para lidar com os direitos sociais de pessoas afrodescendentes, especialmente no campo da educação", reconheceu Zeid. "Apesar disso, foi amplamente informado sobre a insegurança que muitos jovens afro-brasileiros sentem diante da violência policial e da impunidade", disse.

"Mais de 2 mil pessoas foram mortas pela polícia no Brasil no ano passado e eles eram, de forma desproporcional, de afrodescendência", acusou Zeid. 

Segundo o relator, outra constatação preocupante também a morte de jovens afro-americanos nos Estados Unidos, com 300 casos em 2015. "Mais ações são necessárias em países onde esses casos são registrados, incluindo medidas para levar os autores à Justiça e garantir um remédio para a vítimas", defendeu Zeid. 

As 50 cidades mais violentas do mundo

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49- Maracaibo - Venezuela

Foto: AP
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45- Pereira - Colômbia

Foto: Reprodução/El País
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42- Nelson Mandela Bay - África do Sul

Foto: AFP
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41- Durban - África do Sul

Foto: EFE
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40- Campina Grande (PB) - Brasil

Foto: Reprodução
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37- Recife (PE) - Brasil

Foto: Guga Matos/JC Imagem
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35- Tijuana - México

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33- Kingston - Jamaica

Foto: Rodrigo Abd/AP
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Foto: Lee Calano/Reuters
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Foto: Wilson Dias/Abr
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Foto: Martha Santuza/Meio Norte
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28- Detroit - Estados Unidos

Foto: Rebecca Cook/Reuters
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24- Cumaná - Venezuela

Foto: Reprodução/El Clarín
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Foto: Estadão
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22- Cuiabá (MT) - Brasil

Foto: Reprodução
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Foto: Reprodução
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20- Barquisimeto - Venezuela

Foto: Reprodução/El Impulso
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19- Baltimore - Estados Unidos

Foto: AP
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18- Maceió (AL) - Brasil

Foto: Reprodução
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17- Culiacán - México

Foto: Fidel Duran/Reuters
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12- Fortaleza (CE) - Brasil

Foto: Yasuyoshi Chiba/AFP
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11- Ciudad Guayana - Venezuela

Foto: Ariana Cubillos/AP
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8- Palmira - Colômbia

Foto: Jaime Saldarriaga/Reuters
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7- Valencia - Venezuela

Foto: Reuters
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6- Distrito Central - Honduras

Foto: Jorge Cabrera/Reuters
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5- Maturín - Venezuela

Foto: Divulgação
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4- Acapulco - México

Foto: Reuters
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3- San Salvador - El Salvador

Foto: Marvin Recinos/AFP
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2- San Pedro Sula - Honduras

Foto: Jorge Cabrera/Reuters
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1- Caracas - Venezuela

Foto: Jorge Silva/Reuters
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50- Obregón - México

Foto: Reuters
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46- Victoria - México

Foto: Reprodução
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39- Campos dos Goytacazes (RJ) - Brasil

Foto: Cleber Rodrigues/Divulgação
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38- Aracaju (SE) - Brasil

Foto: Reprodução/Jornal O Dia
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36- Vitória da Conquista (BA) - Brasil

Foto: João Melo/Reprodução
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29- Goiânia (GO) - Brasil

Foto: André Costa/Costa Press
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27- Feira de Santana (BA) - Brasil

Foto: Gleidson Santos/Bapress
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25- Guatemala - Guatamala

Foto: EFE
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16- João Pessoa (PB) - Brasil

Foto: Otávio Nogueira/Creative Commons
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15- St. Louis - Estados Unidos

Foto: Rick Wilking/Reuters
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13- Natal (RN) - Brasil

Foto: Toru Hanai/Reuters
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10- Cali - Colômbia

Foto: Luis Robayo/AFP
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48- Macapá (AP) - Brasil

Foto: Divulgação
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43- Porto Alegre (RS) - Brasil

Foto: André Avila/Estadão
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14- Salvador (BA) - Brasil

Foto: Lunae Parracho/Reuters
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9- Cidade do Cabo - África do Sul

Foto: Reuters

Na última terça-feira, 8, o relator da ONU para a prevenção da Tortura, Juan Mendez, também atacou o Brasil por não dar respostas à violência policial. Para ele, os homicídios cometidos por policiais não são a exceção, mas, sim, "a regra"

Rogério Sottili, secretário de Direitos Humanos, viajou até Genebra, na Suíça, nesta semana para dar uma resposta ao informe. "Existe um problema de impunidade muito grave no País", admitiu. "Há tortura no Brasil. Somos um País formado por violações de direitos humanos. Temos uma cultura de violência. Como mudar? Com um novo processo histórico com formação em direitos humanos", disse. 

Para ele, parte da explicação é a construção histórica do Brasil . "É evidente que não mudaremos uma cultura de violência de pelo menos 500 anos de uma hora para outra. Mas tenho a convicção de que recentemente começamos a transformar essa cultura de discriminação e de violência em favor de uma cultura de direitos", disse.

Como tem feito nos últimos dez anos em reuniões da ONU, o governo listou os diversos programas e iniciativas que adotou, "indicando o caminho para a ruptura do ciclo de impunidade e violência no País". Entre os programas e instituições citadas estão o Sistema Nacional de Prevenção e Combate à Tortura e a criação de um Mecanismo Nacional de Combate à Tortura. 

Investigações. Para o secretário estadual da Segurança Pública de São Paulo, Alexandre de Moraes, é preciso dar força às investigações sobre crimes cometidos por policiais para que os índices sejam reduzidos.

"Indiquei uma resolução no ano passado para que a cada caso de letalidade haja uma fiel investigação, imediatamente se dirigindo à Corregedoria, ao comandante do batalhão, ao delegado e ao Ministério Público", disse o secretário em agenda pública em Franco da Rocha, na Grande São Paulo. O procedimento, que foi editado em março de 2015, vale também para crimes cometidos contra policiais.

De acordo com Moraes, a medida vem dando resultados. De março a dezembro de 2015, foi registrada a diminuição de 30% em casos de mortes cometidas por policiais em São Paulo. Em janeiro de 2016, na comparação com o mesmo mês em2015, foram 43 mortes contra 81.

GENEBRA - A Organização das Nações Unidas (ONU) acusa a polícia brasileira de ser a responsável por cinco mortes a cada dia no País, totalizando apenas em 2015 cerca de 2 mil incidentes. O alerta foi feito nesta quinta-feira, 10, pelo Alto Comissário da ONU para Direitos Humanos, Zeid Al Hussein. Essa é a segunda denúncia que as Nações Unidas apresentam sobre a violência policial no Brasil em apenas uma semana. 

Zeid, nesta quinta-feira, fez seu balanço anual sobre a situação dos direitos humanos no mundo. Entre os cerca de 30 países citados pelo alto comissário, a situação brasileira teve seu destaque ao tratar do racismo contra pessoas afrodescendentes.

Segundo relator da ONU, a violência policial não é exceção no País, mas regra Foto: Felipe Rau/Estadão

"No Brasil, o governo tomou ações para lidar com os direitos sociais de pessoas afrodescendentes, especialmente no campo da educação", reconheceu Zeid. "Apesar disso, foi amplamente informado sobre a insegurança que muitos jovens afro-brasileiros sentem diante da violência policial e da impunidade", disse.

"Mais de 2 mil pessoas foram mortas pela polícia no Brasil no ano passado e eles eram, de forma desproporcional, de afrodescendência", acusou Zeid. 

Segundo o relator, outra constatação preocupante também a morte de jovens afro-americanos nos Estados Unidos, com 300 casos em 2015. "Mais ações são necessárias em países onde esses casos são registrados, incluindo medidas para levar os autores à Justiça e garantir um remédio para a vítimas", defendeu Zeid. 

As 50 cidades mais violentas do mundo

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49- Maracaibo - Venezuela

Foto: AP
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45- Pereira - Colômbia

Foto: Reprodução/El País
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Foto: EFE
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Foto: Guga Matos/JC Imagem
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Foto: Rodrigo Abd/AP
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Foto: Martha Santuza/Meio Norte
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Foto: Reprodução/El Clarín
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20- Barquisimeto - Venezuela

Foto: Reprodução/El Impulso
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18- Maceió (AL) - Brasil

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Foto: Jorge Cabrera/Reuters
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Foto: Marvin Recinos/AFP
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2- San Pedro Sula - Honduras

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39- Campos dos Goytacazes (RJ) - Brasil

Foto: Cleber Rodrigues/Divulgação
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38- Aracaju (SE) - Brasil

Foto: Reprodução/Jornal O Dia
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36- Vitória da Conquista (BA) - Brasil

Foto: João Melo/Reprodução
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29- Goiânia (GO) - Brasil

Foto: André Costa/Costa Press
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27- Feira de Santana (BA) - Brasil

Foto: Gleidson Santos/Bapress
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25- Guatemala - Guatamala

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16- João Pessoa (PB) - Brasil

Foto: Otávio Nogueira/Creative Commons
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15- St. Louis - Estados Unidos

Foto: Rick Wilking/Reuters
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13- Natal (RN) - Brasil

Foto: Toru Hanai/Reuters
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10- Cali - Colômbia

Foto: Luis Robayo/AFP
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48- Macapá (AP) - Brasil

Foto: Divulgação
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43- Porto Alegre (RS) - Brasil

Foto: André Avila/Estadão
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14- Salvador (BA) - Brasil

Foto: Lunae Parracho/Reuters
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9- Cidade do Cabo - África do Sul

Foto: Reuters

Na última terça-feira, 8, o relator da ONU para a prevenção da Tortura, Juan Mendez, também atacou o Brasil por não dar respostas à violência policial. Para ele, os homicídios cometidos por policiais não são a exceção, mas, sim, "a regra"

Rogério Sottili, secretário de Direitos Humanos, viajou até Genebra, na Suíça, nesta semana para dar uma resposta ao informe. "Existe um problema de impunidade muito grave no País", admitiu. "Há tortura no Brasil. Somos um País formado por violações de direitos humanos. Temos uma cultura de violência. Como mudar? Com um novo processo histórico com formação em direitos humanos", disse. 

Para ele, parte da explicação é a construção histórica do Brasil . "É evidente que não mudaremos uma cultura de violência de pelo menos 500 anos de uma hora para outra. Mas tenho a convicção de que recentemente começamos a transformar essa cultura de discriminação e de violência em favor de uma cultura de direitos", disse.

Como tem feito nos últimos dez anos em reuniões da ONU, o governo listou os diversos programas e iniciativas que adotou, "indicando o caminho para a ruptura do ciclo de impunidade e violência no País". Entre os programas e instituições citadas estão o Sistema Nacional de Prevenção e Combate à Tortura e a criação de um Mecanismo Nacional de Combate à Tortura. 

Investigações. Para o secretário estadual da Segurança Pública de São Paulo, Alexandre de Moraes, é preciso dar força às investigações sobre crimes cometidos por policiais para que os índices sejam reduzidos.

"Indiquei uma resolução no ano passado para que a cada caso de letalidade haja uma fiel investigação, imediatamente se dirigindo à Corregedoria, ao comandante do batalhão, ao delegado e ao Ministério Público", disse o secretário em agenda pública em Franco da Rocha, na Grande São Paulo. O procedimento, que foi editado em março de 2015, vale também para crimes cometidos contra policiais.

De acordo com Moraes, a medida vem dando resultados. De março a dezembro de 2015, foi registrada a diminuição de 30% em casos de mortes cometidas por policiais em São Paulo. Em janeiro de 2016, na comparação com o mesmo mês em2015, foram 43 mortes contra 81.

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