"Há aproximadamente quatro anos, aqui no Brasil, começamos a refletir com mais profundidade. E, falando de forma franca, percebemos que, até aquele momento, nós encarávamos inclusão e diversidade como mais um dos milhares de problemas que uma empresa com 150 mil funcionários lida no dia a dia, observando somente a cota exigida por lei, sem avaliar como isso é importante para o nosso negócio".
A avaliação foi feita pelo vice-presidente de Recursos Humanos, Tecnologia da Informação e Gestão do Grupo Pão de Açúcar (GPA), Antonio Salvador, durante o 24º encontro da Rede Empresarial de Inclusão Social, realizado em São Paulo, quando nove companhias assinaram um pacto pela inclusão de pessoas com deficiência no mercado de trabalho. O #blogVencerLimites acompanhou o evento a convite de TozziniFreire Advogados.
As lojas do GPA (Pão de Açúcar, Extra, Assaí, Casas Bahia e Ponto Frio), segundo Salvador, precisam entender a diversidade de seus clientes. "Nossas unidades recebem milhões de pessoas que representam toda a diversidade do Brasil. E uma empresa que se relaciona diariamente com essa população precisa ter, do lado interno do balcão, a mesma diversidade. Por isso, o aspecto da inclusão é bastante amplo", diz o executivo.
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Antonio Salvador ressalta que essa filosofia tem sido aplicada dentro do Grupo Pão de Açúcar na contratação e manutenção de pessoas com deficiência, mulheres, afrodescendentes, gays, transsexuais, etc. "Mas como devemos trabalhar para disseminar a aceitação da diferença? Criando um ambiente onde você pode ser você. Nos últimos quatro anos, essa jornada tem sido muito importante", ressalta o vice-presidente.
"Atuamos com base em alguns temas, porque não adianta colocar todas essas questões no papel, mas não praticá-las. Ter um time diverso influencia diretamente no nosso 'órgão' mais sensível, que é o bolso, todo ano", explica Salvador. "Sendo assim, estabelecemos metas e demos ferramentas para que esses objetivos sejam cumpridos, com a presença constante e fundamental da diretoria, e também com a participação de associações, sindicatos e outras instituições", explica.
O Grupo Pão de Açúcar emprega atualmente 4.300 pessoas com deficiência e pretende aumentar esse número para 8 mil em até três anos.