BRASÍLIA - Pré-candidato à Presidência da República, o deputado federal Jair Bolsonaro (PSL-RJ) afirmou nesta terça-feira, 20, que vai manter o silêncio sobre a morte da vereadora do Rio de Janeiro Marielle Franco (PSOL) e do motorista dela, Anderson Pedro Gomes, mortos a tiros na noite da última quarta-feira, 14, na capital fluminense.
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"Vou continuar silente", afirmou Bolsonaro em entrevista ao Broadcast Político, serviço de informação em tempo real da Agência Estado, no plenário da Câmara. "No ano passado, teve enterro de uns 20 PMs (policiais militares), nenhum dos presidenciáveis foi e só eu estou apanhando agora por não falar sobre a morte dela."
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Reclamação
Nesta terça-feira, deputados federais do PT entraram no Conselho Nacional de Justiça (CNJ) com reclamação disciplinar contra a desembargadora Marília Castro Neves, do Tribunal de Justiça do Rio, acusando-a de "espalhar" na internet "mentiras" contra Marielle.
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Na reclamação, argumentaram que "não há como dissociar a conduta" como cidadã da de magistrada. "Há deveres de comportamento mais relacionados ao exercício da jurisdição e outros à própria conduta enquanto cidadã. Um é complemento do outro, e os Códigos de conduta punem ambos."
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Milhares de pessoas fizeram neste domingo na comunidade da Maré, no Rio de Janeiro, um protesto contra o assassinato da vereadora Marielle Franco (PSOL-RJ) e do motorista Anderson Gomes. Participantes do ato consideraram sua morte uma tentativa de silenciar as críticas às forças de segurança.