Raquel avalia pedir federalização de investigação da morte de Marielle


Caso o pedido seja aprovado, ele será encaminhado ao Superior Tribunal de Justiça, responsável pela autorização

Por Teo Cury

 BRASÍLIA -  A procuradora-geral da República, Raquel Dodge, cogita pedir a federalização das investigações do assassinato da vereadora Marielle Franco (PSOL) e de seu motorista Anderson Pedro Gomes, no Rio de Janeiro. Raquel determinou na manhã desta quinta-feira, 15, a instauração de procedimento instrutório de eventual Incidente de Deslocamento de Competência. Raquel ainda solicitou à Polícia Federal que adote diligências de investigação necessárias.

+++ Investigação deve ficar sob sigilo, diz Jungmann

Marielle foi morta a tiros na noite dessa quarta-feira, 14, dentro do carro em que seguia para casa. O ataque à vereadora aconteceu na Rua Joaquim Palhares, no centro do Rio. Ela voltava de um evento na Lapa, na mesma região, quando foi atingida. Os criminosos conseguiram fugir.

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Multidão se reúne no centro do Rio para assitir ao velório da vereadora Marielle Franco Foto: EFE/Antonio Lacerda

A instauração é a etapa inicial. Caso o pedido seja aprovado, ele será encaminhado ao Superior Tribunal de Justiça (STJ), responsável pela autorização. Caso o STJ dê aval para o eventual pedido de federalização solicitado por Raquel, o caso deixará a Justiça comum do Rio de Janeiro e ficará sob a responsabilidade dos órgãos que envolvem a esfera federal, como Polícia Federal, o Ministério Público Federal e a Justiça. Não há prazo determinado para que o pedido seja oficializado nem para uma possível autorização do STJ.

+ Freixo aponta "características de execução" em morte de Marielle

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Pedidos de federalização são feitos apenas em casos específicos, como graves violações de direitos humanos e quando há a possibilidade de haver envolvimento da polícia em determinados crimes.

Ato de servidores e deputados no Congresso Nacional, em Brasília, nesta quinta-feira, 15 Foto: Luis Macedo/Câmara dos Deputados

A procuradora-geral expressou integral apoio ao trabalho dos membros do Ministério Público do Estado do Rio de Janeiro, na pessoa do procurador-geral de Justiça Eduardo Gussen. Foram designados a secretária de Direitos Humanos do Conselho Nacional do Ministério Público (CNMP), Ivana Farina, o secretário de Relações Institucionais do Conselho, Nedens Ulisses, e o secretário de Direitos Humanos da PGR, André de Carvalho Ramos. Eles se reunirão com Gussen e autoridades do Estado para acompanhar o início das investigações.

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+ ONU pediu que ativistas participassem do monitoramento da intervenção no Rio

O caso

O assassinato da vereadora Marielle Franco pode estar ligado à sua militância política. Nascida no Complexo da Maré, conjunto de favelas da zona norte do Rio, Marielle, de 38 anos, tinha sua atuação pautada pela defesa de negros e pobres e denunciava a violência contra essa população. Há oito dias, a parlamentar, que acompanhava na condição de vereadora a intervenção federal, como forma de coibir abusos das Forças Armadas e da polícia a moradores de comunidades, recebeu denúncias envolvendo PMs que patrulham a Favela de Acari, na zona norte do Rio.

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+++ Artistas lamentam morte da vereadora Marielle Franco

Moradores contaram, na primeira reunião do Observatório da Intervenção, no Centro de Estudos de Segurança e Cidadania (Cesec), da Universidade Candido Mendes, que dois homens foram assassinados por policiais e tiveram os corpos jogados num valão. Segundo esses moradores, a PM vem se sentindo "com licença para matar" por conta da intervenção.

Manifestantes vãos às ruas do País após morte de Marielle e Anderson

1 | 24

Ato em Brasília

Foto: Gilmar Félix/Câmara dos Deputados
2 | 24

Ato no Rio

Foto: Wilton Júnior/Estadão
3 | 24

Ato no Rio

Foto: WILTON JUNIOR/ESTADÃO
4 | 24

Ato no Rio

Foto: WILTON JUNIOR/ESTADÃO
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Ato no Rio

Foto: REUTERS/Ricardo Moraes
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Foto: AP Photo/Leo Correa
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Ato no Rio

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Ato no Rio

Foto: AP Photo/Leo Correa
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Ato em São Paulo

Foto: Daniel Teixeira/Estadão
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Ato em São Paulo

Foto: Daniel Teixeira/Estadão
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Ato em São Paulo

Foto: Daniel Teixeira/Estadão
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Ato em São Paulo

Foto: Miguel Schincariol/AFP
14 | 24

Ato em São Paulo

Foto: Luiz Fernando Toledo/Estadão
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Ato em Salvador

Foto: Cleusa Duarte/Estadão
16 | 24

Ato em Salvador

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Ato no Recife

Foto: Monica Bernardes/Estadão
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Ato no Recife

Foto: Monica Bernardes/Estadão
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Ato em Brasília

Foto: Luis Macedo/Câmara dos Deputados
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Ato em Brasília

Foto: Luis Macedo/Câmara dos Deputados
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Ato em Brasília

Foto: Luis Macedo/Câmara dos Deputados
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Ato em Brasília

Foto: Luis Macedo/Câmara dos Deputados
23 | 24

Ato em Belo Horizonte

Foto: Leonardo Augusto/Estadão
24 | 24

Ato em Belo Horizonte

Foto: Leonardo Augusto/Estadão
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Investigações

O chefe da Polícia Civil do Rio de Janeiro, delegado Rivaldo Barbosa, afirmou nesta quinta-feira que a polícia vai adotar todas as medidas "possíveis e impossíveis" para dar uma resposta ao assassinato da vereadora e de seu motorista. Segundo o delegado, o crime é gravíssimo e atenta contra a democracia.

"Estamos diante de um caso extremamente grave e que atenta contra a dignidade da pessoa humana e contra a democracia", afirmou Barbosa. Ele disse que aceitará ajuda das instituições que estiverem dispostas a colaborar, mas destacou que a Polícia Civil tem condições de solucionar o caso.

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De acordo com Barbosa, as informações já levantadas estão sob sigilo e nenhuma hipótese de investigação está descartada, inclusive a de se tratar de um caso de execução. / Com informações da Agência Brasil

 BRASÍLIA -  A procuradora-geral da República, Raquel Dodge, cogita pedir a federalização das investigações do assassinato da vereadora Marielle Franco (PSOL) e de seu motorista Anderson Pedro Gomes, no Rio de Janeiro. Raquel determinou na manhã desta quinta-feira, 15, a instauração de procedimento instrutório de eventual Incidente de Deslocamento de Competência. Raquel ainda solicitou à Polícia Federal que adote diligências de investigação necessárias.

+++ Investigação deve ficar sob sigilo, diz Jungmann

Marielle foi morta a tiros na noite dessa quarta-feira, 14, dentro do carro em que seguia para casa. O ataque à vereadora aconteceu na Rua Joaquim Palhares, no centro do Rio. Ela voltava de um evento na Lapa, na mesma região, quando foi atingida. Os criminosos conseguiram fugir.

Multidão se reúne no centro do Rio para assitir ao velório da vereadora Marielle Franco Foto: EFE/Antonio Lacerda

A instauração é a etapa inicial. Caso o pedido seja aprovado, ele será encaminhado ao Superior Tribunal de Justiça (STJ), responsável pela autorização. Caso o STJ dê aval para o eventual pedido de federalização solicitado por Raquel, o caso deixará a Justiça comum do Rio de Janeiro e ficará sob a responsabilidade dos órgãos que envolvem a esfera federal, como Polícia Federal, o Ministério Público Federal e a Justiça. Não há prazo determinado para que o pedido seja oficializado nem para uma possível autorização do STJ.

+ Freixo aponta "características de execução" em morte de Marielle

Pedidos de federalização são feitos apenas em casos específicos, como graves violações de direitos humanos e quando há a possibilidade de haver envolvimento da polícia em determinados crimes.

Ato de servidores e deputados no Congresso Nacional, em Brasília, nesta quinta-feira, 15 Foto: Luis Macedo/Câmara dos Deputados

A procuradora-geral expressou integral apoio ao trabalho dos membros do Ministério Público do Estado do Rio de Janeiro, na pessoa do procurador-geral de Justiça Eduardo Gussen. Foram designados a secretária de Direitos Humanos do Conselho Nacional do Ministério Público (CNMP), Ivana Farina, o secretário de Relações Institucionais do Conselho, Nedens Ulisses, e o secretário de Direitos Humanos da PGR, André de Carvalho Ramos. Eles se reunirão com Gussen e autoridades do Estado para acompanhar o início das investigações.

+ ONU pediu que ativistas participassem do monitoramento da intervenção no Rio

O caso

O assassinato da vereadora Marielle Franco pode estar ligado à sua militância política. Nascida no Complexo da Maré, conjunto de favelas da zona norte do Rio, Marielle, de 38 anos, tinha sua atuação pautada pela defesa de negros e pobres e denunciava a violência contra essa população. Há oito dias, a parlamentar, que acompanhava na condição de vereadora a intervenção federal, como forma de coibir abusos das Forças Armadas e da polícia a moradores de comunidades, recebeu denúncias envolvendo PMs que patrulham a Favela de Acari, na zona norte do Rio.

+++ Artistas lamentam morte da vereadora Marielle Franco

Moradores contaram, na primeira reunião do Observatório da Intervenção, no Centro de Estudos de Segurança e Cidadania (Cesec), da Universidade Candido Mendes, que dois homens foram assassinados por policiais e tiveram os corpos jogados num valão. Segundo esses moradores, a PM vem se sentindo "com licença para matar" por conta da intervenção.

Manifestantes vãos às ruas do País após morte de Marielle e Anderson

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Ato no Rio

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Ato no Rio

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Investigações

O chefe da Polícia Civil do Rio de Janeiro, delegado Rivaldo Barbosa, afirmou nesta quinta-feira que a polícia vai adotar todas as medidas "possíveis e impossíveis" para dar uma resposta ao assassinato da vereadora e de seu motorista. Segundo o delegado, o crime é gravíssimo e atenta contra a democracia.

"Estamos diante de um caso extremamente grave e que atenta contra a dignidade da pessoa humana e contra a democracia", afirmou Barbosa. Ele disse que aceitará ajuda das instituições que estiverem dispostas a colaborar, mas destacou que a Polícia Civil tem condições de solucionar o caso.

De acordo com Barbosa, as informações já levantadas estão sob sigilo e nenhuma hipótese de investigação está descartada, inclusive a de se tratar de um caso de execução. / Com informações da Agência Brasil

 BRASÍLIA -  A procuradora-geral da República, Raquel Dodge, cogita pedir a federalização das investigações do assassinato da vereadora Marielle Franco (PSOL) e de seu motorista Anderson Pedro Gomes, no Rio de Janeiro. Raquel determinou na manhã desta quinta-feira, 15, a instauração de procedimento instrutório de eventual Incidente de Deslocamento de Competência. Raquel ainda solicitou à Polícia Federal que adote diligências de investigação necessárias.

+++ Investigação deve ficar sob sigilo, diz Jungmann

Marielle foi morta a tiros na noite dessa quarta-feira, 14, dentro do carro em que seguia para casa. O ataque à vereadora aconteceu na Rua Joaquim Palhares, no centro do Rio. Ela voltava de um evento na Lapa, na mesma região, quando foi atingida. Os criminosos conseguiram fugir.

Multidão se reúne no centro do Rio para assitir ao velório da vereadora Marielle Franco Foto: EFE/Antonio Lacerda

A instauração é a etapa inicial. Caso o pedido seja aprovado, ele será encaminhado ao Superior Tribunal de Justiça (STJ), responsável pela autorização. Caso o STJ dê aval para o eventual pedido de federalização solicitado por Raquel, o caso deixará a Justiça comum do Rio de Janeiro e ficará sob a responsabilidade dos órgãos que envolvem a esfera federal, como Polícia Federal, o Ministério Público Federal e a Justiça. Não há prazo determinado para que o pedido seja oficializado nem para uma possível autorização do STJ.

+ Freixo aponta "características de execução" em morte de Marielle

Pedidos de federalização são feitos apenas em casos específicos, como graves violações de direitos humanos e quando há a possibilidade de haver envolvimento da polícia em determinados crimes.

Ato de servidores e deputados no Congresso Nacional, em Brasília, nesta quinta-feira, 15 Foto: Luis Macedo/Câmara dos Deputados

A procuradora-geral expressou integral apoio ao trabalho dos membros do Ministério Público do Estado do Rio de Janeiro, na pessoa do procurador-geral de Justiça Eduardo Gussen. Foram designados a secretária de Direitos Humanos do Conselho Nacional do Ministério Público (CNMP), Ivana Farina, o secretário de Relações Institucionais do Conselho, Nedens Ulisses, e o secretário de Direitos Humanos da PGR, André de Carvalho Ramos. Eles se reunirão com Gussen e autoridades do Estado para acompanhar o início das investigações.

+ ONU pediu que ativistas participassem do monitoramento da intervenção no Rio

O caso

O assassinato da vereadora Marielle Franco pode estar ligado à sua militância política. Nascida no Complexo da Maré, conjunto de favelas da zona norte do Rio, Marielle, de 38 anos, tinha sua atuação pautada pela defesa de negros e pobres e denunciava a violência contra essa população. Há oito dias, a parlamentar, que acompanhava na condição de vereadora a intervenção federal, como forma de coibir abusos das Forças Armadas e da polícia a moradores de comunidades, recebeu denúncias envolvendo PMs que patrulham a Favela de Acari, na zona norte do Rio.

+++ Artistas lamentam morte da vereadora Marielle Franco

Moradores contaram, na primeira reunião do Observatório da Intervenção, no Centro de Estudos de Segurança e Cidadania (Cesec), da Universidade Candido Mendes, que dois homens foram assassinados por policiais e tiveram os corpos jogados num valão. Segundo esses moradores, a PM vem se sentindo "com licença para matar" por conta da intervenção.

Manifestantes vãos às ruas do País após morte de Marielle e Anderson

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Ato em Brasília

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Ato no Rio

Foto: Wilton Júnior/Estadão
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Ato no Rio

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Ato em Belo Horizonte

Foto: Leonardo Augusto/Estadão

Investigações

O chefe da Polícia Civil do Rio de Janeiro, delegado Rivaldo Barbosa, afirmou nesta quinta-feira que a polícia vai adotar todas as medidas "possíveis e impossíveis" para dar uma resposta ao assassinato da vereadora e de seu motorista. Segundo o delegado, o crime é gravíssimo e atenta contra a democracia.

"Estamos diante de um caso extremamente grave e que atenta contra a dignidade da pessoa humana e contra a democracia", afirmou Barbosa. Ele disse que aceitará ajuda das instituições que estiverem dispostas a colaborar, mas destacou que a Polícia Civil tem condições de solucionar o caso.

De acordo com Barbosa, as informações já levantadas estão sob sigilo e nenhuma hipótese de investigação está descartada, inclusive a de se tratar de um caso de execução. / Com informações da Agência Brasil

 BRASÍLIA -  A procuradora-geral da República, Raquel Dodge, cogita pedir a federalização das investigações do assassinato da vereadora Marielle Franco (PSOL) e de seu motorista Anderson Pedro Gomes, no Rio de Janeiro. Raquel determinou na manhã desta quinta-feira, 15, a instauração de procedimento instrutório de eventual Incidente de Deslocamento de Competência. Raquel ainda solicitou à Polícia Federal que adote diligências de investigação necessárias.

+++ Investigação deve ficar sob sigilo, diz Jungmann

Marielle foi morta a tiros na noite dessa quarta-feira, 14, dentro do carro em que seguia para casa. O ataque à vereadora aconteceu na Rua Joaquim Palhares, no centro do Rio. Ela voltava de um evento na Lapa, na mesma região, quando foi atingida. Os criminosos conseguiram fugir.

Multidão se reúne no centro do Rio para assitir ao velório da vereadora Marielle Franco Foto: EFE/Antonio Lacerda

A instauração é a etapa inicial. Caso o pedido seja aprovado, ele será encaminhado ao Superior Tribunal de Justiça (STJ), responsável pela autorização. Caso o STJ dê aval para o eventual pedido de federalização solicitado por Raquel, o caso deixará a Justiça comum do Rio de Janeiro e ficará sob a responsabilidade dos órgãos que envolvem a esfera federal, como Polícia Federal, o Ministério Público Federal e a Justiça. Não há prazo determinado para que o pedido seja oficializado nem para uma possível autorização do STJ.

+ Freixo aponta "características de execução" em morte de Marielle

Pedidos de federalização são feitos apenas em casos específicos, como graves violações de direitos humanos e quando há a possibilidade de haver envolvimento da polícia em determinados crimes.

Ato de servidores e deputados no Congresso Nacional, em Brasília, nesta quinta-feira, 15 Foto: Luis Macedo/Câmara dos Deputados

A procuradora-geral expressou integral apoio ao trabalho dos membros do Ministério Público do Estado do Rio de Janeiro, na pessoa do procurador-geral de Justiça Eduardo Gussen. Foram designados a secretária de Direitos Humanos do Conselho Nacional do Ministério Público (CNMP), Ivana Farina, o secretário de Relações Institucionais do Conselho, Nedens Ulisses, e o secretário de Direitos Humanos da PGR, André de Carvalho Ramos. Eles se reunirão com Gussen e autoridades do Estado para acompanhar o início das investigações.

+ ONU pediu que ativistas participassem do monitoramento da intervenção no Rio

O caso

O assassinato da vereadora Marielle Franco pode estar ligado à sua militância política. Nascida no Complexo da Maré, conjunto de favelas da zona norte do Rio, Marielle, de 38 anos, tinha sua atuação pautada pela defesa de negros e pobres e denunciava a violência contra essa população. Há oito dias, a parlamentar, que acompanhava na condição de vereadora a intervenção federal, como forma de coibir abusos das Forças Armadas e da polícia a moradores de comunidades, recebeu denúncias envolvendo PMs que patrulham a Favela de Acari, na zona norte do Rio.

+++ Artistas lamentam morte da vereadora Marielle Franco

Moradores contaram, na primeira reunião do Observatório da Intervenção, no Centro de Estudos de Segurança e Cidadania (Cesec), da Universidade Candido Mendes, que dois homens foram assassinados por policiais e tiveram os corpos jogados num valão. Segundo esses moradores, a PM vem se sentindo "com licença para matar" por conta da intervenção.

Manifestantes vãos às ruas do País após morte de Marielle e Anderson

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Foto: Daniel Teixeira/Estadão
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Investigações

O chefe da Polícia Civil do Rio de Janeiro, delegado Rivaldo Barbosa, afirmou nesta quinta-feira que a polícia vai adotar todas as medidas "possíveis e impossíveis" para dar uma resposta ao assassinato da vereadora e de seu motorista. Segundo o delegado, o crime é gravíssimo e atenta contra a democracia.

"Estamos diante de um caso extremamente grave e que atenta contra a dignidade da pessoa humana e contra a democracia", afirmou Barbosa. Ele disse que aceitará ajuda das instituições que estiverem dispostas a colaborar, mas destacou que a Polícia Civil tem condições de solucionar o caso.

De acordo com Barbosa, as informações já levantadas estão sob sigilo e nenhuma hipótese de investigação está descartada, inclusive a de se tratar de um caso de execução. / Com informações da Agência Brasil

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