Filho de pastor que encontrou os 7 corpos na Cidade de Deus é velado


Leonardo Silva disse que corpo de filho tem marcas de faca, além de ter sido atingido por tiros

Por Clarissa Thomé
Leonardo será enterrado na véspera de completar 21 anos Foto: FABIO MOTTA/ESTADÃO

RIO - Cerca de 40 pessoas acompanham o velório de Leonardo Martins Silva Júnior, um dos sete mortos na Favela Cidade de Deus, no Cemitério de Ricardo de Albuquerque, na zona oeste. Ele será enterrado na véspera de completar 21 anos. O pai dele, o pastor Leonardo Martins Silva, lembrou, emocionado, o momento em que encontrou o corpo do filho. 

"Poderoso é Deus. Eu falei que ia buscar meu filho e ninguém ia matar a gente. Entramos no brejo. E eu vi meu filho. Ninguém me contou. Ninguém vai calar minha voz. Não tenho medo de ninguém. Quem vai desafiar o Deus vivo? O Bope?". Silva afirmou que o filho tem marcas de faca, além de ter sido atingido por tiros. Ele acredita que o rapaz tenha sido executado.

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Nos discursos, família pede Justiça e que jovens “mudem o próprio destino”

Tia de Leonardo Júnior, Gisele Silva fez um apelo para que os jovens presentes no velório não aceitem o rótulo de "bandidos e favelados". "Eu fui abandonada pela minha mãe biológica, fui adotada e minha mãe criou quatro filhos sozinha na Cidade de Deus. Passamos fome, mas somos todos honestos. Vocês têm escolha. Vocês podem mudar o destino de vocês", disse. 

Amigos e parentes entoaram louvores. Talitta, de 19 anos, irmã caçula de Leonardo Júnior, se desesperou. "Irmão, arrancaram um pedaço de mim". A mãe dele, Claudia da Cruz, precisou ser amparada.

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"Há dois anos eu pedi ao Senhor que prendesse ele. Porque eu temia que ele acabasse assim. Esse é o caminho sem volta", disse a madrasta, Leila Martins Silva.

Veja os principais conflitos no Rio desde criação das UPPs

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Foto: Wilton Júnior/Estadão
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Foto: Ricardo Moraes/Reuters
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Leonardo será enterrado na véspera de completar 21 anos Foto: FABIO MOTTA/ESTADÃO

RIO - Cerca de 40 pessoas acompanham o velório de Leonardo Martins Silva Júnior, um dos sete mortos na Favela Cidade de Deus, no Cemitério de Ricardo de Albuquerque, na zona oeste. Ele será enterrado na véspera de completar 21 anos. O pai dele, o pastor Leonardo Martins Silva, lembrou, emocionado, o momento em que encontrou o corpo do filho. 

"Poderoso é Deus. Eu falei que ia buscar meu filho e ninguém ia matar a gente. Entramos no brejo. E eu vi meu filho. Ninguém me contou. Ninguém vai calar minha voz. Não tenho medo de ninguém. Quem vai desafiar o Deus vivo? O Bope?". Silva afirmou que o filho tem marcas de faca, além de ter sido atingido por tiros. Ele acredita que o rapaz tenha sido executado.

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Tia de Leonardo Júnior, Gisele Silva fez um apelo para que os jovens presentes no velório não aceitem o rótulo de "bandidos e favelados". "Eu fui abandonada pela minha mãe biológica, fui adotada e minha mãe criou quatro filhos sozinha na Cidade de Deus. Passamos fome, mas somos todos honestos. Vocês têm escolha. Vocês podem mudar o destino de vocês", disse. 

Amigos e parentes entoaram louvores. Talitta, de 19 anos, irmã caçula de Leonardo Júnior, se desesperou. "Irmão, arrancaram um pedaço de mim". A mãe dele, Claudia da Cruz, precisou ser amparada.

"Há dois anos eu pedi ao Senhor que prendesse ele. Porque eu temia que ele acabasse assim. Esse é o caminho sem volta", disse a madrasta, Leila Martins Silva.

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"Poderoso é Deus. Eu falei que ia buscar meu filho e ninguém ia matar a gente. Entramos no brejo. E eu vi meu filho. Ninguém me contou. Ninguém vai calar minha voz. Não tenho medo de ninguém. Quem vai desafiar o Deus vivo? O Bope?". Silva afirmou que o filho tem marcas de faca, além de ter sido atingido por tiros. Ele acredita que o rapaz tenha sido executado.

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Tia de Leonardo Júnior, Gisele Silva fez um apelo para que os jovens presentes no velório não aceitem o rótulo de "bandidos e favelados". "Eu fui abandonada pela minha mãe biológica, fui adotada e minha mãe criou quatro filhos sozinha na Cidade de Deus. Passamos fome, mas somos todos honestos. Vocês têm escolha. Vocês podem mudar o destino de vocês", disse. 

Amigos e parentes entoaram louvores. Talitta, de 19 anos, irmã caçula de Leonardo Júnior, se desesperou. "Irmão, arrancaram um pedaço de mim". A mãe dele, Claudia da Cruz, precisou ser amparada.

"Há dois anos eu pedi ao Senhor que prendesse ele. Porque eu temia que ele acabasse assim. Esse é o caminho sem volta", disse a madrasta, Leila Martins Silva.

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"Poderoso é Deus. Eu falei que ia buscar meu filho e ninguém ia matar a gente. Entramos no brejo. E eu vi meu filho. Ninguém me contou. Ninguém vai calar minha voz. Não tenho medo de ninguém. Quem vai desafiar o Deus vivo? O Bope?". Silva afirmou que o filho tem marcas de faca, além de ter sido atingido por tiros. Ele acredita que o rapaz tenha sido executado.

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Tia de Leonardo Júnior, Gisele Silva fez um apelo para que os jovens presentes no velório não aceitem o rótulo de "bandidos e favelados". "Eu fui abandonada pela minha mãe biológica, fui adotada e minha mãe criou quatro filhos sozinha na Cidade de Deus. Passamos fome, mas somos todos honestos. Vocês têm escolha. Vocês podem mudar o destino de vocês", disse. 

Amigos e parentes entoaram louvores. Talitta, de 19 anos, irmã caçula de Leonardo Júnior, se desesperou. "Irmão, arrancaram um pedaço de mim". A mãe dele, Claudia da Cruz, precisou ser amparada.

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