Diversidade e Inclusão

O exemplo de Lindsay Hilton


Vídeo da atleta, que não tem parte dos braços e das pernas, em uma série de CrossFit, tornou-se viral. Para ela, o mais importante é mostrar que o esporte pode ser inclusivo e que pessoas com diferentes corpos podem ter uma vida ativa.

Por Luiz Alexandre Souza Ventura
Lindsay Hilton pratica CrossFit ( Foto: Zane Woodford/Metro Halifax)

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Quando um vídeo que mostra Lindsay Hilton atravessando as etapas de sua série de CrossFit se tornou viral, muitas pessoas reagiram dessa forma: "Veja essa mulher incrível! Se ela pode fazer CrossFit, eu não tenho mais desculpas".

Lindsay tem escutado, durante toda a vida, comentários semelhantes, daqueles que reduzem suas conquistas físicas a momentos motivacionais para pessoas sem deficiência.

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Essa mulher de 30 anos que mora atualmente em Halifax, na Nova Escócia (Canadá), pode ter nascido sem parte dos braços e das pernas, mas ela nunca considerou que seu corpo poderia limitar sua capacidade atlética, que ela demostra ter desde que começou a praticar esportes, ainda criança.

No ensino fundamental, jogava no time de futebol da escola. Quando passou ao ensino médio, incluiu hockey de campo e rugby à lista. A paixão pelo rugby permaneceu depois que Lindsay se formou, e ela entrou para a equipe do Halifax Tars, da qual faz parte até hoje.

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Lindsay Hilton joga rugby desde o ensino médio (Arquivo Pessoal/Lindsay Hilton)  Foto: Estadão

Ela sempre apreciou atividades ao ar livre, superando seu limites físicos e competindo com as companheiras de equipe.

"Durante toda a minha vida, as pessoas disseram que sou uma inspiração", disse Lindsay Hilton em entrevista ao Washignton Post. "Eu penso que apenas pratico atividades todos os dias. E como tem sido sempre assim, eu não me considero diferente de ninguém. Eu não me enxergo como uma inspiração. Eu tento fazer o que gosto e aquilo de me desafia".

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Seu desafio mais recente é o CrossFit, que combina várias modalidades esportivas. Lindsay se envolveu com essa atividade por acaso, quando uma academia local montou um estande em um jogo de rugby que ela foi assistir, oferecendo passe gratuito a quem fizesse mais repetições de um exercício chamado 'burpee' (conheça aqui) em um minuto. Lindsay venceu a prova, com 34 repetições em 60 segundos.

Isso aconteceu em setembro de 2015. Seis meses depois, ela já havia abraçado o CrossFit, incluindo exercícios que, inicialmente, representavam um desafio significativo para seu tipo corporal. Essa atividade tem vários atletas com deficiência entre seus praticantes, como pessoas amputadas ou que usam cadeira de rodas. Lindsay tem estudado profundamente essa atividade, mas ainda não encontrou alguém semelhante a ela, que consiga, entre outras coisas, fazer flexões sem as mãos.

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Vídeo no Facebook (clique aqui) se tornou viral (Reprodução)  Foto: Estadão

"Não há um modelo", diz Lindsay, lembrando que essa é a sua primeira experiência fazendo flexões e trabalhando com pesos. "Basicamente, tudo o que tenho conquistado no CrossFit tem base em tentativa e erro. Eu posso não ser capaz de realizar todos os movimentos, mas minha atitude é de que vou descobrir uma maneira de fazer tudo funcionar".

Sua capacidade de adaptação não existe sem esforço, mas ela tem uma maneira própria de fazer com que esse esforço seja natural. Para executar deadlifts ou flexões, ela usa uma puseira com velcro nos braços. Esse envoltório é ligado por correntes a ganchos de metal que lhe permitem suspender uma barra acima da cabeça ou puxar o próprio peso corporal.

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"Qualquer elevação de uma barra é um trabalho em progresso", afirma Lindsay, ressaltando que, por enquanto, ela usa alteres do tipo kettlebells para simular pesos reais. "Talvez eu não consiga completar uma série, mas eu consigo realizar movimentos que trabalham os mesmos músculos de uma maneira diferente. Cada treino de CrossFit é escalável e adaptável", diz.

Recentemente, Lindsay pediu a uma amiga que sua performance nos exercícios, para que ela pudesse assistir e avaliar. Mas ela jamais imaginou que aquele vídeo chegaria à sede do CrossFit, que postaram o material no Facebook, tornando-o viral.

Lindsay Hilton usa pulseiras de velcro para treinar (Arquivo Pessoal/Lindsay Hilton)  Foto: Estadão

Para Lindsay, o valor do vídeo não está em sua capacidade de inspirar pessoas preguiçosas, que têm braços e pernas, a entrar em forma. O que o torna especial, diz Lindsay, é que pode ajudar futuros atletas com deficiência a perceber que o CrossFit pode ser um esporte inclusivo e que pessoas com diferentes corpos podem ter uma vida ativa.

Ela afirma não ser uma inspiração, mas sim um exemplo, que ela tem estabelecido desde a infância.

"Eu tive uma ótima infância", diz. "Tive grandes técnicos e professores, que estava sempre dispostos a fazer com que as coisas funcionassem para mim, e me encorajavam a assumir riscos. Atletas com deficiência, especialmente os jovens, precisamde alguém que diga 'vamos vencer isso' ao invés de 'não, é muito assustador".

"Tive na vida muito mais gente do tipo 'vamos vencer isso' e o vídeo é uma prova disso".

Fonte: Washington Post

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Lindsay Hilton pratica CrossFit ( Foto: Zane Woodford/Metro Halifax)

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Quando um vídeo que mostra Lindsay Hilton atravessando as etapas de sua série de CrossFit se tornou viral, muitas pessoas reagiram dessa forma: "Veja essa mulher incrível! Se ela pode fazer CrossFit, eu não tenho mais desculpas".

Lindsay tem escutado, durante toda a vida, comentários semelhantes, daqueles que reduzem suas conquistas físicas a momentos motivacionais para pessoas sem deficiência.

Essa mulher de 30 anos que mora atualmente em Halifax, na Nova Escócia (Canadá), pode ter nascido sem parte dos braços e das pernas, mas ela nunca considerou que seu corpo poderia limitar sua capacidade atlética, que ela demostra ter desde que começou a praticar esportes, ainda criança.

No ensino fundamental, jogava no time de futebol da escola. Quando passou ao ensino médio, incluiu hockey de campo e rugby à lista. A paixão pelo rugby permaneceu depois que Lindsay se formou, e ela entrou para a equipe do Halifax Tars, da qual faz parte até hoje.

Lindsay Hilton joga rugby desde o ensino médio (Arquivo Pessoal/Lindsay Hilton)  Foto: Estadão

Ela sempre apreciou atividades ao ar livre, superando seu limites físicos e competindo com as companheiras de equipe.

"Durante toda a minha vida, as pessoas disseram que sou uma inspiração", disse Lindsay Hilton em entrevista ao Washignton Post. "Eu penso que apenas pratico atividades todos os dias. E como tem sido sempre assim, eu não me considero diferente de ninguém. Eu não me enxergo como uma inspiração. Eu tento fazer o que gosto e aquilo de me desafia".

Seu desafio mais recente é o CrossFit, que combina várias modalidades esportivas. Lindsay se envolveu com essa atividade por acaso, quando uma academia local montou um estande em um jogo de rugby que ela foi assistir, oferecendo passe gratuito a quem fizesse mais repetições de um exercício chamado 'burpee' (conheça aqui) em um minuto. Lindsay venceu a prova, com 34 repetições em 60 segundos.

Isso aconteceu em setembro de 2015. Seis meses depois, ela já havia abraçado o CrossFit, incluindo exercícios que, inicialmente, representavam um desafio significativo para seu tipo corporal. Essa atividade tem vários atletas com deficiência entre seus praticantes, como pessoas amputadas ou que usam cadeira de rodas. Lindsay tem estudado profundamente essa atividade, mas ainda não encontrou alguém semelhante a ela, que consiga, entre outras coisas, fazer flexões sem as mãos.

Vídeo no Facebook (clique aqui) se tornou viral (Reprodução)  Foto: Estadão

"Não há um modelo", diz Lindsay, lembrando que essa é a sua primeira experiência fazendo flexões e trabalhando com pesos. "Basicamente, tudo o que tenho conquistado no CrossFit tem base em tentativa e erro. Eu posso não ser capaz de realizar todos os movimentos, mas minha atitude é de que vou descobrir uma maneira de fazer tudo funcionar".

Sua capacidade de adaptação não existe sem esforço, mas ela tem uma maneira própria de fazer com que esse esforço seja natural. Para executar deadlifts ou flexões, ela usa uma puseira com velcro nos braços. Esse envoltório é ligado por correntes a ganchos de metal que lhe permitem suspender uma barra acima da cabeça ou puxar o próprio peso corporal.

"Qualquer elevação de uma barra é um trabalho em progresso", afirma Lindsay, ressaltando que, por enquanto, ela usa alteres do tipo kettlebells para simular pesos reais. "Talvez eu não consiga completar uma série, mas eu consigo realizar movimentos que trabalham os mesmos músculos de uma maneira diferente. Cada treino de CrossFit é escalável e adaptável", diz.

Recentemente, Lindsay pediu a uma amiga que sua performance nos exercícios, para que ela pudesse assistir e avaliar. Mas ela jamais imaginou que aquele vídeo chegaria à sede do CrossFit, que postaram o material no Facebook, tornando-o viral.

Lindsay Hilton usa pulseiras de velcro para treinar (Arquivo Pessoal/Lindsay Hilton)  Foto: Estadão

Para Lindsay, o valor do vídeo não está em sua capacidade de inspirar pessoas preguiçosas, que têm braços e pernas, a entrar em forma. O que o torna especial, diz Lindsay, é que pode ajudar futuros atletas com deficiência a perceber que o CrossFit pode ser um esporte inclusivo e que pessoas com diferentes corpos podem ter uma vida ativa.

Ela afirma não ser uma inspiração, mas sim um exemplo, que ela tem estabelecido desde a infância.

"Eu tive uma ótima infância", diz. "Tive grandes técnicos e professores, que estava sempre dispostos a fazer com que as coisas funcionassem para mim, e me encorajavam a assumir riscos. Atletas com deficiência, especialmente os jovens, precisamde alguém que diga 'vamos vencer isso' ao invés de 'não, é muito assustador".

"Tive na vida muito mais gente do tipo 'vamos vencer isso' e o vídeo é uma prova disso".

Fonte: Washington Post

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Lindsay Hilton pratica CrossFit ( Foto: Zane Woodford/Metro Halifax)

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Quando um vídeo que mostra Lindsay Hilton atravessando as etapas de sua série de CrossFit se tornou viral, muitas pessoas reagiram dessa forma: "Veja essa mulher incrível! Se ela pode fazer CrossFit, eu não tenho mais desculpas".

Lindsay tem escutado, durante toda a vida, comentários semelhantes, daqueles que reduzem suas conquistas físicas a momentos motivacionais para pessoas sem deficiência.

Essa mulher de 30 anos que mora atualmente em Halifax, na Nova Escócia (Canadá), pode ter nascido sem parte dos braços e das pernas, mas ela nunca considerou que seu corpo poderia limitar sua capacidade atlética, que ela demostra ter desde que começou a praticar esportes, ainda criança.

No ensino fundamental, jogava no time de futebol da escola. Quando passou ao ensino médio, incluiu hockey de campo e rugby à lista. A paixão pelo rugby permaneceu depois que Lindsay se formou, e ela entrou para a equipe do Halifax Tars, da qual faz parte até hoje.

Lindsay Hilton joga rugby desde o ensino médio (Arquivo Pessoal/Lindsay Hilton)  Foto: Estadão

Ela sempre apreciou atividades ao ar livre, superando seu limites físicos e competindo com as companheiras de equipe.

"Durante toda a minha vida, as pessoas disseram que sou uma inspiração", disse Lindsay Hilton em entrevista ao Washignton Post. "Eu penso que apenas pratico atividades todos os dias. E como tem sido sempre assim, eu não me considero diferente de ninguém. Eu não me enxergo como uma inspiração. Eu tento fazer o que gosto e aquilo de me desafia".

Seu desafio mais recente é o CrossFit, que combina várias modalidades esportivas. Lindsay se envolveu com essa atividade por acaso, quando uma academia local montou um estande em um jogo de rugby que ela foi assistir, oferecendo passe gratuito a quem fizesse mais repetições de um exercício chamado 'burpee' (conheça aqui) em um minuto. Lindsay venceu a prova, com 34 repetições em 60 segundos.

Isso aconteceu em setembro de 2015. Seis meses depois, ela já havia abraçado o CrossFit, incluindo exercícios que, inicialmente, representavam um desafio significativo para seu tipo corporal. Essa atividade tem vários atletas com deficiência entre seus praticantes, como pessoas amputadas ou que usam cadeira de rodas. Lindsay tem estudado profundamente essa atividade, mas ainda não encontrou alguém semelhante a ela, que consiga, entre outras coisas, fazer flexões sem as mãos.

Vídeo no Facebook (clique aqui) se tornou viral (Reprodução)  Foto: Estadão

"Não há um modelo", diz Lindsay, lembrando que essa é a sua primeira experiência fazendo flexões e trabalhando com pesos. "Basicamente, tudo o que tenho conquistado no CrossFit tem base em tentativa e erro. Eu posso não ser capaz de realizar todos os movimentos, mas minha atitude é de que vou descobrir uma maneira de fazer tudo funcionar".

Sua capacidade de adaptação não existe sem esforço, mas ela tem uma maneira própria de fazer com que esse esforço seja natural. Para executar deadlifts ou flexões, ela usa uma puseira com velcro nos braços. Esse envoltório é ligado por correntes a ganchos de metal que lhe permitem suspender uma barra acima da cabeça ou puxar o próprio peso corporal.

"Qualquer elevação de uma barra é um trabalho em progresso", afirma Lindsay, ressaltando que, por enquanto, ela usa alteres do tipo kettlebells para simular pesos reais. "Talvez eu não consiga completar uma série, mas eu consigo realizar movimentos que trabalham os mesmos músculos de uma maneira diferente. Cada treino de CrossFit é escalável e adaptável", diz.

Recentemente, Lindsay pediu a uma amiga que sua performance nos exercícios, para que ela pudesse assistir e avaliar. Mas ela jamais imaginou que aquele vídeo chegaria à sede do CrossFit, que postaram o material no Facebook, tornando-o viral.

Lindsay Hilton usa pulseiras de velcro para treinar (Arquivo Pessoal/Lindsay Hilton)  Foto: Estadão

Para Lindsay, o valor do vídeo não está em sua capacidade de inspirar pessoas preguiçosas, que têm braços e pernas, a entrar em forma. O que o torna especial, diz Lindsay, é que pode ajudar futuros atletas com deficiência a perceber que o CrossFit pode ser um esporte inclusivo e que pessoas com diferentes corpos podem ter uma vida ativa.

Ela afirma não ser uma inspiração, mas sim um exemplo, que ela tem estabelecido desde a infância.

"Eu tive uma ótima infância", diz. "Tive grandes técnicos e professores, que estava sempre dispostos a fazer com que as coisas funcionassem para mim, e me encorajavam a assumir riscos. Atletas com deficiência, especialmente os jovens, precisamde alguém que diga 'vamos vencer isso' ao invés de 'não, é muito assustador".

"Tive na vida muito mais gente do tipo 'vamos vencer isso' e o vídeo é uma prova disso".

Fonte: Washington Post

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Lindsay Hilton pratica CrossFit ( Foto: Zane Woodford/Metro Halifax)

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Quando um vídeo que mostra Lindsay Hilton atravessando as etapas de sua série de CrossFit se tornou viral, muitas pessoas reagiram dessa forma: "Veja essa mulher incrível! Se ela pode fazer CrossFit, eu não tenho mais desculpas".

Lindsay tem escutado, durante toda a vida, comentários semelhantes, daqueles que reduzem suas conquistas físicas a momentos motivacionais para pessoas sem deficiência.

Essa mulher de 30 anos que mora atualmente em Halifax, na Nova Escócia (Canadá), pode ter nascido sem parte dos braços e das pernas, mas ela nunca considerou que seu corpo poderia limitar sua capacidade atlética, que ela demostra ter desde que começou a praticar esportes, ainda criança.

No ensino fundamental, jogava no time de futebol da escola. Quando passou ao ensino médio, incluiu hockey de campo e rugby à lista. A paixão pelo rugby permaneceu depois que Lindsay se formou, e ela entrou para a equipe do Halifax Tars, da qual faz parte até hoje.

Lindsay Hilton joga rugby desde o ensino médio (Arquivo Pessoal/Lindsay Hilton)  Foto: Estadão

Ela sempre apreciou atividades ao ar livre, superando seu limites físicos e competindo com as companheiras de equipe.

"Durante toda a minha vida, as pessoas disseram que sou uma inspiração", disse Lindsay Hilton em entrevista ao Washignton Post. "Eu penso que apenas pratico atividades todos os dias. E como tem sido sempre assim, eu não me considero diferente de ninguém. Eu não me enxergo como uma inspiração. Eu tento fazer o que gosto e aquilo de me desafia".

Seu desafio mais recente é o CrossFit, que combina várias modalidades esportivas. Lindsay se envolveu com essa atividade por acaso, quando uma academia local montou um estande em um jogo de rugby que ela foi assistir, oferecendo passe gratuito a quem fizesse mais repetições de um exercício chamado 'burpee' (conheça aqui) em um minuto. Lindsay venceu a prova, com 34 repetições em 60 segundos.

Isso aconteceu em setembro de 2015. Seis meses depois, ela já havia abraçado o CrossFit, incluindo exercícios que, inicialmente, representavam um desafio significativo para seu tipo corporal. Essa atividade tem vários atletas com deficiência entre seus praticantes, como pessoas amputadas ou que usam cadeira de rodas. Lindsay tem estudado profundamente essa atividade, mas ainda não encontrou alguém semelhante a ela, que consiga, entre outras coisas, fazer flexões sem as mãos.

Vídeo no Facebook (clique aqui) se tornou viral (Reprodução)  Foto: Estadão

"Não há um modelo", diz Lindsay, lembrando que essa é a sua primeira experiência fazendo flexões e trabalhando com pesos. "Basicamente, tudo o que tenho conquistado no CrossFit tem base em tentativa e erro. Eu posso não ser capaz de realizar todos os movimentos, mas minha atitude é de que vou descobrir uma maneira de fazer tudo funcionar".

Sua capacidade de adaptação não existe sem esforço, mas ela tem uma maneira própria de fazer com que esse esforço seja natural. Para executar deadlifts ou flexões, ela usa uma puseira com velcro nos braços. Esse envoltório é ligado por correntes a ganchos de metal que lhe permitem suspender uma barra acima da cabeça ou puxar o próprio peso corporal.

"Qualquer elevação de uma barra é um trabalho em progresso", afirma Lindsay, ressaltando que, por enquanto, ela usa alteres do tipo kettlebells para simular pesos reais. "Talvez eu não consiga completar uma série, mas eu consigo realizar movimentos que trabalham os mesmos músculos de uma maneira diferente. Cada treino de CrossFit é escalável e adaptável", diz.

Recentemente, Lindsay pediu a uma amiga que sua performance nos exercícios, para que ela pudesse assistir e avaliar. Mas ela jamais imaginou que aquele vídeo chegaria à sede do CrossFit, que postaram o material no Facebook, tornando-o viral.

Lindsay Hilton usa pulseiras de velcro para treinar (Arquivo Pessoal/Lindsay Hilton)  Foto: Estadão

Para Lindsay, o valor do vídeo não está em sua capacidade de inspirar pessoas preguiçosas, que têm braços e pernas, a entrar em forma. O que o torna especial, diz Lindsay, é que pode ajudar futuros atletas com deficiência a perceber que o CrossFit pode ser um esporte inclusivo e que pessoas com diferentes corpos podem ter uma vida ativa.

Ela afirma não ser uma inspiração, mas sim um exemplo, que ela tem estabelecido desde a infância.

"Eu tive uma ótima infância", diz. "Tive grandes técnicos e professores, que estava sempre dispostos a fazer com que as coisas funcionassem para mim, e me encorajavam a assumir riscos. Atletas com deficiência, especialmente os jovens, precisamde alguém que diga 'vamos vencer isso' ao invés de 'não, é muito assustador".

"Tive na vida muito mais gente do tipo 'vamos vencer isso' e o vídeo é uma prova disso".

Fonte: Washington Post

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