Temer aguarda 'diagnóstico' de Moraes para se manifestar sobre massacre


Avaliação no Planalto é que a manifestação do governo já está sendo feita com ação in loco por meio do ministro da Justiça, que viajou a Manaus

Por Carla Araujo
Ministro foi para a região na segunda-feira a pedido de Temer Foto: BRUNO ZANARDO / SECOM AM

BRASÍLIA - O presidente Michel Temer vai continuar, pelo menos até o momento, sem fazer uma manifestação pública direta em relação ao massacre no Complexo Penitenciário Anísio Jobim, o Compaj, em Manaus (AM), que culminou com a morte de 56 detentos.

A avaliação no Planalto é que a manifestação do governo já está sendo feita com ação in loco por meio do ministro da Justiça, Alexandre de Moraes, que na segunda-feira, 2, a pedido do presidente, foi para a região. Segundo auxiliares de Temer, o presidente vai aguardar o "diagnóstico" que Moraes trará da situação e apenas depois definir se tomará ações, como convocar governadores para Brasília para ampliar o debate sobre o tema.

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"O presidente determinou que o ministro tome as providências necessárias e isso já está sendo feito, certamente Moraes vai reportar todas as informações no seu retorno e então o presidente determinará novas ações", disse uma fonte. O Planalto salienta que a situação é "delicada" e "grave" e não descarta que a crise que começou em Manaus possa se espalhar por outros Estados. "São brigas de segmentos organizações, do crime organizado, e as experiências anteriores com esse tipo de situação demonstram que é preciso ter cautela em qualquer tipo de ação do governo", salientou outro auxiliar de Temer.

Apontada como a terceira maior facção do País, atrás apenas do PCC e do Comando Vermelho, a Família do Norte do Amazonas matou 56 detentos no Compaj. As mortes estão relacionadas com a disputa entre a FDN e o PCC.

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Silêncio. Em relação à diferença de postura ao episódio da chacina em Campinas no ano novo, que culminou com a morte de 12 pessoas, quando Temer usou o Twitter para lamentar o ocorrido, auxiliares do presidente dizem que "não é possível comentar todas as mortes" e ressaltam que a "melhor resposta ao caso de Manaus é continuar trabalhando". E que o caso de Campinas se tratava de uma "tragédia familiar". "Neste caso, é um episódio de Segurança Pública, que exige mobilização das forças de inteligência, é mais complexo", disse uma fonte.

O Planalto também minimiza a ausência de posicionamento oficial do presidente destacando que na semana passada o governo autorizou o repasse aos Estados de R$ 1,2 bilhão do Fundo Penitenciário Nacional (Funpen), justamente consciente da necessidade de corrigir problemas nos presídios brasileiros.

Entre as ações destacadas pelo governo, além do repasse de recursos, está a disponibilidade de auxiliar na transferência de presos e também oferecer a inteligência de segurança nacional para contribuir para solucionar a crise. 

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Relembre massacres em presídios pelo País

1 | 13

Penitenciária Agrícola de Monte Cristo

Foto: REUTERS/JPavani
2 | 13

Compaj

Foto: Edmar Barros/Futura Press
3 | 13

Carandiru

Foto: Hélvio Romero/Estadão
4 | 13

Carandiru

Foto: Heitor Hui/Estadão
5 | 13

Carandiru

Foto: Itamar Miranda/Estadão
6 | 13

Carandiru

Foto: Monica Zarattini/Estadão
7 | 13

Carandiru

Foto: Epitácio Pessoa/Estadão
8 | 13

Pedrinhas

Foto: Márcio Fernandes/Estadão
9 | 13

Pedrinhas

Foto: Márcio Fernandes
10 | 13

Urso Branco

Foto: Dida Sampaio/Estadão
11 | 13

Urso Branco

Foto: Dida Sampaio/Estadão
12 | 13

Casa de Custódia Benfica

Foto: Marcos de Paula/Estadão
13 | 13

Benfica

Foto: Marcos D'Paula
Ministro foi para a região na segunda-feira a pedido de Temer Foto: BRUNO ZANARDO / SECOM AM

BRASÍLIA - O presidente Michel Temer vai continuar, pelo menos até o momento, sem fazer uma manifestação pública direta em relação ao massacre no Complexo Penitenciário Anísio Jobim, o Compaj, em Manaus (AM), que culminou com a morte de 56 detentos.

A avaliação no Planalto é que a manifestação do governo já está sendo feita com ação in loco por meio do ministro da Justiça, Alexandre de Moraes, que na segunda-feira, 2, a pedido do presidente, foi para a região. Segundo auxiliares de Temer, o presidente vai aguardar o "diagnóstico" que Moraes trará da situação e apenas depois definir se tomará ações, como convocar governadores para Brasília para ampliar o debate sobre o tema.

"O presidente determinou que o ministro tome as providências necessárias e isso já está sendo feito, certamente Moraes vai reportar todas as informações no seu retorno e então o presidente determinará novas ações", disse uma fonte. O Planalto salienta que a situação é "delicada" e "grave" e não descarta que a crise que começou em Manaus possa se espalhar por outros Estados. "São brigas de segmentos organizações, do crime organizado, e as experiências anteriores com esse tipo de situação demonstram que é preciso ter cautela em qualquer tipo de ação do governo", salientou outro auxiliar de Temer.

Apontada como a terceira maior facção do País, atrás apenas do PCC e do Comando Vermelho, a Família do Norte do Amazonas matou 56 detentos no Compaj. As mortes estão relacionadas com a disputa entre a FDN e o PCC.

Silêncio. Em relação à diferença de postura ao episódio da chacina em Campinas no ano novo, que culminou com a morte de 12 pessoas, quando Temer usou o Twitter para lamentar o ocorrido, auxiliares do presidente dizem que "não é possível comentar todas as mortes" e ressaltam que a "melhor resposta ao caso de Manaus é continuar trabalhando". E que o caso de Campinas se tratava de uma "tragédia familiar". "Neste caso, é um episódio de Segurança Pública, que exige mobilização das forças de inteligência, é mais complexo", disse uma fonte.

O Planalto também minimiza a ausência de posicionamento oficial do presidente destacando que na semana passada o governo autorizou o repasse aos Estados de R$ 1,2 bilhão do Fundo Penitenciário Nacional (Funpen), justamente consciente da necessidade de corrigir problemas nos presídios brasileiros.

Entre as ações destacadas pelo governo, além do repasse de recursos, está a disponibilidade de auxiliar na transferência de presos e também oferecer a inteligência de segurança nacional para contribuir para solucionar a crise. 

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Urso Branco

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Casa de Custódia Benfica

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Ministro foi para a região na segunda-feira a pedido de Temer Foto: BRUNO ZANARDO / SECOM AM

BRASÍLIA - O presidente Michel Temer vai continuar, pelo menos até o momento, sem fazer uma manifestação pública direta em relação ao massacre no Complexo Penitenciário Anísio Jobim, o Compaj, em Manaus (AM), que culminou com a morte de 56 detentos.

A avaliação no Planalto é que a manifestação do governo já está sendo feita com ação in loco por meio do ministro da Justiça, Alexandre de Moraes, que na segunda-feira, 2, a pedido do presidente, foi para a região. Segundo auxiliares de Temer, o presidente vai aguardar o "diagnóstico" que Moraes trará da situação e apenas depois definir se tomará ações, como convocar governadores para Brasília para ampliar o debate sobre o tema.

"O presidente determinou que o ministro tome as providências necessárias e isso já está sendo feito, certamente Moraes vai reportar todas as informações no seu retorno e então o presidente determinará novas ações", disse uma fonte. O Planalto salienta que a situação é "delicada" e "grave" e não descarta que a crise que começou em Manaus possa se espalhar por outros Estados. "São brigas de segmentos organizações, do crime organizado, e as experiências anteriores com esse tipo de situação demonstram que é preciso ter cautela em qualquer tipo de ação do governo", salientou outro auxiliar de Temer.

Apontada como a terceira maior facção do País, atrás apenas do PCC e do Comando Vermelho, a Família do Norte do Amazonas matou 56 detentos no Compaj. As mortes estão relacionadas com a disputa entre a FDN e o PCC.

Silêncio. Em relação à diferença de postura ao episódio da chacina em Campinas no ano novo, que culminou com a morte de 12 pessoas, quando Temer usou o Twitter para lamentar o ocorrido, auxiliares do presidente dizem que "não é possível comentar todas as mortes" e ressaltam que a "melhor resposta ao caso de Manaus é continuar trabalhando". E que o caso de Campinas se tratava de uma "tragédia familiar". "Neste caso, é um episódio de Segurança Pública, que exige mobilização das forças de inteligência, é mais complexo", disse uma fonte.

O Planalto também minimiza a ausência de posicionamento oficial do presidente destacando que na semana passada o governo autorizou o repasse aos Estados de R$ 1,2 bilhão do Fundo Penitenciário Nacional (Funpen), justamente consciente da necessidade de corrigir problemas nos presídios brasileiros.

Entre as ações destacadas pelo governo, além do repasse de recursos, está a disponibilidade de auxiliar na transferência de presos e também oferecer a inteligência de segurança nacional para contribuir para solucionar a crise. 

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BRASÍLIA - O presidente Michel Temer vai continuar, pelo menos até o momento, sem fazer uma manifestação pública direta em relação ao massacre no Complexo Penitenciário Anísio Jobim, o Compaj, em Manaus (AM), que culminou com a morte de 56 detentos.

A avaliação no Planalto é que a manifestação do governo já está sendo feita com ação in loco por meio do ministro da Justiça, Alexandre de Moraes, que na segunda-feira, 2, a pedido do presidente, foi para a região. Segundo auxiliares de Temer, o presidente vai aguardar o "diagnóstico" que Moraes trará da situação e apenas depois definir se tomará ações, como convocar governadores para Brasília para ampliar o debate sobre o tema.

"O presidente determinou que o ministro tome as providências necessárias e isso já está sendo feito, certamente Moraes vai reportar todas as informações no seu retorno e então o presidente determinará novas ações", disse uma fonte. O Planalto salienta que a situação é "delicada" e "grave" e não descarta que a crise que começou em Manaus possa se espalhar por outros Estados. "São brigas de segmentos organizações, do crime organizado, e as experiências anteriores com esse tipo de situação demonstram que é preciso ter cautela em qualquer tipo de ação do governo", salientou outro auxiliar de Temer.

Apontada como a terceira maior facção do País, atrás apenas do PCC e do Comando Vermelho, a Família do Norte do Amazonas matou 56 detentos no Compaj. As mortes estão relacionadas com a disputa entre a FDN e o PCC.

Silêncio. Em relação à diferença de postura ao episódio da chacina em Campinas no ano novo, que culminou com a morte de 12 pessoas, quando Temer usou o Twitter para lamentar o ocorrido, auxiliares do presidente dizem que "não é possível comentar todas as mortes" e ressaltam que a "melhor resposta ao caso de Manaus é continuar trabalhando". E que o caso de Campinas se tratava de uma "tragédia familiar". "Neste caso, é um episódio de Segurança Pública, que exige mobilização das forças de inteligência, é mais complexo", disse uma fonte.

O Planalto também minimiza a ausência de posicionamento oficial do presidente destacando que na semana passada o governo autorizou o repasse aos Estados de R$ 1,2 bilhão do Fundo Penitenciário Nacional (Funpen), justamente consciente da necessidade de corrigir problemas nos presídios brasileiros.

Entre as ações destacadas pelo governo, além do repasse de recursos, está a disponibilidade de auxiliar na transferência de presos e também oferecer a inteligência de segurança nacional para contribuir para solucionar a crise. 

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