PM é condenado a 543 anos de prisão por chacina


O soldado da Polícia Militar Carlos Jorge Carvalho foi condenado pela participação na chacina da Baixada Fluminense, o maior massacre do Estado do Rio

Por Agencia Estado

O soldado da Polícia Militar Carlos Jorge Carvalho foi sentenciado a 543 anos de prisão, em regime fechado, por participação na chacina da Baixada Fluminense, o maior massacre já registrado no Estado do Rio. O júri popular, composto de cinco mulheres e dois homens, foi unânime ao condená-lo por 29 homicídios, uma tentativa de homicídio e formação de quadrilha. Parentes das vítimas, que acompanharam as mais de 27 de horas de julgamento, realizado no Tribunal do Júri de Nova Iguaçu, celebraram: "A Justiça foi feita na Baixada", disse Ana Paula da Silva, que perdeu o irmão, Franciso José da Silva, de 34 anos, e o primo, Marco Vinícius Sipriano de Andrade, um garoto de 15. Do lado de fora do fórum, os familiares soltaram fogos, em festa. A juíza Elizabeth Louro proferiu a sentença às 18h50. Foram contabilizados 18 anos por 30 homicídios, resultando em 540. Foram tirados, em seguida, 6 anos, já que a 30.ª vítima sobreviveu. Aos 534 anos restantes, somaram-se 9 anos pelo crime de formação de quadrilha. Carvalho, preso desde abril do ano passado, dias depois da chacina (ocorrida em 31 de março nos municípios de Nova Iguaçu e Queimados), ouviu de cabeça baixa, como ficou durante os três dias de julgamento. Imediatamente, os familiares dos mortos, que se uniram desde o crime para lutar por justiça, comemoraram, abraçados uns aos outros e chorando. O promotor Marcelo Muniz afirmou que a sentença "foi um duro golpe contra a impunidade". "As pessoas têm que passar a acreditar que existe justiça aqui", disse Muniz, que foi abraçado e beijado logo após a sentença por parentes das vítimas, emocionados. Quatro PMs (José Augusto Moreira Felipe, Fabiano Gonçalves Lopes, Julio Cesar Amaral e Marcos Siqueira da Costa) ainda serão julgados pelos mesmos crimes de Carvalho. O MP acredita agora que eles também serão condenados. Outros dois policiais são processados apenas por formação de quadrilha. Ainda não está definido se o julgamento será desmembrado (o de Carvalho foi antecipado a pedido de sua defesa). Julgamento Os debates entre acusação e defesa levaram quase quatro horas. A promotoria se baseou em laudos periciais e testemunhais para provar que o PM foi responsável pelas mortes de pelo menos duas das vítimas. Mostrou, ainda, dados fornecidos pela empresa Nextel, que indicavam que o soldado (portando um aparelho de rádio da Nextel) se deslocou de Nova Iguaçu até Queimados naquela noite. Apresentou, também, números, que revelaram redução drástica no número de homicídios em Nova Iguaçu e em Queimados depois que os PMs acusados da chacina foram presos. "Parou-se de morrer", ironizou Muniz. Ele lembrou a brutalidade dos assassinos. "O número de mortes foi tão grande que foi a soma das chacinas da Candelária (8 mortos) e de Vigário Geral (21)". O advogado de Carvalho tentou desqualificar as testemunhas, que haviam reconhecido Carvalho como um dos atiradores. Disse que elas não tinham como reconhecê-lo, dada a fraca iluminação das ruas na Baixada e também à distância em que se encontravam. Faria afirmou que a perícia foi mal feita e que seu resultado não era suficiente para condenar seu cliente (foram encontrados vestígios de sangue e cápsulas de pistola no carro que o soldado usara; segundo o advogado, as provas foram todas "plantadas" no veículo"). "O delegado resolveu o caso com uma rapidez schumacheriana", disse. "Não podemos permitir que este julgamento entre para a história como o maior erro da história do Brasil". Os argumentos não convenceram os jurados, que, em cerca de 2 horas e meia, responderam a 184 quesitos quanto à autoria do crime, às qualificadoras - motivo banal (demonstração de poder na Baixada) e com recursos que impediam a defesa das vítimas (elas foram pegas de surpresa, na rua, conversando com amigos) e quanto a possíveis atenuantes. Com medo de represálias, os jurados pediram para não ter seus nomes revelados. Eles passaram os três últimos dias num hotel, em Nova Iguaçu, incomunicáveis. Nesta quarta-feira, 23, puderam voltar para casa. "Eu queria dizer muito obrigada a todos, dizer que eles agiram com seriedade. Se eles tivessem absolvido, não iam conseguir mais dormir em paz", disse Ana Paula da Silva. "Meu irmão e meu primo morreram no dia do meu aniversário. Agora, estou ganhando o presente que me tiraram." Ampliada às 20 horas

O soldado da Polícia Militar Carlos Jorge Carvalho foi sentenciado a 543 anos de prisão, em regime fechado, por participação na chacina da Baixada Fluminense, o maior massacre já registrado no Estado do Rio. O júri popular, composto de cinco mulheres e dois homens, foi unânime ao condená-lo por 29 homicídios, uma tentativa de homicídio e formação de quadrilha. Parentes das vítimas, que acompanharam as mais de 27 de horas de julgamento, realizado no Tribunal do Júri de Nova Iguaçu, celebraram: "A Justiça foi feita na Baixada", disse Ana Paula da Silva, que perdeu o irmão, Franciso José da Silva, de 34 anos, e o primo, Marco Vinícius Sipriano de Andrade, um garoto de 15. Do lado de fora do fórum, os familiares soltaram fogos, em festa. A juíza Elizabeth Louro proferiu a sentença às 18h50. Foram contabilizados 18 anos por 30 homicídios, resultando em 540. Foram tirados, em seguida, 6 anos, já que a 30.ª vítima sobreviveu. Aos 534 anos restantes, somaram-se 9 anos pelo crime de formação de quadrilha. Carvalho, preso desde abril do ano passado, dias depois da chacina (ocorrida em 31 de março nos municípios de Nova Iguaçu e Queimados), ouviu de cabeça baixa, como ficou durante os três dias de julgamento. Imediatamente, os familiares dos mortos, que se uniram desde o crime para lutar por justiça, comemoraram, abraçados uns aos outros e chorando. O promotor Marcelo Muniz afirmou que a sentença "foi um duro golpe contra a impunidade". "As pessoas têm que passar a acreditar que existe justiça aqui", disse Muniz, que foi abraçado e beijado logo após a sentença por parentes das vítimas, emocionados. Quatro PMs (José Augusto Moreira Felipe, Fabiano Gonçalves Lopes, Julio Cesar Amaral e Marcos Siqueira da Costa) ainda serão julgados pelos mesmos crimes de Carvalho. O MP acredita agora que eles também serão condenados. Outros dois policiais são processados apenas por formação de quadrilha. Ainda não está definido se o julgamento será desmembrado (o de Carvalho foi antecipado a pedido de sua defesa). Julgamento Os debates entre acusação e defesa levaram quase quatro horas. A promotoria se baseou em laudos periciais e testemunhais para provar que o PM foi responsável pelas mortes de pelo menos duas das vítimas. Mostrou, ainda, dados fornecidos pela empresa Nextel, que indicavam que o soldado (portando um aparelho de rádio da Nextel) se deslocou de Nova Iguaçu até Queimados naquela noite. Apresentou, também, números, que revelaram redução drástica no número de homicídios em Nova Iguaçu e em Queimados depois que os PMs acusados da chacina foram presos. "Parou-se de morrer", ironizou Muniz. Ele lembrou a brutalidade dos assassinos. "O número de mortes foi tão grande que foi a soma das chacinas da Candelária (8 mortos) e de Vigário Geral (21)". O advogado de Carvalho tentou desqualificar as testemunhas, que haviam reconhecido Carvalho como um dos atiradores. Disse que elas não tinham como reconhecê-lo, dada a fraca iluminação das ruas na Baixada e também à distância em que se encontravam. Faria afirmou que a perícia foi mal feita e que seu resultado não era suficiente para condenar seu cliente (foram encontrados vestígios de sangue e cápsulas de pistola no carro que o soldado usara; segundo o advogado, as provas foram todas "plantadas" no veículo"). "O delegado resolveu o caso com uma rapidez schumacheriana", disse. "Não podemos permitir que este julgamento entre para a história como o maior erro da história do Brasil". Os argumentos não convenceram os jurados, que, em cerca de 2 horas e meia, responderam a 184 quesitos quanto à autoria do crime, às qualificadoras - motivo banal (demonstração de poder na Baixada) e com recursos que impediam a defesa das vítimas (elas foram pegas de surpresa, na rua, conversando com amigos) e quanto a possíveis atenuantes. Com medo de represálias, os jurados pediram para não ter seus nomes revelados. Eles passaram os três últimos dias num hotel, em Nova Iguaçu, incomunicáveis. Nesta quarta-feira, 23, puderam voltar para casa. "Eu queria dizer muito obrigada a todos, dizer que eles agiram com seriedade. Se eles tivessem absolvido, não iam conseguir mais dormir em paz", disse Ana Paula da Silva. "Meu irmão e meu primo morreram no dia do meu aniversário. Agora, estou ganhando o presente que me tiraram." Ampliada às 20 horas

O soldado da Polícia Militar Carlos Jorge Carvalho foi sentenciado a 543 anos de prisão, em regime fechado, por participação na chacina da Baixada Fluminense, o maior massacre já registrado no Estado do Rio. O júri popular, composto de cinco mulheres e dois homens, foi unânime ao condená-lo por 29 homicídios, uma tentativa de homicídio e formação de quadrilha. Parentes das vítimas, que acompanharam as mais de 27 de horas de julgamento, realizado no Tribunal do Júri de Nova Iguaçu, celebraram: "A Justiça foi feita na Baixada", disse Ana Paula da Silva, que perdeu o irmão, Franciso José da Silva, de 34 anos, e o primo, Marco Vinícius Sipriano de Andrade, um garoto de 15. Do lado de fora do fórum, os familiares soltaram fogos, em festa. A juíza Elizabeth Louro proferiu a sentença às 18h50. Foram contabilizados 18 anos por 30 homicídios, resultando em 540. Foram tirados, em seguida, 6 anos, já que a 30.ª vítima sobreviveu. Aos 534 anos restantes, somaram-se 9 anos pelo crime de formação de quadrilha. Carvalho, preso desde abril do ano passado, dias depois da chacina (ocorrida em 31 de março nos municípios de Nova Iguaçu e Queimados), ouviu de cabeça baixa, como ficou durante os três dias de julgamento. Imediatamente, os familiares dos mortos, que se uniram desde o crime para lutar por justiça, comemoraram, abraçados uns aos outros e chorando. O promotor Marcelo Muniz afirmou que a sentença "foi um duro golpe contra a impunidade". "As pessoas têm que passar a acreditar que existe justiça aqui", disse Muniz, que foi abraçado e beijado logo após a sentença por parentes das vítimas, emocionados. Quatro PMs (José Augusto Moreira Felipe, Fabiano Gonçalves Lopes, Julio Cesar Amaral e Marcos Siqueira da Costa) ainda serão julgados pelos mesmos crimes de Carvalho. O MP acredita agora que eles também serão condenados. Outros dois policiais são processados apenas por formação de quadrilha. Ainda não está definido se o julgamento será desmembrado (o de Carvalho foi antecipado a pedido de sua defesa). Julgamento Os debates entre acusação e defesa levaram quase quatro horas. A promotoria se baseou em laudos periciais e testemunhais para provar que o PM foi responsável pelas mortes de pelo menos duas das vítimas. Mostrou, ainda, dados fornecidos pela empresa Nextel, que indicavam que o soldado (portando um aparelho de rádio da Nextel) se deslocou de Nova Iguaçu até Queimados naquela noite. Apresentou, também, números, que revelaram redução drástica no número de homicídios em Nova Iguaçu e em Queimados depois que os PMs acusados da chacina foram presos. "Parou-se de morrer", ironizou Muniz. Ele lembrou a brutalidade dos assassinos. "O número de mortes foi tão grande que foi a soma das chacinas da Candelária (8 mortos) e de Vigário Geral (21)". O advogado de Carvalho tentou desqualificar as testemunhas, que haviam reconhecido Carvalho como um dos atiradores. Disse que elas não tinham como reconhecê-lo, dada a fraca iluminação das ruas na Baixada e também à distância em que se encontravam. Faria afirmou que a perícia foi mal feita e que seu resultado não era suficiente para condenar seu cliente (foram encontrados vestígios de sangue e cápsulas de pistola no carro que o soldado usara; segundo o advogado, as provas foram todas "plantadas" no veículo"). "O delegado resolveu o caso com uma rapidez schumacheriana", disse. "Não podemos permitir que este julgamento entre para a história como o maior erro da história do Brasil". Os argumentos não convenceram os jurados, que, em cerca de 2 horas e meia, responderam a 184 quesitos quanto à autoria do crime, às qualificadoras - motivo banal (demonstração de poder na Baixada) e com recursos que impediam a defesa das vítimas (elas foram pegas de surpresa, na rua, conversando com amigos) e quanto a possíveis atenuantes. Com medo de represálias, os jurados pediram para não ter seus nomes revelados. Eles passaram os três últimos dias num hotel, em Nova Iguaçu, incomunicáveis. Nesta quarta-feira, 23, puderam voltar para casa. "Eu queria dizer muito obrigada a todos, dizer que eles agiram com seriedade. Se eles tivessem absolvido, não iam conseguir mais dormir em paz", disse Ana Paula da Silva. "Meu irmão e meu primo morreram no dia do meu aniversário. Agora, estou ganhando o presente que me tiraram." Ampliada às 20 horas

O soldado da Polícia Militar Carlos Jorge Carvalho foi sentenciado a 543 anos de prisão, em regime fechado, por participação na chacina da Baixada Fluminense, o maior massacre já registrado no Estado do Rio. O júri popular, composto de cinco mulheres e dois homens, foi unânime ao condená-lo por 29 homicídios, uma tentativa de homicídio e formação de quadrilha. Parentes das vítimas, que acompanharam as mais de 27 de horas de julgamento, realizado no Tribunal do Júri de Nova Iguaçu, celebraram: "A Justiça foi feita na Baixada", disse Ana Paula da Silva, que perdeu o irmão, Franciso José da Silva, de 34 anos, e o primo, Marco Vinícius Sipriano de Andrade, um garoto de 15. Do lado de fora do fórum, os familiares soltaram fogos, em festa. A juíza Elizabeth Louro proferiu a sentença às 18h50. Foram contabilizados 18 anos por 30 homicídios, resultando em 540. Foram tirados, em seguida, 6 anos, já que a 30.ª vítima sobreviveu. Aos 534 anos restantes, somaram-se 9 anos pelo crime de formação de quadrilha. Carvalho, preso desde abril do ano passado, dias depois da chacina (ocorrida em 31 de março nos municípios de Nova Iguaçu e Queimados), ouviu de cabeça baixa, como ficou durante os três dias de julgamento. Imediatamente, os familiares dos mortos, que se uniram desde o crime para lutar por justiça, comemoraram, abraçados uns aos outros e chorando. O promotor Marcelo Muniz afirmou que a sentença "foi um duro golpe contra a impunidade". "As pessoas têm que passar a acreditar que existe justiça aqui", disse Muniz, que foi abraçado e beijado logo após a sentença por parentes das vítimas, emocionados. Quatro PMs (José Augusto Moreira Felipe, Fabiano Gonçalves Lopes, Julio Cesar Amaral e Marcos Siqueira da Costa) ainda serão julgados pelos mesmos crimes de Carvalho. O MP acredita agora que eles também serão condenados. Outros dois policiais são processados apenas por formação de quadrilha. Ainda não está definido se o julgamento será desmembrado (o de Carvalho foi antecipado a pedido de sua defesa). Julgamento Os debates entre acusação e defesa levaram quase quatro horas. A promotoria se baseou em laudos periciais e testemunhais para provar que o PM foi responsável pelas mortes de pelo menos duas das vítimas. Mostrou, ainda, dados fornecidos pela empresa Nextel, que indicavam que o soldado (portando um aparelho de rádio da Nextel) se deslocou de Nova Iguaçu até Queimados naquela noite. Apresentou, também, números, que revelaram redução drástica no número de homicídios em Nova Iguaçu e em Queimados depois que os PMs acusados da chacina foram presos. "Parou-se de morrer", ironizou Muniz. Ele lembrou a brutalidade dos assassinos. "O número de mortes foi tão grande que foi a soma das chacinas da Candelária (8 mortos) e de Vigário Geral (21)". O advogado de Carvalho tentou desqualificar as testemunhas, que haviam reconhecido Carvalho como um dos atiradores. Disse que elas não tinham como reconhecê-lo, dada a fraca iluminação das ruas na Baixada e também à distância em que se encontravam. Faria afirmou que a perícia foi mal feita e que seu resultado não era suficiente para condenar seu cliente (foram encontrados vestígios de sangue e cápsulas de pistola no carro que o soldado usara; segundo o advogado, as provas foram todas "plantadas" no veículo"). "O delegado resolveu o caso com uma rapidez schumacheriana", disse. "Não podemos permitir que este julgamento entre para a história como o maior erro da história do Brasil". Os argumentos não convenceram os jurados, que, em cerca de 2 horas e meia, responderam a 184 quesitos quanto à autoria do crime, às qualificadoras - motivo banal (demonstração de poder na Baixada) e com recursos que impediam a defesa das vítimas (elas foram pegas de surpresa, na rua, conversando com amigos) e quanto a possíveis atenuantes. Com medo de represálias, os jurados pediram para não ter seus nomes revelados. Eles passaram os três últimos dias num hotel, em Nova Iguaçu, incomunicáveis. Nesta quarta-feira, 23, puderam voltar para casa. "Eu queria dizer muito obrigada a todos, dizer que eles agiram com seriedade. Se eles tivessem absolvido, não iam conseguir mais dormir em paz", disse Ana Paula da Silva. "Meu irmão e meu primo morreram no dia do meu aniversário. Agora, estou ganhando o presente que me tiraram." Ampliada às 20 horas

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