Renascer monopoliza CPI, dizem entidades


Vereador ligado à Igreja privilegiaria depoimentos de fiéis; ele nega

Por Diego Zanchetta

A Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) da Pedofilia na Câmara de São Paulo, instalada no dia 5 de março, tornou-se palco de embates entre fiéis da Igreja Renascer em Cristo e entidades em defesa dos direitos da criança e do adolescente. As organizações acusam o presidente da CPI, o vereador Marcelo Aguiar (PSC), cantor da Igreja, de monopolizar debates e de manobrar o regimento para privilegiar depoimentos de evangélicos que rejeitam a pedofilia também como desvio de conduta sexual, como consideram as entidades. A tensão aumentou ontem, quando o primeiro a discursar na sessão foi o assessor do senador Magno Malta (PR-ES), presidente da CPI da Pedofilia no Senado e também evangélico. Rony Lins causou mal-estar ao dizer que a "caravana do combate à pedofilia é um sucesso de público em todo o País". E conclamou São Paulo a abraçar o debate. À reportagem, ele acusou entidades e o vereador Carlos Alberto Bezerra Júnior (PSDB) de tentar defender pedófilos ao considerar o desvio uma doença. Lins disse conhecer "administradores de empresas e diretores de banco" que entregam suas filhas de 4 anos para serem abusadas. "Pedofilia não é uma doença, é um crime", discursou Lins. Uma outra mulher, que contou ter uma filha que sofreu abusos, disse ter ido à Câmara a pedido de Aguiar. No dia 26 de março, os discursos da sessão também foram monopolizados por integrantes da Renascer, segundo as entidades que pediram ampliação de foco da CPI. Três pessoas ligadas à Igreja foram relatar casos de pedofilia. "É inacreditável que pessoas que nunca discutiram a questão de abusos contra crianças agora tentem se aproveitar de um expediente tão importante para se promover", criticou Elizete Miranda, do Fórum Municipal em Defesa da Criança. O vereador Floriano Pesaro (PSDB) considerou o debate politizado. "Existe alguma coisa por trás dessa CPI que nós não sabemos ainda o que é. Acho equívoco politizar o debate para atrair a mídia." No fim de sessão, um requerimento da vereadora Juliana Cardoso (PT), assinado por 152 entidades, ampliou o foco da CPI, que passa a ser denominada CPI da Pedofilia e do Enfrentamento aos Abusos Contra a Criança e o Adolescente. O Estado apurou que entidades como Unicef e Movimento Defenda SP temiam o espaço como extensão da CPI de Brasília. "A monopolização de uma única defesa de ideia é muito ruim num momento em que o debate pode acrescentar muito", disse Bezerra Júnior. SEM PRECONCEITOS Aguiar negou ter a intenção de monopolizar o debate e disse ter ficado "sensível" com o pedido para ampliar a CPI. "Aqui não existe diferença de cor, de credo, de profissão, de partido, de nada", afirmou. Sobre os embates entre os que consideram a pedofilia crime (fiéis) e os que a consideram também uma doença (entidades), o vereador disse que é reflexo da democracia. Aguiar negou ter chamado fiéis à Câmara.

A Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) da Pedofilia na Câmara de São Paulo, instalada no dia 5 de março, tornou-se palco de embates entre fiéis da Igreja Renascer em Cristo e entidades em defesa dos direitos da criança e do adolescente. As organizações acusam o presidente da CPI, o vereador Marcelo Aguiar (PSC), cantor da Igreja, de monopolizar debates e de manobrar o regimento para privilegiar depoimentos de evangélicos que rejeitam a pedofilia também como desvio de conduta sexual, como consideram as entidades. A tensão aumentou ontem, quando o primeiro a discursar na sessão foi o assessor do senador Magno Malta (PR-ES), presidente da CPI da Pedofilia no Senado e também evangélico. Rony Lins causou mal-estar ao dizer que a "caravana do combate à pedofilia é um sucesso de público em todo o País". E conclamou São Paulo a abraçar o debate. À reportagem, ele acusou entidades e o vereador Carlos Alberto Bezerra Júnior (PSDB) de tentar defender pedófilos ao considerar o desvio uma doença. Lins disse conhecer "administradores de empresas e diretores de banco" que entregam suas filhas de 4 anos para serem abusadas. "Pedofilia não é uma doença, é um crime", discursou Lins. Uma outra mulher, que contou ter uma filha que sofreu abusos, disse ter ido à Câmara a pedido de Aguiar. No dia 26 de março, os discursos da sessão também foram monopolizados por integrantes da Renascer, segundo as entidades que pediram ampliação de foco da CPI. Três pessoas ligadas à Igreja foram relatar casos de pedofilia. "É inacreditável que pessoas que nunca discutiram a questão de abusos contra crianças agora tentem se aproveitar de um expediente tão importante para se promover", criticou Elizete Miranda, do Fórum Municipal em Defesa da Criança. O vereador Floriano Pesaro (PSDB) considerou o debate politizado. "Existe alguma coisa por trás dessa CPI que nós não sabemos ainda o que é. Acho equívoco politizar o debate para atrair a mídia." No fim de sessão, um requerimento da vereadora Juliana Cardoso (PT), assinado por 152 entidades, ampliou o foco da CPI, que passa a ser denominada CPI da Pedofilia e do Enfrentamento aos Abusos Contra a Criança e o Adolescente. O Estado apurou que entidades como Unicef e Movimento Defenda SP temiam o espaço como extensão da CPI de Brasília. "A monopolização de uma única defesa de ideia é muito ruim num momento em que o debate pode acrescentar muito", disse Bezerra Júnior. SEM PRECONCEITOS Aguiar negou ter a intenção de monopolizar o debate e disse ter ficado "sensível" com o pedido para ampliar a CPI. "Aqui não existe diferença de cor, de credo, de profissão, de partido, de nada", afirmou. Sobre os embates entre os que consideram a pedofilia crime (fiéis) e os que a consideram também uma doença (entidades), o vereador disse que é reflexo da democracia. Aguiar negou ter chamado fiéis à Câmara.

A Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) da Pedofilia na Câmara de São Paulo, instalada no dia 5 de março, tornou-se palco de embates entre fiéis da Igreja Renascer em Cristo e entidades em defesa dos direitos da criança e do adolescente. As organizações acusam o presidente da CPI, o vereador Marcelo Aguiar (PSC), cantor da Igreja, de monopolizar debates e de manobrar o regimento para privilegiar depoimentos de evangélicos que rejeitam a pedofilia também como desvio de conduta sexual, como consideram as entidades. A tensão aumentou ontem, quando o primeiro a discursar na sessão foi o assessor do senador Magno Malta (PR-ES), presidente da CPI da Pedofilia no Senado e também evangélico. Rony Lins causou mal-estar ao dizer que a "caravana do combate à pedofilia é um sucesso de público em todo o País". E conclamou São Paulo a abraçar o debate. À reportagem, ele acusou entidades e o vereador Carlos Alberto Bezerra Júnior (PSDB) de tentar defender pedófilos ao considerar o desvio uma doença. Lins disse conhecer "administradores de empresas e diretores de banco" que entregam suas filhas de 4 anos para serem abusadas. "Pedofilia não é uma doença, é um crime", discursou Lins. Uma outra mulher, que contou ter uma filha que sofreu abusos, disse ter ido à Câmara a pedido de Aguiar. No dia 26 de março, os discursos da sessão também foram monopolizados por integrantes da Renascer, segundo as entidades que pediram ampliação de foco da CPI. Três pessoas ligadas à Igreja foram relatar casos de pedofilia. "É inacreditável que pessoas que nunca discutiram a questão de abusos contra crianças agora tentem se aproveitar de um expediente tão importante para se promover", criticou Elizete Miranda, do Fórum Municipal em Defesa da Criança. O vereador Floriano Pesaro (PSDB) considerou o debate politizado. "Existe alguma coisa por trás dessa CPI que nós não sabemos ainda o que é. Acho equívoco politizar o debate para atrair a mídia." No fim de sessão, um requerimento da vereadora Juliana Cardoso (PT), assinado por 152 entidades, ampliou o foco da CPI, que passa a ser denominada CPI da Pedofilia e do Enfrentamento aos Abusos Contra a Criança e o Adolescente. O Estado apurou que entidades como Unicef e Movimento Defenda SP temiam o espaço como extensão da CPI de Brasília. "A monopolização de uma única defesa de ideia é muito ruim num momento em que o debate pode acrescentar muito", disse Bezerra Júnior. SEM PRECONCEITOS Aguiar negou ter a intenção de monopolizar o debate e disse ter ficado "sensível" com o pedido para ampliar a CPI. "Aqui não existe diferença de cor, de credo, de profissão, de partido, de nada", afirmou. Sobre os embates entre os que consideram a pedofilia crime (fiéis) e os que a consideram também uma doença (entidades), o vereador disse que é reflexo da democracia. Aguiar negou ter chamado fiéis à Câmara.

A Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) da Pedofilia na Câmara de São Paulo, instalada no dia 5 de março, tornou-se palco de embates entre fiéis da Igreja Renascer em Cristo e entidades em defesa dos direitos da criança e do adolescente. As organizações acusam o presidente da CPI, o vereador Marcelo Aguiar (PSC), cantor da Igreja, de monopolizar debates e de manobrar o regimento para privilegiar depoimentos de evangélicos que rejeitam a pedofilia também como desvio de conduta sexual, como consideram as entidades. A tensão aumentou ontem, quando o primeiro a discursar na sessão foi o assessor do senador Magno Malta (PR-ES), presidente da CPI da Pedofilia no Senado e também evangélico. Rony Lins causou mal-estar ao dizer que a "caravana do combate à pedofilia é um sucesso de público em todo o País". E conclamou São Paulo a abraçar o debate. À reportagem, ele acusou entidades e o vereador Carlos Alberto Bezerra Júnior (PSDB) de tentar defender pedófilos ao considerar o desvio uma doença. Lins disse conhecer "administradores de empresas e diretores de banco" que entregam suas filhas de 4 anos para serem abusadas. "Pedofilia não é uma doença, é um crime", discursou Lins. Uma outra mulher, que contou ter uma filha que sofreu abusos, disse ter ido à Câmara a pedido de Aguiar. No dia 26 de março, os discursos da sessão também foram monopolizados por integrantes da Renascer, segundo as entidades que pediram ampliação de foco da CPI. Três pessoas ligadas à Igreja foram relatar casos de pedofilia. "É inacreditável que pessoas que nunca discutiram a questão de abusos contra crianças agora tentem se aproveitar de um expediente tão importante para se promover", criticou Elizete Miranda, do Fórum Municipal em Defesa da Criança. O vereador Floriano Pesaro (PSDB) considerou o debate politizado. "Existe alguma coisa por trás dessa CPI que nós não sabemos ainda o que é. Acho equívoco politizar o debate para atrair a mídia." No fim de sessão, um requerimento da vereadora Juliana Cardoso (PT), assinado por 152 entidades, ampliou o foco da CPI, que passa a ser denominada CPI da Pedofilia e do Enfrentamento aos Abusos Contra a Criança e o Adolescente. O Estado apurou que entidades como Unicef e Movimento Defenda SP temiam o espaço como extensão da CPI de Brasília. "A monopolização de uma única defesa de ideia é muito ruim num momento em que o debate pode acrescentar muito", disse Bezerra Júnior. SEM PRECONCEITOS Aguiar negou ter a intenção de monopolizar o debate e disse ter ficado "sensível" com o pedido para ampliar a CPI. "Aqui não existe diferença de cor, de credo, de profissão, de partido, de nada", afirmou. Sobre os embates entre os que consideram a pedofilia crime (fiéis) e os que a consideram também uma doença (entidades), o vereador disse que é reflexo da democracia. Aguiar negou ter chamado fiéis à Câmara.

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