Diversidade e Inclusão

"Emprego Apoiado é essencial para a inclusão"


Após denunciar boicote a uma enfermeira com autismo no Hospital do Servidor Público de SP, o blog Vencer Limites convidou autoridades que atuam pela inclusão para avaliar o caso em artigos exclusivos. O quarto texto é assinado por Lara Souto Santana, coordenadora de desenvolvimento de programas da Secretaria de Estado dos Direitos da Pessoa com Deficiência (SEDPcD) de São Paulo. Em pauta, a importância da estrutura de emprego apoiado para igualdade e equidade no ambiente de trabalho.

Por Luiz Alexandre Souza Ventura
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A falta de estrutura de emprego apoiado, para garantir a pessoas com deficiência oportunidades equivalentes de aprendizado no ambiente de trabalho, pode destruir por completo um projeto de inclusão. O que deveria ampliar acessos ao emprego, acaba por reduzir as chances de evolução profissional. Nesse processo, ficam evidentes as práticas de discriminação e exclusão.

Um exemplo dessa dinâmica invertida está escancarado na denúncia da enfermeira Andrea Batista da Silva, que tem autismo e relatou boicote de colegas e superiores no Hospital do Servidor Público Estadual (HSPE) de São Paulo. O caso foi publicado com exclusividade pelo blog Vencer Limites. A reportagem levou o Ministério Público do Trabalho em São Paulo (MPT-SP) a abrir uma investigação.

O blog Vencer Limites convidou especialistas e autoridades que atuam pela inclusão para avaliar o caso em artigos exclusivos. O quarto texto é assinado por Lara Souto Santana, coordenadora de desenvolvimento de programas da Secretaria de Estado dos Direitos da Pessoa com Deficiência (SEDPcD) de São Paulo.

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Leia também os textos escritos por secretário municipal da pessoa com deficiência de São Paulo, Cid Torquato, ; Mara Ligia Kiefer, gerente de projetos de inclusão da i.Social, consultoria de recursos humanos especializada na colocação de pessoas com deficiência mercado de trabalho, e Irma Rossetto Passoni e Jesus Carlos Delgado Garcia, do Instituto de Tecnologia Social - ITS BRASIL, que desenvolve pesquisas e projetos em emprego apoiado desde 2005.

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Emprego apoiado

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por Lara Souto Santana*

Ter um funcionário que passa várias horas no ambiente de trabalho, sem oferecer condições para que isso ocorra de maneira segura e saudável para todos não deve fazer parte da cultura de nenhum estabelecimento. Essa prática ganha evidência quando pensamos na realidade laboral das pessoas com deficiência.

Considerando que a Lei de Cotas tem menos de 30 anos, os desafios além do emprego apoiado são diversos. A empregabilidade de pessoas com deficiência é um tema bastante amplo, discutido há algumas décadas, já apresentou avanços e, ao mesmo tempo, muitas fragilidades.

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O emprego apoiado se faz necessário pois há um hiato entre o empregado com deficiência, o empregador e os demais atores no ambiente de trabalho, uma vez que as pessoas com deficiência, até bem pouco tempo, não faziam parte do cenário laboral nem de atividades corriqueiras como ir à escola, circular pela cidade com autonomia ou frequentar espaços públicos por não haver acessibilidade.

Sabe-se que a metodologia do emprego apoiado pode ser utilizada com qualquer tipo de deficiência, mas no Brasil se tornou mais comum entre pessoas com deficiências intelectuais, autismo, paralisia cerebral e deficiências múltiplas. Além disso, é uma prática muito rara e, quando acontece, se faz presente muito mais na iniciativa privada do que em qualquer outro setor da sociedade.

Isso nos leva a questionar o fato de essa metodologia fazer parte de um universo muito restrito, apenas em organizações que tenham recursos para investir no emprego apoiado e que acreditam nele como uma ferramenta importante no processo de inclusão.

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É inegável que essa metodologia auxilia, e muito, no processo de inclusão de uma pessoa com deficiência em seu posto de trabalho e nas relações que esse trabalhador terá diariamente. Afinal, antes mesmo de um profissional estar em uma determinada empresa ou função, é essencial que ele possa interagir com seus colegas de trabalho e, sobretudo, seja produtivo e respeitado em sua singularidade.

Podemos entender o emprego apoiado como um recurso tecnológico igual a qualquer outro. Assim como se investe em um software ou em outras adaptações, a empresa terá suporte humano, criando um cenário adequado e viável para que todos convivam e produzam.

Isso se alinha à tendência de valorização da diversidade humana e, consequentemente, leva a ações de sustentabilidade tão necessárias ao nosso dia a dia.

*Lara Souto Santana é coordenadora de desenvolvimento de programas da Secretaria de Estado dos Direitos da Pessoa com Deficiência (SEDPcD) de São Paulo.

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Mande mensagem, crítica ou sugestão para blogVencerLimites@gmail.com

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A falta de estrutura de emprego apoiado, para garantir a pessoas com deficiência oportunidades equivalentes de aprendizado no ambiente de trabalho, pode destruir por completo um projeto de inclusão. O que deveria ampliar acessos ao emprego, acaba por reduzir as chances de evolução profissional. Nesse processo, ficam evidentes as práticas de discriminação e exclusão.

Um exemplo dessa dinâmica invertida está escancarado na denúncia da enfermeira Andrea Batista da Silva, que tem autismo e relatou boicote de colegas e superiores no Hospital do Servidor Público Estadual (HSPE) de São Paulo. O caso foi publicado com exclusividade pelo blog Vencer Limites. A reportagem levou o Ministério Público do Trabalho em São Paulo (MPT-SP) a abrir uma investigação.

O blog Vencer Limites convidou especialistas e autoridades que atuam pela inclusão para avaliar o caso em artigos exclusivos. O quarto texto é assinado por Lara Souto Santana, coordenadora de desenvolvimento de programas da Secretaria de Estado dos Direitos da Pessoa com Deficiência (SEDPcD) de São Paulo.

Leia também os textos escritos por secretário municipal da pessoa com deficiência de São Paulo, Cid Torquato, ; Mara Ligia Kiefer, gerente de projetos de inclusão da i.Social, consultoria de recursos humanos especializada na colocação de pessoas com deficiência mercado de trabalho, e Irma Rossetto Passoni e Jesus Carlos Delgado Garcia, do Instituto de Tecnologia Social - ITS BRASIL, que desenvolve pesquisas e projetos em emprego apoiado desde 2005.

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Emprego apoiado

por Lara Souto Santana*

Ter um funcionário que passa várias horas no ambiente de trabalho, sem oferecer condições para que isso ocorra de maneira segura e saudável para todos não deve fazer parte da cultura de nenhum estabelecimento. Essa prática ganha evidência quando pensamos na realidade laboral das pessoas com deficiência.

Considerando que a Lei de Cotas tem menos de 30 anos, os desafios além do emprego apoiado são diversos. A empregabilidade de pessoas com deficiência é um tema bastante amplo, discutido há algumas décadas, já apresentou avanços e, ao mesmo tempo, muitas fragilidades.

O emprego apoiado se faz necessário pois há um hiato entre o empregado com deficiência, o empregador e os demais atores no ambiente de trabalho, uma vez que as pessoas com deficiência, até bem pouco tempo, não faziam parte do cenário laboral nem de atividades corriqueiras como ir à escola, circular pela cidade com autonomia ou frequentar espaços públicos por não haver acessibilidade.

Sabe-se que a metodologia do emprego apoiado pode ser utilizada com qualquer tipo de deficiência, mas no Brasil se tornou mais comum entre pessoas com deficiências intelectuais, autismo, paralisia cerebral e deficiências múltiplas. Além disso, é uma prática muito rara e, quando acontece, se faz presente muito mais na iniciativa privada do que em qualquer outro setor da sociedade.

Isso nos leva a questionar o fato de essa metodologia fazer parte de um universo muito restrito, apenas em organizações que tenham recursos para investir no emprego apoiado e que acreditam nele como uma ferramenta importante no processo de inclusão.

É inegável que essa metodologia auxilia, e muito, no processo de inclusão de uma pessoa com deficiência em seu posto de trabalho e nas relações que esse trabalhador terá diariamente. Afinal, antes mesmo de um profissional estar em uma determinada empresa ou função, é essencial que ele possa interagir com seus colegas de trabalho e, sobretudo, seja produtivo e respeitado em sua singularidade.

Podemos entender o emprego apoiado como um recurso tecnológico igual a qualquer outro. Assim como se investe em um software ou em outras adaptações, a empresa terá suporte humano, criando um cenário adequado e viável para que todos convivam e produzam.

Isso se alinha à tendência de valorização da diversidade humana e, consequentemente, leva a ações de sustentabilidade tão necessárias ao nosso dia a dia.

*Lara Souto Santana é coordenadora de desenvolvimento de programas da Secretaria de Estado dos Direitos da Pessoa com Deficiência (SEDPcD) de São Paulo.

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Um exemplo dessa dinâmica invertida está escancarado na denúncia da enfermeira Andrea Batista da Silva, que tem autismo e relatou boicote de colegas e superiores no Hospital do Servidor Público Estadual (HSPE) de São Paulo. O caso foi publicado com exclusividade pelo blog Vencer Limites. A reportagem levou o Ministério Público do Trabalho em São Paulo (MPT-SP) a abrir uma investigação.

O blog Vencer Limites convidou especialistas e autoridades que atuam pela inclusão para avaliar o caso em artigos exclusivos. O quarto texto é assinado por Lara Souto Santana, coordenadora de desenvolvimento de programas da Secretaria de Estado dos Direitos da Pessoa com Deficiência (SEDPcD) de São Paulo.

Leia também os textos escritos por secretário municipal da pessoa com deficiência de São Paulo, Cid Torquato, ; Mara Ligia Kiefer, gerente de projetos de inclusão da i.Social, consultoria de recursos humanos especializada na colocação de pessoas com deficiência mercado de trabalho, e Irma Rossetto Passoni e Jesus Carlos Delgado Garcia, do Instituto de Tecnologia Social - ITS BRASIL, que desenvolve pesquisas e projetos em emprego apoiado desde 2005.

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Emprego apoiado

por Lara Souto Santana*

Ter um funcionário que passa várias horas no ambiente de trabalho, sem oferecer condições para que isso ocorra de maneira segura e saudável para todos não deve fazer parte da cultura de nenhum estabelecimento. Essa prática ganha evidência quando pensamos na realidade laboral das pessoas com deficiência.

Considerando que a Lei de Cotas tem menos de 30 anos, os desafios além do emprego apoiado são diversos. A empregabilidade de pessoas com deficiência é um tema bastante amplo, discutido há algumas décadas, já apresentou avanços e, ao mesmo tempo, muitas fragilidades.

O emprego apoiado se faz necessário pois há um hiato entre o empregado com deficiência, o empregador e os demais atores no ambiente de trabalho, uma vez que as pessoas com deficiência, até bem pouco tempo, não faziam parte do cenário laboral nem de atividades corriqueiras como ir à escola, circular pela cidade com autonomia ou frequentar espaços públicos por não haver acessibilidade.

Sabe-se que a metodologia do emprego apoiado pode ser utilizada com qualquer tipo de deficiência, mas no Brasil se tornou mais comum entre pessoas com deficiências intelectuais, autismo, paralisia cerebral e deficiências múltiplas. Além disso, é uma prática muito rara e, quando acontece, se faz presente muito mais na iniciativa privada do que em qualquer outro setor da sociedade.

Isso nos leva a questionar o fato de essa metodologia fazer parte de um universo muito restrito, apenas em organizações que tenham recursos para investir no emprego apoiado e que acreditam nele como uma ferramenta importante no processo de inclusão.

É inegável que essa metodologia auxilia, e muito, no processo de inclusão de uma pessoa com deficiência em seu posto de trabalho e nas relações que esse trabalhador terá diariamente. Afinal, antes mesmo de um profissional estar em uma determinada empresa ou função, é essencial que ele possa interagir com seus colegas de trabalho e, sobretudo, seja produtivo e respeitado em sua singularidade.

Podemos entender o emprego apoiado como um recurso tecnológico igual a qualquer outro. Assim como se investe em um software ou em outras adaptações, a empresa terá suporte humano, criando um cenário adequado e viável para que todos convivam e produzam.

Isso se alinha à tendência de valorização da diversidade humana e, consequentemente, leva a ações de sustentabilidade tão necessárias ao nosso dia a dia.

*Lara Souto Santana é coordenadora de desenvolvimento de programas da Secretaria de Estado dos Direitos da Pessoa com Deficiência (SEDPcD) de São Paulo.

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Um exemplo dessa dinâmica invertida está escancarado na denúncia da enfermeira Andrea Batista da Silva, que tem autismo e relatou boicote de colegas e superiores no Hospital do Servidor Público Estadual (HSPE) de São Paulo. O caso foi publicado com exclusividade pelo blog Vencer Limites. A reportagem levou o Ministério Público do Trabalho em São Paulo (MPT-SP) a abrir uma investigação.

O blog Vencer Limites convidou especialistas e autoridades que atuam pela inclusão para avaliar o caso em artigos exclusivos. O quarto texto é assinado por Lara Souto Santana, coordenadora de desenvolvimento de programas da Secretaria de Estado dos Direitos da Pessoa com Deficiência (SEDPcD) de São Paulo.

Leia também os textos escritos por secretário municipal da pessoa com deficiência de São Paulo, Cid Torquato, ; Mara Ligia Kiefer, gerente de projetos de inclusão da i.Social, consultoria de recursos humanos especializada na colocação de pessoas com deficiência mercado de trabalho, e Irma Rossetto Passoni e Jesus Carlos Delgado Garcia, do Instituto de Tecnologia Social - ITS BRASIL, que desenvolve pesquisas e projetos em emprego apoiado desde 2005.

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por Lara Souto Santana*

Ter um funcionário que passa várias horas no ambiente de trabalho, sem oferecer condições para que isso ocorra de maneira segura e saudável para todos não deve fazer parte da cultura de nenhum estabelecimento. Essa prática ganha evidência quando pensamos na realidade laboral das pessoas com deficiência.

Considerando que a Lei de Cotas tem menos de 30 anos, os desafios além do emprego apoiado são diversos. A empregabilidade de pessoas com deficiência é um tema bastante amplo, discutido há algumas décadas, já apresentou avanços e, ao mesmo tempo, muitas fragilidades.

O emprego apoiado se faz necessário pois há um hiato entre o empregado com deficiência, o empregador e os demais atores no ambiente de trabalho, uma vez que as pessoas com deficiência, até bem pouco tempo, não faziam parte do cenário laboral nem de atividades corriqueiras como ir à escola, circular pela cidade com autonomia ou frequentar espaços públicos por não haver acessibilidade.

Sabe-se que a metodologia do emprego apoiado pode ser utilizada com qualquer tipo de deficiência, mas no Brasil se tornou mais comum entre pessoas com deficiências intelectuais, autismo, paralisia cerebral e deficiências múltiplas. Além disso, é uma prática muito rara e, quando acontece, se faz presente muito mais na iniciativa privada do que em qualquer outro setor da sociedade.

Isso nos leva a questionar o fato de essa metodologia fazer parte de um universo muito restrito, apenas em organizações que tenham recursos para investir no emprego apoiado e que acreditam nele como uma ferramenta importante no processo de inclusão.

É inegável que essa metodologia auxilia, e muito, no processo de inclusão de uma pessoa com deficiência em seu posto de trabalho e nas relações que esse trabalhador terá diariamente. Afinal, antes mesmo de um profissional estar em uma determinada empresa ou função, é essencial que ele possa interagir com seus colegas de trabalho e, sobretudo, seja produtivo e respeitado em sua singularidade.

Podemos entender o emprego apoiado como um recurso tecnológico igual a qualquer outro. Assim como se investe em um software ou em outras adaptações, a empresa terá suporte humano, criando um cenário adequado e viável para que todos convivam e produzam.

Isso se alinha à tendência de valorização da diversidade humana e, consequentemente, leva a ações de sustentabilidade tão necessárias ao nosso dia a dia.

*Lara Souto Santana é coordenadora de desenvolvimento de programas da Secretaria de Estado dos Direitos da Pessoa com Deficiência (SEDPcD) de São Paulo.

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