Oposição agora convoca Vaccari na CPI das ONGs


Pelo segundo dia consecutivo, oposicionistas aproveitam descuido governista para manter escândalo da Bancoop em evidência

Por Ana Paula Scinocca

BRASÍLIAPelo segundo dia consecutivo, a oposição aproveitou-se de um cochilo da base governista no Senado e conseguiu aprovar, desta vez na CPI das ONGs, a convocação do tesoureiro do PT e ex-presidente da Cooperativa Habitacional dos Bancários de São Paulo (Bancoop) João Vaccari Neto. A CPI aprovou ainda convites para que prestem depoimento o promotor José Carlos Blat, que investiga supostos desvios na Bancoop, o doleiro Lúcio Bolonha Funaro e Hélio Malheiro, irmão de Luiz Eduardo Malheiro, ex-presidente da cooperativa que morreu em novembro de 2004, vítima de acidente de carro em Pernambuco. Ao Ministério Público, em 2008, Hélio relatou que o irmão lhe contou sobre pressão política que sofria e que fora obrigado a entregar dinheiro da cooperativa para campanhas do PT.Os depoimentos de Blat e Vaccari foram marcados para terça-feira. Os outros ainda não têm uma data fechada, mas a ideia é que sejam realizados em dias separados.Blat não decidiu se aceita o convite para ir à CPI. A colegas de promotoria ele tem dito que as informações que colheu ao longo de quase três anos de investigação estão nos autos.Há duas semanas, o promotor requereu a quebra do sigilo bancário e fiscal de Vaccari. A Justiça, porém, pediu ao promotor que explique com precisão o que apura contra o tesoureiro do PT.Articulação. Para aprovar os requerimentos ontem, a oposição se articulou na véspera, quando também obteve vitória na Comissão de Direitos Humanos do Senado, com a aprovação de convite para depoimento de Vaccari, Blat, Funaro e Pedro Dallari, advogado da Bancoop. Dallari nega irregularidades na gestão da cooperativa. Com a Casa esvaziada, os requerimentos foram aprovados com apenas seis assinaturas. Enquanto os senadores aprovavam a convocação, o relator da CPI, senador Inácio Arruda (PC do B-CE), da base do governo, participava, na sala ao lado, da sessão da Comissão de Relações Exteriores. A oposição negou manobra e falou em negligência do governo."Todo mundo sabia que tinha sessão. O governo foi negligente", disse o presidente da CPI, Heráclito Fortes (DEM-PI). "A CPI estava na UTI, em coma, e agora acordou. Todo mundo sabia que isso podia acontecer, já que está prorrogada até setembro."Assunto grave. Questionado sobre o fato de o caso Bancoop não estar diretamente relacionado ao tema da comissão parlamentar de inquérito, Heráclito disse que o assunto é grave. "As pessoas colocaram as poupanças de suas vidas na Bancoop, cujo garoto-propaganda em 1999 era o presidente Luiz Inácio Lula da Silva", argumentou o senador.Para Inácio Arruda, a oposição "tomou o céu de assalto". Mas, segundo ele, não é o caso de o governo tentar reverter. "O assunto Bancoop não tem nada a ver com CPI das ONGs. A CPI não pode ser objeto de interesse ocasional", afirmou.Caso cheio de polêmicas1995Ricardo Berzoini cria a Bancoop2006Ministério Público apura denúncias 2008O promotor José Carlos Blat depõe na Assembleia2010Cooperados de 18 entidades pedem intervenção da entidade

BRASÍLIAPelo segundo dia consecutivo, a oposição aproveitou-se de um cochilo da base governista no Senado e conseguiu aprovar, desta vez na CPI das ONGs, a convocação do tesoureiro do PT e ex-presidente da Cooperativa Habitacional dos Bancários de São Paulo (Bancoop) João Vaccari Neto. A CPI aprovou ainda convites para que prestem depoimento o promotor José Carlos Blat, que investiga supostos desvios na Bancoop, o doleiro Lúcio Bolonha Funaro e Hélio Malheiro, irmão de Luiz Eduardo Malheiro, ex-presidente da cooperativa que morreu em novembro de 2004, vítima de acidente de carro em Pernambuco. Ao Ministério Público, em 2008, Hélio relatou que o irmão lhe contou sobre pressão política que sofria e que fora obrigado a entregar dinheiro da cooperativa para campanhas do PT.Os depoimentos de Blat e Vaccari foram marcados para terça-feira. Os outros ainda não têm uma data fechada, mas a ideia é que sejam realizados em dias separados.Blat não decidiu se aceita o convite para ir à CPI. A colegas de promotoria ele tem dito que as informações que colheu ao longo de quase três anos de investigação estão nos autos.Há duas semanas, o promotor requereu a quebra do sigilo bancário e fiscal de Vaccari. A Justiça, porém, pediu ao promotor que explique com precisão o que apura contra o tesoureiro do PT.Articulação. Para aprovar os requerimentos ontem, a oposição se articulou na véspera, quando também obteve vitória na Comissão de Direitos Humanos do Senado, com a aprovação de convite para depoimento de Vaccari, Blat, Funaro e Pedro Dallari, advogado da Bancoop. Dallari nega irregularidades na gestão da cooperativa. Com a Casa esvaziada, os requerimentos foram aprovados com apenas seis assinaturas. Enquanto os senadores aprovavam a convocação, o relator da CPI, senador Inácio Arruda (PC do B-CE), da base do governo, participava, na sala ao lado, da sessão da Comissão de Relações Exteriores. A oposição negou manobra e falou em negligência do governo."Todo mundo sabia que tinha sessão. O governo foi negligente", disse o presidente da CPI, Heráclito Fortes (DEM-PI). "A CPI estava na UTI, em coma, e agora acordou. Todo mundo sabia que isso podia acontecer, já que está prorrogada até setembro."Assunto grave. Questionado sobre o fato de o caso Bancoop não estar diretamente relacionado ao tema da comissão parlamentar de inquérito, Heráclito disse que o assunto é grave. "As pessoas colocaram as poupanças de suas vidas na Bancoop, cujo garoto-propaganda em 1999 era o presidente Luiz Inácio Lula da Silva", argumentou o senador.Para Inácio Arruda, a oposição "tomou o céu de assalto". Mas, segundo ele, não é o caso de o governo tentar reverter. "O assunto Bancoop não tem nada a ver com CPI das ONGs. A CPI não pode ser objeto de interesse ocasional", afirmou.Caso cheio de polêmicas1995Ricardo Berzoini cria a Bancoop2006Ministério Público apura denúncias 2008O promotor José Carlos Blat depõe na Assembleia2010Cooperados de 18 entidades pedem intervenção da entidade

BRASÍLIAPelo segundo dia consecutivo, a oposição aproveitou-se de um cochilo da base governista no Senado e conseguiu aprovar, desta vez na CPI das ONGs, a convocação do tesoureiro do PT e ex-presidente da Cooperativa Habitacional dos Bancários de São Paulo (Bancoop) João Vaccari Neto. A CPI aprovou ainda convites para que prestem depoimento o promotor José Carlos Blat, que investiga supostos desvios na Bancoop, o doleiro Lúcio Bolonha Funaro e Hélio Malheiro, irmão de Luiz Eduardo Malheiro, ex-presidente da cooperativa que morreu em novembro de 2004, vítima de acidente de carro em Pernambuco. Ao Ministério Público, em 2008, Hélio relatou que o irmão lhe contou sobre pressão política que sofria e que fora obrigado a entregar dinheiro da cooperativa para campanhas do PT.Os depoimentos de Blat e Vaccari foram marcados para terça-feira. Os outros ainda não têm uma data fechada, mas a ideia é que sejam realizados em dias separados.Blat não decidiu se aceita o convite para ir à CPI. A colegas de promotoria ele tem dito que as informações que colheu ao longo de quase três anos de investigação estão nos autos.Há duas semanas, o promotor requereu a quebra do sigilo bancário e fiscal de Vaccari. A Justiça, porém, pediu ao promotor que explique com precisão o que apura contra o tesoureiro do PT.Articulação. Para aprovar os requerimentos ontem, a oposição se articulou na véspera, quando também obteve vitória na Comissão de Direitos Humanos do Senado, com a aprovação de convite para depoimento de Vaccari, Blat, Funaro e Pedro Dallari, advogado da Bancoop. Dallari nega irregularidades na gestão da cooperativa. Com a Casa esvaziada, os requerimentos foram aprovados com apenas seis assinaturas. Enquanto os senadores aprovavam a convocação, o relator da CPI, senador Inácio Arruda (PC do B-CE), da base do governo, participava, na sala ao lado, da sessão da Comissão de Relações Exteriores. A oposição negou manobra e falou em negligência do governo."Todo mundo sabia que tinha sessão. O governo foi negligente", disse o presidente da CPI, Heráclito Fortes (DEM-PI). "A CPI estava na UTI, em coma, e agora acordou. Todo mundo sabia que isso podia acontecer, já que está prorrogada até setembro."Assunto grave. Questionado sobre o fato de o caso Bancoop não estar diretamente relacionado ao tema da comissão parlamentar de inquérito, Heráclito disse que o assunto é grave. "As pessoas colocaram as poupanças de suas vidas na Bancoop, cujo garoto-propaganda em 1999 era o presidente Luiz Inácio Lula da Silva", argumentou o senador.Para Inácio Arruda, a oposição "tomou o céu de assalto". Mas, segundo ele, não é o caso de o governo tentar reverter. "O assunto Bancoop não tem nada a ver com CPI das ONGs. A CPI não pode ser objeto de interesse ocasional", afirmou.Caso cheio de polêmicas1995Ricardo Berzoini cria a Bancoop2006Ministério Público apura denúncias 2008O promotor José Carlos Blat depõe na Assembleia2010Cooperados de 18 entidades pedem intervenção da entidade

BRASÍLIAPelo segundo dia consecutivo, a oposição aproveitou-se de um cochilo da base governista no Senado e conseguiu aprovar, desta vez na CPI das ONGs, a convocação do tesoureiro do PT e ex-presidente da Cooperativa Habitacional dos Bancários de São Paulo (Bancoop) João Vaccari Neto. A CPI aprovou ainda convites para que prestem depoimento o promotor José Carlos Blat, que investiga supostos desvios na Bancoop, o doleiro Lúcio Bolonha Funaro e Hélio Malheiro, irmão de Luiz Eduardo Malheiro, ex-presidente da cooperativa que morreu em novembro de 2004, vítima de acidente de carro em Pernambuco. Ao Ministério Público, em 2008, Hélio relatou que o irmão lhe contou sobre pressão política que sofria e que fora obrigado a entregar dinheiro da cooperativa para campanhas do PT.Os depoimentos de Blat e Vaccari foram marcados para terça-feira. Os outros ainda não têm uma data fechada, mas a ideia é que sejam realizados em dias separados.Blat não decidiu se aceita o convite para ir à CPI. A colegas de promotoria ele tem dito que as informações que colheu ao longo de quase três anos de investigação estão nos autos.Há duas semanas, o promotor requereu a quebra do sigilo bancário e fiscal de Vaccari. A Justiça, porém, pediu ao promotor que explique com precisão o que apura contra o tesoureiro do PT.Articulação. Para aprovar os requerimentos ontem, a oposição se articulou na véspera, quando também obteve vitória na Comissão de Direitos Humanos do Senado, com a aprovação de convite para depoimento de Vaccari, Blat, Funaro e Pedro Dallari, advogado da Bancoop. Dallari nega irregularidades na gestão da cooperativa. Com a Casa esvaziada, os requerimentos foram aprovados com apenas seis assinaturas. Enquanto os senadores aprovavam a convocação, o relator da CPI, senador Inácio Arruda (PC do B-CE), da base do governo, participava, na sala ao lado, da sessão da Comissão de Relações Exteriores. A oposição negou manobra e falou em negligência do governo."Todo mundo sabia que tinha sessão. O governo foi negligente", disse o presidente da CPI, Heráclito Fortes (DEM-PI). "A CPI estava na UTI, em coma, e agora acordou. Todo mundo sabia que isso podia acontecer, já que está prorrogada até setembro."Assunto grave. Questionado sobre o fato de o caso Bancoop não estar diretamente relacionado ao tema da comissão parlamentar de inquérito, Heráclito disse que o assunto é grave. "As pessoas colocaram as poupanças de suas vidas na Bancoop, cujo garoto-propaganda em 1999 era o presidente Luiz Inácio Lula da Silva", argumentou o senador.Para Inácio Arruda, a oposição "tomou o céu de assalto". Mas, segundo ele, não é o caso de o governo tentar reverter. "O assunto Bancoop não tem nada a ver com CPI das ONGs. A CPI não pode ser objeto de interesse ocasional", afirmou.Caso cheio de polêmicas1995Ricardo Berzoini cria a Bancoop2006Ministério Público apura denúncias 2008O promotor José Carlos Blat depõe na Assembleia2010Cooperados de 18 entidades pedem intervenção da entidade

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