O basquete mudou e o público brasileiro precisa se acostumar. Jogar sempre em função de um herói - como na época de Oscar - será cada vez mais raro, segundo o técnico Ênio Vecchi, do Basquete Osasco.
Para vencer sempre, prevalecem a estratégia e a tática - baseadas inclusive nos adversários -, o jogo coletivo, o revezamento, a alta performance física e os atletas com habilidades múltiplas, entre outros fatores. É necessário manter o bom nível defensivo e ofensivo durante toda a partida.
"Agora há diversas funções, um (jogador) dependendo do outro. O cara contribui no rebote, na marcação, faz um mundo de coisas além da sua posição específica. A tendência mundial é a distribuição perfeita de pontos de cinco a dez jogadores. Todos com mais de dez pontos", frisou Ênio Vecchi.
A Seleção Brasileira de Rúben Magnano adota essa linha. Não por falta de um protagonista. Mas sim em razão de uma filososfia de trabalho.
"Os jogadores precisam se adaptar. Com isso, o Magnano potencializa outras qualidades e o grupo como equipe. Os resultados têm sido positivos. Há chances reais de medalha", comentou Ênio Vecchi.
A NBA também é uma prova disso, segundo o técnico. Embora ele ressalte que as finais entre Golden State Warriors e Cleveland Cavaliers (3-2) apresentem característica atípica.
"Os jogos estão sendo muito duros, um diferente do outro. Os times, quando permitem uma vantagem de adez a 12 pontos, perdem o foco. Parece até que já foi. Não é normal, mas nessa série virou regular", disse Ênio Vecchi.
O Basquete Osasco voltou de uma excursão na China. Disputa este mês os Jogos Regionais. Em julho, começa o Campeonato Paulista, no qual a expectativa do treinador é ir ao menos às semifinais.
Para tanto,chegaram os jogadores Lupa dos Santos (ex-Sorocabana), Igor (ex-Paulsitano) e Gstavo (São josé). Saíram Feliz e Mosso, entre outros.