Para MP, pai arquitetou morte de Bernardo para ficar com herança da mãe


Órgão ofereceu denúncia à Justiça contra Leandro Boldrini, a madrasta Graciele Ugulini, a assistente social Edelvânia Wirganovicz e o motorista Evandro Wirganovicz

Por Elder Ogliari

Atualizada às 00h01 de 16/05

PORTO ALEGRE - O Ministério Público do Rio Grande do Sul denunciou nesta quinta-feira, 15, o médico Leandro Boldrini, de 38 anos, a enfermeira Graciele Ugulini, de 32, e a assistente social Edelvânia Wirganovicz, de 40, por homicídio qualificado e ocultação do cadáver do menino Bernardo Boldrini. As acusações confirmam o inquérito policial concluído anteontem e responsabilizam Evandro Wirganovicz, de 31 anos, irmão de Edelvânia, por ocultação de cadáver, e Boldrini por falsidade ideológica.

De acordo com a promotora Dinamárcia Maciel de Oliveira, todos teriam agido por motivações financeiras: Leandro e Graciele para ficar com a parte que cabia a Bernardo da herança de sua mãe e os irmãos para obter recompensa do casal pela participação no crime. Se a denúncia for aceita pela Justiça, será aberto processo e, ao término da instrução, a decisão pela condenação ou absolvição caberá ao Tribunal do Júri. O trio está preso desde o dia 14 do mês passado e Evandro foi preso no sábado.

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Mesmo que, em depoimento, Graciele e Edelvânia tenham inocentado Leandro, a polícia e o MPE entenderam que há indícios e provas suficientes para incriminá-lo. "O pai da vítima é o mentor intelectual, ele tinha o domínio do fato, a decisão da morte do filho foi dele", afirmou a promotora. Graciele, mulher de Leandro e madrasta de Bernardo, é acusado de ter levado o menino no dia 4 do mês passado de Três Passos a Frederico Westphalen, onde, com Edelvânia, matou o garoto com uma injeção letal e enterrou o corpo em um matagal.

No entanto, ainda segundo o MPE, pesam contra o médico narrativas de descaso com o filho, frieza e indiferença diante do desaparecimento, falta de empenho nas buscas e uma receita do sedativo midazolam emitida para Edelvânia poucos dias antes do crime, documento ainda à espera de resultado da perícia para comprovação de assinatura.

Escutas de conversas de parentes reforçam a convicção dos acusadores. Em uma delas, divulgada ontem, o padrasto de Graciele, Sérgio, conversa com uma mulher chamada Magali e diz "que o mentor ideológico é ele, não tenho dúvida disso" e, na sequência, afirma, referindo-se ao que a delegada Caroline Bamberg Machado sustentava desde a descoberta do corpo, que "a certeza que ela tem eu também tenho".

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Para o MPE, Leandro e Graciele não queriam se livrar de Bernardo apenas porque ele representava um "estorvo" à vida do casal, mas também porque não queriam partilhar com ele os bens deixados pela mãe, Odilaine Uglione, que se suicidou em 2010 dentro da clínica do médico. Além disso, queriam evitar que o garoto, sob a guarda de terceiros, viesse a dispor, de algum modo, sobre os bens.

A denúncia considera como qualificadoras do homicídio os motivos torpe e fútil, dissimulação e aplicação de superdosagem. Leandro também foi acusado de falsidade ideológica porque registrou ocorrência na polícia, colocando toda a comunidade em busca de Bernardo.

Defesa. O advogado Demetryus Grapiglia, representante de Edelvânia e Evandro, refutou a tese, citada pela polícia e MPE, de que defensores combinaram uma estratégia para inocentar Leandro. Ele ouviu as gravações e sustentou que não há qualquer referência a um acordo entre advogados.

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O defensor de Leandro, Jader Marques, considera as provas citadas pela acusação "fracas", porque seriam conjecturas em torno de conversas de parentes dos acusados. O advogado de Graciele, Vanderlei Pompeo de Mattos, não foi localizado.

Atualizada às 00h01 de 16/05

PORTO ALEGRE - O Ministério Público do Rio Grande do Sul denunciou nesta quinta-feira, 15, o médico Leandro Boldrini, de 38 anos, a enfermeira Graciele Ugulini, de 32, e a assistente social Edelvânia Wirganovicz, de 40, por homicídio qualificado e ocultação do cadáver do menino Bernardo Boldrini. As acusações confirmam o inquérito policial concluído anteontem e responsabilizam Evandro Wirganovicz, de 31 anos, irmão de Edelvânia, por ocultação de cadáver, e Boldrini por falsidade ideológica.

De acordo com a promotora Dinamárcia Maciel de Oliveira, todos teriam agido por motivações financeiras: Leandro e Graciele para ficar com a parte que cabia a Bernardo da herança de sua mãe e os irmãos para obter recompensa do casal pela participação no crime. Se a denúncia for aceita pela Justiça, será aberto processo e, ao término da instrução, a decisão pela condenação ou absolvição caberá ao Tribunal do Júri. O trio está preso desde o dia 14 do mês passado e Evandro foi preso no sábado.

Mesmo que, em depoimento, Graciele e Edelvânia tenham inocentado Leandro, a polícia e o MPE entenderam que há indícios e provas suficientes para incriminá-lo. "O pai da vítima é o mentor intelectual, ele tinha o domínio do fato, a decisão da morte do filho foi dele", afirmou a promotora. Graciele, mulher de Leandro e madrasta de Bernardo, é acusado de ter levado o menino no dia 4 do mês passado de Três Passos a Frederico Westphalen, onde, com Edelvânia, matou o garoto com uma injeção letal e enterrou o corpo em um matagal.

No entanto, ainda segundo o MPE, pesam contra o médico narrativas de descaso com o filho, frieza e indiferença diante do desaparecimento, falta de empenho nas buscas e uma receita do sedativo midazolam emitida para Edelvânia poucos dias antes do crime, documento ainda à espera de resultado da perícia para comprovação de assinatura.

Escutas de conversas de parentes reforçam a convicção dos acusadores. Em uma delas, divulgada ontem, o padrasto de Graciele, Sérgio, conversa com uma mulher chamada Magali e diz "que o mentor ideológico é ele, não tenho dúvida disso" e, na sequência, afirma, referindo-se ao que a delegada Caroline Bamberg Machado sustentava desde a descoberta do corpo, que "a certeza que ela tem eu também tenho".

Para o MPE, Leandro e Graciele não queriam se livrar de Bernardo apenas porque ele representava um "estorvo" à vida do casal, mas também porque não queriam partilhar com ele os bens deixados pela mãe, Odilaine Uglione, que se suicidou em 2010 dentro da clínica do médico. Além disso, queriam evitar que o garoto, sob a guarda de terceiros, viesse a dispor, de algum modo, sobre os bens.

A denúncia considera como qualificadoras do homicídio os motivos torpe e fútil, dissimulação e aplicação de superdosagem. Leandro também foi acusado de falsidade ideológica porque registrou ocorrência na polícia, colocando toda a comunidade em busca de Bernardo.

Defesa. O advogado Demetryus Grapiglia, representante de Edelvânia e Evandro, refutou a tese, citada pela polícia e MPE, de que defensores combinaram uma estratégia para inocentar Leandro. Ele ouviu as gravações e sustentou que não há qualquer referência a um acordo entre advogados.

O defensor de Leandro, Jader Marques, considera as provas citadas pela acusação "fracas", porque seriam conjecturas em torno de conversas de parentes dos acusados. O advogado de Graciele, Vanderlei Pompeo de Mattos, não foi localizado.

Atualizada às 00h01 de 16/05

PORTO ALEGRE - O Ministério Público do Rio Grande do Sul denunciou nesta quinta-feira, 15, o médico Leandro Boldrini, de 38 anos, a enfermeira Graciele Ugulini, de 32, e a assistente social Edelvânia Wirganovicz, de 40, por homicídio qualificado e ocultação do cadáver do menino Bernardo Boldrini. As acusações confirmam o inquérito policial concluído anteontem e responsabilizam Evandro Wirganovicz, de 31 anos, irmão de Edelvânia, por ocultação de cadáver, e Boldrini por falsidade ideológica.

De acordo com a promotora Dinamárcia Maciel de Oliveira, todos teriam agido por motivações financeiras: Leandro e Graciele para ficar com a parte que cabia a Bernardo da herança de sua mãe e os irmãos para obter recompensa do casal pela participação no crime. Se a denúncia for aceita pela Justiça, será aberto processo e, ao término da instrução, a decisão pela condenação ou absolvição caberá ao Tribunal do Júri. O trio está preso desde o dia 14 do mês passado e Evandro foi preso no sábado.

Mesmo que, em depoimento, Graciele e Edelvânia tenham inocentado Leandro, a polícia e o MPE entenderam que há indícios e provas suficientes para incriminá-lo. "O pai da vítima é o mentor intelectual, ele tinha o domínio do fato, a decisão da morte do filho foi dele", afirmou a promotora. Graciele, mulher de Leandro e madrasta de Bernardo, é acusado de ter levado o menino no dia 4 do mês passado de Três Passos a Frederico Westphalen, onde, com Edelvânia, matou o garoto com uma injeção letal e enterrou o corpo em um matagal.

No entanto, ainda segundo o MPE, pesam contra o médico narrativas de descaso com o filho, frieza e indiferença diante do desaparecimento, falta de empenho nas buscas e uma receita do sedativo midazolam emitida para Edelvânia poucos dias antes do crime, documento ainda à espera de resultado da perícia para comprovação de assinatura.

Escutas de conversas de parentes reforçam a convicção dos acusadores. Em uma delas, divulgada ontem, o padrasto de Graciele, Sérgio, conversa com uma mulher chamada Magali e diz "que o mentor ideológico é ele, não tenho dúvida disso" e, na sequência, afirma, referindo-se ao que a delegada Caroline Bamberg Machado sustentava desde a descoberta do corpo, que "a certeza que ela tem eu também tenho".

Para o MPE, Leandro e Graciele não queriam se livrar de Bernardo apenas porque ele representava um "estorvo" à vida do casal, mas também porque não queriam partilhar com ele os bens deixados pela mãe, Odilaine Uglione, que se suicidou em 2010 dentro da clínica do médico. Além disso, queriam evitar que o garoto, sob a guarda de terceiros, viesse a dispor, de algum modo, sobre os bens.

A denúncia considera como qualificadoras do homicídio os motivos torpe e fútil, dissimulação e aplicação de superdosagem. Leandro também foi acusado de falsidade ideológica porque registrou ocorrência na polícia, colocando toda a comunidade em busca de Bernardo.

Defesa. O advogado Demetryus Grapiglia, representante de Edelvânia e Evandro, refutou a tese, citada pela polícia e MPE, de que defensores combinaram uma estratégia para inocentar Leandro. Ele ouviu as gravações e sustentou que não há qualquer referência a um acordo entre advogados.

O defensor de Leandro, Jader Marques, considera as provas citadas pela acusação "fracas", porque seriam conjecturas em torno de conversas de parentes dos acusados. O advogado de Graciele, Vanderlei Pompeo de Mattos, não foi localizado.

Atualizada às 00h01 de 16/05

PORTO ALEGRE - O Ministério Público do Rio Grande do Sul denunciou nesta quinta-feira, 15, o médico Leandro Boldrini, de 38 anos, a enfermeira Graciele Ugulini, de 32, e a assistente social Edelvânia Wirganovicz, de 40, por homicídio qualificado e ocultação do cadáver do menino Bernardo Boldrini. As acusações confirmam o inquérito policial concluído anteontem e responsabilizam Evandro Wirganovicz, de 31 anos, irmão de Edelvânia, por ocultação de cadáver, e Boldrini por falsidade ideológica.

De acordo com a promotora Dinamárcia Maciel de Oliveira, todos teriam agido por motivações financeiras: Leandro e Graciele para ficar com a parte que cabia a Bernardo da herança de sua mãe e os irmãos para obter recompensa do casal pela participação no crime. Se a denúncia for aceita pela Justiça, será aberto processo e, ao término da instrução, a decisão pela condenação ou absolvição caberá ao Tribunal do Júri. O trio está preso desde o dia 14 do mês passado e Evandro foi preso no sábado.

Mesmo que, em depoimento, Graciele e Edelvânia tenham inocentado Leandro, a polícia e o MPE entenderam que há indícios e provas suficientes para incriminá-lo. "O pai da vítima é o mentor intelectual, ele tinha o domínio do fato, a decisão da morte do filho foi dele", afirmou a promotora. Graciele, mulher de Leandro e madrasta de Bernardo, é acusado de ter levado o menino no dia 4 do mês passado de Três Passos a Frederico Westphalen, onde, com Edelvânia, matou o garoto com uma injeção letal e enterrou o corpo em um matagal.

No entanto, ainda segundo o MPE, pesam contra o médico narrativas de descaso com o filho, frieza e indiferença diante do desaparecimento, falta de empenho nas buscas e uma receita do sedativo midazolam emitida para Edelvânia poucos dias antes do crime, documento ainda à espera de resultado da perícia para comprovação de assinatura.

Escutas de conversas de parentes reforçam a convicção dos acusadores. Em uma delas, divulgada ontem, o padrasto de Graciele, Sérgio, conversa com uma mulher chamada Magali e diz "que o mentor ideológico é ele, não tenho dúvida disso" e, na sequência, afirma, referindo-se ao que a delegada Caroline Bamberg Machado sustentava desde a descoberta do corpo, que "a certeza que ela tem eu também tenho".

Para o MPE, Leandro e Graciele não queriam se livrar de Bernardo apenas porque ele representava um "estorvo" à vida do casal, mas também porque não queriam partilhar com ele os bens deixados pela mãe, Odilaine Uglione, que se suicidou em 2010 dentro da clínica do médico. Além disso, queriam evitar que o garoto, sob a guarda de terceiros, viesse a dispor, de algum modo, sobre os bens.

A denúncia considera como qualificadoras do homicídio os motivos torpe e fútil, dissimulação e aplicação de superdosagem. Leandro também foi acusado de falsidade ideológica porque registrou ocorrência na polícia, colocando toda a comunidade em busca de Bernardo.

Defesa. O advogado Demetryus Grapiglia, representante de Edelvânia e Evandro, refutou a tese, citada pela polícia e MPE, de que defensores combinaram uma estratégia para inocentar Leandro. Ele ouviu as gravações e sustentou que não há qualquer referência a um acordo entre advogados.

O defensor de Leandro, Jader Marques, considera as provas citadas pela acusação "fracas", porque seriam conjecturas em torno de conversas de parentes dos acusados. O advogado de Graciele, Vanderlei Pompeo de Mattos, não foi localizado.

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